quinta-feira, 22 de junho de 2017

O problema do lixo continua...
Vysokyi  Zamok (Castelo Alto), 21.06.2017

(Prezados, esta tradução fiz ontem. Do jornal de ontem. Faltou o último parágrafo. Como não ia enviar ontem, pois precisava ainda digitar e ver as fotos, fui dormir. Mas, hoje não encontrei mais o artigo, penso que retiraram. A situação mudou drasticamente. O primeiro-ministro veio a Lviv - ainda não li nada sobre a atuação dele. O governador, Oleg Senyutka dirigiu-se ao prefeito de Lviv Andrii Sadovyi com carta oficial, para receber plenos poderes quanto à administração de resíduos sólidos (anteriormente, ajudar não quis-OK).

Oleg Bereziuk, líder da facção parlamentar "Auto Ajuda" (Samopomich, reage com greve de fome contra a situação crítica de Lviv, devido aos detritos que se acumulam nas ruas, e que chegam a 8,5 mil toneladas.

Bereziuk, e sua facção, culpam o governo central que, segundo eles, a culpa é do governo central, que bloqueia os outros polígonos. "Durante o transcorrer do ano, muitos administradores regionais nos diziam, que não podíamos fazer acordo com eles porque "havia telefonemas", Quando os prefeitos nos ajudavam, oficialmente ou não, eles recebiam advertências, por parte da polícia, assim que a máquina com resíduos entrava e, após  2 - 3 horas à prefeitura vinha  ao gerente da sub-divisão, " - diz Oleg Bereziuk."

"A última gota - quando  andei pela cidade e vi como isto é horrível", - diz Berezyuk sobre sua decisão de greve de fome. Ele pensou quatro dias sobre  este assunto, não se aconselhou com ninguém, nem com o prefeito Andriy Sadovyi.

"Nem minha esposa sabia. A mãe, coitada, veio pouco a pouco, veia da lida no quintal, ela se apega ao coração e alarma-se" - acrescentou Berezyuk.

Durante o dia nos degraus da Casa com Quimeras (ou Casa de Pedra sob corujas ) que em frente da entrada da Administração, junto com Bereziuk ficou toda a facção da "Auto Ajuda". Mas fazer greve de fome, mais ninguém quis.
"Isto é escolha de cada um. Nós o apoiamos, compreendemos. Oleg faz greve de fome devido a sua experiência pessoal. É sua escolha. Se sofre Lviv, vai sofrer ele também", comentou o vereador da "Auto Ajuda" de Lviv, Sergei Kiral que, como Berezyuk, antes da eleição para Câmara, trabalhou no Conselho Municipal de Lviv.

"Eu o apoio totalmente. Mas eu não acredito que podemos convencer os cleptocratas apenas com resistência pacífica. Tal protesto não decide o problema, mas dá chance para atrair a atenção..." explicou o vereador Yegor Sobolev. E acrescentou que pode ajudar na organização de grupos de autodefesa que "fisicamente neutralizariam aqueles que bloqueiam a retirada legítima do lixo.

Segundo Sobolev, ele tem conhecimento de casos em que a polícia ou "mercenários" bloqueiam os caminhões com lixo, apesar de possuírem todos os documentos e acordos para eliminação em um dos polígonos.

Eu falei ao prefeito da cidade, que é necessário criar a sua autodefesa,  que ele precisa tomar iniciativa, e fazer isto, mesmo usando força. Porque com tais répteis, de outro modo não dá. Se é mesmo a polícia que bloqueia, ou outros bloqueiam a legal coleta do lixo - precisa neutralizá-los. E, se as autoridades não aceitam decisões, precisa vir com centenas, milhares e dizer: ou você aceita isto, ou nós o levaremos com cadeira, à rua", - acrescentou Sobolev.

Consigo, Berezyuk trouxe apenas o livro de memórias do "hetman" Pavlo Skoropadskyi. Já a noitinha os amigos-vereadores trouxeram alguns cobertores, tapetes e duas camas dobráveis.

Antes da meia - noite, todas as mulheres-vereadoras da "Auto-Suficiência" partiram. Passar a noite aqui ficariam somente os homens.

Anteriormente,o encarregado da Administração prometeu que caso necessário, permitirá a todos, pela entrada de serviço, o acesso ao banheiro.

Lixo político ping-pong.

Em 12 de junho, a administração municipal de Lviv pediu ao governo central declarar Lviv como zona de emergência ambiental.

"Isto desbloqueia o acesso a um número de aterros, que estão bloqueados sob pressão administrativa" - explica o orador da Samopomich".

Se abrir para Lviv 40 - 50 polígonos em quatro vizinhas oblast (estados) e levar para lá um caminhão por dia, ninguém sentirá excesso" - explica Berezyuk sua visão para solução do problema.

Sobre a plena recuperação do antigo aterro, que depois da tragédia de quatro vítimas, que já não funciona por um ano, não falam abertamente - apenas propõem "fortalecer as encostas com lixo existente". 

Se desbloqueassem o aterro Hrybovetskyi, seria um grande alívio para Sadovyi - pelo menos economizaria-se milhões gastos ao exportar o lixo, quilômetros e quilômetros, e utilização do lixo a taxas infladas nos aterros estrangeiros. Contudo, contra a renovação do antigo aterro opõem-se os moradores das aldeias vizinhas que bloqueiam as estradas.

De acordo com a consolidação e recultivação do aterro, que desenvolveu, no início, o instituto de pesquisa "Hichimprom", e agora refaz a empresa francesa Egis, o fortalecimento das encostas do canto da montanha de lixo de 90 para 12 graus deve ocorrer por conta de acréscimo de novos detritos.

"Esta estabilização da encosta, onde houve declive, pode-se pressionar com resíduos frescos. Imediatamente isto resolve o problema com a exportação do problema", - explica Kiral. 

O aterro deve ser recultivado - com terra e lixo. A quantidade de qualquer substância é muito grande para o nivelamento das encostas. Se isto se faz de acordo com projeto, as pessoas vêem, controlam.

O estado extraordinário, certamente, permitirá desbloquear dos ativistas a oficina, na qual o Conselho da cidade não pode iniciar a compressão do lixo em barras especiais. Esta tecnologia permite diminuir o tamanho em seis vezes. No entanto, as pessoas que vivem próximo, temem que o liquido contaminará os solos. E, acreditar que para isto será construída uma piscina especial, os ativistas se recusam.

E, enquanto for construída a fábrica de recultivação, a prefeitura poderá continuar a operar com o aterro Hrybovetskyi - e todo lixo levar para lá.

No entanto o Gabinete Ministerial não reagiu ao apelo da prefeitura de Lviv sobre estado emergencial. Então, Sadovyi começou tentar a sorte.

Tarde da noite, 13 de junho, na Câmara Municipal apareceu uma grande faixa com o apelo: "Poroshenko, Groisman, parem o bloqueio de Lviv", Para que todos os turistas estrangeiros pudessem vê-lo, o apela foi traduzido para o inglês. 

Segundo a porta-voz de Sadovyi, ele pagou por esta faixa, do próprio bolso, 2.000 UAH.

Este banner - primeira acusação para Groisman nesta história. Anteriormente, o prefeito culpava apenas a Administração Presidencial, a qual, segundo sua versão, intimida e proíbe a todos os funcionários nas regiões aceitar os detritos de Lviv. "Ainda no ano passado eu conversei com o primeiro-ministro, e ele, o único que me deu conselhos, o que fazer e em quem confiar, e quem nunca me ajudará" - disse Sadovyi, a um ano atrás, em uma entrevista a este jornal.

A reação à faixa, Groisman, na manhã seguinte, através das câmaras, respondeu ao prefeito "Não procure outros culpados, mas pegue e faça!"

(As acusações entre os dois continuaram. Pulo esta parte).

O Primeiro ministro afirma que, de fato, é ele que faz todo o serviço de Sadovyi, Por exemplo, faz acordo com a empresa francesa, que agora desenvolve o projeto para o Conselho de Lviv sobre a recuperação do aterro Hrybovetskyi e construção sobre recuperação do aterro  Hrybovetskyi  do novo aterro sanitário. (Prezados, quando os franceses estiveram na Ukraina, o que saiu nos jornais é que vieram para conhecimento do local, isto é a região de Lviv. Não vi nada sobre eles irem até Kyiv ou conversarem com o primeiro-ministro. Talvez isto tenha acontecido num espaço cósmico, inacessível aos jornalistas. E, se Groisman tivesse conversado com os francesas, haveria muita auto-propaganda - OK).

"Mentem em cada volta ! Assim não pode fazer! Pode ser que ele até conversou com alguns franceses, mas não com aqueles que aqui vieram" - emocionalmente respondeu a isto Oleg Berezyuk. Ele diz, que o acordo com a empresa francesa Egis - é exclusivamente mérito da prefeitura de Lviv, não do governo.

Em 9 de junho o Conselho da cidade enviou um repetido apelo a Kyiv para anunciar o estado ecológico emergencial, em Lviv. 

(O texto continua com a conversa de um vereador que começou a greve de fome, e seus colegas que vieram ficar com ele, fazer-lhe companhia, na escadaria do prédio. A maioria está solidária. Também vou pular esta parte -OK).

Concluindo:
A Prefeitura de Lviv, neste ano, enviou centenas de pedidos de ajuda:
- aos governo das oblast e municípios - 495
- recebeu recusas oficiais - 229
- não responderam - 257
- respostas positivas - 9 (parte dessas respostas "fecharam-se" após o início da cooperação).
Cada um que recusava, apresentava seus motivos. Havia motivos objetivos, políticos, medo da pressão e consequências. Eu desejo, sinceramente, a cada comunidade na Ukraina, que no futuro não se encontre em situação idêntica, que Deus não permita. Em qualquer caso, com a ajuda de Lviv, vocês sempre podem contar.

Tradução: O. Kowaltschuk

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