Ukraina Moloda (Ukraina Jovem), 11.05.2017
Natália Lebid
A vovozinha de cabelos ruivos, ano após ano louva Stalin. Não está claro quando o SBU explicará à companheira a atual "política do partido e governo"? |
Sem os odiosos de "maio", isto é, sem 1 e 9 de maio. Ao assunto, parece que a rejeição dos "dias vermelhos do calendário" assusta os simpatizantes do "mundo russo" muito mais do que o desmantelamento de monumentos soviéticos.
Não é de graça que no Instituto de Memória Nacional e no seu presidente, tornaram-se mais frequentes os ataques após a atualização da ideia de mudança na lista de feriados nacionais.
Por quê? Porque, nenhuma demolição de Lenin ou Schorsa não dá aos propagandistas russos tão brilhante quadro, como a multidão de insanos com a fita de "St. George, que esganiça sobre opressão, provoca, ataca e ao mesmo tempo se faz de vítima.
Mas, com esta multidão deve-se fazer alguma coisa.
Os feriados "deste ano" em Kyiv mostraram, que mesmo na capital da Ukraina, o "putinismo - cretinismo" floresce com impetuosidade. Sincero ou financeiramente motivado - isso deve procurar saber o Serviço de Segurança.
Que, aliás, não revelou, atualmente, interesse pelos retratos de Stalin, arrastados por Kyiv pelo chamado "Regimento imortal.
Testemunhos da seita "grande vitória".
Sobre os acontecimentos de 09 de maio relatou somente a polícia. Resultado da "comemoração" dezenas de detidos em todo o país.
Em Kyiv, entre os detidos - representantes da OUN (Organização de Nacionalistas Ukrainianos - por alguma razão, desde o início, não havia dúvida, de que a polícia não iria prender aqueles, do outro lado das barricadas), a eles incriminaram vandalismo.
Em Dnipro - luta séria, agressão de "imortais" nos participantes ATO.
No Zaporizhia - briga também. Vários policiais feridos (um - na capital, outro no Zaporizhia, e os demais em Dnipro).
Sobre tudo isso noticiou o Vice-ministro do Interior, Sergei Yarovyi.
Então, o que aconteceu? Mas aconteceu aquilo, que muito antes de 09 de maio o canal "Inter", e com ele bastante duvidosas "organizações veteranas" intensivamente "espalhavam", o tema da marcha, que seria dirigida e encabeçada pelo "Regimento imortal".
A ideia de tal marcha - ainda em 2012 - a Vladimir Putin plantaram os jornalistas de um dos canais de Tomsk.
De acordo com o seu plano, devia ser uma caminhada de parentes mortos na Segunda Guerra Mundial, com retratos nas mãos.
Kremlin gostou do tema.
Ele foi inocentado de quaisquer sofrimento familiar e transformado em uma ação de propaganda puramente política.
Nos territórios pós soviéticos, bem como em algumas diásporas a participação em tal ação confirma a lealdade ao "passado comum" e louva o império que sofreu colapso em 1991.
Em Kyiv o organizador da marcha deste ano, do "Imortal regimento" apresentou-se uma tal de Helena Berezhna, que intitula-se "Diretor do Instituto de Política Legal e Segurança Social."
Anteriormente esta senhora entrou no noticiário com a intenção de abrir uma questão contra Oleg Skrypka, que criticou os ukrainianos russo-falantes.
Além de Helena, na marcha do "Regimento Imortal", esteve também sua amiga Iryna Berezhna - ex-"regional"
(partido) que encabeçava a coluna.
Em certo lugar, com uma braçada de cravos vermelhos surgiu o seu colega de partido Nestor Shufrych (Foi deputado da Ukraina em 5 legislaturas. Historiador. Pobre Ukraina - OK).
E também - o deputado Vadim Novinskyi do "Bloco de Oposição", conhecido pelos seus sentimentos à Igreja Ortodoxa de Moscou. De fato, na marcha, não faltou sua presença.
Novinskyi, com sua expressão facial acentuada foi ao Parque da Glória com os metropolitas da Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou Onufrii e Anthony.
Os santos padres caminhavam de ambos os lados de Novinskyi como dois guarda-costas. Aliás, no canal já mencionado, "Inter", o deputado tem atitude mediatizada, pois o canal é próximo a seus partidários.
Também na ação "acenderam-se" os representantes da "Escolha ukrainiana" de Medvedchuk, embora o próprio compadre de Putin, por alguma razão não veio. (Possivelmente, Viktor Medvedchuk foi a Moscou - fazer companhia ao presidente da Federação Russa, o qual, este ano, foi ignorado até por Lukashenko e Nazarbaiev, e de todos os líderes mundiais, a Moscou veio apenas o chefe da Moldávia, Igor Dodon).
Para completar o quadro faltou apenas Natália Vitrenko (seu contraparte "vermelho) Petro Symonenko, neste dia, apresentava-se em Zhytomyr, por isso, na caminhada da capital não participou.
A progressiva socialista não teve sorte. Ela foi bloqueada em seu apartamento, e ainda pintaram a sua porta com várias cores.
Não esteve presente na ação (ou não foi visto pelos jornalistas) Eugene Murayev - líder d partido "Pela vida" e proprietário do canal NewsOne.
Na véspera, Murayev formulou seu encantamento por 9 de maio na coluna do autor no site "Strana. ua" (País - ua).
"Para o povo ukrainiano isto sempre será feriado. Ponto. E se algo com Europa nos une - isto é, o status dos vencedores, único para todas as antigas repúblicas soviéticas," - disse ao mundo o deputado de 40 anos.
OUN virá - colocará ordem?
(OUN - Organização de Nacionalistas Ukrainianos). Com a palavra, contingente dos "celebrantes" clara e inequívocamente sinalizava, quem foi o primeiro beneficiário do vermelho-regional sabat em Kyiv.
O último, aliás, foi nomeado pelo presidente Petro Poroshenko "modelo requintado de especulação política sobre os sentimentos das pessoas".
Mas, apesar de tudo, o presidente participou das celebrações como no dia 08 (Dia da memória), e dia 09. "As memórias amargas sobre aqueles anos não nos abandonam, elas cuidadosamente são transformados de geração em geração.
O feriado é e será, mas nós não o comemoraremos segundo cenário de Moscou", - disse Poroshenko.
O tradicional meio a meio do nosso presidente não agradou à parte pró-ukrainiana da sociedade e estimulou a pró-russa a um comportamento mais arrogante.
E, portanto, não surpreende, que em Kyiv aos oponentes do "Regimento Imortal" não agiu o poder (através de suas agências de aplicação da lei), mas a Organização dos Nacionalistas Ukrainianos (OUN).
No entanto mostrar-se plenamente a OUN não permitiram (talvez até tenha sido melhor, porque do contrário, não conseguiriam evitar derramamento de sangue).
O escritório da Organização, na rua Mazepa, de manhã, 09 de maio cercou a polícia, os nacionalistas foram bloqueados para que não pudessem abandonar o local até o final da caminhada.
À OUN jogavam das janelas as chamas, gritavam os slogans "Revolução", "Liberdade ou Morte", "Komunyake na hillyaku. (Comunistas no galho - o que significa forca - OK) e cantavam canções patrióticas.
No entanto, não se pode afirmar, que a polícia nos arredores do parque Glória não agia nem um pouco. Os policiais suavemente exortavam os cidadãos para retirar as fitas de St. George.
Também tentavam reeducar aqueles que tinham foices e martelos , que traziam pendurados em si mesmos.
A atitude muito cautelosa aos infratores seria engraçada, se tudo isso não fosse muito triste.
Ao mesmo tempo, os policiais cercaram alguns rapazes com a bandeira ukrainiana, da organização "CIЧ", que gritavam "Glória a Ukraina!".
No geral os incidentes não eram duradouros, porém, isto foi suficiente para ilustrar certas tendências negativas.
Quando o cortejo chegou ao Parque da Glória e começou a depositar flores na Chama Eterna houve brigas - uma das quais foi devido a uma tentativa de tomar dos ativistas pró-ukrainianos a bandeira vermelho-preta. As partes começaram a atirar cravos, uns aos outros, mas esta guerra de flores terminou logo.
Causou grande controvérsia a presença de símbolos proibidos: um padre da igreja de Moscou na Ukraina (UOC-MP) fixava "fitas de St. George" nos retratos dos participantes que morreram na Segunda Guerra Mundial, e no meio da multidão foram vistos retratos de Stalin e Zhukov.
Outras consequências dramáticas aconteceram em Dnipro. Nós terminamos com a palavra do diretor do Instituto da Memória Nacional Volodymyr V'yatrovych.
"8 e 9 de maio impressionou mais a diferença das comemorações. No primeiro dia - paz, respeito mútuo, atenção a todos os veteranos. Segundo dia - tensão, intolerância mútua, politização. Isto porque 9 de maio até hoje acontece no formato especificado por Moscou. Porque, ao governo russo este dia é necessário para demonstrar ao mundo todo a força de sua influência no espaço pós soviético.
A força do império repousa no antigo - divide e impera. Para separar-se dos efeitos nocivos, prevenir manipulações, impedir manipulações externas e aproveitamento para fins políticos, a memória dos mortos na última guerra, a liderança da Ukraina deve dar mais um passo corajoso - mover todos os eventos públicos para 8 de maio".
Isto já foi proposto dor Volodymyr V'yatrovych a um ano atrás, no entanto, a carroça está no mesmo lugar. O que impede a liderança da Ukraina movê-lo do lugar - a questão parece retórica.
Tradução: O. Kowaltschuk
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