Últimas notícias sobre o retorno de Saakashvili para Ukraina
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 12.09.2017
Saakashvili com o filho no trem. |
Petro Poroshenko, que recentemente se vangloriava por ter realizado 144 reformas, pode ser felicitado pela 145ª "conquista".
A vergonha que no domingo aprontaram na fronteira ukraino-polonesa, não permitindo a passagem de Michael Saakashvili para Ukraina, terá consequências negativas para Ukraina.
Saakashvili foi presidente da Geórgia. Candidato para segundo mandato perdeu as eleições para um candidato pró-Rússia perdeu as eleições. Então veio para Ukraina e recebeu o cargo de governador do qual foi dispensado depois de pouco tempo
Saakashvili entrando na Ukraina |
E, se o predecessor de Poroshenko - Viktor Yanukovych - imediatamente enterrou as perspectivas de integração européia da Ukraina, então Petro Poroshenko faz isso gradualmente, mas com persistência.
A julgar pela imprensa estrangeira (em particular, polonesa), os europeus não gostaram do "Show" de ontem Esta notícia no jornal do dia 11 de setembro), o qual, em sua opinião, contradiz os compromissos assumidos pela Ukraina.
Lembrando os acontecimentos.
Em 26 de julho Petro Poroshenko privou o líder georgiano da cidadania ukrainiana - neste dia Saakashvili encontrava-se nos Estados Unidos. Saakashvili prometeu voltar e, em 10 de setembro tentou o retorno para Ukraina de trem, atravessando a fronteira polonesa-ukrainiana.
No entanto o trem fez uma longa parada. Então Saakashvili passou para ônibus e conseguiu passar para o lado ukrainiano, com ajuda de seus apoiadores. No entanto, o trem fez uma longa parada. Então Saakashvili passou para ônibus e conseguiu passar para o lado ukrainiano. Seus simpatizantes protegeram-no dos guardas mas vários guardas receberam ferimentos durante a tentativa de impedir Saakashvili.
Anteriormente, ainda em Rzeszow (Polônia), seu grupo de apoio foi ao ponto de passagem "Krakivets", próximo ao qual, polícia parou cerca de 40, e depois 100 pessoas camufladas, com objetos metálicos nas mãos, que dirigiam-se à fronteira. Nesta cidade, em 9 de setembro - entre apoiadores que, praticamente romperam a fronteira, estavam Yulia Tymoshenko, Valentim Nalyvaichenko e outros deputados da "Pátria" e "Auto-Ajuda".
Então, o ex-presidente da Geórgia foi para Lviv, onde já se encontrou com o prefeito da cidade Andriy Sadovyi. (Por todas as notícias sobre a cidade de Lviv, cujo prefeito é Andriy Sadovyi já pela terceira vez, ele deve ser um excelente prefeito e uma boa pessoa. O seu mal foi querer lançar-se candidato à presidência do país. Aí começaram os problemas com o lixo, aonde era descartado não podia mais. A mais de um ano, o lixão existente pegou fogo, inclusive morreram algumas pessoas, foi proibido o descarte de lixo neste lixão. Às vezes eu penso que este incêndio já pode ter sido provocado, mas não houve esta acusação., nada assim apareceu nos jornais. O prefeito iniciou conversações com empresa francesa para construir uma moderníssima usina para transformação do lixo. Inclusive o pessoal francês veio para estudar as condições, mas com tudo o que houve em seguida, não apareceram mais notícias neste sentido. Aproximava-se o verão e aumentava o problema. Nos lixões de municípios vizinhos, onde o lixo era descartado ultimamente, os prefeitos começaram fazer objeções. Lviv vivia com montanhas de lixo, eram poucos os municípios que ainda aceitavam um ou dois caminhões. O presidente começou acusar o prefeito pela sua incapacidade de encontrar a solução e acabou dando ordem para que o problema do lixo fosse resolvido pelo governador. Pronto. O lixo não ficava mais amontoado na cidade, outros municípios passaram a aceitar. O governador administra, a prefeitura paga a despesa com o pagamento dos caminhões que retiram o lixo, etc. Sadovyi foi tachado como ineficiente. E ele, que nunca vi participar de manifestações, passeatas de rua, etc., juntou-se a Tymoshenko no presente problema com Saakashvili. Espero que isto não lhe traga mais aborrecimentos. - OK).
Na Polônia estão convencidos: para barrar a entrada de Saakashvili não havia motivos. Enquanto isso, Geórgia apelou novamente às autoridades ukrainianas para extraditar Mikheil Saakashvili. O Ministro da Justiça da Ukraina e a Procuradoria Geral analisam este apelo.
Reação do mundo - Polônia.
O eurodeputado Jacek Sariusz-Wolski veio a Przemysl para expressar seu apoio a Saakashvili.
"Polônia, em momentos difíceis esteve com o presidente Saakashvili, e o presidente Saakashvili esteve com a Polônia, por exemplo, em 2008, quando Rússia atacou Georgia. Por estas razões, estamos hoje também com ele, porque ele tem o direito de recorrer contra a decisão ilegal das autoridades da Ukraina sobre a privação de sua cidadania. Desejo-lhe sucesso ao atravessar a fronteira".
"Nós acreditamos que isto é contrário a todos os padrões europeus, que Ukraina assumiu em relação ao Acordo de Associação UE-Ukraina".
"O eurodeputado disse que isto não é civilizado e prometeu levantar esta questão na próxima sessão do Parlamento Europeu".
Os acontecimentos com Saakashvili, na fronteira ukrainiana - polonesa foram amplamente divulgados nos meios de comunicação estrangeiros. O jornalista Khristopher Miller, da Rádio Free Europe publicou o apoio ao ex-presidente demonstrado pelos seus ex-colegas. Eles declararam que: Saakashvili pode dar conhecimento que ele necessita asilo em seus países, mas o ex-líder georgiano disse, que ele não tem planos e desejos de pedir exilio em outro país e recusar-se de seu regresso à Ukraina", - disse Miller
Saakashvili também disse que, quando voltar para Ukraina, não pretende organizar nenhuma revolução, não tem planos para derrubar ninguém, não planeja organizar nenhum Maidan. Apenas quer vir e proteger seus direitos.
"Voice of América" reuniu as opiniões de observadores internacionais, Alexander Clarson, professor do Royal College de Londres, disse: Saakashvili considera sua situação atual com seu retorno dramático à política ukrainiana, onde ele simplesmente se transforma em uma bola para tênis de mesa para forças políticas ukrainianas'.
E acrescentou: "A classificação de Saakashvili é inferior a 5%, ele não tem redes nas regiões ukrainianas, e as pessoas que o ajudam usam-no em seus interesses. Saakashvili representa a mesma ameaça a Poroshenko como quaisquer showman desempregado. Aos reformadores é melhor procurar outro líder".
(E há mais opiniões, mas vou ao final - OK)
Interessante, que sob o artigo criminal que agora ameaça Saakashvili, entra Yulia Tymoshenko - uma das pessoas que atravessou a fronteira ilegalmente. Involuntariamente surge o pensamento que os excessos de domingo foram criados para eliminar Yulia, principal concorrente de Poroshenko na próxima eleição presidencial.
Este jornal já escreveu como o governo de Poroshenko pode resolver este problema. O registro criminal da Yulia Tymoshenko bloqueará seu caminho para o poder, o que o Presidente Petro Poroshenko vem tentando alcançar recentemente.
Tradução: O. Kowaltschuk
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