quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Notícias diversas - 8 e 9 de dezembro
Vysokyi Zamok (Castelo Alto)

Os terroristas forçam os trabalhadores das minas e empresas  à mobilização pela Nova Rússia.

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"Os militantes levaram para o monturo, em Donetsk, dois caminhões basculantes com cadáveres de seus asseclas. Isto prova que o trabalho de nossos guerrilheiros é eficaz. Prova também, e não surpreende, que os bandidos já perderam sua forma humana, noção e valores cristãos humanos". - diz o comunicado do centro de imprensa da ATO.
Como relatava Elena Vasileva - ativista social russa "durante a guerra no Donbass mataram cerca de 4 mil russos. Cerca de mil deles são voluntários-mercenários. O restante são militares russos.

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Na Rússia começou uma massiva revolta de Mães de soldados depois da derrota das forças especiais russas em Donetsk. As mães vieram a Rostov (próximo a divisa com Ukraina), de todo país, para procurar seus filhos que desapareceram na alegada "longa missão". Rebelam-se também as mães locais, porque são muitos os "kazak" que morreram no Donbass.
Moscou, escrevem nas redes sociais, bloqueia as comunicações telefônicas e eletrônicas com a região. E, parece, que para lá, imediatamente transferiram unidades internas do exército e também polícia.

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Devido as sanções, os russos não reservam restaurantes e hotéis  para as festas corporativas de Ano Novo. Situação análoga a 1998 e 2008. Muitos restaurantes pretendem trabalhar normalmente, na esperança de que as pessoas venham sem reserva prévia.

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Os advogados de Yanukovych pretendiam retirar do banco 20 milhões de "hryvnias". Não conseguiram, a justiça impediu. 
Já a Interpol recusa-se declarar o ex-presidente, e mais sete comparsas, à captura internacional. Diz que este caso parece ter perseguição política.
Yarema diz que a Procuradoria Geral forneceu todos os materiais necessários para declarar estas pessoas como procuradas internacionalmente.

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A advogada da viúva de Gongadze falou em que condições cumpre pena o matador Pukach. (Gongadze é aquele jornalista assassinado e cujo cadáver encontraram sem a cabeça. Foi reconhecido por um ferimento anterior, na Georgia. Ele denunciava os mal feitos do governo do ex-presidente Kuchma. Foi um crime chocante, que até hoje comove os ukrainianos. Um ministro, na época, teria se suicidado com dois tiros no crânio - provável assassinato, porque sabia de fatos que não desejavam esclarecidos). Depois de muitos anos o matador, isto é, aquele que fez o serviço sujo, foi julgado e está preso.
Há quase dois anos o ex-general Pukach foi condenado à prisão perpétua. Como não houve julgamento da apelação, a sentença ainda não entrou em vigor. Pukach e Alexei Podolsky apelaram para devolver o caso à investigação pré-julgamento.
Segundo Valentina Telychenko, advogada da viúva Gongadze, a apreciação dos recursos é deliberadamente atrasada o que é confortável a Pukach porque ele não está na prisão, mas numa cadeia confortável e comporta-se com insolência durante as audiências judiciais. 


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Este vídeo chocou os ukrainianos. Ele foi postado nas redes sociais. Mostra uma vovozinha, que com auxílio de um balde sobe no trem. O trem Melitopolh - Zaporizhzhia pára em local não adequado, devido às exigências dos moradores da localidade.
No local não há plataforma nem sinalização, não obstante a parada é permitida. As pessoas argumentam que esta parada encontra-se próximo de uma cooperativa da aldeia Novoslobodivka, a 15 km de Saporizhizhia. Os moradores locais já, por vários anos, requerem aqui uma plataforma ferroviária. (Comentar o quê? - OK)


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Poroshenko entrega mais de 100 (cem) unidades de técnicas militares.


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OSCE registou novo comboio de caminhões e veículos militares em Donetsk. São mais de 100 (cem) veículos militares verdes, sem marca, que se dirigem ao sul da cidade de Donetsk.

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Em um dia Ukraina perdeu seis militares.
Em Avdiivka, subúrbio de Donetsk, de tiros dos militantes morreram duas crianças e 13 pessoas foram hospitalizadas, dessas cinco são crianças. Muitos prédios residenciais foram danificados, o prédio do Jardim de Infância e parte do hospital municipal. 
Foram mortos seis moradores e feridos 3 em Horlivka. Os moradores saíram na rua exigindo que os terroristas fossem embora. 

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Nos hospitais estrangeiros estão em tratamento mais de 100 (cem) militares ukrainianos, feridos no Donbass. Destes 73 - na Polônia, 11 - em Israel, 16 - na Alemanha, 8 - na Croácia, 6 - na Lituânia, 5 - nos Emirados Árabes, 4 - nos EUA, 4 - na Eslováquia, 3 - na Estônia, 3 - na Hungria, 2 - na Áustria, 1 - na Letônia.
O tratamento e a reabilitação realiza-se tanto às custas dos governos onde estão os soldados, como da ajuda pública, organizações de caridade, voluntariado e empresas locais.
Tratamento e reabilitação já completaram 36 soldados.

Quanto aos feridos durante a Revolução da Dignidade (Euromaidan), a ajuda médica além fronteira, recebeu 363 ukrainianos. Destes: 144 - na Polônia , 58 - na Eslováquia, 38 - na República Checa, 25 - na Alemanha, 24 - na Itália, 22 - na Lituânia, 11 - na Áustria, 11 - na Romênia, 10 - em Israel, 8 - na Letônia, 6 - na Estônia, 3 - na França, 2 - na Espanha, 1 - na Suécia.
O transporte aéreo era fornecido pelos parceiros estrangeiros. 

Seu capacete deu ao soldado...
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 08.12.2014
Ivan Farion 

Médicos israelenses tentam salvar o Herói da Ukraina Oleksandr Petrakivskyi, que já está em coma quinto mês.


O major Oleksandr Petrakivskyi, 26 anos, graduado pela Academia das Forças Armadas, recebeu o título de "Herói da Ukraina" do presidente Poroshenko, mas seu título não poderá receber em breve. Ele permanece em um dos hospitais de Tel Aviv, onde neurocirurgiões lutam por sua vida já quinto mês...
Oleksandr liderava uma equipe de 13 pessoas, em 20 de julho, que cobria a passagem da técnica ukrainiana e batalhão voluntário "Aidar"  até o aeroporto de Luhansk. Parecia não haver dificuldade mas, inesperadamente, próximo à cidade Shchastia caiu numa emboscada (suspeita-se de venda de informações aos separatistas por algum traidor). O veículo com militares ukrainianos foi bombardeado, dois soldados morreram. Os militantes abriram fogo cerrado, esforçavam-se para matar todos os ukrainianos. Nesta contenda um jovem soldado perdeu seu capacete. Vendo isto, o capitão Petrakivskyi (major, posteriormente) tirou seu capacete e colocou-o na cabeça do soldado. Alguns minutos depois, próximo, explodiu uma mina e um dos fragmentos alojou-se no presente do comandante. O soldado ficou vivo. Mas o capitão não teve a mesma sorte - durante as próximas explosões, alguns estilhaços incandescentes alojaram-se em sua cabeça desprotegida, ao comandante, perfuraram a testa.
Sangrando, Oleksandr continuou a administração da luta, assegurou a passagem da coluna e retirou seus soldados da zona de perigo, trouxe do tiroteio  o sargento ferido...
Quando chegaram ao hospital de campanha, aceitou cuidados médicos somente depois dos outros. Talvez tenha sido tanto sacrifício que lhe causou graves complicações. Oleksandr passou por duas cirurgias pesadas, duas vezes passou por morte clínica. Durante a extração de um estilhaço caiu em coma, do qual não voltou até hoje. Pela sua vida lutaram no hospital de Lviv, sua temperatura chegava a 41 graus - cobriam-no com gelo.
Posteriormente ele foi enviado para Kyiv e durante o próximo exame descobriram mais um estilhaço no pescoço, que anteriormente confundiram com ... escaras. É possível, que aquele fragmento fosse de cerâmica (know-how de militares russos), invisível aos raios X...
Além dos médicos, à luta juntou-se toda sua família: seu pai P. Stanislavovych, coronel, 41 anos de serviço militar; sua mãe Tatiana, tenente-coronel; sua irmã capitã; sua esposa Halia, estudante da Academia do Exército; sua irmã mais nova, que sonha com dragonas militares e sua filhinha Anastácia de cinco anos, a qual não contam toda a verdade sobre seu pai.


Família e amigos iniciaram captação de recursos. Um dia no hospital pátrio custava seis mil "hreyvnias". Para tratamento no exterior era necessária uma soma fantástica: na conta apresentada pelos médicos da Terra Prometida (Israel), constava a quantia "300 mil euros". Para despesas iniciais exigiam 150 mil euros, e aconselharam trazer consigo, para despesas eventuais mais 100 mil. Os ukrainianos aceitaram o desafio porque os esculápios alemães (Esculápio - deus da medicina na mitologia greco-romana - OK) colaboração dos quais prometeu Angela Merkel, ajudar a Oleksandr, recusaram - caso muito difícil.

Um dia em um hospital israelense custa 3,5 mil dólares (Atualmente um dólar, na Ukraina, vale 15 - 16 "Hryvnias - OK). Quantos dias assim Oleksandr precisará, ninguém sabe. Ao oficial, com o qual está de plantão seu pai, esperam, pelo menos, mais duas cirurgias. Esperanças para recuperação há. Mas, constantemente deixam claro: não esqueçam o pagamento - caso contrário, seu filho deixará de ser nosso paciente...

Na Ukraina a família passou por vários calvários - especialmente, devido a burocracias militares e bancárias. Uns demoravam com a documentação, outros recusavam-se converter em moeda estrangeira as coletadas "hryvnias" graças aos mecenas. Para chegar aos necessários euros-dólares, a questão era decidida nos gabinetes da Bankova (governo)...

Mas houve pessoas benevolentes junto desta família sofrida. Segundo o pai do oficial, muito ajudaram: Academia do Exército, a Administração Estatal Regional - ex-presidente de Lviv Irena Sekh, na solução de passaportes e vistos, Consulado Geral da Polônia de Lviv, Cônsul Geral ukrainiano Jaroslaw Drozd, Concerto de caridade de Oleg Skrypka e inúmeros ukrainianos.

- Agora tudo está nas mãos dos médicos e Deus - diz o pai de Oleksandr. Oramos pela saúde de nosso filho e confiamos que Deus ouvirá nossas orações.

O pai de Oleksandr, militar aposentado prometeu: assim que seu filho recuperar a saúde, pegará em armas e irá lutar contra todos que levantaram a mão contra Ukraina.

Seguem ao texto os números dos cartões bancários, onde poderão ser feitos donativos.

(É surpreendente a ajuda que os ukrainianos, quando enfrentam grandes dificuldades, recebem da comunidade em geral. Muitas vezes o pobre doa o pouco que tem.
Surpreendem as doações para os militares e a abnegação dos voluntários na presente guerra.
Há, também, um grande número de traidores, bajuladores de Moscou, ou simplesmente pervertidos por séculos de domínio moscovita, que aproveitam todas as ocasiões para apoderar-se de bens ou situações inacessíveis a quem não quer trabalhar honesta e dedicadamente. - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk

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