Mau e contagioso exemplo
Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana), 26.07.2015
Lech Teren
Eis uma notícia interessante da vida do outro lado do planeta, que supostamente, não é sobre Criméia, mas, na realidade, é muito sobre a Criméia. Nicolas Maduro, o presidente socialista da Venezuela (versão sul americana de totalitário "país carro-tanque de gasolina" que, como sabemos, no mundo há vários), declarou, que seu país deve "restabelecer a justiça histórica" quanto a distribuição das terras com a vizinha Guiana (2/3 da qual, de há muito tempo é objeto de desejo territorial da Venezuela.
O sucessor do tristemente conhecido Hugo Chavez disse, que a questão "não tem decisão militar", mas nomeou presidente da comissão especial sobre esta questão um general militar e aludiu, que Venezuela está pronta para proteção". Os primeiros passos para "renovação da justiça" deverá ser a entrega de passaportes venezuelanos a 200 mil moradores das regiões fronteiriças da Guiana e campanha de propaganda com a finalidade de convencê-los, que sob a Venezuela eles viverão muito melhor. É completamente compreensível, que Maduro macaqueia cuidadosamente o "cenário da Criméia" de seu amigo e aliado Putin. Característica familiar é o fato, que a idéia de ampliação, a maioria da sociedade venezuelana, independentemente de sua posição em relação a Maduro: a intenção presidencial aprovam até mesmo os oposicionistas locais. Então Maduro, aproveitando a comprovada receita russa, arrastou para periferia a difícil situação no próprio país, e o mundo arrisca ver mais uma guerra hibrida. Talvez, ao governo da Guiana valeria a pena, como um meio contra-propaganda tentar jogar das aeronaves sobre a selva resumos de notícias da Criméia e Donbas, para aqueles que se seduzirem com promessas do "paraíso do petróleo" saibam como no mundo terminam casos semelhantes.
Como eles terminam, parece que já compreendeu Aksenov. Na Criméia conduz-se mal disfarçada campanha de enfraquecimento, por Moscou, da "elite" local e gradual substituição de seus quadros, cujos assuntos pessoais não planejados para aceitação do então juramento de funcionário público da Ukraina e consequente traição desse juramento. Comentando os rumores sobre a iminente substituição de seu governo, pelos russos, Aksenov inicialmente descartou, que tudo eram conversas. Mas quando do próprio Medvedev ouviu, que agora cada "ministro" da Criméia vai receber "para auxiliá-lo" um vice da Rússia (isto, provavelmente, é a primeira etapa da lenta neutralização do atual "governo" da Criméia. Aksenov precisou esquivar-se e dizer, que foi ele próprio que convidou , de Moscou, novos quadros e, pessoalmente, os confirmará nos cargos. Claro, para onde ele vai, confirmará. Ele, agora, fará qualquer coisa, porque os lobos da checa estreitam os círculos ao seu redor: dizem que o FSB já deteve, por fraudes de terras, seu genro, "presidente" da "administração de Yalta". Compreendendo claramente, como poderá ser o final, Aksenov já começou "em teoria" discutir o próprio afastamento e justificar-se, dizendo que não há porque expulsá-lo. "Eu permaneço no comando do presidente, e o presidente sabe onde aplicar esforços específicos. Eu não fiz nada que justifique minha eliminação", - disse ele.
Não é exclusivo, que Criméia, numa perspectiva não muito distante livrar-se-á de mais um "rosto da Primavera crimeana" - Poklonska. Ridicularizada na Internet, a procuradora prefere a imagem de religiosidade e exagerado enlevo pela dinastia dos Romanov. Sem a participação zelosa de Poklonska raramente realizam-se as apresentações dos "ícones pacificadores", e as solenes entregas das circundantes e monárquicas "recompensas", abertura dos monumentos dos imperadores e eventos similares.
Certa vez os importantes jornalistas russos a tentavam com perguntas astutas, o que é melhor para Rússia: república ou monarquia? Então Poklonska teve suficiente juízo para escapar de uma resposta direta e respondeu que isto "não é assunto dela". Mas, ao coração não é possível dar ordens: no próximo evento "Romanov" a procuradora, publicamente, deixou escapar, que o ato de renúncia de Nicolau II do trono não tem nenhuma força jurídica. Se isto fosse dito por qualquer chefe cossaco, tudo ficaria bem. Mas, na boca de um alto funcionário jurista tal "veredito-oficial" tem profundas consequências adversas: dele implica, que é ilegítimo o próprio estado sob o nome de Federação Russa, que é uma sucessora formal da RSFSR (República Socialista Federativa Soviética da Rússia) e URSS (União Russa Socialista Soviética), mas não o Império Russo.
Em Moscou engasgaram ao ouvir de uma procuradora crimeana tão perigoso absurdo. O senado russo protestou imediatamente sua "descoberta": lá afirmaram que a negação do imperador tem força jurídica integral e convidaram Poklonska aos arquivos de Moscou para aumentar seu nível de conhecimento em relação às "páginas esquecidas da história". Não é de admirar, que na última semana apareceram notícias que querem apresentá-la como candidata a deputada da Duma Estatal de Moscou. Isto parece uma tentativa de trazê-la, calmamente, da Criméia: que fale da tribuna o que quiser, entre outros excêntricos palhaços, que lá são são abundantes. E no cargo de "promotor" da Criméia, durante a futura e última "limpeza" dos quadros de Aksenov, Moscou precisará de uma pessoa mais confiável que boneca de panos - atual promotora.
Comandante-chefe das forças OTAN: "Rússia - principal ameaça para o mundo".
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 31.07.2015
A aliança do Atlântico Norte por 20 anos tentou construir relações de parceria com a Rússia, mas o Kremlin escolheu confronto e uso de força contra vizinhos.
Há muitas ameaças globais, por exemplo Estado Islâmico - esse é outro caso. Este país, por 20 anos, tentamos fazer nosso parceiro. Mas, nos últimos anos, vemos que eles foram para outro lado. Agora nós vemos um país, que usa a força para mudar fronteiras internacionalmente reconhecidas. Rússia continua a ocupar Crimeia, exército russo agora está no Donbas. Rússia usou a força para mudar fronteiras", - disse Bridlov.
Segundo Bridlov, Kremlin tem um grande arsenal nuclear e declara abertamente sobre a possibilidade do uso de armas nucleares o que não pode não perturbar os líderes mundiais. Segundo ele, o ocidente gostaria de renovar a parceria com Rússia, no entanto, enquanto ela usa a força na Europa, Moscou não deve esperar por isto.
"Geórgia, Transnistria, Crimeia, Donbas, onde, abertamente usaram a força, não é o que esperamos de nossos parceiros na Europa", acrescentou.
Em tempo, os EUA explicam, que a prorrogação das sanções contra Rússia - uma revisão regular das listas para melhorar a sua eficácia, não está associada com o voto do representante da Rússia no Conselho de Segurança da ONU contra a criação do Tribunal para investigação do acidente do Boeing no céu sobre Donbas no ano passado.
Poroshenko - ao Ocidente: "Nós nos recusamos de 1240 ogivas nucleares, então nos deem, pelo menos 1.240 sistemas Javelin".
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 19.07.2015
Ukraina precisa de 1.240 mísseis Javelin, anti-tanque, para deter a agressão russa, disse Poroshenko numa entrevista ato The Wall Street Journal.
"Nós precisamos apenas 1240 mísseis Javelin, e isso é completamente justo," - disse Poroshenko, respondendo à pergunta sobre armas necessárias ao exército ukrainiano para impedir novas agressões russas e seus subordinados terroristas.
Poroshenko lembrou, que em 1994, de acordo com o memorando de Budapeste, Ukraina se recusou de 1.240 ogivas nucleares e, em troca, os Estados Unidos e o Reino Unido... prometeram garantir nossa soberania e integridade territorial", - disse o chefe do Estado da Ukraina.
Ao mesmo tempo, Poroshenko salientou, que "nós não exigimos, que os soldados britânicos, americanos ou franceses venham aqui e lutem por nós. Fazemos isto através de próprios esforços, pagando o preço mais alto - vida dos nossos soldados. "Nós precisamos de solidariedade", - declarou.
Ele também declarou que, se não for possível parar o agressor, isto significa que não há segurança global.
Poroshenko disse que devido aos ataques diários dos agressores, o número de soldados ukrainianos e moradores civis motos no Donbas, já se aproxima de 9 mil pessoas.
Tradução: O. Kowaltschuk
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