"Há grupos - união do FSB (Serviço Federal de Segurança) e GRU (Agência de Inteligência Geral), militares e agentes de segurança. Outro grupo - aliança situacional FSO (Serviço Federal de Proteção) ala político tecnológica de Surkov" - deputado da Duma Estatal da Rússia.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 23.03.2015
Voz da América
Deputado da Duma-Rússia, Ilya Ponomarov |
Segundo o deputado oposicionista da Duma, da FR, Ilya Ponomarev, Vladimir Putin tornou-se refém da luta subterrânea entre as diferentes forças de segurança.
Putin não tem controle sobre a situação há muito tempo. Equilibra-se entre diferentes clãs que ele mesmo criou. Agora, para ele há uma situação de choque ver como diferentes pessoas que, supostamente, lhe são leais, no entanto agem a seu exclusivo critério, não lhe perguntam nada, agem por trás.
-Quem é esse mestre de marionetes? Ivanov? Shoigu?
-Não, aqui não existe um único líder. Eu penso que aqui há um grupo - união entre FSB e GRU, militares e agentes de segurança (chequistas). O outro grupo - é, segundo indícios, e da união situacional do FSO e da ala político tecnológica de Surkov.
A maquinação veio à tona após o assassinato de Nemtsov e inesperado desaparecimento do presidente russo.
- Putin, creio eu, estava em sua residência em Valdaí, todos estes dias. Especialmente foi espalhada desinformação, que ele esteve com Kabaeva na Suiça. Na verdade, eu penso, que ele esteve sob a guarda do FSO, porque na Rússia, agora, acontece um grande conflito entre diferentes clãs do sistema de segurança.
E, porquanto, esta exacerbação foi claramente relacionada com o trabalho dos serviços de segurança, porque o lugar do assassinato de Nemtsov foi escolhido como local da responsabilidade do FSO, como demonstração, de que, digamos, a sua própria proteção não pode lhe garantir nada.
- E Kaderov, é figura neste cenário?
- Eu penso, que Kaderov assume a culpa dos outros. Eu penso que o verdadeiro mandante é preciso procurar nas estruturas do FSB e GRU.
Vladimir Putin. Moscou, 19.03.2015 |
- No aniversário do "referendum" na Crimeia, a TV russa mostrou o filme "Criméia. Caminho para casa", no qual Putin contou que, bem de perto controlava e geria a anexação e até estava disposto a recorrer ao uso de armas nucleares. Para quê?
- É óbvio, que ele não é o autor do roteiro e não foi ele que selecionou as citações, embora ele falou muito. Eu acho que há uma ala no seu círculo imediato, que não está interessada de que ele resolva a situação sem sangue, e este círculo quer que Putin compreenda, que será Haia, ou com eles, no mesmo "Titanik" os protegera ate a última bala e última gota de sangue russo. Acho que este filme - resultado de ações deste círculo.
Apesar de que há muitos grupos no Kremlin, apoiantes da Ukraina entre eles não tem. As próximas ações do Kremlin, diz Ponomarov, dependerão daquele, cujo grupo - guerra anti-ukrainiana ou paz anti-ukrainiana - prevalecerá.
- A estratégia da Rússia continua sendo apoio à instabilidade da Ukraina, nas tentativas deseja-se alcançar, que a própria nação ukrainiana derrube seu governo. Seu governo, infelizmente, dá muitos motivos, para resultar isto mesmo.
E, particularmente, o assassinato de Nemtsov é um reflexo da luta em Moscou do partido anti-ukrainiano da paz e partido anti-ukrainiano da guerra. O partido anti-ukrainiano da paz diz "vocês, principalmente, não os toquem, eles cairão sozinhos". Mas o partido anti-ukrainiano da guerra diz "vamos reconquistar Mariupol e mover as tropas para frente". O assassinato de Nemtsov foi uma tentativa do partido anti-ukrainiano para reconquistar sua liderança. Agora há um equilíbrio delicado.
Tradução: O. Kowaltschuk
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