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Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 26.07.2016
Iryna Bila
A imprensa continua a avaliação dos primeiros 100 dias do governo Volodymyr Groisman. Assim, o "Jornal em ukrainiano" entre as falhas do novo gabinete diz que a privatização é fracassada, não se tornou instrumento de efetiva política econômica. Interrompido o programa do FMI, que decidiu, no verão, não continuar a cooperação com Ukraina. Até agora, não há registro único, nacional, de benefícios sociais. E, sem ele, pode-se distribuir o dinheiro à vontade e lança-lo às "almas mortas". Afinal a ajuda social recebem de 12 a 20 milhões de ukrainianos.
No entanto, o novo governo tem alguns progressos.
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Apesar da quantidade de equipamento militar no Donbas ocupado, Kremlin tem um grande problema com a motivação das forças armadas russas e combatentes alugados. Os especialistas do jornal "Day" tem a preocupação com o possível uso de sistemas de mísseis, isto é, batalhas sem contato. No entanto, como indica a edição, o agravamento da situação no front acontece paralelamente com a desestabilização no interir do país. Trata-se, particularmente, sobre a procissão, a qual, ideologicamente aproveita Kremlin. A massa deste evento leva os jornalistas à suposição, que das "avozinhas" querem criar significativas "vítimas". Kremlin com sua extensa rede de agentes provocadores e grande experiência em tais questões fará de tudo para pintar um retrato de "extremista" Kyiv, diz o jornal. (A procissão chega a Kyiv hoje, 27 de julho).
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Neste mesmo número, na publicação "Savchenko, sem acerto, iniciou o caminho à política". O "Jornal em Ukrainiano" escreve, que a ex-aprisionada expressa teses agradáveis a Kremlin. Talvez estas declarações surgem devido à falta de entendimento ou falta de experiência, observa a publicação. Em qualquer caso, hoje, em substituição aos aplausos e admiração geral à Nadia Savchenko vêm estado de alerta e o lembrete "não crie um ídolo para si". O tempo mostrará quem ela é realmente e se joga o jogo de alguém. No entanto, agora já está claro, que o início na política pública é muito duvidoso, convence o "Jornal em Ukrainiano",
(Cito apenas algumas declarações de Savchenko, do artigo publicado no jornal "Vysokyi Zamok": Remover as sanções da Rússia; não dar à Ukraina armas letais porque as tensões crescentes podem causar a Terceira Guerra Mundial; é contra ofensiva das forças ATO na região de ações de combate; é a favor da retirada das sanções da Rússia. Ela também disse que Ukraina deve pedir perdão aos seus inimigos, do contrário não haverá paz! Disse que está pronta para pedir perdão à mãe do lado inimigo, que perdeu o único filho. (Muitos ukrainianos rsponderam que não acham que devem pedir perdão porque não foi Ukraina que começou esta guerra). E, pelo atual conflito no Donbas, Savchenko atribuiu a culpa para o lado ukrainiano, que nos últimos 25 anos "tolerou tal situação, que as pessoas estão dispostas a jogar-se umas às outras"... Curiosas as suas respostas às ambições presidenciais: " - Primeiro eu respondia que não quero, mas posso", mas agora eu, com certeza, respondo "que devo". O presidente, na visão de Savchenko deve ter... funções ditatoriais." Para mudar... a estrutura do país, reescrever as leis para que funcionem para pessoas, vencer a corrupção - precisa ser um ditador que tem tudo em mãos" ).
Os ukrainianos já estão pensando se ela não é agente russa. Os analistas dizem que as declarações de Savchenko coincidem com a propaganda do Kremlin.
Algumas pessoas acham que ela foi "recrutada" na prisão, ou ainda antes, e agora lançam a ela, de tempo em tempo, "idéias inteligentes". Confirma esta possibilidade sua correspondência com os líderes dos militantes russos no Donbas durante sua permanência na prisão. Existem cópias dessas cartas.
Outros detalhes, especialmente surpreendente o fato de não ter tido consequências com a saúde após o período de fome. Quando voltou para Ukraina não foi ao médico fazer exames, mas foi aos microfones. (Pelas fotos deu para perceber que ela não emagreceu. Inclusive num dos vídeos que acessei uma mulher comentou isto -OK).
Outro fato que surpreende os ukrainianos é que o governo russo permitiu a transmissão de quase todas as sessões com a participação de Savchenko. Mas transmitir a participação de outro prisioneiro inflexível, crimeano Oleg Sentsov não tiveram coragem. Talvez porque ele não assinou nada com o comando de Putin.
Agora Savchenko prejudica Ukraina apresentando as idéias russas. Com a autoridade adquirida na prisão ajuda o inimigo. Ela foi obrigada a difundir tais idéias - em troca de sua libertação. E a seguram no gancho, do qual ela não se esforça muito para sair.
À sociedade ukrainiana melhor ignorar Savchenko e suas mensagens. Tudo é claro: ela é apenas uma pessoa que foi capturada e libertada pelo inimigo.
Tradução: O. Kowaltschuk
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