quinta-feira, 23 de julho de 2015

"Esta praia é minha!"
Saskashvili encarregou verificar todas as construções na praia.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 22.07.2015
Galina Yarema


O chefe da Administração de Odessa Mikhail Saakashvili, acompanhado do chefe de polícia abriu uma passagem para o mar em uma  das mais bonitas praias de Odessa. Por muitos anos havia uma alta parede de concreto que fechava o acesso ao mar na praia Chkalovsky. De acordo com os dados de Saakashvili isolou este território o ex-deputado Vasyl Khmelnytskyi, que vem aqui num helicóptero próprio, uma vez ao mês.

As pessoas vivem em Odessa por gerações. Então vem alguém e decide, que por ter muito dinheiro, pode ter um acesso exclusivo ao mar. Todos estes muros de concreto serão demolidos. Os cachorros serão levados embora, ou eu mesmo levo-os ao abrigo. (O "proprietário" deixava lá seus cães). E ninguém fechar a praia não vai, - disse Saakashvili.

Este território, ainda em 2005 pertenceu a Vladimir Fylypchuk, depois passou ao ex-deputado Vasily Khmelnytskyi. No território cercado há uma grande casa e uma casa de madeira. Também tem um heliponto.

Saakashvili parabenizou os cidadãos de Odessa e disse estar contente porque depois de muitos anos as pessoas comuns poderão nadar e tomar sol na praia.
Ele também instruiu o departamento de polícia para instaurar um processo criminal sobre este fato e verificar todos os proprietários das praias.

Ao lado da vila de Khmelnytskyi altos muros escondem a vila do odiado ex-deputado Kivalov, e também bloqueiam o acesso ao mar. Talvez, brevemente, esta fortaleza também venha abaixo. 

Já começaram derrubar a parede. Não é um trabalho fácil porque ela é feita de excelente material. A desmontagem é feita por ordem de Saakashvili, ele avisou o prefeito da cidade e aos locatários da praia.

(Esta reportagem foi publicada, no jornal ukrainiano, ontem, 22.07.2015. Vejam a reportagem de hoje, dia 23.07.2015, do mesmo jornal - OK).

Na escandalosa praia de Odessa, o oligarca Khmelnytskyi coloca nova cerca. Desta vez é uma tela comum. 
Os trabalhos na montagem do novo cercado continuam ao mesmo tempo que acontece o desmonte do velho concreto.





Suas ações os trabalhadores não comentam, reportando-se a desconhecidos "superiores". Lá, onde o território "particular" ainda não recebeu a tela o território é separado por uma fita marcador. A entrada ainda é possível somente através das secções do muro derrubado.
Próximo da entrada principal estão os guardas de plantão.

O governador Saakashvili fez o seguinte comentário:

"Respeitado bilionário Khmelnytskyi, aproveitando-se do fato, que eu fui para Kyiv, na reunião da reforma do Conselho Nacional, Seus representantes locais novamente começaram construir um muro, violando uma área de 100 metros de praia, prevista no Código das Águas da Ukraina. Ninguém toca em Sua propriedade privada e o Senhor pode cercá-la, Suas vilas com disformes cercas, para Sua apreciação, mas não toque na praia e não teste a paciência das pessoas. E, entenda, que o Senhor não tem direito de tirar dos habitantes de Odessa nem um (1) centímetro quadrado de sua melhor praia. Ou, aproveitando a minha estadia em Kyiv convidar Klitschko (prefeito)  e ir com ele, mostrar-lhe os que eu vi, ilegalmente cercados pelo Senhor, territórios de Kyiv?
Com esperança de sua compreensão, da rodovia Odessa - Kyiv"

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Alunos do Transcarpathia obtiveram pior desempenho do "ZNO" (Avaliação Independente Externa - vestibular para nós - OK) do idioma e literatura ukrainiana, que os alunos de Luhansk (surpreende a comparação com Luhansk porque este, como Donetsk, são os territórios onde usam praticamente o idioma russo - mas, pelo jeito... - OK).
O "Centro Ukrainiano de Avaliação da Qualidade Educacional"divulgou uma lista de escolas ukrainianas, em que dez ou mais alunos fizeram o vestibular e não foram aprovados no teste "ZNO", da língua ukrainiana. Ao todo, a tais instituições educacionais entraram 37 escolas. 
As melhores escolas revelaram-se de Kyiv, Chercassy e Luhans. O pior desempenho, segundo critérios adotados foi no Transcarpathia (sudoeste da Ukraina)
De acordo com o senso de 2001, o idioma ukrainiano, nativo no Transcarphatia consideravam 81% dos residentes, enquanto na região de Luhansk apenas 30%.
Em Kyiv duas escolas apareceram na "lista negra".
(Curioso e inesperado não aparecer a região de Lviv na relação de melhores escolas e alunos com bom desempenho do idioma ukrainiano, lá prevalece o idioma ukrainiano - OK). 

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O Ministério de Educação e Ciências, nos últimos tempos fechou mais de 70 escolas superiores devido a ineficaz preparo dos estudantes. Sobre isto, disse numa entrevista, o Ministro  Sergey Kvit. Nós não devemos ter universidades de má qualidade, duvidosos no preparo dos alunos. Este é processo de redução do número de universidades - faculdades, e melhoria de sua qualidade - é nisto nós trabalhamos diretamente. E, nós vamos continuar este processo".  

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O âmbar ukrainiano, explorado ilegalmente , vendiam em Hong Kong como lituano. Isto porque a exploração na Lituânia é legalizada, mas a qualidade é inferior. Os lituanos traziam para Ukraina o seu âmbar para um suposto tratamento numa empresa ukrainiana, e deveria voltar para os lituanos.
Por uma tonelada de âmbar ukrainiano os lituanos pagavam acima de 100 mil dólares. O cálculo era realizado por um banco intermediário de Nova York. O pagamento pelo âmbar ukrainiano era formalizado como fosse processamento de pedras lituanas. A venda era realizada pela Internet. O pagamento realizava-se através de cartões dos organizadores do esquema.
Os guardas fronteiriços ukrainianos incluíram pequenas aeronaves. Somente num dia inspecionaram 373 km² de matas e descobriram quatro sítios de extração ilegal de âmbar nas zonas controladas de Lutsk e Zhytomyr.

Segundo pesquisa na internet: o âmbar é uma resina de coníferas, formada a 40 milhões de anos em diversas camadas, no limite de uma antiga geleira. É usado em joalherias e medicina (para tratamento do coração e infecções. Sua cor é amarelo-vermelha. Unicamente na Ukraina há âmbar de cor meio esverdeada.
Por anos ele é enviado ilegalmente para Europa, principalmente para Polônia. Recentemente o âmbar se tornou popular na China e no Japão. 
O contrabando é de centenas de quilogramas por ano. O prejuízo do país é de milhões de UAH.
Então a extração ilegal só aumenta. Em Olevsk e Zhytomer os hotéis estão cheios, alugam-se casas. O movimento de automóveis, em ambos os lados é constante. Os locais dizem que um quilo de pedras de 50 gramas, no local, vendem por 3.000 dólares. 

Uma maneira de extração é através da pressão da água através de bombas. A terra lavada levará anos para produzir novamente. 
A extração na mata de coníferas é perigosa. O solo muitas vezes é arenoso e cobre os que escavam se estes encontrarem-se num buraco.
Os estranhos não são bem vistos. Muitos usam armas. Já aconteceu de surrarem os ecologistas com as pás.
Com o vento as árvores caem e abrem-se poços que chegam a 12 metros de profundidade.
Ninguém acredita que a extração poderá ser regulada pelo Estado.

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O procurador geral Viktor Shokin diz que sua vida está ameaçada devido a suas atividades profissionais.
"Eu tenho motivos razoáveis para crer, que em relação a mim preparam vários tipos de provocações, inclusive em relação a minha saúde.
Eu interfiro a muitos na extração ilegal do âmbar. Tenho bases para crer que querem destruir-me fisicamente." Ele nega quaisquer problemas com sua saúde.

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O adjunto do procurador geral da Ukraina David Sakvarelidze escreveu no Facebook: "Ontem a noite, os nossos colaboradores, junto com SBU (Serviço de Proteção da Ukraina), durante uma comercialização de drogas (20 gramas no valor de 8.000 UAH), foi prenderam o procurador da seção de Kyiv, e também o seu fornecedor. O valor total do lote é estimado em 50.000 UAH. Conseguiu-se também encontrar o laboratório que produzia e vendia as drogas. Ali foi encontrado equipamento adequado e três granadas de mão. O procurador e seu fornecedor estão detidos. A eles ameaça, de 9 a 12 anos de prisão com o confisco de bens.

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Ministério dos Assuntos do Exterior da Rússia condenou os exercícios militares da Ukraina e Estados-membros da OTAN na região de Lviv, chamando-os "errôneos" e ameaça com "interrupção do progresso que tem havido na solução pacífica.


A OTAN não só não está disposta a admitir falibilidade e possíveis efeitos explosivos de tais treinos, como aumentou, significativamente, sua escala, e aumentou o número  de tropas envolvidas em comparação com o ano passado",  ´diz em comentário.
No período de 20 a 31 de julho, em Lviv permanecerão 1.850 militares de 18 países. Serão realizados: práticas de tiro, vôos e partidas com blindados. Serão utilizadas cerca de 900 armas e 130 veículos com blindados. Também serão utilizadas cerca de 900 armas e 130 veículos militares de combate..

Tradução: O. Kowaltschuk

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