Tyzhden. ua (Semana Ukrainiana), 05.06.2017
Roman Malko
Ponto da perda de autoridade. |
Recentemente, a terceira parte de sua biografia presidencial concluiu mais um, legitimamente eleito presidente da Ukraina, Petro Poroshenko. Concluiu, para dizer o mínimo, respondendo plenamente às leis do gênero: com substancialmente diminuída classificação, amontoado de promessas não cumpridas, embora com alguma bagagem de boas realizações. O que a própria isenção de vistos já vale. E, apesar de que todos os problemas poderiam ser atribuídos aos tempos difíceis, em que ele passou a liderar o país (tempos de guerra), também a seus antecessores, não era sempre doce.
Primeiro - Leonid Kravchuk permaneceu na presidência 2 anos e 7 meses.
Para, de alguma forma apaziguar as pessoas, que instantaneamente ficaram pobres (o que não surpreende com o crescimento dos preços em 103 vezes ao ano e a depreciação do rublo de 740 a 40 mil. por 1 (um) dólar).
O parlamento, não encontrando caminho mais adequado para saída da crise, anunciou uma redefinição completa do poder e anunciou eleições antecipadas ao parlamento e presidenciais. Na verdade, a situação conseguiram estabilizar ainda antes das eleições. O governo de Iukhem Zviahilsky, recebendo inacreditáveis poderes e aderindo a todos os tipos de medidas, como planejamento de orçamento trimestral, já conseguiu em janeiro de 1994 acalmar a hiperinflação e até antes do verão chegar a um crescimento de produção superior a 4%, o que na Ukraina independente, nem antes, nem depois, até o ano 2.000 não observou-se. No entanto, esta cura milagrosa, de modo algum não influiu no amargurado eleitor, e o país recebeu, inteiramente vermelho parlamento, literalmente recheado com comunistas e socialistas.
Se nesta situação Leonid Makarovych não se comporta-se como uma senhorita convidada e imediatamente anuncia-se sua candidatura, teria a chance de se tornar, novamente presidente.
No entanto ele, então, sozinho, não sabia o que desejava, e por um bom tempo dizia, que não disputaria as eleições, porque as pessoas, dizia, estavam insatisfeitas. Finalmente, para evitar a situação, quando o favorito das eleições ficara apenas o ex-premier Leonid Kuchma (símbolo da hiperinflação), protegido por administradores vermelhos e comunistas, que participavam dos slogans pró-russos e prometiam bilinguismo, era necessário um contrapeso - candidatura de pesos pesados, a qual poderia ser apoiada pela maioria pró-ukrainiana.
Tais, é claro, encontravam-se muitos. No entanto, o mais notável entre eles era Ivan Pliushch. Tudo estaria bem, apenas a alguns dias do término do registro de candidatos, organizados pela metodologia comunista, na reunião de cidadãos de todo o país, começaram pedir ao Leonid M. Kravchuk para que ele participasse da eleição, e o coração do velho tigre amoleceu. "Se a nação quer que eu participe, eu participo."
O terceiro ano de mandato para todos os presidentes ukrainianos é bastante crítico. A queda na classificação apenas confirma a decepção pública como consequência de não hábil desempenho das obrigações.
"Papa" - Exatamente no período de seu primeiro mandato será formada a matriz, na qual Ukraina viverá as próximas duas dezenas.
Tornando-se chefe de Estado, Leonid D. Kuchma muito rapidamente orientou-se na situação e, não traindo seu estilo de liderança, lapidado no cargo de diretor de Pivdemmash (Fábrica-Sul, de construção de máquinas - OK) começou colocar ordem no país de acordo com seu critério. Posicionou-se como reformador, apresentou um programa. No entanto, para ter a possibilidade de implementar, pelo menos alguma reforma, primeiramente era forçado regular algumas relações com o Parlamento, encabeçado pelo senador socialista Oleksander Moroz. Isto revelou-se nada fácil. Kuchma buscava o poder e criação de uma fonte executiva vertical, capaz de "trabalhar com efetividade numa crise econômica crescente", mas o Conselho Parlamentar, é claro, não queria partilhar com ele os seus poderes e assustava o país com ameaças de ditadura. A oposição seriamente complicava as decisões de problemas urgentes da vida pública, e, finalmente "revelando a sabedoria política", Kuchma e Moroz, em 08 de junho de 1995, assinaram o Tratado Constitucional, que de- fato tornou-se uma constituição interina, reconhecendo o presidente como cabeça do estado e cabeça do poder executivo e lhe outorgou autoridade para nomear o Gabinete Ministerial incluindo o primeiro-ministro.
O primeiro primeiro-ministro, nomeado por Kuchma, tornou-se oficial de carreira dos serviços especiais Yevhen Marchuk. No cargo ele permaneceu por um ano e foi dispensado "pela criação de própria imagem". No seu lugar foi designado um forte empresário Paulo Lazarenko. Embora Lazarenko também tenha permanecido pouco no cargo, ele soube deixar na história do país, e na vida de muitas pessoas, em seguida influentes políticos, uma forte marca, que é visível ainda hoje. (Lazarenko, se um dia fez algo bom para Ukraina, deve ter sido por algum descuido de sua parte. Esta pessoa já esteve presa, por oito anos, nos Estados Unidos, para onde fugiu com dinheiro roubado. E, se voltar para Ukraina, será presa. Prometo contar esta história nos próximos dias - OK).
Lazarenko foi uma figura poderosa, com simpatia pró-ukrainiana, que controlava então, ainda jovem Yulia Temoshenko e sua empresa de fluxos de gás da Rússia. Sentia-se independente e auto-suficiente. Kuchma não gostava e temia ser removido do Olimpo por Lazarenko. Este, num dado momento, perdeu a vigilância e foi declarado maior corruptor da Ukraina e entregue à justiça americana.
(Pelo que me recordo das leituras anteriores, ele não foi entregue à justiça americana, ele fugiu para os Estados Unidos para não ser preso. Lazarenko foi julgado nos Estados Unidos e preso por oito anos, que cumpriu. Durante o julgamento surgiu romance entre ele e sua tradutora, com a qual já tem três filhos. Agora já está livre e vive nos Estados Unidos com sua nova família. Na Ukraina ele também deixou uma família. Como esta família, vive discretamente, não há notícias. - OK) É, justamente neste momento que inicia-se a luta épica contra a corrupção na Ukraina, que não foi concluída até hoje.
Esta não é a única boa iniciativa de Kuchma. Durante três anos, ele conseguiu fazer muita coisa. Em janeiro de 1995, o Parlamento aprovou a Lei "Sobre grupos financeiro-industriais na Ukraina", em consequência do que formou-se o sistema oligárquico, cujos frutos colhem-se até hoje. Paralelamente aconteceu a primeira onda de uma privatização ambiciosa. Grupos financeiro-industriais fortalecem-se. Kuchma junto a eles. Claro, ele é forçado a equilibrar-se entre seus pupilos, interesse dos quais frequentemente não coincidem, e na arena internacional (como esquecer o glorioso multivetor). Exatamente no primeiro período de Kuchma será formada uma matriz, na qual o país viverá nas próximas duas décadas e não poderá livrar-se dela até mesmo com os esforços de duas revoluções e guerra.
Dizer, que o primeiro mandato trienal de Kuchma tornou-se para ele um ponto crítico, não é completamente verdade. Sim, houve problemas com a divisão da Frota do Mar Negro, e justamente então foi colocada uma bomba sob a Criméia. Sim, a classificação caiu acentuadamente, mas contra a falta de oposição forte e vingança de comunistas no Parlamento, que se desviou para o lado do estadista, a Kuchma há pouca ameaça.
Mesmo ligando para crise de 1998, ele facilmente ganha a eleição, habilmente utilizando a fórmula "O melhor do pior" (ou o comunista Petro Symonenko, ou um tal adepto do Estado Leonid Kuchma), e novamente encontrar-se-á na cadeira do presidente.
Mas o terceiro aniversário da segunda cadência de Kuchma revelar-se-á nada alegre. Ele a superará de fato esmagado. No início explode um escândalo gravado, relacionado com o desaparecimento do jornalista Georgy Gongadze, que crescerá em ação "Ukraina sem Kuchma". Crescerá o escândalo com suposta venda ao Iraque de quatro sistemas ukrainianos do passivo rádio locação "Kolchuga", que será um golpe extremamente poderoso para Kuchma. (Os políticos ocidentais vão evitá-lo como se estivesse leproso).
Nem as tentativas de amizade com a OTAN para obter perspectivas de associado e membro de pleno direito já não conseguem corrigir a situação. Em 2.004, após um confronto no outono de 2003, com a Rússia, pela ilha de Tuzla, que quase se transformou em conflito armado , Kuchma exclui da doutrina militar a posição sobre a entrada da Ukraina à OTAN e UE como meta final da política euro-atlântica e integração européia do país e declara, que nesta etapa Ukraina ainda não está pronta para isto.
No entanto, talvez seja o evento mais significativo, como comprovar-se-a mais tarde, o que ocorreu neste período, foi a nomeação em novembro de 2002, para o cargo de primeiro-ministro - Viktor Yanukovych, governador de Donetsk. Depois que os moradores de Donetsk ajudaram Kuchma tornar-se presidente, em troca eles receberam total liberdade de ações dentro de sua região. "Façam lá o que quiserem, mas não se intrometam em Kyiv, e Kyiv não se intrometerá em seus assuntos". Com o tempo, os apetites de Donbas cresceram e ele começou a olhar para a capital: nós também desejamos participar em assuntos públicos. Isto, estranhamente, coincidiu com o enfraquecimento de Leonid Kuchma, e quando os de Donetsk propuseram Yanukovych como primeiro-ministro (não faltou, é claro, a proteção da Rússia, Kuchma concordou.
O texto continuará...
Tradução - O. Kowaltschuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário