Ponto da perda de autoridade. Três anos de presidência. Como foi com os precursores.
Roman Malko
Tyzhden.ua (Semana Ukrainiana), 05.06.2017
Continuação:
Querido amigo: Viktor Yushchenko tornou-se símbolo da maior desilusão.
Se foram essas esperanças infundadas, e a pessoa que deveria implementá-las, se apenas com uma bela pintura ou com tecnologia política, é difícil dizer. Com certeza pode-se afirmar que as perspectivas e oportunidades, que surgiram depois da vitória do Maidan, com ele e sua equipe foram desperdiçadas.
No terceiro ano Yushchenko definitivamente confundiu-se: sua força política perdeu as eleições parlamentares para os "regionais", Yanukovych conseguiu ficar como primeiro-ministro. O retorno de Tymoshenko para este cargo apenas reviveu as velhas intrigas. Seguiram-se desapontamentos e provações. Crise econômica mundial de 2.008, guerra na Georgia como uma terrível advertência, conflitos de gás com Rússia.
Nas eleições de 2010 foi eleito Viktor Yanukovych.
Queda possante: Terceiro ano de sua cadência Viktor Yanukovych terminará com a fuga sangrenta da Ukraina.
A assinatura, em abril de 2.010, dos acordos de Kharkiv, sobre extensão da Frota da Federação Russa no território da Ukraina até 2.042, e em seguida sua escandalosa retificação tornaram-se primeiro acordo nas atividades de Yanukovych. Em seguida com as mãos do Tribunal Constitucional ele restaura para si a ação da Constituição de 1996, que garantia enormes poderes, como no governo de Kuchma. Em seguida, por um longo tempo, brinca de euro-integrador e grande reformador. Mas, quando se trata de concreta assinatura do Acordo de Associação com UE, Yanukovych, finalmente, dá as costas e recua, executando assim todas as instruções de seus patrões do Kremlin. Isto causará consideráveis distúrbios sociais, as pessoas vêm ao Maidan (Praça). Na verdade tudo poderia acabar aqui mas o país explodiu de repente. Os estuantes foram agredidos e isto trabalhou como um detonador. Yanukovych, pela segunda vez foi catalisador para um segundo Maidan, só que desta vez a Praça não foi tão musical como em 2.004. Muita coisa mudou desde então. A comunidade, em contraste com a praça política, transformou-se, amadureceu, compreendeu e aprendeu as receitas de "coquetéis Molotov". Afinal, a nova geração cresceu, pronta para conquistar seu destino, não para pedir misericórdia. Todas as tentativas para retardar o processo, de alguma forma negociar, enganar ou intimidar nesta situação foram condenadas. Nenhuma lei de 16 de janeiro já poderia "parar a ideia, cujo tempo chegou".
O término de sua cadência tri-anual, duas vezes não julgado Viktor Yanukovych, como, aliás, sua carreira política, coincidiu com o início de sua carreira migratória. E tudo não seria nada se, deixando o país, que teve o descuido em escolhê-lo seu presidente, ele não deixasse para trás centenas de feridos e mortos cidadãos, uma sociedade duvidosa, tesouro completamente esvaziado, muitas dívidas e carta-pedido a Putin para ocupar o país.
Viver de um modo novo
Após três anos de sua presidência, Petro Poroshenko ainda é visto com bastante confiança. Mesmo com pequeno apoio, equilibrando-se em torno de 10%. Sim, ele ainda tem certos bônus: guerra, finalmente materializou-se o "sem visto" com UE. E, mesmo sem estes bônus ele é bastante forte, para não temer nada e planejar o seu futuro. Poroshenko - 2017, até um pouco lembra Kuchma - 1997, quando no governo do "papa" tudo era mais ou menos normal. Claro, no governo do Petro Poroshenko nem tudo é perfeito. Como vemos, o 3º ano de governo, de todos os presidentes é bastante crítico. Cai a classificação, o que confirma a decepção pública, - isto já são consequências de obrigações mal executadas e utilização das possibilidades.
No início, todos referem-se aos antecessores, acusam pela má liderança recebida, e isto funciona por algum tempo. Depois há a possibilidade em recusar-se de algo com a frase "nem tudo é tão simples, haverá resultado, apenas precisa esperar". No entanto, depois de três anos, estes argumentos já não são válidos da boca de Petro Poroshenko. E, ainda Petro Poroshenko perdeu Arseny Yatseniuk - "kamikaze", atrás do qual poderiam resolver-se muitas coisas interessantes (Falando em Arseny Yatseniuk, na Rússia inventaram que ele lutou na Chechênia, contra o lado russo. Na época ele era ainda bem jovem, no ano que frequentava a Universidade na Ukraina. No início, Yatseniuk achava que haviam se confundido, mas as acusações não cessaram. Em resultado, ele anda assustado, com seguranças em dois carros -OK). Hoje, como pára-raios trabalha Volodymyr Groisman, e bem, mas devido ao fato de ser ele muito ligado com o presidente, este papel ele não conseguiu executar bem. Também Poroshenko tem problemas de falta de confiança. Não apenas de seus próprios cidadãos, o que não é tão importante, mas também de seus parceiros ocidentais. Com o tempo torna-se, cada vez mais difícil cobrir, com simpáticos gestos, as lentas reformas ou explicar a clara sabotagem delas. A confiança - é o apoio, é o dinheiro, e muito o que for necessário.
No entanto, para uma retirada tranquila e um merecido descanso, para Poroshenko pensar ainda é cedo. A ausência de uma real e construtiva oposição, mesmo conservada parte da posição da velha guarda dá-lhe bases para sonhar com um segundo mandato, a menos, claro, não repetir os erros de seus antecessores, como Leonid Kuchma com sua ilusória estabilidade em 2.002, com a insatisfação séria da comunidade. Ou Yushchenko com sua incapacidade em entender os inimigos e amigos, jogando com eles, tentando acordos, o que afinal terminou em revanche e derrota. Pisar no ancinho de novo e de novo não é uma ação engenhosa. Portanto, apenas considerando os erros, seus e de seus antecessores, avaliando cuidadosamente a situação no país, efetivamente voltar-se para às pessoas, que com o preço de sangue fizeram-no presidente, Petro Poroshenko ainda poderá pretender a um segundo mandato. Se relaxar, então há o risco de não acabar nem o primeiro. Razões para isso e possibilidades cada dia acumulam-se mais e mais.
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Tyzhden.ua, 11.06.2017
De acordo com os guardas de fronteira, no geral, em 11 de junho cruzaram a fronteira quase 28 mil pessoas, das quais, cerca de 7.000 cidadãos com passaporte biométrico.
Em 11 de junho entrou em vigor a liberalização de vistos para os cidadãos da Ukraina, para os países da UE e "Schengen". A isenção de visto aplica-se a todos os Estados-Membros da União Européia, exceto Grã-Bretanha e Irlanda, bem como aos países da "Zona Schengen", fora da UE. Este regime, por enquanto, não se aplica às chamadas "possessões ultramarinas" da Holanda e França. Para aproveitar este regime, precisa ter o passaporte biométrico e, tal como no regime de vistos, ser capaz à solicitação das autoridades de fronteira, provar a finalidade e as condições de sua viagem, sua capacidade de pagamento, outros. O regime sem visto permite,
nos países a que se aplica, permanecer 90 dias a cada 180 dias, sem o direito de emprego.
Houve uma recusa na fronteira com a Polônia, para um ukrainiano. Anteriormente, esta pessoa, já havia recebido a proibição de entrada, do governo da Dinamarca, porque excedeu a permanência do Schengen. E, na fronteira com Romênia foi recusado um homem que não tinha passaporte biométrico e planejava atravessar com um passaporte modelo antigo, mas sem visto.
Também não puderam entrar na Eslováquia duas pessoas que, anteriormente excederam sua permanência no Shengen. Elas sabiam da proibição.
Por via terrestre os ukrainianos entraram na Polônia, Hungria, Romênia, Eslováquia.. Por via aérea entraram pela Roma, Páris, Varsóvia, Amsterdam, todos sem quaisquer impedimentos.
Os cônsules estiveram de plantão na fronteira, o tempo todo, a fim de acompanhar o início do regime de vistos e ajudar os cidadãos da Ukraina, se necessário.
À noite, às 20:00 horas, horário do Brasil, o número dos ukrainianos aumentou. Aos países da UE, segundo "Verdade Ukrainiana", viajaram 54 mil ukrainianos. Aviso do Serviço Nacional de Fronteiras da Ukraina.
Tradução: O. Kowaltschuk
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