sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Legião Estrangeira
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 04.12.2014
Ivan Farion

Levantar-se a Ukraina ajudarão funcionários "ostarbaiter"(¹), que há poucos dias eram americanos, lituanos, georgianos.


Coloque a mão no coração e honestamente admita, quão frequentemente você ouviu de amigos, ou você mesmo disse algo como: "Por causa dos ladrões, corruptos, burocratas, em nosso país não haverá ordem. Alemão para nós chefiar não há!" E eis que aos 24 anos de nossa Independência o governo convidou não um mas, de uma vez, três "alemães".Mais precisamente - ex-cidadã EUA, de 46 anos de idade Natália Jaresko  (ela recebeu a carteira do Ministério das Finanças), um representante do país amigo, Lituânia, 38 anos, Ayvaras Abramacichus (Ministério do Desenvolvimento Econômico e Comércio), e também o enviado da fraterna Georgia, 44 anos, Alexander Kvitashvili ( Ministro da Saúde. Nos próximos dias, segundo pessoas bem informadas a vice do Ministro do Interior Arsen Avakov será a encantadora georgiana Eka Zguladze. Na facção presidencial propõem, que os "incorruptíveis estrangeiros" ocupem a cadeira do presidente Anti-Corrupto Bureau, do Procurador Geral da Ukraina, que vistam o manto de juízes da Suprema Corte. Chocados com tal desenvolvimento de acontecimentos, os "regionais"  de ontem (Yanukovych) e hoje membros do "Bloco de Oposição" declararam sobre gritante desconfiança à equipe nacional, quase humilhação nacional - e recusaram dar o seu voto pela "metade importado" governo. grande gritaria no Kremlin. Mas nas ruas Bankova e Hrushevskyi em Kyiv, onde localizam-se os escritórios do presidente e primeiro-ministro, com
estas nomeações estão satisfeitos.
Dos ministros - estrangeiros, que no dia 2 de dezembro receberam a cidadania ukrainiana, aguardam-se reformas frutíferas em benefício do Estado. Se puxarão a "carroça" ukrainiana os bem sucedidos "ostarbaitery"?

Primeiro, com o que conquistaram as simpatias dos jornalistas os "trabalhadores do Ocidente" - com sua abertura. Não se escondiam dos microfones, respondiam a todas mesmo mordazes perguntas. Admitiram que não irão agir com cerimônia com subordinados desajeitados, aceitarão soluções radicais - para tanto, dizem eles, receberam total liberdade de ação. O lituano deu a entender aos antigos vice-ministros da economia, para procurar um novo emprego. A ex-americana deu a entender, que aos gerentes efetivos dará uma chance. Com grande surpresa, os ministros-alienígenas não se preocuparam com seu salário, apesar de saberem, que é bastante modesto. Prometeram trabalhar para que os salários dos ukrainianos cresçam. E ainda garantiram que breve comunicar-se-ão livremente com o idioma oficial da Ukraina.

Natália Jaresko ao governo Yatseniuk recomendou "ajuda mútua". A questão, talvez não seja, que o partido do "ocidental" Andrii Sadovyi (prefeito de Lviv) tem profundo respeito aos representantes da diáspora ukrainiana (Senhora Natália nasceu em Chicago, é filha de imigrantes da Galiza, que se mudaram além do oceano depois da Segunda Guerra Mundial). O papel decisivo desempenhou o registro da pretendente. Formou-se em Estudos Políticos John Kennedy - Universidade de Harvard. Obteve a profissão de Contabilista na Universidade de Chicago, trabalhou no Departamento de Economia de Estado - EUA e na seção análoga da Embaixada dos EUA na Ukraina. Depois do contrato permaneceu na Ukraina. Empenhava-se em atrair investimentos para pequenas e médias empresas. Durante sua existência, o encabeçado pela Natália Jaresko Emerging Europe Growth Fund (EEGF) Horizon investiu nas empresas ukrainianas 250 milhões de dólares. Em 2003, por serviços prestados à Ukraina, foi condecorada com a Ordem da Princesa Olga. Todos que trabalharam com ela, apreciavam-na como um energético gestor, profissional, pontualidade administrativa e que se "acende" diante de cada desafio. A nomeação de Natália Jaresko consideram uma boa escolha.

Educação ocidental excelente e considerável experiência internacional adquiriu outro empresário "legionário" na nova equipe de Yatseniuk - o ministro de Economia Ayvaras Abramavichus, indicado pelo bloco do presidente Poroshenko. Fã de basquetebol (nos tempos soviéticos no "Zalgiris" se tornou campeão juvenil da URSS), e nos negócios alcançou alturas consideráveis. Com o apoio do fundo Soros se formou na Universidade Concórdia em Talinn, Estónia. Trabalhou no Hansabank, na Companhia de investimento Brunwick Emerging Markets, tornou-se proprietário da empresa sueca Leste Capital. Investia na empresa no espaço pós soviético, especialmente na Ukraina - mais de 200 milhões de dólares. Partícipe de investimento da famosa empresa "Chumak" que processa produtos agrícolas no Kherson. Reconhece, que o adquirido em 18 anos de sua vida, nos negócios, é suficiente, para hoje não preocupar-se com o salário de ministro... 
Com Ukraina, este empresário lituano ainda unem laços familiares - a encantadora filha de Kyiv tornou-se companheira de sua vida. Com ela, nas margens do rio Dnieper vive mais de dez anos. Então para o novo ministro não é necessário procurar habitação...

Grandes esperanças os ukrainianos depositam no novo ministro da saúde, Alexander Kvitashvili. Acreditam, que as bem sucedidas reformas da Geórgia, ele vai "clonar" na Ukraina. Tal promessa o estrangeiro deu. Disse, que tendo 15 anos de experiência, garantirá a cada cidadão uma saúde de qualidade, a preços acessíveis em todo território ukrainiano.
Kvitashvili estudou nos EUA, ganhou conhecimento na Escola Superior F. Wagner. Em seu país incorporou o programa de desenvolvimento da ONU, foi Ministro da Saúde, Trabalho e Política Social do governo de Mikhail Saakashvili, coordenador nacional de proteção da saúde, educação, programas sociais de crescimento econômico e redução da pobreza. Trabalhou como consultor em diversas organizações internacionais no Azerbaijão, Lituânia, Armênia, Sérvia. Dirigiu a Universidade Nacional de Tbilissi. Participou do grupo internacional que trabalhou na reforma da medicina na Ukraina. Portanto, as questões ukrainianas não lhe são estranhas...

Se dará efeito esperado o convite aos estrangeiros para desempenhar trabalho estatal importante na Ukraina? Alguns analistas não têm dúvidas. Consideram esta decisão como única forma de derrotar a corrupção. Outros especialistas, na contratação de estrangeiros, veem falta de confiança aos nossos gestores. Por parte dos parceiros ocidentais há temor de que as autoridades ukrainianas não aplicarão com eficácia a ajuda financeira internacional, empréstimos e investimentos. De acordo com especialistas em construções estatais, os estrangeiros podem ser incluídos em assuntos ukrainianos apenas como consultores, conselheiros, mas nunca como líderes que exercem funções políticas.

A participação de estrangeiros no governo muitos veem como uma sentença às forças políticas nacionais que, supostamente, se reconheceram, em sua própria impotência. E também - como ameaça aos nossos interesses nacionais. Pois os cidadãos de ontem, de estados estrangeiros, têm acesso a informações reservadas. Onde está a garantia, que eles, retornando à sua antiga pátria não revelarão assuntos reservados aos serviços especiais?

Pessoalmente eu tenho ceticismo sobre o papel revolucionário dos "normandos" em nossa vida ukrainiana. Comparo com futebol. Recentemente o vice-presidente da UEFA, Grigory Surkis convidou a Ukraina o famoso árbitro Pierluigi Collina - para que ele ajudasse estabelecer ordem no julgamento nacional. Em várias temporadas, este italiano inspecionou partidas da Premier League, realizava seminários, - mas os escândalos com os serviços dos jogos não diminuíram. E apesar do fato, que o excelente árbitro tinha liberdade de ação, não temia a imprensa. Os "legionários" estatais do Ocidente enfrentam situações mais complexas. Acima deles pairam algumas "espadas punitivas" - na pessoa do primeiro ministro, coligação, parlamento, presidente. Sem mencionar nós com vocês...

1. Ostarbaitr ou vestarbaiter - trabalhador (a) proveniente do leste da Europa, que era obrigado trabalhar nas fábricas, minas ou fazendas da Alemanha ou Áustria durante a Segunda Guerra Mundial. Eram enviados pelo exército alemão geralmente à força.

Tradução: O. Kowaltschuk

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