A questão na Alta Corte londrina lança luz sobre o caótico e cruel mundo dos negócios ukrainianos" - Juiz xo Zupremo Tribunal de Meylz.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 05.12.2015
Oles Kovacs
Londres a capital britânica sediou o primeiro julgamento da questão, que promete ser uma das mais caras da história da justiça britânica. Neste caso estão implicados três oligarcas ukrainianos, e em seu centro há um pedido de 1,3 bilhões de libras, que apresentou o antigo proprietário da casa mais cara de Londres - o empresário ukrainiano e filantropo Viktor Pinchuk (genro do ex-presidente da Ukraina - Kuchma. A ação é movida contra dois bilionários ukrainianos - Igor Kolomoisky e Gennady Bogolyubov. Os custos dos processos judiciais em Londres estimam-se em mais de 50 bilhões de libras.
O bem conhecido bilionário ukrainiano Viktor Pinchuk, que acredita serem seus amigos os ex-líderes da Grã-Bretanha e EUA, especialmente Tony Blair e Bill Clinton, também os artistas Elton John e Damiena Hirst, abriu um processo contra dois oligarcas ukrainianos, Igor Kolomoisky, que além de Dnipropetrovsk, também vive em Genebra, e contra Gennady Bogolyubov, que reside na prestigiosa região londrina Belgravia - Westminster. No processo constam acusações de assassinatos, subornos e intrigas políticas.
O campo da batalha judicial foi escolhido Londres, que é conveniente para o demandante - Pinchuk, que já foi dono de uma casa privada no valor de 80 milhões de libras (ela foi considerada a casa mais cara na capital britânica). Na sexta-feira a Alta Corte de Londres ouviu, aquilo que definiu como "acusações incríveis", que Igor Kolomoisky foi partícipe de uma série de assassinatos e espancamentos que relacionavam-se com transações comerciais. Os advogados de Pinchuk insistiam que deveriam ter direito de fornecer provas como Kolomoisky apresentava, excepcionalmente, brutais ameaças, expressas em forma rápida, quanto à pessoa, com a qual teve questões. Segundo declarações do advogado ukrainiano Sergei Karpenko, que foi lida nas audiências do tribunal em Londres, tratava-se de que Kolomoisky ameaçou-o durante seu encontro em 2003.
Como referia-se na declaração dos advogados de Pinchuk, quatro dias após a ríspida conversa de Kolomoisky com Karpenko seu assistente foi atacado com o uso de cassetete de metal e arma fria. Os advogados de Pinchuk acrescentaram, que os criminosos que cometeram estes ataques eram conectados com Sergei Nikitin, um guarda-costas de Igor Kolomoisky que, em seguida assumiu a empresa dos guardas, cujos proprietários eram Kolomoisky, e outro acusado neste caso, Gennady Bogolyubov. Na declaração dos advogados também diz que o próprio Nikitin. mais tarde, foi encontrado morto em Dnipropetrovsk. Seu corpo foi pescado no rio, no final de agosto de 2003 com dezenas de ferimentos a faca. Curiosamente, que aquele que cometeu o assassinato de Nikitin, em seguida foi encontrado morto e, na época foi apresentado como possível suicídio. No entanto, as novas investigações comprovaram que o assaltante foi baleado no queixo.
No primeiro dia de audiência em Londres também tratou-se que, as autoridades de investigação ukrainiana, apesar de culpar Kolomoisky no assassinato de Karpenko em 2005 a questão não foi resolvida. Os advogados de Pinchuk também declararam, que no decurso da audiência, o procurador ukrainiano reconheceu que em conversa gravada Kolomoisky lhe ofereceu dinheiro em troca do fechamento da investigação de seu papel na conspiração para assassinato, mas o dinheiro, afinal, não foi pago.
O Sr. Kolomoisky não pensa quando expressa graves ameaças aos seus adversários, também não pensa quando intervem no processo da justiça", - declarou o advogado londrino de Viktor Pinchuk Jonathan Krov.
Durante as audiências no tribunal de Londres, na sexta-feira, foi apresentada uma série de outras acusações contra Igor Kolomoisky, em particular o caso de Krevyi Rig, referente ao combinato de minério de ferro.
No entanto, a equipe londrina de Igor Kolomoisky determinou, que as acusações contra seu cliente, do ponto de vista legal não tem nenhuma relação com os acontecimentos reais, mas sim, são momentos que retardam a atenção do poder judicial. Além disso, o Ministério Público recorreu de forma grave, porque elas se baseiam apenas no fato de que poderia ocorrer algo, incluindo acusações de envolvimento do Sr. Kolomoisky no assassinato", - disse o advogado londrino de Igor Kolomoisky, Laurence Rabinovits.
O juiz londrino do supremo Tribunal Stephen Meylz aprovou a decisão de que os argumentos na questão do assassinato de Karpenko não serão considerados no curso do julgamento, cujo início está programado para começar em 04.01.2016.
"A consideração desses argumentos, sem qualquer dúvida distrairá a atenção dos juízes. O valor deles é insuficiente para levá-los em consideração", - disse o juiz S. Meylz, e acrescentou que o caso lança luz sobre o mundo "caótico e cruel", sobre as questões dos negócios ukrainianos daqueles tempos.
Londres - arena popular judicial para oligarcas.
Caso anterior semelhante foi o julgamento sensacional em Londres do oligarca russo Boris Berezovsky, que caiu em desgraça com os dirigentes do Kremlin. Ele teve questão como oligarca popular Roman Abramovich, dono de 3 bilhões de libras. Posteriormente foi encontrado morto em sua propriedade perto de Londres.
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Também já abriu demanda na justiça londrina o ex-presidente-fujão Viktor Yanukovych. O processo que ele move é contra o Estado da Ukraina.
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Kyiv - Londres: pelos roteiros dos oligarcas ukrainianos (investigação).
Oligarcas ukrainianos confiam sua fortuna ao mercado imobiliário londrino.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade,27.11.2015
Knighstbridge, Kensington e Chelsea, locais londrinos que mais atraem os ricos do mundo todo, que desejam adquirir aqui um imóvel. Os oligarcas ukrainianos não são exceção. Os preços aqui começam a partir de 2,5 milhões de libras - é aproximadamente o orçamento de uma pequena cidade ukrainiana com uma população de 20 - 25 mil pessoas.
A contínua entrada de recursos externos (frequentemente de origem duvidosa), força o governo britânico a pensar em criar regras mais estritas para a compra de propriedade e não permitir às empresas offshore, que escondem os verdadeiros proprietários, celebrar acordos para a compra de imóveis. A discussão de novas regras no Reino Unido está apenas começando, ao mesmo tempo, parece que o número de ukrainianos com endereços londrinos tem aumentado significativamente nos últimos anos.
O ukrainiano mais rico: Rinat Akhmetov. |
Das janelas do apartamento Akhmetov pode apreciar a marcha noturna da Guarda Real. |
De acordo com a imprensa britânica, isto não é uma casa, é fortaleza. Todas as janelas são à prova de bala. |
O jornalista britânico M. Holinhsvort diz que os oligarcas russos e ukrainianos compram propriedades em pequenas regiões como Belgravia, Knighstbridge ou Kensington porque eles podem mostrar aos amigos e familiares - você vê, eu tenho uma grande casa em Kensington, ou em Hyde Park. Em segundo lugar este é um bom investimento.
Holinhsvort ficou intrigado que o genro do presidente de um Estado muito pobre, Ukraina, magnata da mídia e tubulação, Viktor Pinchuk, desenvolveu uma atividade impetuosa em Londres. Ele tem uma luxuosa casa em Londres, numa região de alto padrão - nos Jardins Aper Filimor,17. É um prédio de estilo vitoriano, de quatro andares - propriedade do casal Pinchuk desde 2008. (O sogro, ex-presidente da Ukraina, Kuchma, continua residindo numa residência do Estado da Ukraina - OK).
O edifício de quatro andares, de estilo vitoriano, pertence ao casal Pinchuk desde 2008. |
Oficialmente, a casa é registrada numa empresa offshore porém, Pinchuk nunca escondeu que a vila pertence a ele.
Mark Holinhsvort disse que o dinheiro gasto nas propriedades, muitas vezes é tecnicamente limpo mas, muitas vezes é ganho "através de ligações e manipulações". Ele chama atenção para o fato de que Pinchuk - genro do ex-presidente Leonid Kuchma - adquiriu um número de "doces ativos" durante sua presidência.
Um dos pilares do regime financeiro de Viktor Yanukovych é o magnata do gás Dmytro Firtash. No último ano ele adquiriu, na Grã Bretanha vários imóveis,inclusive a velha estação do metrô.
O principal magnata do gás, D. Firtash, parece examinava Grã-Bretanha como plano B. |
Oliver Ballou, jornalista britânico, especialista em questões de corrupção na antiga União soviética encontrou um apartamento em Knightsbridge, num centro comercial de luxo.
Oliver mostra o apartamento no porão, registrado no nome de Lada Firtash. |
Em fevereiro de 2014, imediatamente após Maidan, Dmytro Firtash comprou as instalações da antigo estação do Metrô Brompton Road.
Foto da residência de Firtash. Parede com parede a antiga estação do metrô. |
Os imóveis não são comprados para, necessariamente, viver aqui, explica Mark Hollinhsvort. - É mais um investimento. Os ricos querem transferir seu dinheiro para fora da Rússia, Ukraina ou Cazaquistão e mantê-lo num lugar seguro.
O estrategista -político ukrainiano é conhecido por suas declarações de que, as chamadas "DNR" e "FSC" não são separatistas, são continuação da desintegração da União Soviética. |
Oficialmente Olga ocupa-se com design e é proprietária da marca Ellion, que é pouco conhecida. Sua empresa se recusou de comentários sobre as propriedades de luxo. (Só gostaria de saber por que estes comunistas não foram residir na Rússia, mas na capitalista Inglaterra. - OK).
Família Kaletnyk |
No filme dos jornalistas, incluindo a jornalista da Rádio Liberdade Natália Sedletski - falam com agentes imobiliários, posando como alto funcionário corrupto russo e sua amante. Eles dizem que querem comprar uma casa de luxo, por dinheiro do orçamento russo. Nenhum dos agentes imobiliários recusou ajuda. Foi como jogar mais lenha na fogueira.
"Na Grã-Bretanha não há lugar para dinheiro sujo. Esta é minha mensagem para os estrangeiros criminosos. Londres não é esconderijo para seu dinheiro sujo", - fez esta declaração o primeiro ministro David Cameron. E começou as consultas com as organizações anti-corrupção para mudar a lei.
"Nós não queremos, que qualquer empresa estrangeira possa comprar propriedade no Reino Unido, sem informar o governo quem ela é" - diz Rachel Davies, gerente senior da advocacia Transparency International da Grã Bretanha.
Antes de comprar uma propriedade, eles terão que dizer quem é o verdadeiro beneficiário. Claro, algumas pessoas mentirão, mas então eles quebrarão as regras", - acrescentou ela.
Tradução: O. Kowaltschuk
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