Europeiska Pravda (Verdade Européia), 08.08.2017
Yury Panchenko
Motivo do conflito da vez - no novo desenho do passaporte polonês, que está programado para coincidir como 100 º
aniversário da restauração do estado. O Ministério do Interior da Polônia publicou as imagens que devem estar nas páginas do novo passaporte. Com elas, segundo o ministro Mariusz Blaschak "quiseram homenagear aqueles que derramaram seu sangue pela liberdade do Estado polonês."
Parte dos desenhos já confirmada, entre eles - "Memorial de águias" em Lviv. No entanto, a falta de tato (ou provocação) do governo polonês não termina aqui. Entre ilustrações não aprovadas, que o governo polonês decidiu apresentar para colocar na votação online - Portal aguçado, um dos importantes marcos da capital lituana.
Ponto ilustrativo: se o Portal - em primeiro lugar lembrança espiritual (no seu interior há uma capela com ícone famoso), então a presença, no passaporte, do lugar do enterro dos protetores do então Lviv polonês, do exército ukrainiano, pode ser compreendido como reivindicação do território.
Claro, Varsóvia oficial salienta, que tal semelhança é enganosa, que estas imagens não significam quaisquer reivindicações territoriais aos países vizinhos, apenas enfatizam o papel especial destes monumentos à identidade nacional (o que é verdade).
No entanto, hoje o polêmico projeto de novos passaportes critica, principalmente, a mídia polonesa de oposição. Então, é possível, que tal crítica somente reforçará a certeza dos funcionários do governo, que eles adotaram a decisão certa.
E, esta confiança permaneceria firme na ausência de um escândalo diplomático ressonante... mas, sem ele, obviamente, não passará.
Primeiro reagiram os lituanos.
Em 04 de agosto, o ministro do exterior da Lituânia, Limas Linkyavichyus convidou o temporário embaixador polonês na Lituânia. "Nós explicamos a ele a situação e dissemos que tal não devia acontecer... Não é normal, quando aproveitam fatos de outro país, principalmente, sabendo que em nossa história houve diferentes páginas. O que refere-se a Vilnius, o destino deste país, ainda doi muito. Então, é necessário levar em conta estas circunstâncias", - disse Linkyavichyus.
Da declaração da presidente da diplomacia lituana. ("o quanto nós sabemos, a posição dos ukrainianos é parecida", disse ela) também seguiu-se que estas questões Vilnius discutiu com Kyiv. Portanto o passo similar do lado do Ministério dos Negócios Estrangeiros ukrainiano foi bastante esperado.
Finalmente, Kyiv reagiu. Em 7 de agosto o Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador da Polônia Jan Pieklo.
"Ukraina considera tais intentos como um passo hostil, que afeta negativamente no desenvolvimento da parceria estratégica ukrainiana-polonesa", - diz o comunicado do Ministério do Exterior.
Vale ressaltar, que nos últimos meses esta não é a primeira vez, quando Ukraina é obrigada a reagir a ações hostis da Polônia.
Para comparação, vale recordar o conflito do ano passado em Pszemysl, Polônia, em consequência do qual foi a proibição para entrada na Ukraina, do presidente desta cidade, Robert Khomi. Esta decisão tomada pelo Serviço de Segurança da Ukraina, sem consultar o governo, causou uma forte reação em Varsóvia. Afinal, a proibição precisou-se cancelar, o que colocou Ukraina em posição desconfortável.
O ponto fundamental desta vez: o MIA ukrainiano agiu com cautela mas corretamente. Ele coordenou suas ações com Lituânia, abstendo-se de medidas unilaterais. Portanto, a reação ukrainiana atual parece mais adequada que a anterior. No entanto, dando possibilidade a um escândalo internacional, estamos preparados para sua escalação? Com outras palavras - temos plano para o caso da Polônia não concordar em trocar as imagens nos seus passaportes? A probabilidade de tal cenário é bastante elevada - pelo menos porque o atual governo polonês raramente reconhece seus erros.
Neste caso o que fará Ukraina? Limitar-se-á a uma nova declaração? Encontrará um caminho para apelar? Ou tentará responder a estas ações com suas?
Vale a pena lembrar - Varsóvia, nos últimos anos, regularmente, "testa" a reação de seus vizinhos, uma vez após outra recorre a novos passos controversos. Portanto, a falta de reação de Kyiv motiva nossos vizinhos para uma nova exacerbação.
A decisão final sobre o projeto do novo passaporte deve ser tomada em setembro. O governo polonês ainda não comentou este incidente, o que sugere que a decisão final ainda não foi aprovada. Em qualquer caso, o verdadeiro escândalo começará no outono. E, para isto precisa estar preparado.
O pior cenário para nós - se Varsóvia desistir do cenário que irrita Vilnius, mas não fará concessões a Kyiv. Então é necessário mobilizar o apoio de Vilnius, para poder trazer esta questão ao nível da UE. Juntos provar que isto não é um acidente. Afinal, quanto mais ativo Kyiv for agora, será mais fácil para nós, mais tarde, opor-se às declarações polonesas, como: Com "Bandera, Ukraina para UE não entra".
E, que declarações semelhantes haverá, dúvidas já não há.
Tradução: O. Kowaltschuk
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