Ex-mercenário: No Donbas luta exército regular russo.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 18.03.2015
Quirguis Manas, que era mercenário no Donbas, ao lado dos militantes, confirma a presença do exército regular da Rússia e disse que os meios de comunicação da Rússia desinformam.
Ele foi ao Donbas em agosto de 2014, assinou contrato somente em novembro.
"Cheguei lá como voluntário. Assistia TV - Primeiro Canal, RTR, outros. Para mim, era importante, porque em 1941, na guerra, mataram meu avô. Foram os meus preceitos morais que me chamaram. A TV dizia que eram os fascistas levantando a cabeça, os nazistas... mostravam suástica", - disse ele.
"Eu fui para Samara, Rostov-on-Don... Ukraina.
"Nós ficamos 5 dias num ponto de filtração, verificação de documentos, definição de especialidade. Eu fui enviado para Luhansk. Primeiro eu fui para União dos cossacos, para fronteira e contactei com determinadas pessoas. Eles me deram orientação, o resto era tudo voluntário. Comigo havia 17 pessoas de Quirguistão. Na Ukraina houve distribuição, e eu fui para uma brigada de propósito especial", - contou ele.
Na chegada conheci o grupo de reconhecimento. Lá havia pessoas de diversas nacionalidades - sérvios, chechenos, cazaques, ossetianos. Eu entrei no grupo do Ché Guevara, cossaco de Kaliningrad.
Eu era o chefe do grupo de Inteligência", - contou o ex-combatente.
Então Manas percebeu, que sentiu a principal mudança interna, quando viu que não havia fascistas na Ukraina, e que no Donbas age o exército regular russo.
"Eu pensei que lá havia fascistas, mas não os vi. Nós lutamos com o exército regular ukrainiano. Eles tem algumas falhas - batalhões "Setor Direito", "Donbas", formados por voluntários, ultra-nacionalistas. Mas fascistas eu não vi. Nós capturávamos o inimigo, destruíamos, pois isto é guerra", - disse ele.
O meu ponto de viragem aconteceu, quando eu vi o exército russo, como eles agem, como lutam. Algo no meu interior quebrou-se", disse Manas. Ele garantiu que tem certeza que são exércitos russos.
"Para compreender, que eram exércitos russos, precisa saber como é o seu recrutamento. Isto não são soldados contratados por tempo determinado. São partes combativas, implantadas na Ossétia do Sul, que atravessaram a primeira e a segunda guerra chechena", disse ele.
Basicamente são contratados. Eles, às vezes, jogam para um lado ou outro. Mas eles não tem técnica. Lá, a frente não é muito uniforme, batalhas ocorrem em diferentes locais habitados", - acrescentou Manas.
Atualmente tem mais exército regular russo. Mineiros quase não tem. Voluntários são poucos. Nós estamos sendo substituídos por tropas regulares, são forças de contenção, mas sob quaisquer circunstâncias vão defender certas posições".
Ele também contou que sair de Donbas foi complicado. "Existe uma certa compreensão que a dispensa é segundo a lei. A mim ela foi dada depois de Debaltseve. Depois nós acompanhamos a "carga 200" (Denominação do transporte do corpo(s) de soldado(s) morto(s). Surgiu entre soldados soviéticos no Afeganistão. Perdura até hoje entre soldados russos e, agora, também ukrainianos - OK).
O contrato eu não quebrei, para não causar suspeita. Eu, simplesmente pedi dispensa para ir para casa, embora na fronteira russa não me dispensaram". Mas Manas decidiu sair porque seu motivo não foi justificado.
"Eu tinha um motivo, que não justificou-se. Descobriu-se que tudo isso - agitação e propaganda".
Ele declarou, que agora poderia guerrear no lado ukrainiano.
"Eu iria, agora, lutar pela Ukraina. Estas são pessoas que protegem a integridade e a soberania do país, - disse ele.
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O anúncio é do coronel Valentim Fedychev:
Na floresta ao longo da estrada de Gorlivka a Vuhlehorsk "DNR" escondeu 10 instalações de foguetes "GRAD".
Entre Amvrosiyivka e Kuibyshev, entre reflorestamentos há 15 canhões autopropulsados e 30 caminhões com munição da Rússia.
Na noite de 16 de março, a Debaltseve, chegaram 40 vagões com militantes e veículos blindados. Todos os dias na estação de Ilovaysk "DNR" descarrega não menos de 10 vagões de munição, tanques com diesel e gasolina.
Os treinamentos de combate "DNR" realiza no centro de instrução na aldeia Starobeshevo, em Donetsk.
E no dia 17, Fedychev avisou que os militantes escondem tanques e artilharia autopropulsada (ASC) no consórcio "Styrol". (Consórcio "Styrol" parte da OSTCHEN - um dos maiores holdings químicos da Ukraina, que une várias empresas competitivas e de alto desempenho, produtoras de fertilizantes hidrogenados - OK).
Tradução: O. Kowaltschuk
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