domingo, 7 de dezembro de 2014

Merkel: Rússia está de olho nos direitos de soberania da Ukraina, Geórgia e Moldávia
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 07.12.2014


A chanceler alemã, Angela Merkel, acusou a Rússia de interferir nos assuntos internos de países que buscam a aproximação com a UE.
Ela afirmou ao jornal Die Welt que Rússia cria problemas a Moldávia, Geórgia e Ukraina, países que aprovaram o acordo de associação com UE. Merkel indicou os "conflitos congelados" em torno das autoproclamadas Transnistria, Abkházia e Ossétia do Sul, e também as ações russas no leste da Ukraina.

Ela também declarou, que Moscou tenta colocar em sua dependência econômica e política os países ocidentais dos Balcãs. Falando sobre os países bálticos, a chanceler alemã disse que "não se trata de guerra. No entanto, de acordo com o artigo 5 do tratado da OTAN, o ataque a um membro da aliança do Norte do Atlântico é visto como um ataque à organização como um todo. E que, em caso de necessidade do país báltico, será prestada assistência militar.

As relações entre Rússia e o Ocidente deterioram-se significativamente em consequência dos acontecimentos de 2014, quando Moscou anexou a Criméia ukrainiana e, posteriormente, enviou grupos armados, especiais, ao Donbass, para capturar as instituições do Estado, criou armados grupos de combatentes, e introduziu na Ukraina suas unidades militares. Concomitantemente, Rússia nega oficialmente sua participação no conflito armado no Donbass.

A retórica de Angela Merkel quanto as ações da Rússia tornou-se ainda mais dura depois da cimeira do "Grupo dos Vinte" em Brisbane, onde a chanceler alemã teve algumas horas para conversações com o líder russo Vladimir Putin.

Na Rússia pode ocorrer uma insurreição (Imprensa mundial)
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 02.12.2014
Anna Shamanska

Foto de arquivo: Ação de protesto contra o regime de Putin.
A mídia global diz que, do ponto de vista acadêmico, Rússia tem hoje todas as condições para o início da revolta pública no país. Outras publicações comentam a economia russa, para determinar o impacto, como influi a recessão econômica no regime de Putin e suas ações na Ukraina.

O jornal russo de língua inglesa Moscow Times escreve, que a elite dominante em Moscou concluiu, que Washington e Bruxelas têm intenção de obter mudança de regime na Rússia, apesar de que nenhum representante dos EUA ou UE nada parecido reivindicaram. Rússia começou a temer que o Ocidente vai tentar organizar uma revolta pública na Rússia.

Muito provavelmente, os países ocidentais não têm um plano para derrubar o regime do presidente Vladimir Putin. No entanto, se avaliar a situação na Rússia em termos clássicos de investigação de tumultos públicos, que fez Edward Lyuttvak, então o país aproxima-se do estado, em que essas revoltas ocorrem normalmente. Para provocar uma revolta, o crescimento econômico deve parar e ser acompanhado de desemprego e inflação; o país deve guerrear numa longa guerra sem êxito, deve experimentar séria derrota diplomática; a situação política no país deve apresentar-se cronicamente instável.

A fraqueza fatal de regimes autoritários consiste no fato, de que os governantes oprimem a sociedade, enquanto concentram o poder nas mãos de poucas pessoas. Deste modo, uma rebelião é bastante provável. Então, para proteger o país de uma mudança de regime, Kremlin não deve preocupar-se com perigo externo. O governo deve garantir uma forte soberania e promover ativamente o desenvolvimento de uma sociedade civil forte e democrática, e não suprimi-la.

O jornal americano Político escreve, que o colapso do rublo russo pode adicionar forças a Putin, porque então ele poderá apoiar-se em seu favorito "combustível" - xenofobia. Apesar do fato, de que o rublo, e preços do petróleo caem rapidamente, Rússia não aparenta estar em perigo  de caos político ou colapso. Isso diz muito sobre Putin e alternativas de seu regime, ou sua ausência.

Primeiro, escreve a edição, Putin em grande parte reuniu o poder em suas mãos. Ele "empurrou" os adversários, que são obrigados a observar uma posição cautelosa e contida. Segundo, Rússia tem reservas de valores no estrangeiro. E podemos falar em centenas de bilhões de dólares, escreve o jornal. Isto pode ser insuficiente, se os preços do petróleo estiverem baixos durante anos, no entanto, este capital dá a Putin e seus funcionários, espaço para manobras.

Embora a economia russa seja ligada ao petróleo e exportação de bens, nós devemos lembrar, que esta nação experimentou momentos muito piores nos últimos dois séculos. Portanto, os preços mais baixos do petróleo podem levar, em particular, a uma maior xenofobia e nacionalismo, que a maior agressão russa devido a situação na Ukraina ou o fornecimento do gás à Europa, porque Putin encontrará outros caminhos para apoio de seu governo e perspectiva em casa, escreve Político.

No entanto, outro jornal americano, National Review diz o oposto e supõe, que os problemas econômicos podem arruinar os planos de Putin. Segundo o autor do artigo, para parar a agressão do Kremlin a Ukraina. Mesmo antes das sanções, e da queda de preços - a economia russa não se podia considerar "saudável". Alguns especialistas previam o declínio do crescimento econômico antes da crise ukrainiana, mas os preços do petróleo ajudavam a Rússia ficar na superfície.

Além disso, apesar do fato que Putin permanece político popular em casa, é compreensível, que o seu regime e ações da Rússia na Ukraina têm valor econômico real para os cidadãos do país. Por exemplo, Kremlin foi forçado usar o dinheiro do fundo de pensões para financiamento de projetos de infra-estrutura. Não se sabe, como a isto reagirão os funcionários públicos e os pensionistas, pertencentes aos principais blocos de apoio a Putin. Além disso, as companhias russas começam pedir subsídios ao governo, o que não permitira ao Kremlin continuar a construção do exército russo. Isto, por sua vez, o impedirá intervir e influenciar nos países da Europa Oriental, escreve National Review.

Mais notícias ukrainianas

Aos combatentes da ATO entregaram quase 100 tanques, BTR (transporte blindado) e SAU (Instalação de artilharia impulsionada)


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Ao Donbass conduzem "voluntários" da Sibéria.
De Tomsk a Luhansk vem primeiro grupo de "voluntários", composto de 31 pessoas, de 23 a 50 anos de idade. Segundo a mídia, o grupo foi organizado pela União Russa de Veteranos do Afeganistão, com dinheiro de patrocinadores.. 
Muitos deles trabalhavam como motoristas, na construção, massoterapeutas. E vários participaram dos conflitos no Afeganistão e Chechênia.
Segundo foi noticiado, vários grupos de "voluntários" são enviados para Ukraina de toda Sibéria.

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Nas últimas 24 horas (dia 6) os terroristas promoveram disparos 87 vezes aos militares e civis ukrainianos no Donbass.
Aproveitavam armas de pequeno porte: Grad (sistema reativo soviético de descarga simultânea), morteiros e artilharia. Os pontos mais quentes foram Luhansk, Donetsk e Dabal'tsevo. (O texto traz nomes de mais 21 localidades).

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Os terroristas capturados testemunham contra FSB (sucessora da KGB russa) diz Nalyvaichenko - SBU (Serviço de Segurança da Ukraina).
Em Belgorod eles passam pelo treinamento e instrução. Eles sabem os nomes dos instrutores do FSB.
(Ainda Rússia diz que não é ela que envia - OK) Eles recebem instrução, explosivos e promessa de dinheiro.
"É preciso compreender que a segurança do nosso país ameaça todo o país vizinho. Nisto não pode haver dúvidas. No FSB russo decidiram que é necessário liquidar os ukrainianos e para cá enviar todo tipo de criminosos, pagar-lhes dinheiro, ensiná-los. Na verdade, o serviço de segurança do país agressor transformou-se no serviço especial de terroristas. Explosivos - de onde? Formação - de onde? Dinheiro - de onde? A resposta é sempre uma - do país agressor" - declarou o chefe do SBU.

Tradução: O. Kowaltschuk



































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