Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 15.12.2014
Omar Uzarashvili
Vingar-se, pela derrota militar, e política os russos decidiram sobre os trabalhadores comuns.
"A partir de 1 de janeiro de 2015 os trabalhadores ukrainianos, que constituem o principal número de estrangeiros, trabalho sem patente não obterão. Além disso, nós vamos observar o prazo de permanência em nosso país - 90 dias durante seis meses - mais rigoroso", - ameaçou os trabalhadores ukrainianos em sua entrevista à Gazeta Independente o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev.
O primeiro ministro russo advertiu, que aos cidadãos da Ukraina os guardas de fronteira, de agora em diante, vão colocar-se "com maior atenção". Ele também observou que a muitos ukrainianos o trabalho na Rússia é - "a única fonte de sustento". De acordo com dados oficiais do Serviço de Migração da Rússia, oficialmente, com patentes de trabalho, na Rússia, atualmente trabalham quase 400 mil ukrainianos mas, no transcorrer deste ano, à Rússia vieram para trabalhar mais de quatro milhões de trabalhadores comuns da Ukraina.
O quanto estes números correspondem à realidade, é impossível verificar. No entanto, não é segredo que muitas equipes de construção da Ukraina Ocidental (especialmente de Transcarphatia e Bukovyna) trabalham em canteiros de obras na Rússia. Em tempo, na Ukraina apareceram "brigadas" criminosas que exploram os trabalhadores. Exigiam "tributo" nos trens, que traziam os trabalhadores ukrainianos de volta para suas casas na Ukraina. Muito dinheiro dos migrantes foi deixado nos bolsos dos corrompidos guardas de fronteira e aduaneiros ukrainianos.
As ameaças de Medvedev não devem ser consideradas apenas como ameaças. Na véspera da guerra russo-georgiana de 2008, quando na Rússia iniciou-se a história anti-georgiana , dos territórios deste país, começaram deportar à Geórgia não apenas pessoas com passaportes georgianos, mas também cidadãos russos de origem georgiana. Os georgianos, então, eram pegos diretamente nas ruas, pelos policiais russos, e colocados nos aviões de carga e enviados para Geórgia (Este é o procedimento do país que se diz "irmão" - OK).
Muitos empresários russos, envolvidos com negócios de construção, consideram que os trabalhadores ukrainianos são indispensáveis. Os próprios russos não aceitam os baixos salários, como eles consideram, a remuneração do trabalho na construção civil, e os "ostarbaiteres" (Definição adotada pelo Terceiro Reich para se referir às pessoas traficadas da Europa Oriental, que seriam utilizadas como mão de obra gratuita, ou de baixo pagamento (1942 - 1944) dos países que se tornaram soviéticos até setembro de 1939.
Os trabalhadores da Ásia Central não têm qualificação necessária.
Abster-se da perseguição em massa, de ukrainianos pela Rússia, deve forçar a decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, aprovado em julho deste ano, segundo demanda da Geórgia. Analisando esta demanda o Tribunal de Estrasburgo estabeleceu que Rússia, durante a campanha anti-georgiana de 2006 - 2007 violou uma série de artigos da Convenção Européia de Direitos Humanos, e obrigou Rússia ao pagamento de compensação monetária aos cidadãos da Geórgia, que, então, foram forçosamente deportados da Rússia.
Sobre reação de Berlim às ameaças de Lavrov.
Den (Dia) - Kyiv. ua, 12. 12. 2014.
Mykola Siryk
Especialista: muito poucos alemães duvidam que Putin os engana e tem aspirações imperialistas.
Recentemente o chanceler russo, Sergei Lavrov, acusou Berlim na ausência construtiva com Moscou e alertou para as possíveis consequências disto para Europa. "Dia" dirigiu-se ao especialista alemão André Hartelya, do Instituto de Ciências Políticas da Universidade de Gena - Friedrich Schiller, pedindo para dizer-lhe, como na Alemanha receberam as ameaças do ministro russo e como os alemães pensam parar a agressão de Putin a Ukraina.
- O Kremlin está muito preocupado que, num dado momento, a opinião pública e os pontos de vista da elite em relação a Rússia, na Alemanha, ganharão outras tendências, diferentes das anteriores. A principal força aqui é Angela Merkel, que foi muito firme em sua abordagem a Putin e uniu consigo os estados orientais. Anteriormente, isto não encontrava apoio entre as principais elites políticas e comunidade alemã, os quais defendiam uma abordagem mais moderada, baseada no diálogo, no relacionamento com Moscou e recusa de sanções. Aquelas vozes também tinham do seu lado o argumento econômico - perdas de exportadores alemães. No entanto, isto começa a mudar, visto que, o rumo sólido de Merkel influencia a opinião pública - ela é muito bem vista na qualidade de líder, e por isto as pessoas não consideram, que ela não tenha razão nesta questão. Além disto, após a entrevista de Putin no ARD (Primeiro Canal da TV alemã) há algumas semanas, a dúvida, quanto ao papel da Rússia na Ukraina tornou-se cada vez mais dispersa - muito poucos alemães duvidam que Putin os engana e percebem que ele tem aspirações imperialistas.
- No entanto, para Kremlin a Alemanha é estado-chave para dividir a aliança ocidental. Os russos sabem, que os cidadãos, o espectro político da esquerda e abertamente da direita, estão amigavelmente sintonizados com a Rússia, e que isto limita o espaço para a chanceler manobrar e reforças as sanções.
- Que políticas deveria executar Alemanha, como líder da Europa, para realmente obrigar Putin abandonar a agressão no leste da Ukraina e devolver a ilegalmente ocupada Criméia?
- Eu acho que nós devemos pensar em várias etapas. Na fase atual o Ocidente deve usar medidas rigorosas, inclusive aumentar as sanções, para Rússia reagir aos nossos interesses e objetivos. Rússia, até agora não executa o acordo de cessar-fogo e continua os jogos separatistas. O protocolo de Minsk tornou-se o primeiro sinal, de que a pressão trabalha, mas nós precisamos mais. No entanto, isto deve ser bem calibrado, porque ninguém precisa de situações, quando um cachorro grande, inesperadamente, começa morder, se ele for, demasiadamente, empurrado para um canto. Por isso, assim que nós tivermos claros sinais de cessar-fogo e renovação de pleno apoio à soberania da Ukraina, somente então poderá iniciar-se o diálogo para levantamento das sanções. No entanto, uma vez que a questão da Criméia continua aberta, Rússia deve sentir a nossa frustração e alguns elementos de pressão (em primeiro lugar, claramente não reconhecer a anexação da Criméia no futuro) devem ser preservados e isso deve ser claramente indicado.
APARECEM CADA VEZ MAIS SINAIS DE QUE, RÚSSIA SE SENTE ISOLADA E NÃO ESPERAVA, QUE O OCIDENTE SERÁ TÃO DURO E FIEL A SANÇÕES.
Há evidências crescentes de que Rússia se sente isolada e não esperava, que o Ocidente será tão duro e fiel a sanções. Eu penso, Putin esperava, que depois de Minsk as sanções seriam retiradas, mas Merkel insistiu no seu. Isto irrita Putin, ele, no plano estratégico encontrou-se no canto, até os chineses aproveitaram-se com benefícios econômicos nesta situação e politicamente não apoiaram Putin. Putin sabe que ele deve acabar com isto, antes que isto acabe levando a um desastre econômico e colapso do regime. Devido a isto as perspectivas de Moscou quanto ao futuro de Donbass mudaram - pesando custos e benefícios (e a desorganização que criam esses criminosos no Donbass), parece, que Putin vai exigir apenas aumento da autonomia. No entanto, você nunca sabe, o que ele tem na cabeça - isto pode ser uma tática, a pressão política sobre ele é forte, para manter o compromisso, em qualquer forma, da Nova Rússia. Eu penso, ele vai esperar um pouco e ganhar tempo, para que os separatistas se fortaleçam - então ele poderá declarar que o fato foi consumado e deixar o problema para que o resolva a comunidade internacional. O confronto militar é pouco provável.
Tradução: O. Kowaltschuk
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