sexta-feira, 15 de julho de 2016

Ministerio das Relações Exteriores da Ukraina prepara uma resposta às declarações do Senado da Polônia para reconhecer a tragédia de Volyn como genocídio. A questão é sensível.
Tyzhden. ua (Semana Ukrainiana), 08.07.2016

O Ministério das Relações Exzteriores da Ukraina prepara uma rsposta ao Senado da Polônia quanto ao apelo de reconhecer a tragédia de Volyn (Ukraina) como genocídio. Sobre isto, em 08 de julho falou o porta-voz do Ministério do Exterior da Ukraina Mariana Betsa.

"A reação do Ministério das Relações Exteriores estudasse, a questão é, realmente, importante, sensível. Nós sempre, em todos os níveis, esfatizávamos a importância de evitar a politização deste processo e que esta questão deve ser considerada apenas pelos historiadores dos dois países", - disse Betsa.

Informação. Este ano cumpre-se o 73º aniversário da tragédia de Volyn que custou a vida de dezenas de poloneses e ukrainianos durante conflitos no território da atual Ukraina Ocidental. Os historiadores ukrainianos e poloneses têm diferentes opiniões sobre as causas e o número de vítimas da tragédia de Volyn. Os historiadores ukrainianos consideram os dados dos colegas poloneses exagerados sobre a morte de 100 mil poloneses, observando, que na verdade, o conflito poderia levar a vida, no máximo de 30 mil poloneses. Além disso eles apontam para o fato de que os ukrainianos também morriam pelas mãos dos poloneses e está historicamente provado o fato, que os assassinados brutais causavam os trabalhadores do soviético NKVD, sob o disfarce de OUN-UPA (Organização dos Nacionalistas Ukrainianos - Exército Insurreto Ukrainiano).

Em julho de 2013, o Sejm (Parlamento) da Polônia recusou-se a denominar a tragédia de Volýn, "genocídio" de poloneses. Também a câmara baixa do Parlamento polonês não apoiou a alteração de um grupo de deputados, sobre o estabelecimento de 11 de julho como Dia da Memória de vítimas da tragédia de Volyn, martírio de "kresovian" (palavra polonesa, de "Krersy" que significa limite, final, beira - OK).  Em 02 de junho os religiosos, políticos e intelectuais, líderes do povo ukrainiano, dirigiram-se aos poloneses, com uma carta aberta, na véspera do 73º aniversário da tragédia de Volyn. Eles pediram perdão à Polônia e prometeram esquecer os erros mútuos, como também não recorrer à declarações drásticas e precipitadas que podem jogar a favor de Kremlin. A carta foi assinada, pelos ex-presidentes Viktor Yushchenko e Leonid Kravchuk, patriarca da Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Kyiv Filaret, arcebispo da Igreja grego católica ukrainiana Sviatoslav Shevchuk.

O Partido Popular da Polônia registrou no Sejm da Polônia o projeto, com o qual propõe definir o dia 11 de julho como Dia da Memória das vítimas de genocídio cometido pela "OUN - UPA nos Kresy Orientais da II Rzeczpospolita" (Polônia).

O projeto estabelece que a dimensão maciça e o organizado crime de Volyn tem o caráter de limpeza étnica e genocídio", mas em 1942-1945 no território de Volyn e Galícia Oriental "vítimas do crime foram 100 mil poloneses inocentes, inclusive crianças". No Sejm registraram mais dois projetos em 11 de fevereiro, que foram organizados, anteriormente, pelos deputados do partido "Kukiz 15" e o partido "Lei e Justiça". Em 26 de junho o speaker do Parlamento ukrainiano Andrew Paruby disse, que antes da Cimeira da OTAN, em Varsóvia, o Sejm polonês não examinará as questões controversas da história ukraino-polonesa, como foi acordado com o presidente do Sejm polones, Marek Kuchinski.

Na resolução aprovada hoje, 08 de julho, o Senado da Polônia apelou ao Sejm instituir 11 de julho, como Dia Nacional da Memória das vítimas de "genocídio, cometido pelos nacionalistas ukrainianos contra os cidadãos da Segunda República Polonesa". Pela aprovação da resolução votaram 60 senadores, 23 eram contra e um absteve-se.

Tradução: O. Kowaltschuk


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