sexta-feira, 3 de julho de 2015

Ao invés da ocupação das igrejas os separatistas de Donbas escolheram a estratégia de coerção ao trabalho.
Tyzhden. ua (Semana Ukrainiana), 26.06.2015

Os militantes pararam de confiscar as igrejas no Donbas, escolheram a estratégia de coerção ao trabalho e insistem no registro das igrejas.
Nos primeiros meses de ocupação os pastores de Donetsk tentavam encontrar algum tipo de compromisso com as milícias locais, muitas das quais eles conheciam pessoalmente. Em julho à cidade começaram a chegar mercenários, e a situação dos cristãos começou deteriorar-se, escreve nas páginas da "Semana", o estudioso religioso russo, doutor em Estudos Filosóficos Nikolai Karpitskiy.

Segundo ele, após a chegada de Igor Strelkov (Guirkin) em Donetsk, os aprisionamentos dos cristãos se acentuaram, em agosto atingiram seu pico, declinando depois.

"A maior redução da perseguição foi devido a alguns fatores. Em primeiro lugar, os separatistas já se apoderaram de tudo o que queriam. Houve até casos isolados de devolução de igrejas às comunidades. Em segundo lugar, os pastores e padres, que irritavam os separatistas, foram forçados a deixar os territórios ocupados. As atividades de Igrejas Ortodoxas não pertencentes ao Patriarcado de Moscou cessaram. Em terceiro lugar, os separatistas gradualmente se acostumaram aos protestantes e começaram a elaborar certos princípios gerais para gerir os territórios. Em quarto lugar, os separatistas viram, que a ajudada dos protestantes aos necessitados reduz o nível de tensão social", - escreve Karpitskiy.

E é por isso, considera o autor, os militantes, inesperadamente com tolerância, colocam-se diante dos "vaishnave" (Vaishnavismo é uma das principais direções do hinduísmo - OK) que, dentro dos limites do programa "Food for live" alimentam os famintos nos territórios ocupados. Apesar de que os  "vaishnave"  sofreram em conjunto com os seguidores de outras religiões: houveram aprisionamentos de alguns adeptos dessa corrente religiosa, a realização das medidas públicas dessa corrente proibiram, mas os ocupantes preferem não acentuar a atenção da comunidade para isto. Consideram que a principal prioridade agora é a beneficente distribuição de alimentos.

]No entanto, escreve Karpitskyi, isto não impediu a repressão, mas acrescentou-lhe uma forma diferente, mais ordenada e mais pragmática.
Em vez de apropriação dos prédios das igrejas o governo separatista escolhe a estratégia do trabalho, e o primeiro passo é a exigência do registro das igrejas. No entanto, este processo ainda está num estágio inicial, e represálias diretas de recusa ainda não houve.

"No interior das comunidades religiosas e até de conselhos religiosos aparecem grupos que apoiam os separatistas, que insistem em cooperação com as autoridades separatistas. Aos pastores e paroquianos é perigoso é mostrar posição pró-ukrainiana mesmo dentro da igreja, porque isto pode ser transmitido ao "Ministério da Segurança do Estado", o qual realiza repressões políticas contra os livres-pensadores", - consta do artigo.

Sobre o autor: Nikolai Karpitskiy - estudioso de religiões, russo, doutor em estudos filosóficos. No passado, professor de Filosofia da Universidade Estatal de Medicina da Sibéria em Tomsk, docente da Universidade Estatal de Ugra em Khanty-Mansiysk. A mais de um ano atrás, devido a pressão das forças de segurança russas a ações protetoras mudou-se para Ukraina.

Jarescko admite que 90% da dívida da Ukraina pertence a "Família" Yanukovych.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 29.06.2015

Ministro das Finanças da Ukraina Natália Jaresko não exclui que 90% da dívida externa da Ukraina pertence à família de Viktor Yanukovych ou ao seu meio. Isto ela declarou numa entrevista a "TSN", avisa "Ukrinform".
(Segundo o Banco Nacional da Ukraina a dívida total, em 01.04.2015 era de 126 bilhões de dólares USA).
"Tudo isso é possível, porque todos os títulos podem ser vendidos - comprados.Eles são vendidos na Irish Stock Exchange (bolsa de valores da Irlanda). E eu não posso saber quem é o beneficiário" - disse ela, respondendo à pergunta do jornalista, que surgiram informações de que 90% das dívidas ukrainianas pertencem à família Yanukovych e seus amigos próximos.

Falando sobre a dívida a Moscou, Jaresko esclareceu que, diretamente a Rússia pertencem três bilhões de dólares USA da dívida da Ukraina, por Eurobonds, emitidos em dezembro de 2013. Além desses existem pequenas partes que se detêm  com diversos ativos russos. Esta dívida o Fundo Monetário Internacional considera como dívida pública, da Ukraina para Rússia, não privada e não está sujeita a reestruturação. Sob as regras do FMI, os países que recebem apoio do Fundo são obrigados a pagar suas dívidas públicas a tempo.
 
Ao mesmo tempo, o Fundo apoiou Ukraina nos seus esforços para restaurar suas dívidas com os credores privados e prometeu-lhe assistência financeira.
Já o ministro declarou que gostaria reestruturar esta dívida e não gostaria politizar esta questão.
"Eu não diria (que a dívida pode não ser paga à Rússia - redação). Eu diria que este é um título, que realmente pode ser reestruturado. E espero que com todos poderemos ter relação de igualdade.  Eu penso que não é necessário politizar..." disse Jaresko.

Como é sabido, em 25 de junho o Ministro das Finanças, após a reunião ministerial com os representantes da Câmara de Comércio americana e Associação Européia de Empresas declarou, que no final de julho Ukraina poderá declarar "default".
(Estes três bilhões Ukraina (ou seria Yanukovych?) emprestou da Rússia  no apagar das luzes do governo Yanukovych. É duvidosa sua destinação. Putin já declarou que têm direitos e quer receber - OK)

Tradução: O. Kowaltschuk

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