domingo, 10 de setembro de 2017

Novela Saakashvili - Retorno para Ukraina
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 09.09.2017

Lembrando fatos anteriores: Saakashvili foi presidente da Georgia,mas perdeu as eleições para candidato de Moscou, segundo os jornais. A imprensa ukrainiana trazia reportagens sobre o trabalho dele como presidente do país. Não lembro, exatamente, qual dos jornais ukrainianos sempre publicava reportagens elogiosas, escrita por jornalista ukrainiano. Eu gostava ler essas reportagens. Devido ao governo Saakashvili, Georgia dava a impressão de estar bem organizada e com bom desenvolvimento. Eu pensava, por que Ukraina não tem um presidente assim? Mas, como vocês verão na sequência, nem tudo era verdade.  Na Ukraina era o governo do pró-russo Yanukovych.

Porém Saakashvili não foi reeleito presidente, eu não compreendi. Geórgia elegeu um candidato pró-russo. Saakashvili perdeu a cidadania na Geórgia e veio para Ukraina, adquiriu a cidadania ukrainiana e foi nomeado, por Poroshenko, governador de Odessa. Depois de pouco tempo começaram os atritos, Saakashvili foi destituído do cargo pelo presidente ukrainiano. Ele iniciou a fundação de seu partido político na Ukraina, não lembro se isto começou ainda durante o desempenho  de seu cargo em Odessa, ou logo depois. Recentemente ele passou um curto período nos Estados Unidos.

O presidente Poroshenko destituiu Saakashvili de cidadania ukrainiana. Agora, Saakashvili não tem pátria, porque também perdeu, anteriormente, a cidadania georgiana.

Isto é o que eu lembro das reportagens anteriores. Agora vamos ao presente, segundo Radio Svoboda.

Saakashvili, que ainda tem em mãos o passaporte ukrainiano, e que, segundo ele, estava sendo aceito nos países europeus, planejou voltar para Ukraina no dia 10 de setembro. Na mídia não faltaram avisos que, se ele tentasse voltar para Ukraina, seria detido na fronteira. Mas Saakashvili vinha. (Não li nada sobre sua expulsão dos Estados Unidos, não deve ter havido.Também Saakashvili dizia que estava entrando em outros países com passaporte ukrainiano). e, vinha com esposa e filho menor. (O filho maior estudava nos Estados Unidos, Não sei se ainda estuda ou já trabalha, mas parece que ainda está por lá - OK).

No ponto "Krakovets" na fronteira polonesa-ukrainiana, do lado ukrainiano os guardas de fronteira esperavam. Seus simpatizantes também avisaram que, próximo da fronteira parecia que estavam reunindo "titushok" pagos. (pessoas para alguma finalidade.não muito honrosa -OK)

O presidente da Ukraina, Petro Poroshenko, que deu a cidadania a Saakashvili e depois retirou-a, está sendo criticado. Ele é acusado de inconsistência e tentativa de ultrapassar seus poderes.

"Eu estarei amanhã, em Krakovets e não porque vejo em "Mikho" (diminuitivo do nome de Saakashvili, Mikhail) "messias ukrainiano" ou político promissor. Mas, para lembrar a Poroshenko, que ele não é rei da Ukraina, mas pessoa eleita, presidente", - disse o advogado internacional Gennady Druzenko.

Genady Druzenko observou, que desde o início se opôs à concessão da cidadania ukrainiana ao ex-presidente da Geórgia. Desde o início eu acreditei e argumentava publicamente, que o "convite ao "variague" (варяги - nome bizantino, antigo, de escandinavos, que no século IX atacavam o leste e o oeste europeu - pesquisa O. K.), é um erro e um insulto à cidadania ukrainiana. (Acredito que ele se referia a pouco tempo de permanência de Saakashvili na Ukraina, logo após o término do período final de sua presidência na Georgia. Especialmente considerando o fato, que dezenas de patriotas da Ukraina com passaportes estrangeiros, derramam sangue e suor generosamente nesta terra, protegendo-a da agressão russa, até agora não receberam um passaporte ukrainiano).

Porque amanhã estarei em Krakovets?

Se responder ligeiramente, não quero viver em um país, onde "aos amigos (do presidente) - tudo, aos inimigos (do presidente) - a lei". E a lei, como entende o presidente, e não como claramente diz a Constituição: "Artigo 25. Cidadão da Ukraina não pode ser privado da cidadania e do direito de mudar a cidadania".
Mas, o excepcional ultraje à instituição da cidadania da Ukraina é secreto (porque ficamos sabendo, não do site do presidente, mas do Facebook dos radicais "suspensão" da cidadania da Ukraina a oponentes políticos e críticos públicos do chefe de Estado. Sustação em desrespeito à norma inequívoca da Constituição.
Encerramento sem julgamento e debate público. Encerramento sem punição daqueles, que supostamente não prestaram atenção em "falsas informações" nos documentos de Saakashvili, embora os casos criminais contra ele na Geórgia, não sabiam apenas aqueles que não leem internet.

Sim, eu estarei amanhã em Krakovtsi. E não porque eu vejo em Mikho um "messias ukrainiano" ou um político promissor. Mas, para lembrar a Poroshenko, que ele não é o rei de toda Ukraina, mas pessoa eleita, presidente, eleito devido à coincidência de circunstâncias num momento crítico do país. Eleito, para (como ele solenemente jurava, ingressando no cargo) "com todas as suas forças defender a soberania e independência da Ukraina, cuidar do bem da Pátria e do bem-estar da nação ukrainiana, defender os direitos e liberdades dos cidadãos, observar a Constituição e as leis da Ukraina, cumprir seus deveres no interesse de todos os compatriotas, elevar a autoridade da Ukraina no mundo". Mas, como resultado, ele se concentra na proteção de seu poder, sua riqueza e seus interesses pessoais.

O presidente, que no quarto ano de sua cadência não cumpriu a maioria absoluta de suas promessas eleitorais. O presidente que fala lindamente de uma maneira nova, mas na maioria de seus cidadãos até a dor esta familiarizado o velho sabor - sabor de um estado policial, de fariseus no poder, crimes na rua e na TV, projetado para criar um caos nas cabeças.

Certa vez eu estive no mesmo palanque com Poroshenko, um co-fundador do Partido das Regiões (partido ao qual pertencia o ex-presidente Yanukovych -OK) e um recente ministro da economia no governo de Azarov,(também governo de Yanukovych -OK) na rua Bankova. Também estive com Yatseniuk e outros pseudo-revolucionários, os quais, pela manhã, falavam sobre a bala na testa, e à tarde iam ao Mezhhiria (residência do ex-presidente Yanukovych) fazer acordos. Participei porque então era necessário descartar a pura sujeira e nos unir para derrubar o usurpador Yanukovych e evitar a usurpação da Ukraina pelos seus anfitriões de Moscou.

Amanhã também, avaliando sobriamente os talentos políticos de Mikho, eu estarei ao lado, protegendo ele e a minha liberdade e direitos fundamentais para viver numa verdadeira república, e não no reinado do monarquista Poroshenko, - direitos e liberdades pelos quais nós já pagamos, e isto até hoje pagamos tão alto preço.

Bem, e costumeiramente, quero pessoalmente tomar conhecimento, se deram aos ukrainianos, que estão concentrados na fronteira ocidental, as mesmas ordens, que agem no leste: "em nenhum caso não ceder às provocações" e "é proibido construir novas fortificações."

Quero entender pessoalmente, quem é o principal agressor para o atual presidente.

(E possível que a próxima tradução demore um pouco porque o computador precisa de reparos -OK)

Tradução: O. Kowaltschuk

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