Verdade Européia, 16.06.17
Yuri Panchenko, Sergey Sidorenko.
Agência de fotografia "notícias da Criméia. |
Duras críticas da União Européia voltaram para Ukraina.
Nas últimas semanas a representação da UE emitiu uma série de declarações críticas, mas na quinta-feira, 15 de junho, nós ouvimos aquilo, que já não ouvíamos a muito tempo dos diplomatas europeus.
O presidente da representação diplomática na Ukraina Huyh Mingarelli disse, que o Parlamento, de fato, bloqueia as reformas indispensáveis ao país. Segundo o embaixador, o parlamento ukrainiano tem muitas pessoas, que defendem próprios interesses e bloqueiam o processo de reformas.
Mais, ele acusou o "presidente da comissão parlamentar" no lobby anti-europeu.
"Quando nós tentamos verificar a harmonização da legislação ukrainiana com UE, nós compreendemos, que nos ministérios os projetos já estão criados, eles já foram registrados no Conselho, mas o presidente da comissão parlamentar decidiu não avançar devido a seus próprios interesses, e ele não quer promover as reformas", - disse Mingarelli.
Primeira pergunta - a quem entre os cabeças das comissões parlamentares referia-se o diplomata. Na representação da UE dizem que isto é "imagem coletiva", não uma única pessoa.
De fato, longe de ser só um presidente que bloqueia as reformas entre os comitês, registrador no Acordo sobre a Associação. Primeiro que vem à mente é Olga Bogomolets (BPP - Bloco Petro Poroshenko, presidente da Comissão de Proteção da Saúde) - uma dos principais opositores da reforma de saúde, e Viktor Galasyuk (Partido Radical de Oleg Lyashko, presidente da Comissão da Política Industrial e Empreendedorismo) - um dos principais lobistas para continuação da ação de aumento da exportação de sucata de metal, o que é uma violação direta ao Acordo por parte da Ukraina.
E mesmo se imaginar, que não se trata deles, mas de alguém outro, o problema não diminui. Nenhuma Comissão no Parlamento é presidida pelos representantes do Bloco de Oposição - todas são presididas, supostamente, pelos políticos "pró-europeus".
O problema do bloqueio de projetos de lei da integração européia no Conselho reconhecem no governo.
A Verdade Européia já abordou esse tema, apresentando os resultados da implementação do acordo sobre Associação segundo os resultados de 2016. De 126 diretivas, que deveriam implementar na legislação da Ukraina em 2.016, foram implementadas 36, delas 23 completamente, reconhece o vice-primeiro ministro da Integração Européia Ivanna Klympush-Tsintadze.
Na verdade, bloqueio de projetos de integração européia na atual convocação começou nos primeiros meses após a eleição, e até o último momento, em Bruxelas tentavam não só satisfazer as conquistas, mas esconder um pouco os problemas.
Ilustração evidente - relatório à Comissão Européia do ano passado sobre a implementação da associação, onde Bruxelas despejava elogios a Kyiv.
Portanto, agora temos uma grande mudança: na UE começaram declarar, em voz alta, os problemas.
Até agora, repetidamente, acontecia ouvir, inclusive de interlocutores europeus, que por enquanto a UE conscientemente mantinha-se além da crítica do governo ukrainiano. Em parte isto explicava-se pelo embaraço de Bruxelas, que compreendia sua "culpa" no atraso da concessão à Ukraina da isenção de vistos e ratificação do Acordo de Associação
Mais um exemplo notável desta política foi o fornecimento do segundo pacote de assistência macro-financeira da UE sem Ukraina cumprir os critérios necessários. Afinal o seu desempenho (em primeiro lugar - o levantamento da moratória sobre a exportação de madeira em estado bruto) podia provocar uma crise política na Ukraina.
Aliás, tal política de informação, atualmente, é inerente a certas organizações internacionais. Algumas delas têm recomendações do centro para, por enquanto, conter-se de fortes críticas ao governo.
O fato de que o embaixador começa desviar-se dessas diretrizes, no mínimo, significa que o nível de insatisfação de violações ukrainianas na UE hoje, é muito significativo.
Se significa isto o início da chamada "fadiga da Ukraina"? Provavelmente, não. Afinal, apesar de muitos desafios, a UE vê progressos reais na reforma. No entanto, não pode não preocupar, que estas reformas estão tornando-se cada vez mais e mais difíceis. Em vez disso, Ukraina cada vez mais viola os acordos com a UE.
A declaração de H. Mingarelli aponta mais um problema interno ukrainiano.
A ausência, de fato, da coalizão obriga incluir à votação grupos de deputados "independentes", em pagamento aos quais o governo fecha os olhos para inúmeras iniciativas de lobby. Não é por acaso, quando na semana passada, o Conselho votava a continuação das taxas para sucata de metal, o Ministério do Desenvolvimento Econômico nem sequer enviou seu representante para reunião, fechando os olhos para aparente violação. Detalhes sobre o problema - no artigo da Verdade Européia: "Quantos morrem pelo metal: entre Kyiv e Bruxelas forma-se um possante escândalo".
Na verdade, o governo concordou em ser "co-autor" em violações mais críticas nas relações entre Ukraina e UE.
Às vezes refere-se sobre deliberada inatividade do Gabinete Ministerial lá, aonde ele poderia e deveria parar o problema. Às vezes - sobre apoio aberto às iniciativas anti-europeias sob influência de lobistas da coalizão.
A história da sucata de metal tornou-se um exemplo de como acontece o último. Na sexta-feira o Ministério de Economia anunciou, que irá recomendar ao presidente assinar novos impostos sobre a sucata, o que viola o Acordo de Associação com UE. Embora nas conversações com UE os governistas admitem - eles estão cientes de que esta lei é uma violação do acordo.
É pouco provável que as diferenças entre Kyiv e Bruxelas não estão limitadas a questões de sucata de metal. A incapacidade de controle de votação no Conselho promete tornar-se um problema ainda maior nos próximos meses. Talvez, justamente, por isso a UE decidiu agir em adiantamento - compreendendo, que já, antes do outono, este problema poderá tornar-se mais agudo.
E, já então a "fadiga da Ukraina" pode revelar-se uma realidade.
Notícias avulsas:
Vysokyi Zamok (Castelo Alto) 16.06.2017:
Desde o início da agressão russa contra Ukraina morreram 2.696 militares ukrainianos, 9.903 receberam ferimentos.
O anúncio foi feito pelo orador do Ministério da Defesa da Ukraina, Andrei Lysenko.
Também morreram 38 médicos militares, mais de 200 receberam ferimentos.
Tyzhden.ua (Semana ukrainiana), 16.06.2017:
Ao Ministério da Justiça voltou US$ 500.000, retirados no período de Yanukovych ( Esta não é a única quantia que pretendem resgatar.) Os valores desperdiçados pela ex-liderança do Ministério da Justiça retornaram dos Estados Unidos.
Os fundos foram devolvidos ao orçamento da Ukraina com a colaboração da Procuradoria Geral da Ukraina e do Ministério da Justiça dos Estados Unidos. GPU (Procuradoria Geral da Ukraina) informa que estes fundos foram retirados pelo governo anterior para contrato de serviço fictício. Eles foram gastos pelo Ministério da Justiça durante a presidência de Viktor Yanukovych e retirados da Ukraina segundo contrato de acordo fictício com uma empresa americana. (Peço relevar se não está bem explicado, eu não entendi bem esta maracutaia, mas o importante é o dinheiro ter voltado -OK).
O Procurador-Geral continua a conduzir pré-julgamento investigativo nas questões de falsificação e apropriação indébita, peculato ou apropriação através de abuso de poder, segundo Código Penal da Ukraina.
Lembramos, 28 de abril o secretário do RNBO (Conselho Nacional de Segurança e Defesa) Oleksandr Turchenov e o Procurador Geral Yuri Lutsenko declararam, que entrou em vigor a decisão judicial para transferir ao orçamento 1,5 bilhão de dólares, presos nas contas de Yanukowych e sua comitiva. Em 3 de maio o presidente Petro Poroshenko disse, que os confiscados 1,1 bilhão de dólares foram creditados na conta do Tesouro do Estado.
Vysokyi Zamok, 16.06.2017:
Grã-Bretanha deu 20 milhões de libras para as necessidades humanitárias de Donbas.
Outros 30 milhões de libras Ukraina receberá para apoio às reformas, anunciou a embaixadora da Grã-Bretanha na Ukraina, Judith Goug. A embaixadora visitou as regiões orientais e, segundo ela, mais 30 milhões de libras serão fornecidas para Ukraina neste ano, para apoiar as reformas.
Tradução: O. Kowaltschuk
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