quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Não tenha cem rublos, mas tenha um dólar. 
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 17.12.2014
Ihor Tymots

Devido a Putin salvar empresas de seus amigos - a moeda russa entrou em colapso. No entanto, os pacientes russos ainda não estão prontos aos protestos.


Subida do rublo:
Dia 15.12.2014 - 53 rublos por 1 dólar ou 66 rublos por 1 euro
Dia 16.12.2014 - 81 rublos por 1 dólar ou 100 rublos por 1 euro
Dia 17.12.2014 - 71 rublos por 1 dólar ou 88 rublos por 1 euro
No início do ano - 32,5 rublos por um dólar ou 45 rublos por 1 euro.
Os bancos russos pararam com operações cambiais e a maior instituição financeira "Sberbank" anunciou a suspensão de créditos às pessoas físicas. 
Os russos limpam as prateleiras das lojas antes que os preços subam.

Entre as razões do pico do rublo, além do colapso dos preços do petróleo e da retirada de capital deviso às sanções ocidentais, indicam a salvação da empresa "Rosneft". Seu proprietário, amigo de Putin, pediu ao Estado a ajuda de 44 bilhões de dólares, que "Rosneft" deve a instituições estrangeiras.
"Rosneft" colocou no mercado títulos no valor de 625 bilhões de rublos. Os papéis foram comprados por 4 bancos estatais. Isto é, o Estado lançou no mercado uma enorme massa de rublos, com o que, aumentou combustível ao fogo de rápido colapso do rublo. Além do problema da "Rosneft", estrangeiros vendem ativamente os títulos russos. O dinheiro convertem em títulos, por qualquer preço e transferem para fora do país. Mais um motivo para o colapso - em dezembro as companhias russas devem pagar 180 bilhões de dólares de dívidas. Ninguém no Ocidente lhes emprestará dinheiro, então, de alguma forma, eles vão comprar valores. Também a maioria dos empresários vende tudo, compra dólares e leva para o Ocidente.

Desde o início do ano a FR, para apoiar o rublo, gastou 93 bilhões de dólares. A saída de capitais, em 2014, de acordo com o FMI será de 150 bilhões de dólares, o que é mais que os indicadores da crise de 2008

Para o orçamento da FR para 2015 contavam a 96 dólares o barril de petróleo. O preço agora é 40 dólares menor que o calculado no orçamento. Os lucros da venda do petróleo - mais da metade do orçamento russo. A exportação de petróleo e gás fornece mais de 80% da renda.

Segundo dados oficiais, a FR tem, para manutenção do rublo, reservas para 370 bilhões de rublos. 170 destes 370 bilhões - dois fundos são de bem-estar do país. Um deles é destinado ao pagamento de pensões. Na verdade Kremlin tem 270 bilhões de dólares em moeda forte, que estão disponíveis e podem ser aproveitados sem cortar outros gastos. Isto é menos que o necessário para pagamento de dívidas externas das empresas russas nos próximos anos (500 bilhões de dólares)" - escreve o britânico The Economist.

As formas ativas de protesto a distância são longas.

"Tomaremos leite em pó, a carne substituiremos por salsicha de soja, as chamadas não serão através de Smarphones da Samsung e Apple, mas pelo chinês No name. Na verdade, viajaremos nos carros montados na Rússia. Tais dados de pesquisa dos importadores e especialistas do mercado russo, - escreve sobre as consequências da queda do rublo para russos a edição russa "Gazeta Ru".

"A solução é chocante, mas muitos ainda esperam pela recuperação. Tudo depende de quanto tempo vai durar esta situação. A população ainda não sentiu, nas não é por acaso que os comerciantes pedem permissão (mas não receberam) para indicar os preços em"unidades convencionais". Eles não tem em mente o dólar, mas euro. Quando a nação sentir, a reação será diversa: alguns vão reduzir custos, alguns vão procurar novo emprego, alguns vão beber, e alguns vão emigrar. Será algo próximo de 1990.

Em 1990 houve protestos, mas a maioria da população não participou. Saíam às ruas principalmente os mineiros - não muita gente. Mas, se alguém tentar organizar os protestos agora, a reação será grande. Grandes ações coletivas acontecem, quando ocorrem dois, três fatores negativos. Vai cair o prestígio do presidente e governo. O prestígio de Putin não cairá muito para a maioria dos russos, porque, se não puder acreditar no presidente, então não está claro em quem acreditar, explica o vice-diretor do Centro Russo para tecnologias políticas Alexei Makarkin.

"A queda ao bem estar social dos russos acontecerá depois do Ano Novo, quando as pessoas perceberem os novos preços nas lojas. Primeira reação - choque, segunda - estupor. Para que a crise econômica cresça à social, e esta à política, deve passar não menos de um ano. À formas ativas de protesto a distância é longa. Por enquanto os russos esperam milagres de Putin, reserva de força ele ainda tem", - diz o presidente do grupo de especialistas da política russa Konstantin Kalachov.

Tradução: O. Kowaltschuk

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