Die Welt: lenta reação ocidental a eventos na Crimeia. Alemanha colocará a Rússia no lugar?
Tyzhden.ua (Semana ucraniana), 03.12.2018
Anatoli Shara
O negócio alemão corre para Rússia, popularidade da defesa alemã e delicadeza do Brexit - principais questões da publicação.
Merece atenção o artigo do colunista alemão Richard Gertsinger "Protesto sem consequências". Entendendo o nível do confronto no Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov, é preciso descobrir os fatos.
Criméia pertence à Ucrânia, mas a Federação russa a anexou. Bloqueando a passagem de navios pelo estreito é crime de pirataria. Mas, o Ocidente tem dificuldade em nomear os fatos com seus nomes. Em vez disso, ele conclama os dois países a reduzir a escalada e reprimir a agressão. E, novamente, repete-se o notório mecanismo, conhecido desde o tempo da tomada da Criméia: Rússia eleva o termômetro, o Ocidente "apela para o descalamento" e exige que a vítima também reduza a agressão. Surpreendente, não é? Afinal, em essência, tudo se reduz ao fato de que Rússia é agressor, e ela é quem tomou o território de outro país, roubou-o. No entanto, os governos ocidentais agem como se não percebessem isso. Dessa vez, nota-se bem a reação passiva à situação também do governo americano. Kremlin nem mesmo esconde a agressão. Moscou transfere sua tática para outro nível. Após o ataque aos barcos, o presidente ucraniano pediu a introdução de uma lei marcial. Embora o Parlamento ucraniano tenha ficado céptico em relação a esta idéia. R não por medo de restringir as reformas, mas por causa das eleições presidenciais. Mas, este tópico requer uma análise em separado. Hoje é óbvio: Kremlin violou tratados internacionais, que considera como capacidades táticas que dão tempo a ações agressivas subsequentes. Isso não afeta o Ocidente que, em vez de cortar o regime de Putin dos mercados financeiros internacionais e colocá-lo no lugar, muitos líderes ocidentais gostariam de vê-lo como um parceiro. Um exemplo notável poderia mostrar Alemanha, impedindo a construção do North Stream-2, porque este projeto divide a Europa. A história e os tempos modernos mostram claramente que os desastres geopolíticos ocorrem quando os agressores não são colocados no devido lugar a tempo.
Por sua vez, os editores do Die Welt expressaram seus pontos de vista sobre os acontecimentos no Mar de Azov: "A Alemanha deveria colocar Putin no lugar". Petro Poroshenko reforçou o tom de suas declarações após o ataque russo no Estreito de Kerch. Ele ressaltou, que Ucrânia enfrenta uma invasão em grande escala da Federação russa. Ele também pediu aos parceiros internacionais que imponham sanções adicionais. Claro, Putin rejeita a acusação do presidente ucraniano. Em sua opinião, Poroshenko criou um incidente provocativo para permanecer no poder. A reação da comunidade internacional, embora lenta, não atrasou-se. Donald Tramp e Ângela Merkel expressaram sua preocupação sobre o que aconteceu no Mar de Azov. Por causa das ações agressivas da Rússia, o presidente americano até cancelou uma reunião previamente agendada com Putin.
O embaixador ucraniano começou a exigir não somente preocupações, mas também ações concretas. Particularmente, a introdução de novas penalidades relacionadas à exportação de petróleo e gás. O embaixador acredita que Berlim deve colocar Moscou no lugar.
É inteiramente justificado que Kyiv avalia-se as ações das tropas russas no Mar de Azov como uma ameaça de guerra. Devido a isso, na verdade, foi introduzido o estado de guerra. Estados membros da Otan pedem à Rússia para coibir a agressão, considerando que não havia razão para tal comportamento. Ângela Merkel convence sobre o crescente papel da OSCE em de-escalação do conflito. No final tudo reduziu-se a chamadas para reduzir o grau de agressão de ambos os lados. E alguns políticos alemães, pelo contrário, acreditam que este incidente não pode levar a uma guerra. Os americanos reagiram mais aguçadamente, que os europeus.
O representante especial da Ucrânia, Kurt Walker, fala em haver alta probabilidade na introdução de sanções adicionais. Enquanto preparava-se uma resposta internacional a esses eventos, Rússia intensificou suas forças aeroespaciais na Criméia anexa. Já o jornalista Nicolaus Doll chama a atenção para a crescente pressão dos empresários alemães no governo, para que este intensifique a cooperação econômica com Rússia. Mas ele não vem ao encontro deles. Apesar dessas exigências, a chanceler permanece firme com sua opinião. O governo persistirá com a política de bloquear ainda mais as relações comerciais com Moscou. Merkel acusa Rússia em alimentar conflitos não só na Ucrânia, mas também na Moldávia e na Georgia. Moscou não quer reconhecer Ucrânia como um estado livre. Entre outros países, cresce o medo de um ataque por parte da Federação Russa, especialmente após o ataque ao Estreito de Kerch. Mas, antes disso Putin, apesar do aviso, ainda completou a construção da ponte da Rússia à península ocupada. O primeiro-ministro ucraniano Volodymyr Groisman pede aos investidores alemães que entrem no país. De fato, há um enorme potencial: o país cresce, as reformas implantam-se gradualmente. A chanceler garante que Ucrânia manterá seu status de transportador de gás. Ao mesmo, devido a anexação ilegal da Criméia à Rússia, foram impostas sanções. E isso muito não agrada a uma série de poderosas empresas alemães. Elas buscam, repetidamente, se não o seu cancelamento, pelo menos uma flexibilização gradual do regime comercial. Mas, em relação aos eventos na Criméia, eles terão que diminuir, um pouco, seu apetite. Mesmo os principais políticos austríacos exigem sanções adicionais. Pode-se argumentar sobre a viabilidade de sanções econômicas por meio de questões políticas, mas eles levam a mal-entendidos entre a elite. Para isso os políticos devem explicar claramente, a motivação de suas decisões.
Em vez disso, Gerhard Gerhmann diz que a crise na Criméia causou alta demanda por produtos da Rheinmetal & Co. Assim que a crise russo-ucraniana se intensifica, a Rheinmetal entra no tempo melhor. Os especialistas há muito prenunciam o super-ciclone para as empresas de defesa, quando os países começam pensar sobre sua própria segurança e, portanto, gastam mais em defesa. Hoje há muitos projetos para diferentes produtos. Países com tecnologia e recursos humanos atualizam regularmente suas propostas. Os alemães tem clientes principalmente nos EUA e na Ásia. Agora, a Turquia também mostrou muito interesse. Como evidência de uma situação de mercado cada vez maior, você pode cotar os pedidos dos produtos da empresa. Eles cresceram quase 70%: de 3 bilhões
euros para 5 bilhões. A empresa vai dedicar-se ao desenvolvimento de laser. Mas, é claro, a Rheinmetal não revela todos os seus segredos. Não há nada conhecido sobre uma possível encomenda do fabricante de tanques de Munique. Além disso, não devemos esquecer q aparição de um grupo militar - tecnológico que produzirá veículos na Europa. Com base nesta joint ventura, querem criar o sucessor do tanque alemão "Leopard" e do francês "Leclerc". Espera-se que a estrutura de negócios da holding esteja pronta até 2.020. Mas isso ainda precisa ser coordenado pelas autoridades anti-monopólicas de ambos os países. Então, como vemos, a escalada do conflito na ucrânia cria a demanda necessária para empresas de defesa.
Stefanie Boltzen e Christoph Schildts convencem em seu material que o Brexit é verdadeiramente desonesto. Londres e Bruxelas, depois de negociações difíceis, concordaram com o plano de saída. Mas isso é apenas o começo de outra batalha. Há três cenários para o desenvolvimento de eventos.
1. Pagamento do divórcio.
O plano da Tereza Mai quanto ao Brexit é: até 10 de dezembro, o Parlamento Britânico votará a favor. As consequências práticas da saída serão sentidas, aproximadamente, no final de 2.020 ou, talvez, mais perto de 2022. Ao mesmo tempo, Londres, a partir de 2.019 não delegará seus representantes ao Parlamento europeu e não participará do trabalho na UE. Ao mesmo tempo, deve-se admitir que as negociações sobre o formato das relações futuras serão muito mais complicadas. As condições políticas são, geralmente, claras: trata-se de uma área de livre comércio abrangente, sem taxas e impostos alfandegários e com regras de concorrência. Para isso, todos os 27 membros da UE devem votar. E isso não é mais uma tarefa fácil. Além disso, como Londres fará tudo isso.
2. Sem acordo, portanto, caos.
Se o Parlamento não votar, a partir de 30 de março, a anarquia legal prevalecerá. O futuro estatuto dos cidadãos da UE e da Grã-Bretanha será completamente impreciso. A economia de ambos os lados será grandemente danificada. Em Londres consideram, esse cenário, não realista.
3. Segundo referendum.
O ex-primeiro-ministro Tony Blair vê mais uma chance de salvar a União através de um plebiscito. Mas isso requer ajuda de europeus. As chamadas para o segundo referendo são ouvidas cada vez mais alto. Isto poderia ser uma boa decisão para Mey. No entanto, os parlamentares não fizeram nada, para que que essa idéia se tornasse realidade. O cálculo aqui é muito simples: os políticos que querem arriscar suas próprias perdas, e os britânicos atuais não o farão.
Tradução: O. Kowaltschuk
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
domingo, 2 de dezembro de 2018
Países do G7 dirigiram-se à Rússia para libertar os marinheiros ucranianos capturados.
Vysokyi Zamok (Castelo alto), 30.11.2018.
Os ministros das Relações Exteriores do G7 exortaram Rússia para libertar os marinheiros ucranianos cativos.
A declaração afirma que os chefes dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, bem como a alta representação da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança "expressaram profunda preocupação com as ações da Rússia contra Ucrânia no Estreito de Kerch e nas águas circundantes, o que aumenta a tensão.
"Não há justificativa para o uso de força militar da Rússia contra navios e marinheiros ucranianos", diz o comunicado.
"Pedimos moderação, respeito ao direito internacional e prevenção de qualquer nova escalada. Apelamos à Rússia que liberte a tripulação e os navios detidos e evite interferir na passagem legal através do estreito de Kerch", diz o comunicado.
Tradução: O. Kowaltschuk
Vysokyi Zamok (Castelo alto), 30.11.2018.
Os ministros das Relações Exteriores do G7 exortaram Rússia para libertar os marinheiros ucranianos cativos.
A declaração afirma que os chefes dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, bem como a alta representação da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança "expressaram profunda preocupação com as ações da Rússia contra Ucrânia no Estreito de Kerch e nas águas circundantes, o que aumenta a tensão.
"Não há justificativa para o uso de força militar da Rússia contra navios e marinheiros ucranianos", diz o comunicado.
"Pedimos moderação, respeito ao direito internacional e prevenção de qualquer nova escalada. Apelamos à Rússia que liberte a tripulação e os navios detidos e evite interferir na passagem legal através do estreito de Kerch", diz o comunicado.
Tradução: O. Kowaltschuk
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
"Somente rifles carregados e pó seco - garantias para Ucrânia..."
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 26.11.2018
Ivan Farion
Sobre eventos sangrentos no Estreito de Kerch e reação a eles na Rússia, possível desenvolvimento da situação, o correspondente do "Castelo Alto" comunicou-se com o correspondente da agência UNIAN em Moscou, Roman Tsimbalyuk.
Roman Tsembaliuk
O uso da força de domingo pode estar ligado ao fortalecimento do curso da Ucrânia à OTAN, com a outorga do Decreto, com as derrotas do "Gazprom", fiasco da Rússia na eleição do diretor da Interpol?...
- Sim, o nível de insatisfação com a Ucrânia, na Rússia cresce. Inclusive - por causa dos eventos que você mencionou. Em Moscou frequentemente choramingam, que a Ucrânia há muitas vitórias nas frentes diplomáticas e judiciais. E, no entanto, eu distinguiria esses assuntos. Com suas últimas ações no Estreito de Kerch os russos tentam demonstrar, que são os únicos governantes do Mar de Azov e do estreito de Kerch. é muito engraçado, quando os altos funcionários russos apoiam-se no acordo sobre o Mar de Azov, assinado com Ucrânia. Lá diz, que tanto o Mar de Azov quanto o Estreito de Kerch - é um mar comum. Mas usá-lo, os russos querem sozinhos.
- A mídia russa aumenta a tensão, que Poroshenko introduz uma condição de guerra, para melhorar sua classificação, para adiar as eleições presidenciais. E, se temem no Kremlin uma mobilização ainda maior da sociedade ucraniana, a disseminação do sentimento anti-russo?
- A liderança russa percebe Ucrânia como um "projeto anti-russo concluído", sobre isso ressoam declarações públicas. Mesmo a maioria dos analistas russos, que têm pelo menos alguma inteligência, dizem que, independentemente dos resultados das eleições, o curso da Ucrânia à OTAN não vai mudar. Porque é uma maneira não-alternativa para os ucranianos, para sua sobrevivência na vizinhança com a Rússia. Mas na avaliação da Polícia Nacional, no Estreito de Kerch, esses especialistas tentam mudar a ênfase. Dizem que "Poroshenko é mau", e o ataque militar aos navios ucranianos não é assunto de primeira importância. Embora tenha sido este problema que levou ao surgimento da decisão do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia sobre a introdução de uma lei marcial.
- Há na Rússia forças sóbrias, que instam com Putin a não cruzar a "linha vermelha" nas relações com Ucrânia?
- Pensar nessas categorias para ucranianos - é o mais perigoso. Nós precisamos ter consciência que, do ponto de vista da Ucrânia, não há "bons russos" para Ucrânia. Independentemente de suas crenças políticas, de sua simpatia ou antipatia por Putin, quanto a anexação da Criméia, sua posição é firme. Aqueles que consideram a anexação da península ucraniana como um crime contra a humanidade são, de fato, marginais na Rússia. Eles não podem, de forma alguma, influenciar o curso que Kremlin incorpora. Se em 2014 muitos russos chegaram ao protesto e gritaram: "Não - a guerra com Ucrânia!" Agora, para tais ações podem chegar unidades para toda Rússia.
- Se poderá agora Kremlin"vitimizado" com vitória atrever-se na mais ampla agressão contra Kyiv?
- Espero que, a tal passo, Moscou não ouse. Sim. capturar no mar três navios ucranianos aos russos foi simples. Esses navios não possuíam mísseis, eles foram designados para patrulhar a área marinha e podiam, apenas, parar os barcos de pesca. Impressionar os poderosos navios russos, nós não temos tal possibilidade. Mas se tivermos a possibilidade de resistência na parte terrestre - nossas oportunidades são muito melhores. Todos compreendem que as perdas dos russos, se eles nos atacarem na terra, serão enormes. Obviamente, Kremlin continuará mantendo a fase "semi-volátil" no Donbas, mas à ofensiva não irá. Figurativamente falando, apenas armas carregadas e pó seco podem nos dar algumas garantias de que os russos não nos atacarão mais. No segmento diplomático, é possível contar com o apoio do mundo. Mas a prática mostra: quando se trata de resistência armada, nós ficamos com o nosso inimigo por conta própria...
Tradução: O. Kowaltschuk
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
Os agressores não escondiam suas intenções de capturar navios ucranianos.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 2611.2018
O escritório editorial do portal LIGA Net recebeu gravações em áudio, de conversas entre marinheiros ucranianos e russos no Estreito de Kerch, quando, na noite de ontem, os agressores atiraram e capturaram três navios ucranianos.
Surgiram informações sobre os soldados ucranianos feridos, tomados pela Rússia no Estreito de Kerch, no portal ucraniano, segundo mídia russa.
Nas instituições médicas da Crimeia encontram-se: Andriy A. Artemenko (nascido em 31.03.1994 em Novoukrainka; Vasyl Soroka (nascido em 11.04.1991 em Odessa);Andrey Ayer Dmitrievich (nascido em 20 de dezembro de 1999, em Odessa).
Na rede social, o Facebook registrou estes perfis. Ayer e Artemenko indicam que moram em Odessa, publicam fotos em uniforme militar contra o pano de fundo de navios de guerra.
Artemenko também escreve que trabalha nas Forças Navais da Ucrânia. (Informações de meios de comunicação Social Russa).
O canal de propaganda controlado pelos invasores, no Telegram War Gonzo informa que os marinheiros ucranianos, durante o assalto, resistiram aos invasores russos e, depois da captura, não mantêm contato com o agressor.
Segundo Forças Navais das Forças Armadas da Ucrânia, os russos apreenderam três navios ucranianos no estreito de Kerch e feriram 6 (seis) soldados ucranianos.
Ao mesmo tempo, os russos dizem que "receberam ferimentos" leves três militares ucranianos, sua condição é estável.
Lembramos que em 25 de novembro, as forças navais das Forças Armadas da Ucrânia informaram, que na região do Mar Negro do Estreito de Kerch, guardas de fronteira russos abriram fogo contra o navio da Marinha Ucraniana.
Durante a reunião do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, o chefe do Estado Maior, Viktor Muzhenko, disse que, em média, 23 pessoas estavam nos navios ucranianos. O destino dos marinheiros dos navios das Forças Armadas, que foram capturados pelos serviços russos, é desconhecido para Ucrânia.
De acordo com os resultados da reunião do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, o presidente Poroshenko pediu para considerar a decisão de introdução de uma lei marcial na Ucrânia, em uma reunião extraordinária na segunda-feira.
Em conexão com a situação no Mar de Azov, as Forças Armadas da Ucrânia entraram em completa prontidão de combate.
O Mar de Azov e o Estreito de Kerch, historicamente são águas interiores da Ucrânia e da Federação Russa consagradas no respectivo acordo entre os estados desde 2003.
Em dez províncias introduzem o Estado de Guerra.
Ukrainska Pravda (Verdade Ucraniana), 26.11.2018.
Verkhovna Rada (Parlamento) confirmou o decreto do presidente Petro Poroshenko sobre a introdução do estado de guerra a partir de 28 de novembro. A favor votaram 276 deputados.
Em seu discurso ao Conselho Poroshenko explicou que a introdução do estado de guerra será apenas nas áreas ao longo da fronteira russa, na fronteira da Moldávia e a beira do Mar Negro e do mar de Azov. entram as regiões de Odessa, Nikolaev, Kherson, Zaporozhye, Lugansk, Donetsk, Sumy, Kharkiv, Chernihiv, Vinnytsia.
O estado militar será introduzido às 9:00 horas de 28 de novembro e vai durar 30 dias, até 27 de dezembro.
Ao mesmo tempo, o presidente ressaltou que o governo não vai limitar os direitos dos cidadãos, exceto no caso de agressão militar russa no solo.
Ele também assegurou que não pretende adiar as eleições, e pensa apresentar um projeto de decisão sobre a data das eleições parlamentares - 31 de março de 2019.
O estado militar ao presidente foi proposto pelo Conselho de Segurança e Defesa Nacional, por causa do ataque da Rússia ao Mar Negro, que terminou com a captura de 3 (três) navios ucranianos e 23 marinheiros.
A decisão do Conselho de Segurança e Defesa Nacional contém 12 artigos, o último é secreto.
Um dos guardas ucranianos de fronteira, feridos no estreito de Kerch, está em estado crítico. Ao todos, são seis os feridos, três gravemente.
Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Polônia, Suécia e Países Baixos manifestaram apoio à Ucrânia. Representantes desses países concordaram que as tropas russas violaram a lei internacional atacando e capturando navios ucranianos no Estreito de Kerch. Eles também lembraram que este incidente ocorreu no contexto da anexação ilegal da Criméia pela Rússia.
Ao mesmo tempo, o segundo grupo de países da União Soviética não culpou Rússia.
China, Costa do Marfim, Cazaquistão, Bolívia, Peru, Kuwait, Etiópia e Guine Equatorial pediram a ambos os lados que evitassem a escalada do conflito e cumprissem os acordos de Minsk.
Tradução: O. Kowaltschuk
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 2611.2018
O escritório editorial do portal LIGA Net recebeu gravações em áudio, de conversas entre marinheiros ucranianos e russos no Estreito de Kerch, quando, na noite de ontem, os agressores atiraram e capturaram três navios ucranianos.
Surgiram informações sobre os soldados ucranianos feridos, tomados pela Rússia no Estreito de Kerch, no portal ucraniano, segundo mídia russa.
Nas instituições médicas da Crimeia encontram-se: Andriy A. Artemenko (nascido em 31.03.1994 em Novoukrainka; Vasyl Soroka (nascido em 11.04.1991 em Odessa);Andrey Ayer Dmitrievich (nascido em 20 de dezembro de 1999, em Odessa).
Na rede social, o Facebook registrou estes perfis. Ayer e Artemenko indicam que moram em Odessa, publicam fotos em uniforme militar contra o pano de fundo de navios de guerra.
Artemenko também escreve que trabalha nas Forças Navais da Ucrânia. (Informações de meios de comunicação Social Russa).
O canal de propaganda controlado pelos invasores, no Telegram War Gonzo informa que os marinheiros ucranianos, durante o assalto, resistiram aos invasores russos e, depois da captura, não mantêm contato com o agressor.
Segundo Forças Navais das Forças Armadas da Ucrânia, os russos apreenderam três navios ucranianos no estreito de Kerch e feriram 6 (seis) soldados ucranianos.
Ao mesmo tempo, os russos dizem que "receberam ferimentos" leves três militares ucranianos, sua condição é estável.
Lembramos que em 25 de novembro, as forças navais das Forças Armadas da Ucrânia informaram, que na região do Mar Negro do Estreito de Kerch, guardas de fronteira russos abriram fogo contra o navio da Marinha Ucraniana.
Durante a reunião do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, o chefe do Estado Maior, Viktor Muzhenko, disse que, em média, 23 pessoas estavam nos navios ucranianos. O destino dos marinheiros dos navios das Forças Armadas, que foram capturados pelos serviços russos, é desconhecido para Ucrânia.
De acordo com os resultados da reunião do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, o presidente Poroshenko pediu para considerar a decisão de introdução de uma lei marcial na Ucrânia, em uma reunião extraordinária na segunda-feira.
Em conexão com a situação no Mar de Azov, as Forças Armadas da Ucrânia entraram em completa prontidão de combate.
O Mar de Azov e o Estreito de Kerch, historicamente são águas interiores da Ucrânia e da Federação Russa consagradas no respectivo acordo entre os estados desde 2003.
Em dez províncias introduzem o Estado de Guerra.
Ukrainska Pravda (Verdade Ucraniana), 26.11.2018.
Verkhovna Rada (Parlamento) confirmou o decreto do presidente Petro Poroshenko sobre a introdução do estado de guerra a partir de 28 de novembro. A favor votaram 276 deputados.
Em seu discurso ao Conselho Poroshenko explicou que a introdução do estado de guerra será apenas nas áreas ao longo da fronteira russa, na fronteira da Moldávia e a beira do Mar Negro e do mar de Azov. entram as regiões de Odessa, Nikolaev, Kherson, Zaporozhye, Lugansk, Donetsk, Sumy, Kharkiv, Chernihiv, Vinnytsia.
O estado militar será introduzido às 9:00 horas de 28 de novembro e vai durar 30 dias, até 27 de dezembro.
Ao mesmo tempo, o presidente ressaltou que o governo não vai limitar os direitos dos cidadãos, exceto no caso de agressão militar russa no solo.
Ele também assegurou que não pretende adiar as eleições, e pensa apresentar um projeto de decisão sobre a data das eleições parlamentares - 31 de março de 2019.
O estado militar ao presidente foi proposto pelo Conselho de Segurança e Defesa Nacional, por causa do ataque da Rússia ao Mar Negro, que terminou com a captura de 3 (três) navios ucranianos e 23 marinheiros.
A decisão do Conselho de Segurança e Defesa Nacional contém 12 artigos, o último é secreto.
Um dos guardas ucranianos de fronteira, feridos no estreito de Kerch, está em estado crítico. Ao todos, são seis os feridos, três gravemente.
Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Polônia, Suécia e Países Baixos manifestaram apoio à Ucrânia. Representantes desses países concordaram que as tropas russas violaram a lei internacional atacando e capturando navios ucranianos no Estreito de Kerch. Eles também lembraram que este incidente ocorreu no contexto da anexação ilegal da Criméia pela Rússia.
Ao mesmo tempo, o segundo grupo de países da União Soviética não culpou Rússia.
China, Costa do Marfim, Cazaquistão, Bolívia, Peru, Kuwait, Etiópia e Guine Equatorial pediram a ambos os lados que evitassem a escalada do conflito e cumprissem os acordos de Minsk.
Tradução: O. Kowaltschuk
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
Hungria e Ucrânia: quem ganha a luta pelo Transcarphathia?
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 14.11.2018
Igor Solovei
Recentemente, na agenda de informações ucranianas explodi o vídeo publicado a partir da cerimônia de obtenção, de um cidadão da Ucrânia, da cidadania da Hungria em seu consulado em Berehovo (região do Transcarpathia). O que todo o mundo sabe há muito, ganhou uma publicação muito esperada.
"Eu juro considerar Hungria como minha pátria. Serei um cidadão leal, protegerei e servirei a Hungria. Que Deus me ajude", - os cidadãos repetem o texto do juramento três vezes diante da bandeira húngara, no vídeo publicado.
Após o hino, os proprietários de novos passaportes húngaros recebem instruções de diplomatas húngaros: "Escondam das estruturas estatais da Ucrânia o fato de obter a cidadania húngara", - orienta o diplomata húngaro.
Após o aparecimento deste vídeo, políticos ucranianos, deputados e especialistas começaram convocar à ordem. Principalmente com uso de chicote. Aparecem várias sugestões: desde punição ao governo ucraniano local, os recebedores de passaportes, à introdução de medidas duras ao lado húngaro. Será que ajudará? Mito duvidoso - as ferramentas da influência de Kyiv na decisão das autoridades de Budapeste é mísera.
Em primeiro lugar, as autoridades locais no Transcarpathia não poderá impedir que os residentes da região obtenham passaportes da Hungria - são entregues pelo Consulado da Hungria, protegido por imunidade diplomática. Além do mais, os húngaros não trocam informações com Ucrânia sobre o número de candidatos a sua cidadania.
Segundo, apesar de Kyiv ter ameaçado afastar o cônsul húngaro, o consulado continuará o serviço. Embora possa "desacelerar" por algum tempo, até que o escândalo se esqueça. Fechar o consulado? Isto significa criar mais escândalo - os húngaros "em troca", necessariamente fecharão algo para Ucrânia. Neste caso, os moradores do Zakarpattya, viajarão pelos passaportes, a outros lugares.
Terceiro, qualquer medida repressiva do Estado que diga respeito diretamente aos cidadãos da Ucrânia com dupla cidadania, se tornará um grande erro: o processo não será interrompido, mas pode levar a ainda maiores consequências negativas.
Então, a questão com a emissão de passaportes - existe há muito tempo e continuará por um longo tempo. Confirmação disto é que Budapeste, em vez de "apagar" o conflito, aumenta o seu grau: o chefe do Ministério das Relações Exteriores Peter Siarto considera tudo legal e de acordo com as normas internacionais. Ao mesmo tempo, ele acusou o lado ucraniano em usar "sentimento anti-húngaro na comunidade" na campanha eleitoral e prometeu (mais uma vez) retardar a integração européia da Ucrânia por causa desse conflito. Lembramos, anteriormente, o gabinete de Viktor Orban bloqueava a reunião da Comissão Ucraniana - OTAN.
Assim, há outra confirmação de que o governo oficial da Hungria abusa dos membros do seu país tanto na OTAN, como na UE. Além disso, com seu comportamento não construtivo com Ucrânia, procura introduzir a UE e OTAN. E Kremlin, com o qual o governo de Viktor Orban conduz negócios, em decisão contrária da União Européia, apenas será grato.
O que faz Hungria no Transcarpátia?
Toda política atual da Hungria (juntamente com Rússia) para Ucrânia, visa maximizar a situação no Transcarpátia, na criação de massa crítica da população da fronteira leal a de Budapeste. Bem como criar na população da região uma grande aversão ao governo central de Kyiv. Se Budapeste trabalha com húngaros (principalmente no distrito de Berehovo e Vinogradov), Moscou ajuda com informações e organização, materialmente
E a emissão de passaportes húngaros para os ucranianos não é o único problema. O governo oficial da Hungria usa a incompletude do lado ucraniano, aquecendo o crescimento do sentimento separatista no Transcarpátia . Orban aposta no "poder brando" - no suborno real da população do Transcarpátia.
Além disso, no Transcarpatia agem os programas de empréstimo para pequenas empresas, a educação é, exclusivamente, no idioma húngaro, a construção da infra-estrutura é financiada (por exemplo, para construção de uma estrada secundária em torno de Mukachevo, 50 milhões de dólares), instalações sociais (escolas, hospitais, etc.). Um fato importante para resolver o problema de purificação da água, quando havia problemas com o fornecimento do cloro, o governador de Transcarpátia Gennady Moskal não procurou Kyiv, mas o lado húngaro (Em relação a Gennady Moscal somente li elogios quando ele exercia um cargo anterior na Ucrânia. Acredito que a única preocupação dele era com a vida dos ucranianos. O fato é que os ucranianos são "meio devagar ". Penso que ele pediu ajuda onde seria atendido rapidamente - OK). E, embora após os protestos de Kyiv e promessa de bloquear o novo embaixador para Ucrânia, o Ministro do Exterior da Hungria rendeu posição e prometeu renomear o cargo, mas o problema em si não desapareceu (E a renomeação também ainda não veio.
Ainda mais, porque em Kyiv lembram a inconsistência nas declarações da liderança húngara - numa reunião em Uzgorod, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia Pavlo Klimkin e da Hungria, Peter Siyarto, concordaram, mas depois na cúpula da OTAN, Hungria, apesar do acordo bloqueou as reuniões OTAN-Ucrânia. O lado ucraniano deu a volta por cima, e conseguiu realizar esta reunião com a Geórgia (verdadeira parceria). Mas o mal esta-estar permaneceu. Portanto, ilusão em Kyiv quanto ao comportamento da liderança húngara, não há.
E tudo isso acontece no contexto das declarações escandalosas de Viktor Orban de que ele não acredita "no realismo das aspirações dos ucranianos, de se unirem à UE ou à OTAN", além de bloquear a integração européia e euro-atlântica de Kyiv.
Para que isto à Hungria?
Devido a investimentos no território ucraniano surge a questão lógica: por que as autoridades húngaras em Budapeste gastam tanto na Ucrânia?
O primeiro motivo que vem à mente = é a eleição. Apoiando a diáspora húngara, o partido governante de Orban traz popularidade aos olhos da população do Transcarpatia e da parte patriótica da própria Hungria, que manifesta-se em 2 a 3 mandatos adicionais, para sua força política de todos os húngaros do exterior.
Segunda, mais importante razão - o apoio econômico da região ucraniana é necessária a Budapeste para, pelo menos de alguma forma manter os húngaros étnicos no Transcarpátia: os transcarpáticos étnicos, com passaportes húngaros, migram maciçamente para Europa, para estudar ou trabalhar. E a redução do número de húngaros étnicos (e não apenas na Ucrânia, mas também em outros países europeus) põe em causa a justificação adicional das reivindicações de Budapeste. Somente no ano passado a liderança da Hungria , repetidamente, em vários níveis, confirmou sua intenção de lutar pela preservação da influência húngara.
"A sobrevivência dos húngaros que vivem no exterior depende de, se conseguirem avançar em direção à autonomia", disse Zold Schiemien, vice-primeiro-ministro da Hungria.
O ex-embaixador húngaro na Ucrânia, Emo Keshken, continuando a linha de liderança, disse que não havia nada de ruim na autonomia. "Acreditamos que não há nada de errado com a autonomia. Há muitos exemplos práticos na União Européia...", disse ele. Verdade que ele não explicou, que há tantos exemplos porque todos estes países são membros da União Européia. Ver Ucrânia na União Européia Budapeste não quer. E até promete impedir isso de qualquer forma.
e, ainda Keshken lembrou que em dezembro de 1991, quando a votação sobre a indústria da Ucrânia foi realizada, uma votação sobre a autonomia do Transcarpátia e autonomia do distrito de Berehovo foi realizada simultaneamente. "A maioria do país apoiou a independência. Ao mesmo tempo, 78% dos moradores do Transcarpátia apoiou a autonomia para região e 82% - para o distrito de Berehovo", disse o embaixador.
Portanto, a terceira razão para o interesse de Budapeste pelo Transcarpátia ucraniano - é a dor imperial, fantasma de Viktor Orban, saudade da "grande Hungria". Sob tal esquema, Orban brigou com outros países vizinhos, onde os húngaros vivem em quantidade - principalmente com Romênia e Eslováquia.
Juntar as brasas com as mãos dos outros.
De início deve ser enfatizado: analogia com a agressão russa na Criméia e no Donbas, em relação ao Transcarpatia é inapropriada - condições e potencial dos países são diversos. Portanto, a aventura militar da Hungria para com Ucrânia é dificilmente possível agora ou no futuro próximo.
Primeiro, basta olhar o mapa, comparando o tamanho dos países.
Segundo, para um suposto ataque à Ucrânia, Orban não tem capacidade ofensiva suficiente do exército húngaro.
Em terceiro lugar, qualquer ofensiva militar em Budapeste não permitirá que os parceiros internacionais da Hungria, da OTAN, da qual é membro (embora também abuse), não será permitido. E, como sabem, em Budapeste ouvir Washington, nós assistimos recentemente, antes da cúpula da OTAN em Bruxelas.
Além disso, a reação da OTAN e da UE para direcionar a agressão contra a Ucrânia será extremamente desagradável e prejudicial a Budapeste que é mais vulnerável a esse respeito do que Moscou.
Embora o surgimento das unidades armadas diretamente próximo a fronteira com Ucrânia , excluir completamente não vale a pena. No mínimo, um dia Orban já investigou a possibilidade de tal cenário, instruindo seu Ministério da Defesa a analisar as variantes da operação das estruturas de poder da Hungria para proteger a diáspora húngara no território ucraniano.
Mas, ele recebeu uma resposta decepcionante dos militares: Hungria não terá recursos militares, nem apoio internacional para isso, e as consequências para Budapeste serão deploráveis. A única ação que parecia possível era a organização de centros de acolhimento de refugiados da Ucrânia "que sofreram de ações anti-húngaras do governo central na Hungria. Esta opção foi elaborada na Hungria no momento da fase ativa da Revolução da Dignidade de 2013 - 2014.
Mas, tal passo deve ser precedido por sérios choques estruturais na Ucrânia: arrebatados pela Rússia outros territórios ucranianos ou protestos em massa. Em 2.014, alguns políticos húngaros não se comportaram como parceiros em relação a Ucrânia, chamando, apelando aos húngaros étnicos-cidadãos da Ucrânia para não defender o país da agressão russa na zona ATO.
Mas, nenhum desses cenários é realista agora - o estado ucraniano é muito mais forte e estável do que em 2014. Portanto, a única esperança de Budapeste é conseguir a autonomia dos húngaros do Transcarpátia no decorrer dos processos políticos intra-ucranianos. Ou seja - depois de transformar Ucrânia de um estado unitário em uma federação/confederação. A aliada da Hungria, nesta questão, é a Rússia, que há muito tempo (e não sem sucesso) se esforça, para desta forma, dividir Ucrânia.
"... nós compreendemos que depois que retirarmos Crimeia do contesto interno ucraniano, retirar também Donetsk e Lugansk significaria privar os aliados da parte dos russos e ucranianos que permanecem do outro lado da Ucrânia.
Neste caso, procedemos do fato, de que Donetsk e Lugansk devem regressar ao campo político geral com a Ucrânia, mas em condições decentes. Isto é, sem penalidades, sem faturamento, com status especial - como elemento de uma federação ou confederação. E, o próprio retorno a esse status de Donetsk e Lugansk será um catalisador para reação em cadeia da federalização da Ucrânia. E, Ucrânia federal é o que o coração precisa para se acalmar", disse o deputado da Duma, Konstantin Zatulin, em setembro de 2018, explicando as atuais táticas de Moscou contra Ucrânia.
Assim, o catalisador para a divisão do país, segundo o cenário russo deve ser o recebimento de um status especial "LDNR" (L: Lugansk; D: Donetsk; NR: República Popular) na composição da Ucrânia. Alcançado o "estatuto especial" para os seus "protegidos" no Donbas, Kremlin vai lançar "desfile de soberanias" na Ucrânia - estimulando outras regiões exigir de Kyiv o mesmo status. E Budapeste será o primeiro que exigirá autonomia para os húngaros do Transcarpatia.
Por isso, esperam no meio de Orban que em Moscou será realizável o concebido em relação à Ukraina - de fato, juntar as brasas com mão de outras pessoas é mais seguro.
O impossível torna-se possível.
É tão impossível este cenário. Em nenhum caso. Tal "janela de oportunidade" para húngaros e russos abrem as eleições na Ucrânia em 2019 - primeiro presidenciais, depois parlamentares.
Já agora, no meio político ucraniano, surgiram muitos que desejam conseguir "compromisso" ou "paz a qualquer custo". E, se o novo presidente da Ucrânia (e com apoio de uma nova coalizão no parlamento) for a um acordo com Kremlin sobre o retorno à Ucrânia dos ocupados ORDLO, desde que lhes deem um status separado, então isto será o início da federalização/confederação da Ucrânia.
O ideal é que Orban deve conseguir autonomia para os húngaros do Transcarpátia até 2020 - quando o denário do tratado de Trianon (1920), que representa a desintegração do Império Austro-Húngaro, será celebrado. O atual primeiro-ministro da Hungria quer entrar na história do país como "pai de todos os húngaros" e "colecionador das terras húngaras."
Tradução: O. Kowaltschuk
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 14.11.2018
Igor Solovei
Recentemente, na agenda de informações ucranianas explodi o vídeo publicado a partir da cerimônia de obtenção, de um cidadão da Ucrânia, da cidadania da Hungria em seu consulado em Berehovo (região do Transcarpathia). O que todo o mundo sabe há muito, ganhou uma publicação muito esperada.
"Eu juro considerar Hungria como minha pátria. Serei um cidadão leal, protegerei e servirei a Hungria. Que Deus me ajude", - os cidadãos repetem o texto do juramento três vezes diante da bandeira húngara, no vídeo publicado.
Após o hino, os proprietários de novos passaportes húngaros recebem instruções de diplomatas húngaros: "Escondam das estruturas estatais da Ucrânia o fato de obter a cidadania húngara", - orienta o diplomata húngaro.
Após o aparecimento deste vídeo, políticos ucranianos, deputados e especialistas começaram convocar à ordem. Principalmente com uso de chicote. Aparecem várias sugestões: desde punição ao governo ucraniano local, os recebedores de passaportes, à introdução de medidas duras ao lado húngaro. Será que ajudará? Mito duvidoso - as ferramentas da influência de Kyiv na decisão das autoridades de Budapeste é mísera.
Em primeiro lugar, as autoridades locais no Transcarpathia não poderá impedir que os residentes da região obtenham passaportes da Hungria - são entregues pelo Consulado da Hungria, protegido por imunidade diplomática. Além do mais, os húngaros não trocam informações com Ucrânia sobre o número de candidatos a sua cidadania.
Segundo, apesar de Kyiv ter ameaçado afastar o cônsul húngaro, o consulado continuará o serviço. Embora possa "desacelerar" por algum tempo, até que o escândalo se esqueça. Fechar o consulado? Isto significa criar mais escândalo - os húngaros "em troca", necessariamente fecharão algo para Ucrânia. Neste caso, os moradores do Zakarpattya, viajarão pelos passaportes, a outros lugares.
Terceiro, qualquer medida repressiva do Estado que diga respeito diretamente aos cidadãos da Ucrânia com dupla cidadania, se tornará um grande erro: o processo não será interrompido, mas pode levar a ainda maiores consequências negativas.
Então, a questão com a emissão de passaportes - existe há muito tempo e continuará por um longo tempo. Confirmação disto é que Budapeste, em vez de "apagar" o conflito, aumenta o seu grau: o chefe do Ministério das Relações Exteriores Peter Siarto considera tudo legal e de acordo com as normas internacionais. Ao mesmo tempo, ele acusou o lado ucraniano em usar "sentimento anti-húngaro na comunidade" na campanha eleitoral e prometeu (mais uma vez) retardar a integração européia da Ucrânia por causa desse conflito. Lembramos, anteriormente, o gabinete de Viktor Orban bloqueava a reunião da Comissão Ucraniana - OTAN.
Assim, há outra confirmação de que o governo oficial da Hungria abusa dos membros do seu país tanto na OTAN, como na UE. Além disso, com seu comportamento não construtivo com Ucrânia, procura introduzir a UE e OTAN. E Kremlin, com o qual o governo de Viktor Orban conduz negócios, em decisão contrária da União Européia, apenas será grato.
O que faz Hungria no Transcarpátia?
Toda política atual da Hungria (juntamente com Rússia) para Ucrânia, visa maximizar a situação no Transcarpátia, na criação de massa crítica da população da fronteira leal a de Budapeste. Bem como criar na população da região uma grande aversão ao governo central de Kyiv. Se Budapeste trabalha com húngaros (principalmente no distrito de Berehovo e Vinogradov), Moscou ajuda com informações e organização, materialmente
E a emissão de passaportes húngaros para os ucranianos não é o único problema. O governo oficial da Hungria usa a incompletude do lado ucraniano, aquecendo o crescimento do sentimento separatista no Transcarpátia . Orban aposta no "poder brando" - no suborno real da população do Transcarpátia.
Além disso, no Transcarpatia agem os programas de empréstimo para pequenas empresas, a educação é, exclusivamente, no idioma húngaro, a construção da infra-estrutura é financiada (por exemplo, para construção de uma estrada secundária em torno de Mukachevo, 50 milhões de dólares), instalações sociais (escolas, hospitais, etc.). Um fato importante para resolver o problema de purificação da água, quando havia problemas com o fornecimento do cloro, o governador de Transcarpátia Gennady Moskal não procurou Kyiv, mas o lado húngaro (Em relação a Gennady Moscal somente li elogios quando ele exercia um cargo anterior na Ucrânia. Acredito que a única preocupação dele era com a vida dos ucranianos. O fato é que os ucranianos são "meio devagar ". Penso que ele pediu ajuda onde seria atendido rapidamente - OK). E, embora após os protestos de Kyiv e promessa de bloquear o novo embaixador para Ucrânia, o Ministro do Exterior da Hungria rendeu posição e prometeu renomear o cargo, mas o problema em si não desapareceu (E a renomeação também ainda não veio.
Ainda mais, porque em Kyiv lembram a inconsistência nas declarações da liderança húngara - numa reunião em Uzgorod, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia Pavlo Klimkin e da Hungria, Peter Siyarto, concordaram, mas depois na cúpula da OTAN, Hungria, apesar do acordo bloqueou as reuniões OTAN-Ucrânia. O lado ucraniano deu a volta por cima, e conseguiu realizar esta reunião com a Geórgia (verdadeira parceria). Mas o mal esta-estar permaneceu. Portanto, ilusão em Kyiv quanto ao comportamento da liderança húngara, não há.
E tudo isso acontece no contexto das declarações escandalosas de Viktor Orban de que ele não acredita "no realismo das aspirações dos ucranianos, de se unirem à UE ou à OTAN", além de bloquear a integração européia e euro-atlântica de Kyiv.
Para que isto à Hungria?
Devido a investimentos no território ucraniano surge a questão lógica: por que as autoridades húngaras em Budapeste gastam tanto na Ucrânia?
O primeiro motivo que vem à mente = é a eleição. Apoiando a diáspora húngara, o partido governante de Orban traz popularidade aos olhos da população do Transcarpatia e da parte patriótica da própria Hungria, que manifesta-se em 2 a 3 mandatos adicionais, para sua força política de todos os húngaros do exterior.
Segunda, mais importante razão - o apoio econômico da região ucraniana é necessária a Budapeste para, pelo menos de alguma forma manter os húngaros étnicos no Transcarpátia: os transcarpáticos étnicos, com passaportes húngaros, migram maciçamente para Europa, para estudar ou trabalhar. E a redução do número de húngaros étnicos (e não apenas na Ucrânia, mas também em outros países europeus) põe em causa a justificação adicional das reivindicações de Budapeste. Somente no ano passado a liderança da Hungria , repetidamente, em vários níveis, confirmou sua intenção de lutar pela preservação da influência húngara.
"A sobrevivência dos húngaros que vivem no exterior depende de, se conseguirem avançar em direção à autonomia", disse Zold Schiemien, vice-primeiro-ministro da Hungria.
O ex-embaixador húngaro na Ucrânia, Emo Keshken, continuando a linha de liderança, disse que não havia nada de ruim na autonomia. "Acreditamos que não há nada de errado com a autonomia. Há muitos exemplos práticos na União Européia...", disse ele. Verdade que ele não explicou, que há tantos exemplos porque todos estes países são membros da União Européia. Ver Ucrânia na União Européia Budapeste não quer. E até promete impedir isso de qualquer forma.
e, ainda Keshken lembrou que em dezembro de 1991, quando a votação sobre a indústria da Ucrânia foi realizada, uma votação sobre a autonomia do Transcarpátia e autonomia do distrito de Berehovo foi realizada simultaneamente. "A maioria do país apoiou a independência. Ao mesmo tempo, 78% dos moradores do Transcarpátia apoiou a autonomia para região e 82% - para o distrito de Berehovo", disse o embaixador.
Portanto, a terceira razão para o interesse de Budapeste pelo Transcarpátia ucraniano - é a dor imperial, fantasma de Viktor Orban, saudade da "grande Hungria". Sob tal esquema, Orban brigou com outros países vizinhos, onde os húngaros vivem em quantidade - principalmente com Romênia e Eslováquia.
Juntar as brasas com as mãos dos outros.
De início deve ser enfatizado: analogia com a agressão russa na Criméia e no Donbas, em relação ao Transcarpatia é inapropriada - condições e potencial dos países são diversos. Portanto, a aventura militar da Hungria para com Ucrânia é dificilmente possível agora ou no futuro próximo.
Primeiro, basta olhar o mapa, comparando o tamanho dos países.
Segundo, para um suposto ataque à Ucrânia, Orban não tem capacidade ofensiva suficiente do exército húngaro.
Em terceiro lugar, qualquer ofensiva militar em Budapeste não permitirá que os parceiros internacionais da Hungria, da OTAN, da qual é membro (embora também abuse), não será permitido. E, como sabem, em Budapeste ouvir Washington, nós assistimos recentemente, antes da cúpula da OTAN em Bruxelas.
Além disso, a reação da OTAN e da UE para direcionar a agressão contra a Ucrânia será extremamente desagradável e prejudicial a Budapeste que é mais vulnerável a esse respeito do que Moscou.
Embora o surgimento das unidades armadas diretamente próximo a fronteira com Ucrânia , excluir completamente não vale a pena. No mínimo, um dia Orban já investigou a possibilidade de tal cenário, instruindo seu Ministério da Defesa a analisar as variantes da operação das estruturas de poder da Hungria para proteger a diáspora húngara no território ucraniano.
Mas, ele recebeu uma resposta decepcionante dos militares: Hungria não terá recursos militares, nem apoio internacional para isso, e as consequências para Budapeste serão deploráveis. A única ação que parecia possível era a organização de centros de acolhimento de refugiados da Ucrânia "que sofreram de ações anti-húngaras do governo central na Hungria. Esta opção foi elaborada na Hungria no momento da fase ativa da Revolução da Dignidade de 2013 - 2014.
Mas, tal passo deve ser precedido por sérios choques estruturais na Ucrânia: arrebatados pela Rússia outros territórios ucranianos ou protestos em massa. Em 2.014, alguns políticos húngaros não se comportaram como parceiros em relação a Ucrânia, chamando, apelando aos húngaros étnicos-cidadãos da Ucrânia para não defender o país da agressão russa na zona ATO.
Mas, nenhum desses cenários é realista agora - o estado ucraniano é muito mais forte e estável do que em 2014. Portanto, a única esperança de Budapeste é conseguir a autonomia dos húngaros do Transcarpátia no decorrer dos processos políticos intra-ucranianos. Ou seja - depois de transformar Ucrânia de um estado unitário em uma federação/confederação. A aliada da Hungria, nesta questão, é a Rússia, que há muito tempo (e não sem sucesso) se esforça, para desta forma, dividir Ucrânia.
"... nós compreendemos que depois que retirarmos Crimeia do contesto interno ucraniano, retirar também Donetsk e Lugansk significaria privar os aliados da parte dos russos e ucranianos que permanecem do outro lado da Ucrânia.
Neste caso, procedemos do fato, de que Donetsk e Lugansk devem regressar ao campo político geral com a Ucrânia, mas em condições decentes. Isto é, sem penalidades, sem faturamento, com status especial - como elemento de uma federação ou confederação. E, o próprio retorno a esse status de Donetsk e Lugansk será um catalisador para reação em cadeia da federalização da Ucrânia. E, Ucrânia federal é o que o coração precisa para se acalmar", disse o deputado da Duma, Konstantin Zatulin, em setembro de 2018, explicando as atuais táticas de Moscou contra Ucrânia.
Assim, o catalisador para a divisão do país, segundo o cenário russo deve ser o recebimento de um status especial "LDNR" (L: Lugansk; D: Donetsk; NR: República Popular) na composição da Ucrânia. Alcançado o "estatuto especial" para os seus "protegidos" no Donbas, Kremlin vai lançar "desfile de soberanias" na Ucrânia - estimulando outras regiões exigir de Kyiv o mesmo status. E Budapeste será o primeiro que exigirá autonomia para os húngaros do Transcarpatia.
Por isso, esperam no meio de Orban que em Moscou será realizável o concebido em relação à Ukraina - de fato, juntar as brasas com mão de outras pessoas é mais seguro.
O impossível torna-se possível.
É tão impossível este cenário. Em nenhum caso. Tal "janela de oportunidade" para húngaros e russos abrem as eleições na Ucrânia em 2019 - primeiro presidenciais, depois parlamentares.
Já agora, no meio político ucraniano, surgiram muitos que desejam conseguir "compromisso" ou "paz a qualquer custo". E, se o novo presidente da Ucrânia (e com apoio de uma nova coalizão no parlamento) for a um acordo com Kremlin sobre o retorno à Ucrânia dos ocupados ORDLO, desde que lhes deem um status separado, então isto será o início da federalização/confederação da Ucrânia.
O ideal é que Orban deve conseguir autonomia para os húngaros do Transcarpátia até 2020 - quando o denário do tratado de Trianon (1920), que representa a desintegração do Império Austro-Húngaro, será celebrado. O atual primeiro-ministro da Hungria quer entrar na história do país como "pai de todos os húngaros" e "colecionador das terras húngaras."
Tradução: O. Kowaltschuk
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Cerca de um milhão de cidadãos deixou Ucrânia por causa da guerra no Donbas - relatório nacional.
Tyzhden ua. (Semana ucraniana), 16.03.2016.
Além disso, os cientistas dizem, que aumentou a mortalidade da população, as pessoas não recebem cuidados médicos em tempo hábil, passam por estresse, diminui a fertilidade.
Isto é afirmado no relatório "Política de Integração da Sociedade ucraniana no contexto de desafios e ameaças de eventos no Donbas", que foi preparado por especialistas de sete institutos científicos ucranianos.
"Nós perdemos pessoas porque uma parte significativa delas deixou a Ucrânia, e hoje, se falarmos francamente, nem sabemos exatamente quantas pessoas foram embora, e pensamos que cerca de um milhão de pessoas deixou Ucrânia por causa dos eventos no Donbas. Mas quanto foi, exatamente, não podemos saber por razões bem conhecidas", - enfatizou o diretor do Instituto de Demografia e Pesquisa Social da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia Ella Libanova, que apresentou o relatório.
Além disso, os cientistas dizem que aumentou a mortalidade da população, as pessoas não recebem cuidados médicos em tampo hábil, passam por estresse, diminuiu a fertilidade.
"Claro, houve diminuição no nível e qualidade de vida, e isso aconteceu em resultado direto de ações militares, que exigem muito dinheiro para suas operações, todos os dias", enfatizou Libanov.
Segundo suas palavras, as perdas são consequências do fato, de que a região industrializada, de fato, deixou de funcionar.
*****
A taxa de crescimento atual vai deixar Ucrânia um dos países mais pobres da Europa - Poroshenko
Verdade Econômica, 12.11.2018.
As taxas de crescimento econômico na Ucrânia são insuficientes para restaurar o bem-estar da população.
Isto foi afirmado pelo Presidente Petro Poroshenko numa reunião do Conselho de Desenvolvimento Regional em Kiev.
"Embora tenhamos recuperado o crescimento econômico, mas seu ritmo não é suficiente agora, para que as pessoas sintam, em todas as regiões e extratos sociais sem exceção, que não pertencem a um dos países mais pobres da Europa" - disse Poroshenko.
O presidente reconheceu ruim, mas forçada, a decisão do Gabinete Ministerial, em aumentar o preço do gás para população.
Segundo Poroshenko, o governo não teve escolha entre um cenário bom e ruim. "O governo estava
entre o ruim e o péssimo - entre o aumento de tarifas e um poderoso golpe para estabilidade macro financeira e macro econômica do Estado. E, isto é, tanto a taxa quanto o déficit orçamentário, é pagamento pontual de pensões e salários, é o financiamento do exército, do setor de segurança. É escolha entre Scylla e Kharibda", disse ele. (Poroshenko, o povo quer gás a um preço que possa pagar, a ele não interessam lendas antigas, e ainda com estes nomes tão estranhos ao idioma ucraniano - OK). "Seria possível arranjar-se sem elevar as tarifas? é improvável, porque a estabilidade e o desenvolvimento da economia necessitam a parcela do FMI", disse Poroshenko.
Em sua opinião, o estado atual da economia permite abandonar empréstimos de instituições financeiras. O presidente observou que "este é o resultado de um trabalho coordenado de quatro anos".
"E nós, assim teríamos feito se não tivéssemos em 2019 e 2020 superar a carga máxima de dívidas antigas. Dados estatísticos, sem paixões políticas, sem cores partidárias - isto são estatísticas e, nisto todos podem ser convencidos", - disse Poroshenko.
O presidente sublinhou que Ucrânia, em breve, poderá confiar nas suas próprias forças e passar aos investimentos em vez de empréstimos.
Tradução: O. Kowaltschuk
Tyzhden ua. (Semana ucraniana), 16.03.2016.
Além disso, os cientistas dizem, que aumentou a mortalidade da população, as pessoas não recebem cuidados médicos em tempo hábil, passam por estresse, diminui a fertilidade.
Isto é afirmado no relatório "Política de Integração da Sociedade ucraniana no contexto de desafios e ameaças de eventos no Donbas", que foi preparado por especialistas de sete institutos científicos ucranianos.
"Nós perdemos pessoas porque uma parte significativa delas deixou a Ucrânia, e hoje, se falarmos francamente, nem sabemos exatamente quantas pessoas foram embora, e pensamos que cerca de um milhão de pessoas deixou Ucrânia por causa dos eventos no Donbas. Mas quanto foi, exatamente, não podemos saber por razões bem conhecidas", - enfatizou o diretor do Instituto de Demografia e Pesquisa Social da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia Ella Libanova, que apresentou o relatório.
Além disso, os cientistas dizem que aumentou a mortalidade da população, as pessoas não recebem cuidados médicos em tampo hábil, passam por estresse, diminuiu a fertilidade.
"Claro, houve diminuição no nível e qualidade de vida, e isso aconteceu em resultado direto de ações militares, que exigem muito dinheiro para suas operações, todos os dias", enfatizou Libanov.
Segundo suas palavras, as perdas são consequências do fato, de que a região industrializada, de fato, deixou de funcionar.
*****
A taxa de crescimento atual vai deixar Ucrânia um dos países mais pobres da Europa - Poroshenko
Verdade Econômica, 12.11.2018.
As taxas de crescimento econômico na Ucrânia são insuficientes para restaurar o bem-estar da população.
Isto foi afirmado pelo Presidente Petro Poroshenko numa reunião do Conselho de Desenvolvimento Regional em Kiev.
"Embora tenhamos recuperado o crescimento econômico, mas seu ritmo não é suficiente agora, para que as pessoas sintam, em todas as regiões e extratos sociais sem exceção, que não pertencem a um dos países mais pobres da Europa" - disse Poroshenko.
O presidente reconheceu ruim, mas forçada, a decisão do Gabinete Ministerial, em aumentar o preço do gás para população.
Segundo Poroshenko, o governo não teve escolha entre um cenário bom e ruim. "O governo estava
entre o ruim e o péssimo - entre o aumento de tarifas e um poderoso golpe para estabilidade macro financeira e macro econômica do Estado. E, isto é, tanto a taxa quanto o déficit orçamentário, é pagamento pontual de pensões e salários, é o financiamento do exército, do setor de segurança. É escolha entre Scylla e Kharibda", disse ele. (Poroshenko, o povo quer gás a um preço que possa pagar, a ele não interessam lendas antigas, e ainda com estes nomes tão estranhos ao idioma ucraniano - OK). "Seria possível arranjar-se sem elevar as tarifas? é improvável, porque a estabilidade e o desenvolvimento da economia necessitam a parcela do FMI", disse Poroshenko.
Em sua opinião, o estado atual da economia permite abandonar empréstimos de instituições financeiras. O presidente observou que "este é o resultado de um trabalho coordenado de quatro anos".
"E nós, assim teríamos feito se não tivéssemos em 2019 e 2020 superar a carga máxima de dívidas antigas. Dados estatísticos, sem paixões políticas, sem cores partidárias - isto são estatísticas e, nisto todos podem ser convencidos", - disse Poroshenko.
O presidente sublinhou que Ucrânia, em breve, poderá confiar nas suas próprias forças e passar aos investimentos em vez de empréstimos.
Tradução: O. Kowaltschuk
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Na Alemanha estão preocupados com o crescente número de ataques contra ativistas na Ucrânia.
Na embaixada acentuaram, que "não pode admitir supremacia da impunidade no ar.
A embaixada alemã na Ucrânia enfatiza a necessidade de levar à justiça os executores e mandantes do assassinato da ativista de Kherson Kateryna Gandzyuk. Isto é afirmado em uma declaração do serviço de imprensa da embaixada, no Twitter, na sexta-feira, 5 de novembro.
"Estamos chocados com a morte de Kateryna Gandzyuk. Estamos mentalmente próximo de seus parentes e amigos, e estamos profundamente preocupados com o crescente número de ataques a ativistas e políticos.
Os criminosos e seus protetores devem ser trazidos à responsabilidade. Não podemos permitir o domínio da atmosfera de impunidade", - enfatizaram na embaixada.
No domingo, 4 de novembro, morreu a ativista pública e conselheira do prefeito de Kherson.
Em Kateryna Gandzyuk derramaram ácido sulfúrico concentrado em 31 de julho. Como resultado de um ataque ela teve queimaduras em 40% da pele e danos oculares graves.
Em 21 de setembro foi relatado que Gandzyuk foi submetida a 11 (onze) cirurgias. Ela estava em unidade de terapia intensiva em um dos hospitais de Kyiv.
EUA instam para trazer à responsabilidade os mandantes do assassinato da ativista Gandzyuk.
"Em nome do governo dos Estados Unidos e da nação americana expresso minhas mais profundas condolências à família e amigos da Kateryna Gandzyuk. Mais uma vez exorto as autoridades ucranianas para trazer à justiça os responsáveis, incluindo os mandantes", - disse o embaixador.
Lembramos, em 22 de agosto quatro dos cinco suspeitos do ataque à conselheira do prefeito de Kherson, Kateryna Gandzyuk admitiram ter cometido o crime.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Na embaixada acentuaram, que "não pode admitir supremacia da impunidade no ar.
A embaixada alemã na Ucrânia enfatiza a necessidade de levar à justiça os executores e mandantes do assassinato da ativista de Kherson Kateryna Gandzyuk. Isto é afirmado em uma declaração do serviço de imprensa da embaixada, no Twitter, na sexta-feira, 5 de novembro.
"Estamos chocados com a morte de Kateryna Gandzyuk. Estamos mentalmente próximo de seus parentes e amigos, e estamos profundamente preocupados com o crescente número de ataques a ativistas e políticos.
Os criminosos e seus protetores devem ser trazidos à responsabilidade. Não podemos permitir o domínio da atmosfera de impunidade", - enfatizaram na embaixada.
No domingo, 4 de novembro, morreu a ativista pública e conselheira do prefeito de Kherson.
Em Kateryna Gandzyuk derramaram ácido sulfúrico concentrado em 31 de julho. Como resultado de um ataque ela teve queimaduras em 40% da pele e danos oculares graves.
Em 21 de setembro foi relatado que Gandzyuk foi submetida a 11 (onze) cirurgias. Ela estava em unidade de terapia intensiva em um dos hospitais de Kyiv.
EUA instam para trazer à responsabilidade os mandantes do assassinato da ativista Gandzyuk.
"Em nome do governo dos Estados Unidos e da nação americana expresso minhas mais profundas condolências à família e amigos da Kateryna Gandzyuk. Mais uma vez exorto as autoridades ucranianas para trazer à justiça os responsáveis, incluindo os mandantes", - disse o embaixador.
Lembramos, em 22 de agosto quatro dos cinco suspeitos do ataque à conselheira do prefeito de Kherson, Kateryna Gandzyuk admitiram ter cometido o crime.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
quarta-feira, 7 de novembro de 2018
Poroshenko indicou a porta para Igreja Ortodoxa Russa
Ukrainska Pravda (Verdade Ucraniana), 07.11.2018
O presidente Petro Poroshenko disse, que a igreja russa não tem mais nada para fazer na Ucrânia e convidou seus representantes para retornar à Rússia.
Isto ele anunciou em 7 de novembro, na conferência internacional "Lições da década hibrida; o que precisa saber para o sucesso do movimento."
De acordo com Poroshenko, após a realização do Conselho e a eleição do presidente da Igreja Ortodoxa Autocéfala Ucraniana receberá verdadeira independência.
"Ucrânia e eu claramente compartilhamos o princípio de não interferência do Estado nas atividades da igreja, especialmente no Estado estrangeiro", - disse ele.
Poroshenko citou o presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que, de acordo com Putin, a Federação Russa mantem-se em dois pilares - Igreja Ortodoxa Russa e armas nucleares.
O presidente da Ucrânia disse não ser normal o fato, de que no Kremlin reuniam o Conselho de Segurança da Russia, liderado por Putin, para discutir como proteger a Igreja Russa Ortodoxa na Ucrânia.
"Meus queridos, não há nada para vocês fazerem aqui. Não há nada a ver com sua igreja, não há nada a ver com suas forças armadas, não há nada a ver com o seu armamento. Para casa, para Rússia", -resumiu Poroshenko.
Poroshenko também comparou o aparecimento da Igreja Ortodoxa independente na Ucrânia com a proclamação da independência do país há 27 anos.
Em 11 de outubro, o Sínodo do Patriarcado Ecumênico apoiou a outorga de autocefalia à Igreja Ortodoxa Ucraniana.
O Sínodo retirou o anátema do presidente da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Kyiv Filaret e do chefe da Igreja Ortodoxa Autocéfala Ucraniana Macarius.
O chefe do Patriarcado de Kyiv, Filaret, disse que no futuro próximo será realizado um Conselho Unificador de Bispos para criar uma única igreja local ucraniana. A data depende do Patriarca Ecumênico.
As fontes da "Verdade Ucraniana" relatam que o Conselho pode ser realizado em 21 ou 22 de novembro, porém ainda não há uma data exata.
Ao mesmo tempo a edição russa "Kommersant", referindo-se às fontes do Patriarcado de Constantinopla, diz que o Conselho da Unidade será realizado em 21 de novembro.
Anteriormente, o representante do Patriarcado de Constantinopla disse que, após a cassação do ato sobre transferência do território ucraniano sob a administração da Igreja Russa na Ucrânia, de fato, não existe a Igreja Ortodoxa na Ucrânia do Patriarcado de Moscou.
O representante de Constantinopla também declarou que todos os hierarcas das igrejas ucranianas têm direitos iguais de participação nas catedrais da autocefalia.
Ao mesmo tempo na Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou declararam que a sua participação no conselho de unificação é impossível.
Tradução: O. Kowaltschuk
Ukrainska Pravda (Verdade Ucraniana), 07.11.2018
O presidente Petro Poroshenko disse, que a igreja russa não tem mais nada para fazer na Ucrânia e convidou seus representantes para retornar à Rússia.
Isto ele anunciou em 7 de novembro, na conferência internacional "Lições da década hibrida; o que precisa saber para o sucesso do movimento."
De acordo com Poroshenko, após a realização do Conselho e a eleição do presidente da Igreja Ortodoxa Autocéfala Ucraniana receberá verdadeira independência.
"Ucrânia e eu claramente compartilhamos o princípio de não interferência do Estado nas atividades da igreja, especialmente no Estado estrangeiro", - disse ele.
Poroshenko citou o presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que, de acordo com Putin, a Federação Russa mantem-se em dois pilares - Igreja Ortodoxa Russa e armas nucleares.
O presidente da Ucrânia disse não ser normal o fato, de que no Kremlin reuniam o Conselho de Segurança da Russia, liderado por Putin, para discutir como proteger a Igreja Russa Ortodoxa na Ucrânia.
"Meus queridos, não há nada para vocês fazerem aqui. Não há nada a ver com sua igreja, não há nada a ver com suas forças armadas, não há nada a ver com o seu armamento. Para casa, para Rússia", -resumiu Poroshenko.
Poroshenko também comparou o aparecimento da Igreja Ortodoxa independente na Ucrânia com a proclamação da independência do país há 27 anos.
Em 11 de outubro, o Sínodo do Patriarcado Ecumênico apoiou a outorga de autocefalia à Igreja Ortodoxa Ucraniana.
O Sínodo retirou o anátema do presidente da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Kyiv Filaret e do chefe da Igreja Ortodoxa Autocéfala Ucraniana Macarius.
O chefe do Patriarcado de Kyiv, Filaret, disse que no futuro próximo será realizado um Conselho Unificador de Bispos para criar uma única igreja local ucraniana. A data depende do Patriarca Ecumênico.
As fontes da "Verdade Ucraniana" relatam que o Conselho pode ser realizado em 21 ou 22 de novembro, porém ainda não há uma data exata.
Ao mesmo tempo a edição russa "Kommersant", referindo-se às fontes do Patriarcado de Constantinopla, diz que o Conselho da Unidade será realizado em 21 de novembro.
Anteriormente, o representante do Patriarcado de Constantinopla disse que, após a cassação do ato sobre transferência do território ucraniano sob a administração da Igreja Russa na Ucrânia, de fato, não existe a Igreja Ortodoxa na Ucrânia do Patriarcado de Moscou.
O representante de Constantinopla também declarou que todos os hierarcas das igrejas ucranianas têm direitos iguais de participação nas catedrais da autocefalia.
Ao mesmo tempo na Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou declararam que a sua participação no conselho de unificação é impossível.
Tradução: O. Kowaltschuk
domingo, 4 de novembro de 2018
Mais de 4 milhões de ucranianos viajaram para trabalho temporário. Que país escolher?
Ucrânia Jovem (Ukraina Moloda), 24.10.18
Catarina Bashchenska
Quatro milhões de ucranianos permanecem no trabalho, no exterior> E isso é apenas estatística oficial. Especialistas dizem que o número é significativamente maior. Afinal, apenas a partir do início de 2.018, mais de um milhão de pessoas partiu para o trabalho em diferentes países do mundo. Na vizinha Polônia há próximo de dois milhões de ucranianos e, segundo as estatísticas polonesas, os ucranianos representam 95% dos trabalhadores assalariados deste país. Segundo a ONU, se Ucrânia não crescer um clima econômico favorável, a guerra não cessará, a luta contra a corrupção continuará lenta e, até 2050 a população do Estado será de 36 milhões.
Se apenas a um ano atrás, a vizinha Polônia era o país mais favorável para o trabalho temporário, em 2018 esta situação mudou gradualmente. O governo de Volodymyr Groisman anunciou o início das negociações de um acordo com o governo búlgaro, que regulamentará as atividades de trabalhadores ucranianos, migrantes neste país. Desde o início de outubro de 2.018, o Ministério de Política Social da Ucrânia anunciou que irá cooperar com os governos dos países mais frequentados pelos trabalhadores ucranianos. Isto se faz para garantir sua proteção social e legal. De acordo com o vice-ministro da Política Social é o retorno dos cidadãos ucranianos que trabalham no exterior, para Ucrânia. "Juntamente com esta tarefa estratégica para o retorno dos migrantes ucranianos, pretendemos cooperar com os governos dos países onde os ucranianos vão procurar trabalho, a fim de assegurar sua participação social e legal" - disse o vice-ministro. De acordo com a Sra. Olga, a principal razão para a saída dos ucranianos ao exterior é de baixos salários na Ucrânia.
- Esta é, realmente, uma das principais razões pelas quais os ucranianos vão ao exterior. O trabalhador com experiência Artem Kucher diz que o pagamento difere significativamente dos salários da Ucrânia. Se na Polônia, na construção, pode-se receber a partir de 20 mil hryvnias, então na Ucrânia tal pagamento para um trabalhador não qualificado é impossível. Artem assegura, que o mercado polaco, está se tornando menos popular entre os ucranianos e, se a um ano houve muitas viagens para lá, agora a situação está mudando. "Europa, cada vez mais abre oportunidades para os ucranianos, novos países - República Tcheca, Alemanha, Bulgária - estão tentando simplificar o emprego dos ucranianos, em primeiro lugar legalmente. Se nossos salários fossem pelo menos aproximados aos da Polônia, então não haveria sentido sair. Só se fosse apenas para um lugar permanente de residência", comenta Artem a "Ucrânia Jovem."
Segundo a especialista internacional Anna Vashchenko, que estudou e residiu na Polônia, apesar do início de um acordo entre os governos da Ucrânia e Bulgária, Polônia continuará a ser um destino real para os migrantes ucranianos. No entanto, a sociedade polonesa já está um tanto "cansada" do fluxo de trabalhadores ucranianos. "Em uma sociedade polonesa, as ameaças chauvinistas contra os ucranianos podem ser ouvidas com frequência, o que não agrega otimismo aos candidatos a emprego. Portanto, é razoável que as pessoas procurem outros países". Segundo o especialista, Bulgária tem as mesmas razões e necessidades de trabalhadores que Polônia - afinal, os moradores deste país emigram para os estados mais ricos da Europa Ocidental, porque têm bases legais para isso e esperam salários mais altos do que em seu país. Os ucranianos estão prontos para trabalhar por menos dinheiro do que os poloneses, búlgaros, italianos. Outro ponto importante é que o idioma búlgaro é semelhante ao russo e usa o sistema de escrita cirílico, que é relativamente fácil de dominar para os ucranianos, o que é muito importante na escolha de um país", resume Anna Vashchenko em seus comentários á Ucrânia Jovem.
Por sua vez, de acordo com os especialistas, o acordo não mudará a situação com a saída de pessoal da Ucrânia e o retorno artificial de nossos cidadãos não reduzirá o refluxo de pessoal. Afinal, para que as pessoas permaneçam no país - aqui são indispensáveis locais de trabalho. A senhora Larissa trabalha como animador na Bulgária quase um ano, e não planeja voltar para Ucrânia. "As pessoas não sairiam tão massivamente, porque em casa é sempre melhor. Temos família, crianças - comenta a trabalhadora. Eu me formei na universidade, e percebi que não poderei ter um emprego normal na Ucrânia em minha especialidade. Porque trabalho não há, e se há, é por centavos: "Por enquanto eles estão interessados em nós. Talvez, como os poloneses estavam a cinco anos atrás. Então porque não escolheu Polônia? Porque ouviu, repetidamente, como eles se posicionavam em relação aos ucranianos. Então decidiu procurar outros países."
O acordo com Bulgária basicamente não mudará nada. Além disso, aponta apenas para a saída maciça de pessoal, de modo que, para regulá-lo de alguma forma, o governo deve controlar legalmente, os cidadãos da Ucrânia em outros países. "Para uma pessoa em desespero, a chance de ganhar é sempre maior do que o risco de ser detido. Consequência do acordo será o aumento de migrantes ilegais e aumento de de negócios ilegais de mediação. Isto é negócio. As pessoas acostumaram-se contornar o sistema de controle. Naqueles postais que vemos, por exemplo, nos postes ou nos transportes públicos: "Trabalho no exterior, pagamento acima 30 mil UAH, tudo legal", pode se supor, que não há garantias legais que os mediadores ofereçam. Além disso, os empregadores sabendo que os trabalhadores estão ilegalmente no país, podem explorá-los cruelmente. Mas os ucranianos concordam em tudo, porque eles realmente querem conseguir um emprego com um salário maior do que em sua terra natal. Então, apesar de isto ser irônico, o acordo sobre a proteção dos direitos trabalhistas afetará sua violação.O acordo também mostra a fraqueza da política ucraniana, já que a única alavanca de influência do governo é a regulamentação. Em vez de pensar em como criar as condições para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, como atrair investidores, como combater a corrupção para reduzir o mercado paralelo, o Estado pensa, que adotará um tratado e as pessoas viverão de maneira diferente. Tal opinião não é apenas ingênua, mas também perigosa", - comenta Anna Vashchenko sobre a situação.
Lembramos, 93% dos ucranianos, que trabalham no estrangeiro, estão empregados no trabalho físico, 43% dos ucranianos, que trabalharam no estrangeiro pelo menos uma vez nos últimos cinco anos, estiveram envolvidos na construção e reparação, 23% - na agricultura, cerca de 10% - em cuidados infantis e de idosos. Em toda a história da Ucrânia independente, nosso país em busca de ganhos, deixaram 10 milhões de pessoas. Esta é toda a população da Áustria ou de Israel.
Tradução: O. Kowaltschuk
Ucrânia Jovem (Ukraina Moloda), 24.10.18
Catarina Bashchenska
Quatro milhões de ucranianos permanecem no trabalho, no exterior> E isso é apenas estatística oficial. Especialistas dizem que o número é significativamente maior. Afinal, apenas a partir do início de 2.018, mais de um milhão de pessoas partiu para o trabalho em diferentes países do mundo. Na vizinha Polônia há próximo de dois milhões de ucranianos e, segundo as estatísticas polonesas, os ucranianos representam 95% dos trabalhadores assalariados deste país. Segundo a ONU, se Ucrânia não crescer um clima econômico favorável, a guerra não cessará, a luta contra a corrupção continuará lenta e, até 2050 a população do Estado será de 36 milhões.
Se apenas a um ano atrás, a vizinha Polônia era o país mais favorável para o trabalho temporário, em 2018 esta situação mudou gradualmente. O governo de Volodymyr Groisman anunciou o início das negociações de um acordo com o governo búlgaro, que regulamentará as atividades de trabalhadores ucranianos, migrantes neste país. Desde o início de outubro de 2.018, o Ministério de Política Social da Ucrânia anunciou que irá cooperar com os governos dos países mais frequentados pelos trabalhadores ucranianos. Isto se faz para garantir sua proteção social e legal. De acordo com o vice-ministro da Política Social é o retorno dos cidadãos ucranianos que trabalham no exterior, para Ucrânia. "Juntamente com esta tarefa estratégica para o retorno dos migrantes ucranianos, pretendemos cooperar com os governos dos países onde os ucranianos vão procurar trabalho, a fim de assegurar sua participação social e legal" - disse o vice-ministro. De acordo com a Sra. Olga, a principal razão para a saída dos ucranianos ao exterior é de baixos salários na Ucrânia.
- Esta é, realmente, uma das principais razões pelas quais os ucranianos vão ao exterior. O trabalhador com experiência Artem Kucher diz que o pagamento difere significativamente dos salários da Ucrânia. Se na Polônia, na construção, pode-se receber a partir de 20 mil hryvnias, então na Ucrânia tal pagamento para um trabalhador não qualificado é impossível. Artem assegura, que o mercado polaco, está se tornando menos popular entre os ucranianos e, se a um ano houve muitas viagens para lá, agora a situação está mudando. "Europa, cada vez mais abre oportunidades para os ucranianos, novos países - República Tcheca, Alemanha, Bulgária - estão tentando simplificar o emprego dos ucranianos, em primeiro lugar legalmente. Se nossos salários fossem pelo menos aproximados aos da Polônia, então não haveria sentido sair. Só se fosse apenas para um lugar permanente de residência", comenta Artem a "Ucrânia Jovem."
Segundo a especialista internacional Anna Vashchenko, que estudou e residiu na Polônia, apesar do início de um acordo entre os governos da Ucrânia e Bulgária, Polônia continuará a ser um destino real para os migrantes ucranianos. No entanto, a sociedade polonesa já está um tanto "cansada" do fluxo de trabalhadores ucranianos. "Em uma sociedade polonesa, as ameaças chauvinistas contra os ucranianos podem ser ouvidas com frequência, o que não agrega otimismo aos candidatos a emprego. Portanto, é razoável que as pessoas procurem outros países". Segundo o especialista, Bulgária tem as mesmas razões e necessidades de trabalhadores que Polônia - afinal, os moradores deste país emigram para os estados mais ricos da Europa Ocidental, porque têm bases legais para isso e esperam salários mais altos do que em seu país. Os ucranianos estão prontos para trabalhar por menos dinheiro do que os poloneses, búlgaros, italianos. Outro ponto importante é que o idioma búlgaro é semelhante ao russo e usa o sistema de escrita cirílico, que é relativamente fácil de dominar para os ucranianos, o que é muito importante na escolha de um país", resume Anna Vashchenko em seus comentários á Ucrânia Jovem.
Por sua vez, de acordo com os especialistas, o acordo não mudará a situação com a saída de pessoal da Ucrânia e o retorno artificial de nossos cidadãos não reduzirá o refluxo de pessoal. Afinal, para que as pessoas permaneçam no país - aqui são indispensáveis locais de trabalho. A senhora Larissa trabalha como animador na Bulgária quase um ano, e não planeja voltar para Ucrânia. "As pessoas não sairiam tão massivamente, porque em casa é sempre melhor. Temos família, crianças - comenta a trabalhadora. Eu me formei na universidade, e percebi que não poderei ter um emprego normal na Ucrânia em minha especialidade. Porque trabalho não há, e se há, é por centavos: "Por enquanto eles estão interessados em nós. Talvez, como os poloneses estavam a cinco anos atrás. Então porque não escolheu Polônia? Porque ouviu, repetidamente, como eles se posicionavam em relação aos ucranianos. Então decidiu procurar outros países."
O acordo com Bulgária basicamente não mudará nada. Além disso, aponta apenas para a saída maciça de pessoal, de modo que, para regulá-lo de alguma forma, o governo deve controlar legalmente, os cidadãos da Ucrânia em outros países. "Para uma pessoa em desespero, a chance de ganhar é sempre maior do que o risco de ser detido. Consequência do acordo será o aumento de migrantes ilegais e aumento de de negócios ilegais de mediação. Isto é negócio. As pessoas acostumaram-se contornar o sistema de controle. Naqueles postais que vemos, por exemplo, nos postes ou nos transportes públicos: "Trabalho no exterior, pagamento acima 30 mil UAH, tudo legal", pode se supor, que não há garantias legais que os mediadores ofereçam. Além disso, os empregadores sabendo que os trabalhadores estão ilegalmente no país, podem explorá-los cruelmente. Mas os ucranianos concordam em tudo, porque eles realmente querem conseguir um emprego com um salário maior do que em sua terra natal. Então, apesar de isto ser irônico, o acordo sobre a proteção dos direitos trabalhistas afetará sua violação.O acordo também mostra a fraqueza da política ucraniana, já que a única alavanca de influência do governo é a regulamentação. Em vez de pensar em como criar as condições para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, como atrair investidores, como combater a corrupção para reduzir o mercado paralelo, o Estado pensa, que adotará um tratado e as pessoas viverão de maneira diferente. Tal opinião não é apenas ingênua, mas também perigosa", - comenta Anna Vashchenko sobre a situação.
Lembramos, 93% dos ucranianos, que trabalham no estrangeiro, estão empregados no trabalho físico, 43% dos ucranianos, que trabalharam no estrangeiro pelo menos uma vez nos últimos cinco anos, estiveram envolvidos na construção e reparação, 23% - na agricultura, cerca de 10% - em cuidados infantis e de idosos. Em toda a história da Ucrânia independente, nosso país em busca de ganhos, deixaram 10 milhões de pessoas. Esta é toda a população da Áustria ou de Israel.
Tradução: O. Kowaltschuk
terça-feira, 30 de outubro de 2018
"Meu irmão não pedirá perdão a Putin..." (Entrevista).
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 29.10.2018Ivan Farion
Com destino dos prisioneiros políticos ucranianos também preocupam-se diplomatas americanos.
Atribuição a Oleg Sentsov do prêmio do Parlamento europeu em nome de Andriy Sakharov, atraiu mais a atenção do mundo para mais de sete dezenas de prisioneiros políticos ucranianos, a quem Kremlin mantem atrás das grades. Nesta lista - um antigo eletricista de Energodar Yevgeny Panov, ao qual os serviços de inteligência russos acusaram injustificadamente de preparar sabotagem no território da Crimeia ocupada. embora o ucraniano negue, completamente, sua culpa, e não há provas no caso, a corte russa, para oito anos trancou Yevgeny em uma colônia de regime estrito. Como se compões o destino desse prisioneiro? Sobre isto - na conversa do correspondente do "Castelo Alto" com o irmão de Igor Kalenets, que, junto com muitas instituições estatais e públicas da Ucrânia faz muitos esforços, para libertar Yevgeny e outros prisioneiros condenados ilegalmente nas prisões russas.
Igor, em 25 de outubro, em Moscou, a Suprema Corte da Rússia declinou da apelação de seu irmão. Havia nesta reunião algum parente de E
- Além dos advogados, não havia ninguém do nosso lado - as reuniões fechadas, a outras pessoas não era permitido entrar. Verdade, na sala do tribunal conseguiu entrar o correspondente da UNIAN (Agência de Notícias independente da Ucrânia) em Moscou Roman Tsimbalyuk, que a partir do corredor conseguiu fotografar Yevgeny na sala do tribunal. Após o julgamento com o resultado anteriormente prognosticado meu irmão foi colocado no isolador de investigação de Moscou "Silenciosa Matsskaya". Transferi-lo de lá para qualquer colônia da Federação Russa, podem a qualquer momento. Isso nós só saberemos depois do fato.
- E sabe você sobre as condições da detenção do seu irmão neste "CISO" (Isolador investigativo)? Ele foi colocado entre "políticos" ou entre criminosos?
- Nenhuma condição especial entre uns e outros difere. E, não há "preferências para os representantes da Ucrânia lá.
- É verdade que no momento do apelo os promotores exigiram para seu irmão uma sentença mais longa?
- Sim. O Tribunal de Ocupação da Criméia ordenou condenar Yevgeny a 8 (oito) anos de prisão. Em julho, quando os advogados prepararam o recurso para o Tribunal de Moscou exigindo o cancelamento desta sentença fictícia, o promotor exigiu o aumento da pena de Yevgeny, por um crime inexistente, até 10,5 anos. Alegou, como motivo, que o artigo do Código Penal, que trata de sabotagem, prevê prisão de até 20 anos. No caso de Yevgeny, não houve sabotagem, a Femida julgou-o pelas "intenções".
- Talvez, do advogado Dinze você sabe qual o estado geral de Yevgeny?
- Moralmente meu irmão está firme. Na verdade, ele não acredita numa possível troca por algum russo condenado na Ucrânia por terrorismo. Esperou muito por essa troca, mas apesar da promessa, ela não realizou-se.
Yevgeny estava pronto para uma prisão injusta e de longo prazo. O serviço federal da Rússia pressionava-o a muito tempo, prometia 20 anos de prisão - por não se juntar com a investigação. Yevgeny não se sente culpado, por isso não aderiu à investigação. Estava pronto para ouvir o veredicto e o prazo máximo de prisão...
Agora, após uma apelação sem sucesso, aguardamos os documentos para iniciar a ação judicial perante a Corte Européia dos Direitos Humanos. Paralelamente, a cassação ocorrerá. Não temos dúvidas, de que ela confirmará a decisão do Tribunal russo "mais justo". Iremos também enviar a decisão de cassação à Corte européia dos Direitos Humanos para provar confirmação da inocência de Yevgeny, esgotamos todas as possibilidades da legislação nacional russa. Esta é, precisamente, a condição para considerar uma reivindicação na Corte Européia dos Direitos Humanos.
A condição física de Yevgeny você não invejará. Devido às torturas, que ele sofreu atrás das grades, agravaram-se suas dores nas articulações, nas costas. A doença se tornou crônica. Ajuda dos médicos na prisão ele não recebeu, foi forçado a suportar as dores sem medicação. Ele também tem problemas com os dentes.
- Ouvimos dizer que outro prisioneiro político ucraniano, Roman Suschchenko, quer escrever uma declaração a Putin para pedir perdão. A Yevgeny não sugeriram tal idéia?...
- Não, ele não consideraria tal proposta. Não vê sentido nisso. E, sobre isso ele escreveu numa de suas últimas cartas para casa. Ele confirmou "que a ele não pedirá nada". "A ele" - todos compreendem de quem se trata..
- Dizem, que no caso de seu irmão, você encontra-se com o embaixador dos EUA na Ucrânia, Marie Iovanovich?
- Sim, tal reunião houve. Eu tive excelentes impressões dela.
- Essa conversa pode ajudar na libertação de Yevgeny? Digamos, na próxima reunião do Presidente Trump com Putin, o anfitrião da Casa Branca, por sugestão do seu embaixador ucraniano, pode pedir ao presidente russo que liberte Sentsov, Panov e outros presos políticos?
- Só nos resta esperar por isso. Tais problemas, geralmente, são resolvidos nos bastidores. Mas, tenho certeza, que Trump dará a Putin um sinal apropriado sobre os prisioneiros ucranianos.
- Nos restou apenas esperar por isso. Tais questões, geralmente, são resolvidos nos bastidores. Mas, tenho certeza de que Trump dará a Putin um sinal apropriado sobre os prisioneiros ucranianos.
O embaixador americano nos deu muito tempo. Ficou chocada com a informação que ouviu de nós. Contamos a Marie Iovanovich o que estávamos fazendo pela libertação do irmão e como a diplomacia estrangeira poderia nos ajudar. Um dos nossos pedidos é que as sanções contra Rússia sejam reforçadas por causa da violação dos direitos de nossos familiares. Queremos que à lista de sanções estejam envolvidas pessoas envolvidas em falsificações da questão e que torturavam nossos irmãos para obter confissões.
Tradução: O. Kowaltschuk
- Sim. O Tribunal de Ocupação da Criméia ordenou condenar Yevgeny a 8 (oito) anos de prisão. Em julho, quando os advogados prepararam o recurso para o Tribunal de Moscou exigindo o cancelamento desta sentença fictícia, o promotor exigiu o aumento da pena de Yevgeny, por um crime inexistente, até 10,5 anos. Alegou, como motivo, que o artigo do Código Penal, que trata de sabotagem, prevê prisão de até 20 anos. No caso de Yevgeny, não houve sabotagem, a Femida julgou-o pelas "intenções".
- Talvez, do advogado Dinze você sabe qual o estado geral de Yevgeny?
- Moralmente meu irmão está firme. Na verdade, ele não acredita numa possível troca por algum russo condenado na Ucrânia por terrorismo. Esperou muito por essa troca, mas apesar da promessa, ela não realizou-se.
Yevgeny estava pronto para uma prisão injusta e de longo prazo. O serviço federal da Rússia pressionava-o a muito tempo, prometia 20 anos de prisão - por não se juntar com a investigação. Yevgeny não se sente culpado, por isso não aderiu à investigação. Estava pronto para ouvir o veredicto e o prazo máximo de prisão...
Agora, após uma apelação sem sucesso, aguardamos os documentos para iniciar a ação judicial perante a Corte Européia dos Direitos Humanos. Paralelamente, a cassação ocorrerá. Não temos dúvidas, de que ela confirmará a decisão do Tribunal russo "mais justo". Iremos também enviar a decisão de cassação à Corte européia dos Direitos Humanos para provar confirmação da inocência de Yevgeny, esgotamos todas as possibilidades da legislação nacional russa. Esta é, precisamente, a condição para considerar uma reivindicação na Corte Européia dos Direitos Humanos.
A condição física de Yevgeny você não invejará. Devido às torturas, que ele sofreu atrás das grades, agravaram-se suas dores nas articulações, nas costas. A doença se tornou crônica. Ajuda dos médicos na prisão ele não recebeu, foi forçado a suportar as dores sem medicação. Ele também tem problemas com os dentes.
- Ouvimos dizer que outro prisioneiro político ucraniano, Roman Suschchenko, quer escrever uma declaração a Putin para pedir perdão. A Yevgeny não sugeriram tal idéia?...
- Não, ele não consideraria tal proposta. Não vê sentido nisso. E, sobre isso ele escreveu numa de suas últimas cartas para casa. Ele confirmou "que a ele não pedirá nada". "A ele" - todos compreendem de quem se trata..
- Dizem, que no caso de seu irmão, você encontra-se com o embaixador dos EUA na Ucrânia, Marie Iovanovich?
- Sim, tal reunião houve. Eu tive excelentes impressões dela.
- Essa conversa pode ajudar na libertação de Yevgeny? Digamos, na próxima reunião do Presidente Trump com Putin, o anfitrião da Casa Branca, por sugestão do seu embaixador ucraniano, pode pedir ao presidente russo que liberte Sentsov, Panov e outros presos políticos?
- Só nos resta esperar por isso. Tais problemas, geralmente, são resolvidos nos bastidores. Mas, tenho certeza, que Trump dará a Putin um sinal apropriado sobre os prisioneiros ucranianos.
- Nos restou apenas esperar por isso. Tais questões, geralmente, são resolvidos nos bastidores. Mas, tenho certeza de que Trump dará a Putin um sinal apropriado sobre os prisioneiros ucranianos.
O embaixador americano nos deu muito tempo. Ficou chocada com a informação que ouviu de nós. Contamos a Marie Iovanovich o que estávamos fazendo pela libertação do irmão e como a diplomacia estrangeira poderia nos ajudar. Um dos nossos pedidos é que as sanções contra Rússia sejam reforçadas por causa da violação dos direitos de nossos familiares. Queremos que à lista de sanções estejam envolvidas pessoas envolvidas em falsificações da questão e que torturavam nossos irmãos para obter confissões.
Tradução: O. Kowaltschuk
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
Aldeia ucraniana: evolução ou extinção.
Ukrainskyi Tyzhden (Semana ucraniana), 17.09.2018
Maksim Vikhrov
Como as tendências pan-europeias mudam o campo ucraniano e o que fazer com isto.
A tese sobre o declínio das aldeias ucranianas é geral nas discussões públicas e, antes de cada eleição, os políticos prometem a sua renovação. O problema não pode ser visto como algo inventado. Nas zonas rurais vive, aproximadamente, um terço dos ucranianos, mas nos últimos 18 anos os camponeses diminuíram quase um quarto (de 16,9 milhões para 13 milhões - dados do governo). No entanto, a promessa de reviver a aldeia é, na verdade, simplesmente populismo. Dadas as tendências socioeconômicas, não há um programa de resgate realista para aldeia ucraniana: o despovoamento continuará, as aldeias continuarão desaparecendo, sua infraestrutura continuará decaindo. Mas, tudo isso não é apenas um problema da Ucrânia, é uma tendência pan-européia. Devido a fatores econômicos e tecnológicos profundos, não é capaz de detê-los qualquer governo nacional. No entanto, depende do segundo, quão dolorosas serão essas mudanças e quão grandes serão as perdas sociais.
O que é a aldeia ucraniana no sentido sócio-demográfico? Pouco mais da metade (50,3) dos camponeses vive em grandes aldeias, acima de 1000 pessoas, 17% - de 200 -499 habitantes e 6,4% em assentamentos ainda menos povoados (Instituto de Demografia e Pesquisa Social). É , justamente, devido a pequenas aldeias o seu número total diminui. A estatística oficial reflete esse processo não em escala total: de 1990 a 2018, apenas 426 assentos estatais desapareceram do mapa. No entanto, o verdadeiro número de aldeias "extintas" é muito maior: 2.014, 369 aldeias desertas simplesmente não foram removidas do registro estadual (Instituto de Demografia e Estudos Sociais da Academia de Ciências, 2017) . À beira da extinção ainda existem 4684 aldeias, aonde em 2015 viviam até 50 pessoas em cada uma. Ou seja, a longo prazo, por várias décadas, a estrutura de assentamentos na Ucrânia diminuirá em cerca de 17%. As mudanças mais notáveis serão em Sumy, Chernihiv e Kharkiv, onde as aldeias pouco povoadas obtém respectivamente 38,5, 32,5 e 30,5 da quantidade total. A razão principal para extinção das aldeias é demográfica. Em geral, a idade média da população rural e urbana é quase a mesma (40,5 e 40,7 anos respectivamente), mas nas áreas rurais, a situação é muito heterogênea: quanto menor a vila, ela é mais velha". Se em aldeias grandes (mais de um milhão de habitantes) os idosos compõem uma média de 21%, então em pequenas (menos de 50 pessoas) - 38% (a zona rural ucraniana média - 21,6%). Também variam as taxas de mortalidade: se em grandes aldeias o número de mortos excede o número de nascimentos, em 1,9 vezes, então em pequenas - 8,3 vezes. Assim, aldeias, onde os pensionistas representam mais de 50% da população, os pesquisadores as classificam como em queda. E lá onde há mais de 65%, - como aqueles que morrem. Aos últimos incluem também as aldeias sem crianças (zero a 17 anos), e estas na Ucrânia são mais de 19%.
Mais um fator de despovoamento e "envelhecimento" das aldeias é a migração de mão de obra. Por exemplo, em 2001 além de suas fronteiras trabalhavam 25,6 camponeses, em 2014 - já re,9%. Destes últimos 66,9% trabalhavam nas cidades, 20% - fora de sua região, 12,7% - no exterior (Instituto de Demografia e Pesquisa Social, Academia Nacional de Ciências, 2017). Não deve ser explicado que essa migração é geralmente irreversível).
A saída das pessoas das áreas rurais estimula os problemas sócio-econômicos, que lá são exacerbados. Em geral, o nível de salários na agricultura é um dos mais baixos entre os ramos. De acordo com o Comitê Estadual de Estatística, em julho de 2018, o salário médio na agricultura foi de 7,5 mil UAH, enquanto na indústria - 9,8 mil UAH, no comércio - 9,t, etc. Além disso, a aldeia caracteriza-se por uma maior participação de trabalhadores não qualificados. Em 2.015, 38,7 eram empregados nas profissões mais elementares (para comparação: na cidade - 9,1%) enquanto especialistas e profissionais representavam apenas 17,1% (na cidade 35,5%). O nível de emprego informal também é alto. Estima-se, que em 2015 "na sombra" trabalhava 42,6% habitantes da aldeia (na cidade - 17,2%). O abastecimento da aldeia deve-se, principalmente, a pensões, vários pagamentos e recursos da propriedade, a renda em forma de salários, em média é de 34,4 do total (na cidade - 55,7%). Muitos aldeões não possuem empregados, em 2014 tais eram 46,2% (Instituto de Demografia e Estudos Sociais da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia).
As próprias fazendas (São áreas grandes? Não seriam sítios ou chácaras? - OK) não podem fornecer aos camponeses rendimentos decentes. Assim, em 2015, apenas 17,5% empregavam trabalhadores contratados, e a renda proveniente da venda total de produtos agrícolas representava apenas 11,5 da renda familiar total (Instituto de Demografia e Pesquisa Social da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia).
Teoricamente, ao invés do sistema coletivo o sustentáculo de economias de base local deveriam ser os granjeiros. No ano de 2.014, na agricultura da aldeia da Ucrânia, havia 52,5 objetos de economia (em média 1,7 por aldeia), entre os quais 71,3% eram próprios da agricultura. No entanto, o mercado do trabalho eles não reanimaram. Segundo a estatística de 2.014, entre a população ocupada com os trabalhos da fazenda, ocupavam-se pouco mais de 3%. Não reviveram a economia agrícola das aldeias nem graças as atuais técnicas que não necessitam tantos trabalhadores quanto as fazendas coletivas ou as economias agrícolas anteriores. Em acréscimo, na Ucrânia não há mercado da terra - principal recurso de aldeões. Então não é surpreendente que o nível de pobreza na aldeia seja maior do que na cidade. Assim, em 2013, este indicador (para um salário mínimo) na cidade foi de 11,8%, e nas áreas rurais - 28,9% (Instituto de Demografia e Pesquisa Social da Academia Nacional de Ciências).
A pobreza e o despovoamento implicam necessariamente em declínio na infra-estrutura do assentamento, para a qual não há recursos orçamentários, nem condições de mercado. Por exemplo, em 2.013, 61,8% das unidades agrícolas não tinham esgoto, em 45,7% dos assentamentos não havia instalações para serviços básicos (cabeleireiros, lavanderias, oficinas, lojas, etc) 41,8% não recebiam atendimento de ambulância, 28,5% - não possuíam instituições médicas próximas. Outros 24,4% das aldeias não tinham ligações diárias próximas. Outros 24,4% das aldeias não tinham ligações diárias de transporte com assentamentos mais desenvolvidos e, 23,5 dos assentamentos rurais não tinham superfície sólida nas estradas. Parte desses problemas pode ser atenuada graças à reforma do sistema de instituições médicas e educacionais, pela implantação de programas com orçamento estatal, etc. Contudo, nas condições de minguamento da rede de assentamentos rurais, será cada vez mais difícil manter e desenvolver sua infra-estrutura. É difícil imaginar, em que condições (e a que custo) em cada aldeia, que morre aos poucos,surgirá uma farmácia, uma loja, um cabeleireiro, um ônibus diário e outros atributos da civilização. É claro que a situação nas aldeias é heterogênea, mas é óbvio que uma parte significativa delas (pouco povoadas) está em uma situação difícil, que não tem solução.
Conclui-se que Ucrânia, como Estado, sofreu uma derrota histórica, não conseguindo salvar sua própria aldeia. Mas, na realidade, processos semelhantes ocorrem nas áreas rurais da UE. Lá também vive cerca de um terço da população da União Européia, e como na Ucrânia, o seu número diminui intensivamente. Segundo os cálculos dos demógrafos, em 2.050 a população da zona urbana européia aumentará em mais 24 milhões, enquanto os camponeses diminuirão quase 8 milhões (Eurostat).Na ucrânia, o declínio do campo está frequentemente associado ao colapso da URSS, mas 70% dos assentamentos rurais na UE foram despovoados no início dos anos sessenta. No final do século XX, o número de regiões em extinção diminuiu e estabilizou no nível de 40-45%, permanecendo o mesmo no início de 2010. Em deferentes países, esse processo é desigual. Se nos antigos membros da UE o despovoamento é de apenas 35% nas áreas rurais, então nos países que aderiram à União Européia desde 2004, esse número é de 60%. O maior despovoamento aconteceu nas aldeias da Lituânia, Estônia, Bulgária, Letônia e Hungria - onde cerca de 80% das áreas rurais morrem. De acordo com o Observatório Territorial da Rede Européia, o despovoamento é associado com os mesmos sintomas socioeconômicos, como na Ucrânia: redução do potencial dos mercados locais, redução da qualidade e disponibilidade aos serviços, deterioração da infra-estrutura, desemprego, envelhecimento da população, etc. E, assim como na Ucrânia, os fenômenos socioeconômicos negativos na aldeia europeia são mais pronunciados do que na cidade. Por exemplo, em 2016, a taxa de emprego nas aldeias da Estônia foi de 6% inferior à das cidades, na Hungria - 3%, na Bulgária - 15%, na Eslováquia - 7% (Comissão Européia).
O que faz com que as aldeias europeias e ucranianas se deteriorem? Em primeiro lugar, trata-se de mudanças na natureza da produção agrícola. Graças à técnica de alta tecnologia, o processamento da terra não exige mais milhões de trabalhadores e, onde quer que seja necessário, o trabalho contratado é de trabalhadores sazonais, e muitas vezes estrangeiros, são usados. Assim, a população rural perde a base econômica de sua existência e, portanto, precisa adaptar-se à mudança migrando para as cidades. Algo como isso está acontecendo agora na indústria, onde a vida profissional é gradualmente substituída por mãos de trabalho "vivas" mas, na aldeia as consequências disso são mais notáveis. Em comparação com as cidades densamente povoadas, as comunidades rurais tornam-se mais vulneráveis: são mais afetadas pelo despovoamento e é mais difícil para as economias locais se adaptarem às necessidades no ambiente do mercado global.Além disso, os principais fluxos de migração de fora atraem as cidades e não a aldeia. Além disso, nas cidades modernas, é mais fácil usar os meios de mobilidade social, bem como maiores chances de alcançar o bem-estar e obter acesso mais amplo aos serviços, de modo que a pontuação geral claramente não é favorável à aldeia.
É claro que a urbanização plena (ou próximo disso) da Europa é apenas uma questão de tempo. Artificialmente dificultar este processo não é significativo, mas os governos nacionais têm a oportunidade de mitigar os fenômenos sócio-econômicos negativos que ocorrem no momento em áreas rurais. A profundidade da crise socioeconômica na zona rural européia (mesmo onde é mais aguda) é insignificantemente menor do que na Ucrânia, e dadas as estatísticas gerais, a diferença socioeconômica entre o campo e a cidade da UE é mínima. Obviamente, na mesma direção devemos nós nos mover. A criação de escolas de apoio e distritos hospitalares - é passo certo. A questão é apenas quão consistentes serão essas e outras reformas e se o governo será capaz de encontrar um equilíbrio entre o apoio efetivo da aldeia e os centros de subsídios populistas de uma crise sem esperança.
Tradução: O. Kowaltschuk
Ukrainskyi Tyzhden (Semana ucraniana), 17.09.2018
Maksim Vikhrov
Como as tendências pan-europeias mudam o campo ucraniano e o que fazer com isto.
A tese sobre o declínio das aldeias ucranianas é geral nas discussões públicas e, antes de cada eleição, os políticos prometem a sua renovação. O problema não pode ser visto como algo inventado. Nas zonas rurais vive, aproximadamente, um terço dos ucranianos, mas nos últimos 18 anos os camponeses diminuíram quase um quarto (de 16,9 milhões para 13 milhões - dados do governo). No entanto, a promessa de reviver a aldeia é, na verdade, simplesmente populismo. Dadas as tendências socioeconômicas, não há um programa de resgate realista para aldeia ucraniana: o despovoamento continuará, as aldeias continuarão desaparecendo, sua infraestrutura continuará decaindo. Mas, tudo isso não é apenas um problema da Ucrânia, é uma tendência pan-européia. Devido a fatores econômicos e tecnológicos profundos, não é capaz de detê-los qualquer governo nacional. No entanto, depende do segundo, quão dolorosas serão essas mudanças e quão grandes serão as perdas sociais.
O que é a aldeia ucraniana no sentido sócio-demográfico? Pouco mais da metade (50,3) dos camponeses vive em grandes aldeias, acima de 1000 pessoas, 17% - de 200 -499 habitantes e 6,4% em assentamentos ainda menos povoados (Instituto de Demografia e Pesquisa Social). É , justamente, devido a pequenas aldeias o seu número total diminui. A estatística oficial reflete esse processo não em escala total: de 1990 a 2018, apenas 426 assentos estatais desapareceram do mapa. No entanto, o verdadeiro número de aldeias "extintas" é muito maior: 2.014, 369 aldeias desertas simplesmente não foram removidas do registro estadual (Instituto de Demografia e Estudos Sociais da Academia de Ciências, 2017) . À beira da extinção ainda existem 4684 aldeias, aonde em 2015 viviam até 50 pessoas em cada uma. Ou seja, a longo prazo, por várias décadas, a estrutura de assentamentos na Ucrânia diminuirá em cerca de 17%. As mudanças mais notáveis serão em Sumy, Chernihiv e Kharkiv, onde as aldeias pouco povoadas obtém respectivamente 38,5, 32,5 e 30,5 da quantidade total. A razão principal para extinção das aldeias é demográfica. Em geral, a idade média da população rural e urbana é quase a mesma (40,5 e 40,7 anos respectivamente), mas nas áreas rurais, a situação é muito heterogênea: quanto menor a vila, ela é mais velha". Se em aldeias grandes (mais de um milhão de habitantes) os idosos compõem uma média de 21%, então em pequenas (menos de 50 pessoas) - 38% (a zona rural ucraniana média - 21,6%). Também variam as taxas de mortalidade: se em grandes aldeias o número de mortos excede o número de nascimentos, em 1,9 vezes, então em pequenas - 8,3 vezes. Assim, aldeias, onde os pensionistas representam mais de 50% da população, os pesquisadores as classificam como em queda. E lá onde há mais de 65%, - como aqueles que morrem. Aos últimos incluem também as aldeias sem crianças (zero a 17 anos), e estas na Ucrânia são mais de 19%.
Mais um fator de despovoamento e "envelhecimento" das aldeias é a migração de mão de obra. Por exemplo, em 2001 além de suas fronteiras trabalhavam 25,6 camponeses, em 2014 - já re,9%. Destes últimos 66,9% trabalhavam nas cidades, 20% - fora de sua região, 12,7% - no exterior (Instituto de Demografia e Pesquisa Social, Academia Nacional de Ciências, 2017). Não deve ser explicado que essa migração é geralmente irreversível).
A saída das pessoas das áreas rurais estimula os problemas sócio-econômicos, que lá são exacerbados. Em geral, o nível de salários na agricultura é um dos mais baixos entre os ramos. De acordo com o Comitê Estadual de Estatística, em julho de 2018, o salário médio na agricultura foi de 7,5 mil UAH, enquanto na indústria - 9,8 mil UAH, no comércio - 9,t, etc. Além disso, a aldeia caracteriza-se por uma maior participação de trabalhadores não qualificados. Em 2.015, 38,7 eram empregados nas profissões mais elementares (para comparação: na cidade - 9,1%) enquanto especialistas e profissionais representavam apenas 17,1% (na cidade 35,5%). O nível de emprego informal também é alto. Estima-se, que em 2015 "na sombra" trabalhava 42,6% habitantes da aldeia (na cidade - 17,2%). O abastecimento da aldeia deve-se, principalmente, a pensões, vários pagamentos e recursos da propriedade, a renda em forma de salários, em média é de 34,4 do total (na cidade - 55,7%). Muitos aldeões não possuem empregados, em 2014 tais eram 46,2% (Instituto de Demografia e Estudos Sociais da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia).
As próprias fazendas (São áreas grandes? Não seriam sítios ou chácaras? - OK) não podem fornecer aos camponeses rendimentos decentes. Assim, em 2015, apenas 17,5% empregavam trabalhadores contratados, e a renda proveniente da venda total de produtos agrícolas representava apenas 11,5 da renda familiar total (Instituto de Demografia e Pesquisa Social da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia).
Teoricamente, ao invés do sistema coletivo o sustentáculo de economias de base local deveriam ser os granjeiros. No ano de 2.014, na agricultura da aldeia da Ucrânia, havia 52,5 objetos de economia (em média 1,7 por aldeia), entre os quais 71,3% eram próprios da agricultura. No entanto, o mercado do trabalho eles não reanimaram. Segundo a estatística de 2.014, entre a população ocupada com os trabalhos da fazenda, ocupavam-se pouco mais de 3%. Não reviveram a economia agrícola das aldeias nem graças as atuais técnicas que não necessitam tantos trabalhadores quanto as fazendas coletivas ou as economias agrícolas anteriores. Em acréscimo, na Ucrânia não há mercado da terra - principal recurso de aldeões. Então não é surpreendente que o nível de pobreza na aldeia seja maior do que na cidade. Assim, em 2013, este indicador (para um salário mínimo) na cidade foi de 11,8%, e nas áreas rurais - 28,9% (Instituto de Demografia e Pesquisa Social da Academia Nacional de Ciências).
A pobreza e o despovoamento implicam necessariamente em declínio na infra-estrutura do assentamento, para a qual não há recursos orçamentários, nem condições de mercado. Por exemplo, em 2.013, 61,8% das unidades agrícolas não tinham esgoto, em 45,7% dos assentamentos não havia instalações para serviços básicos (cabeleireiros, lavanderias, oficinas, lojas, etc) 41,8% não recebiam atendimento de ambulância, 28,5% - não possuíam instituições médicas próximas. Outros 24,4% das aldeias não tinham ligações diárias próximas. Outros 24,4% das aldeias não tinham ligações diárias de transporte com assentamentos mais desenvolvidos e, 23,5 dos assentamentos rurais não tinham superfície sólida nas estradas. Parte desses problemas pode ser atenuada graças à reforma do sistema de instituições médicas e educacionais, pela implantação de programas com orçamento estatal, etc. Contudo, nas condições de minguamento da rede de assentamentos rurais, será cada vez mais difícil manter e desenvolver sua infra-estrutura. É difícil imaginar, em que condições (e a que custo) em cada aldeia, que morre aos poucos,surgirá uma farmácia, uma loja, um cabeleireiro, um ônibus diário e outros atributos da civilização. É claro que a situação nas aldeias é heterogênea, mas é óbvio que uma parte significativa delas (pouco povoadas) está em uma situação difícil, que não tem solução.
Conclui-se que Ucrânia, como Estado, sofreu uma derrota histórica, não conseguindo salvar sua própria aldeia. Mas, na realidade, processos semelhantes ocorrem nas áreas rurais da UE. Lá também vive cerca de um terço da população da União Européia, e como na Ucrânia, o seu número diminui intensivamente. Segundo os cálculos dos demógrafos, em 2.050 a população da zona urbana européia aumentará em mais 24 milhões, enquanto os camponeses diminuirão quase 8 milhões (Eurostat).Na ucrânia, o declínio do campo está frequentemente associado ao colapso da URSS, mas 70% dos assentamentos rurais na UE foram despovoados no início dos anos sessenta. No final do século XX, o número de regiões em extinção diminuiu e estabilizou no nível de 40-45%, permanecendo o mesmo no início de 2010. Em deferentes países, esse processo é desigual. Se nos antigos membros da UE o despovoamento é de apenas 35% nas áreas rurais, então nos países que aderiram à União Européia desde 2004, esse número é de 60%. O maior despovoamento aconteceu nas aldeias da Lituânia, Estônia, Bulgária, Letônia e Hungria - onde cerca de 80% das áreas rurais morrem. De acordo com o Observatório Territorial da Rede Européia, o despovoamento é associado com os mesmos sintomas socioeconômicos, como na Ucrânia: redução do potencial dos mercados locais, redução da qualidade e disponibilidade aos serviços, deterioração da infra-estrutura, desemprego, envelhecimento da população, etc. E, assim como na Ucrânia, os fenômenos socioeconômicos negativos na aldeia europeia são mais pronunciados do que na cidade. Por exemplo, em 2016, a taxa de emprego nas aldeias da Estônia foi de 6% inferior à das cidades, na Hungria - 3%, na Bulgária - 15%, na Eslováquia - 7% (Comissão Européia).
O que faz com que as aldeias europeias e ucranianas se deteriorem? Em primeiro lugar, trata-se de mudanças na natureza da produção agrícola. Graças à técnica de alta tecnologia, o processamento da terra não exige mais milhões de trabalhadores e, onde quer que seja necessário, o trabalho contratado é de trabalhadores sazonais, e muitas vezes estrangeiros, são usados. Assim, a população rural perde a base econômica de sua existência e, portanto, precisa adaptar-se à mudança migrando para as cidades. Algo como isso está acontecendo agora na indústria, onde a vida profissional é gradualmente substituída por mãos de trabalho "vivas" mas, na aldeia as consequências disso são mais notáveis. Em comparação com as cidades densamente povoadas, as comunidades rurais tornam-se mais vulneráveis: são mais afetadas pelo despovoamento e é mais difícil para as economias locais se adaptarem às necessidades no ambiente do mercado global.Além disso, os principais fluxos de migração de fora atraem as cidades e não a aldeia. Além disso, nas cidades modernas, é mais fácil usar os meios de mobilidade social, bem como maiores chances de alcançar o bem-estar e obter acesso mais amplo aos serviços, de modo que a pontuação geral claramente não é favorável à aldeia.
É claro que a urbanização plena (ou próximo disso) da Europa é apenas uma questão de tempo. Artificialmente dificultar este processo não é significativo, mas os governos nacionais têm a oportunidade de mitigar os fenômenos sócio-econômicos negativos que ocorrem no momento em áreas rurais. A profundidade da crise socioeconômica na zona rural européia (mesmo onde é mais aguda) é insignificantemente menor do que na Ucrânia, e dadas as estatísticas gerais, a diferença socioeconômica entre o campo e a cidade da UE é mínima. Obviamente, na mesma direção devemos nós nos mover. A criação de escolas de apoio e distritos hospitalares - é passo certo. A questão é apenas quão consistentes serão essas e outras reformas e se o governo será capaz de encontrar um equilíbrio entre o apoio efetivo da aldeia e os centros de subsídios populistas de uma crise sem esperança.
Tradução: O. Kowaltschuk
sábado, 20 de outubro de 2018
Psiquiatria infantil inglesa surpreende-se: há uma epidemia de esquizofrenia na Ucrânia?
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 18.10.2018
Igor Gulic
Um conhecido psiquiatra e ativista de direitos humanos concedeu uma entrevista exclusiva ao Castelo Alto.
Cerca de 200 mil pacientes passam pelo hospital psiquiátrico na Ucrânia por um ano. "Isso é muito", diz Semyon Glusman, o conhecido psiquiatra e ativista de direitos humanos, ex-dissidente e preso político, presidente da Associação de Psiquiatras da Ucrânia. Mas ele também observa que não há epidemia de esquizofrenia em nosso país. Assim como não temos estatísticas precisas, quantas pessoas são realmente doentes mentais. Estas e outras teses Semyon Glusman, durante uma entrevista com o correspondente do VZ (Castelo Alto) durante uma estada em Lviv, destacou em uma entrevista exclusiva.
- Temos pessoas que sofrem de doenças tão graves como a esquizofrenia, depressão, outras, assim como no exterior. Acredita-se, que no mundo, uma pessoa em mil, em qualquer geração, sofre de esquizofrenia. Isto não depende de quem governa o país - ditador ou presidente democrático, como as pessoas dormem, como se alimentam.
É conhecido o exemplo histórico terrível. Hitler, como qualquer ditador, cercava-se com os melhores especialistas. E, o geneticista que lhe dava conselhos, disse que é necessário eliminar pessoas mentalmente doentes desde o nascimento. E eles foram mortos. Na verdade, nada ajudou. Tal situação é do Senhor Deus. De onde vem essa doença? Exatamente, nós não sabemos. Embora bilhões sejam gastos para explorá-lo. Mesma coisa com o autismo. O número de autistas cresce, e nós não sabemos porquê. Cientistas trabalham nesta questão - bioquímicos, genéticos, neurofisiologistas. Mas - ainda ninguém recebeu o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do problema. Se encontrado, alguém teria recebido. No entanto, isso não significa que nós, médicos, devemos abaixar nossas mãos. Não podemos tratar esses pacientes, como terapeutas - com antibióticos. Curaram - e para sempre.
Mas também existem características associadas à nossa cultura, antes com falta de cultura. Alcoolismo e toxicodependência. Eles existem em todos países, mas nós temos muitas pessoas. E daí, a AIDS. Temos um grande número de tuberculose, que, aliás, foi vencida no governo soviético. Por décadas eles lutaram e conseguiram minimizar. Quando eu era estudante, fomos levados a um hospital de Kyiv, para um hospital especializado em tuberculose, e mostravam uma pessoa com uma forma aberta de tuberculose. Foi algo especial. Agora há muios.
- Quais são as razões para esta situação?
- A razão é que agora vivemos mal, moramos no sujo. Vivemos sujo não apenas no sentido da sujeira, mas vivemos não-lucrativos, gastamos dinheiro no que não é preciso gastar.
- Muitos participantes de operações militares no leste estão voltando para casa e são diagnosticados com transtorno pós-traumático...
- Transtorno pós-traumático também acontecia antes. Mas tal diagnóstico realmente não colocavam, embora exista na classificação global. Agora a mito-ideologização deste diagnóstico está em andamento. Um dos principais especialistas, psiquiatra mundial da Grã-Bretanha, Simon Wesley , que participou de todas as guerras da Grã-Bretanha nas últimas décadas, que é a autoridade mundial, argumenta que o verdadeiro número de estresse pós-traumático - é também um em mil, não mais. O guerreiro veio da guerra e tem depressão, porque viu, o qual mal, vive sua família, mas a esposa e mãe não o entendem. Porque ele se tornou diferente, mudou. Isto não é estresse pós-traumático, mas tal estado, reação à sociedade que não se interessa com ele, o qual derramou sangue, viu seus amigos morrerem. O mesmo acontecia após Afeganistão.
- Isto são, às vezes, distúrbios temporários. Simplesmente muitos de nossos psicólogos semi-analfabetos, que parasitam neste assunto, dizem que o guerreiro tem estresse pós-traumático, por isso ele bateu e matou. Mas o estresse pós-traumático não ocorre imediatamente após o retorno, mas depois de um certo tempo. Portanto, são necessários programas de treinamento, primeiramente dos psicólogos. São os psicólogos mais do que os médicos que devem lidar com esse diagnóstico. Além disso, nós não temos serviços sociais que devem ocupar-se com isto.
Certa vez, a convite de um dos canais de TV, eu participava várias vezes por semana, pela manhã. Eu falava o que acontecia em países normais, quando o marido ou o irmão retorna da frente. Isso era conhecido de antemão, ele retorna, ele não escapa. E já com antecedência o assistente social começa trabalhar com sua família. À esposa explicam, que o marido retorna, não como ele era quando foi. Não o torture se à noite, ele correr para seus antigos vizinhos da frente, porque lá eles criaram relações familiares. Dê umas palmadinhas no seu ombro e diga: "Sim, você tem o direito". Não o force a ir trabalhar no dia seguinte para procurar emprego, porque é preciso alimentar as crianças. Ele mudou, ele precisa voltar para você. A pessoa voltou - ela se afastou da família, da sociedade. Mas, para isso não precisa abrir sanatórios especiais para ex-veteranos. Isso é loucura. Eu já não falo sobre os custos gastos com isso. Este é o dinheiro do contribuinte ucraniano. O que está acontecendo? Os soldados são enviados ao sanatório, para iguais a ele. E eles bebem vodca, da manhã à noite. O estado deve se preparar para isso.
Serviços sociais existem, mas muito poucos. Este não é um problema de grande psiquiatria, é um problema de falta de participação social e psicológica. As pessoas sentir que retornaram ao seu próprio país, e não ao nosso país. Mas como eles podem sentir isso, se ele vem mas a mãe deve pagar pela eletricidade e outros serviços? Se ele não é necessário para ninguém? E alguns vizinhos ainda sussurram, "por que voltou, não precisava guerrear contra Putin". Há pessoas não apenas vilões, mas simplesmente tolas. Como o guerreiro pode ouvir tal coisa?
- O que você dirá sobre o suicídio infantil devido as redes sociais?
- Esta é outra história. As crianças não têm medo da morte. Elas acreditam que a vida é muito longa. Aqui eu não sou especialista, mas o que está acontecendo, - é influência. Portanto, quando uma menina com amiga, de mãos dadas, pulam do telhado, então pensa, que isto não é real, não seriamente.
- Isso pode ser considerado uma influência da internet?
- Provavelmente, internet também. Mas os suicídios existiam antes da internet.
- É possível acreditar em dados estatísticos, que frequentemente dizem, que temos cada quinta pessoa com doença mental?
- Não, não. Dizer isso, não é correto. Sim, temos muitos desvios. Por exemplo, alguém diz - durmo mal a noite. Isso é um desvio? E se me irrita uma criança ou uma mulher? Se eu tenho depressão? Mas minha depressão não se deve ao fato de ter uma depressão clínica e precisar ser hospitalizado. Mas ao fato de que eu fiquei sem trabalho e não posso alimentar minha família. Então, o que - é necessário internar-me num hospital psiquiátrico? É necessário procurar trabalho.
- Cerca de dez 10 -15 anos atrás veio minha colega, psiquiatra infantil do Reino Unido e eu a levei para ver um dos nossos hospitais. O departamento infantil localizava-se em três andares. Ela observou apenas o primeiro andar e me perguntou: "Eu não entendo, aqui há - epidemia esquizofrênica?" Isto não é epidemia, é simplesmente Maria Ivanivna do internato infantil que telefona para Maria Stepanivna do departamento de psiquiatria e pede aceitar cinco crianças. Elas não precisam ficar hospitalizadas. . As crianças podem ter desvios, ser um pouco doentes. No entanto, isto não significa que elas devem estar no hospital. Será que temos remédios para demência? Claro, que não. Com essas crianças devem trabalhar corretores especiais, psicólogos, mas psiquiatras -minimamente. O psiquiatra, preferencialmente infantil, deve diagnosticar (precisamente, se possível) e prescrever o que é necessário. Em continuação trabalham outros especialistas. Assim é organizado no mundo civilizado. Mas manter as crianças num hospital psiquiátrico é um - pecado. Exceto casos individuais.
Cerca de 200 mil pacientes passam pelo hospital psiquiátrico na Ucrânia, por ano. Em um país normal, a maioria deles deve ser tratada em ambulatório. Nós não podemos curar a esquizofrenia, mas com a ajuda do tratamento moderno com bons medicamentos, podemos aliviar a condição. Mas não há dinheiro para medicamentos. Portanto tratam, principalmente, com os primitivos. As farmácias têm medicamentos modernos, mas nem todas as famílias podem comprá-los por causa do alto custo.
Tradução: O. Kowaltschuk
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 18.10.2018
Igor Gulic
Um conhecido psiquiatra e ativista de direitos humanos concedeu uma entrevista exclusiva ao Castelo Alto.
Cerca de 200 mil pacientes passam pelo hospital psiquiátrico na Ucrânia por um ano. "Isso é muito", diz Semyon Glusman, o conhecido psiquiatra e ativista de direitos humanos, ex-dissidente e preso político, presidente da Associação de Psiquiatras da Ucrânia. Mas ele também observa que não há epidemia de esquizofrenia em nosso país. Assim como não temos estatísticas precisas, quantas pessoas são realmente doentes mentais. Estas e outras teses Semyon Glusman, durante uma entrevista com o correspondente do VZ (Castelo Alto) durante uma estada em Lviv, destacou em uma entrevista exclusiva.
- Temos pessoas que sofrem de doenças tão graves como a esquizofrenia, depressão, outras, assim como no exterior. Acredita-se, que no mundo, uma pessoa em mil, em qualquer geração, sofre de esquizofrenia. Isto não depende de quem governa o país - ditador ou presidente democrático, como as pessoas dormem, como se alimentam.
É conhecido o exemplo histórico terrível. Hitler, como qualquer ditador, cercava-se com os melhores especialistas. E, o geneticista que lhe dava conselhos, disse que é necessário eliminar pessoas mentalmente doentes desde o nascimento. E eles foram mortos. Na verdade, nada ajudou. Tal situação é do Senhor Deus. De onde vem essa doença? Exatamente, nós não sabemos. Embora bilhões sejam gastos para explorá-lo. Mesma coisa com o autismo. O número de autistas cresce, e nós não sabemos porquê. Cientistas trabalham nesta questão - bioquímicos, genéticos, neurofisiologistas. Mas - ainda ninguém recebeu o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do problema. Se encontrado, alguém teria recebido. No entanto, isso não significa que nós, médicos, devemos abaixar nossas mãos. Não podemos tratar esses pacientes, como terapeutas - com antibióticos. Curaram - e para sempre.
Mas também existem características associadas à nossa cultura, antes com falta de cultura. Alcoolismo e toxicodependência. Eles existem em todos países, mas nós temos muitas pessoas. E daí, a AIDS. Temos um grande número de tuberculose, que, aliás, foi vencida no governo soviético. Por décadas eles lutaram e conseguiram minimizar. Quando eu era estudante, fomos levados a um hospital de Kyiv, para um hospital especializado em tuberculose, e mostravam uma pessoa com uma forma aberta de tuberculose. Foi algo especial. Agora há muios.
- Quais são as razões para esta situação?
- A razão é que agora vivemos mal, moramos no sujo. Vivemos sujo não apenas no sentido da sujeira, mas vivemos não-lucrativos, gastamos dinheiro no que não é preciso gastar.
- Muitos participantes de operações militares no leste estão voltando para casa e são diagnosticados com transtorno pós-traumático...
- Transtorno pós-traumático também acontecia antes. Mas tal diagnóstico realmente não colocavam, embora exista na classificação global. Agora a mito-ideologização deste diagnóstico está em andamento. Um dos principais especialistas, psiquiatra mundial da Grã-Bretanha, Simon Wesley , que participou de todas as guerras da Grã-Bretanha nas últimas décadas, que é a autoridade mundial, argumenta que o verdadeiro número de estresse pós-traumático - é também um em mil, não mais. O guerreiro veio da guerra e tem depressão, porque viu, o qual mal, vive sua família, mas a esposa e mãe não o entendem. Porque ele se tornou diferente, mudou. Isto não é estresse pós-traumático, mas tal estado, reação à sociedade que não se interessa com ele, o qual derramou sangue, viu seus amigos morrerem. O mesmo acontecia após Afeganistão.
- Isto são, às vezes, distúrbios temporários. Simplesmente muitos de nossos psicólogos semi-analfabetos, que parasitam neste assunto, dizem que o guerreiro tem estresse pós-traumático, por isso ele bateu e matou. Mas o estresse pós-traumático não ocorre imediatamente após o retorno, mas depois de um certo tempo. Portanto, são necessários programas de treinamento, primeiramente dos psicólogos. São os psicólogos mais do que os médicos que devem lidar com esse diagnóstico. Além disso, nós não temos serviços sociais que devem ocupar-se com isto.
Certa vez, a convite de um dos canais de TV, eu participava várias vezes por semana, pela manhã. Eu falava o que acontecia em países normais, quando o marido ou o irmão retorna da frente. Isso era conhecido de antemão, ele retorna, ele não escapa. E já com antecedência o assistente social começa trabalhar com sua família. À esposa explicam, que o marido retorna, não como ele era quando foi. Não o torture se à noite, ele correr para seus antigos vizinhos da frente, porque lá eles criaram relações familiares. Dê umas palmadinhas no seu ombro e diga: "Sim, você tem o direito". Não o force a ir trabalhar no dia seguinte para procurar emprego, porque é preciso alimentar as crianças. Ele mudou, ele precisa voltar para você. A pessoa voltou - ela se afastou da família, da sociedade. Mas, para isso não precisa abrir sanatórios especiais para ex-veteranos. Isso é loucura. Eu já não falo sobre os custos gastos com isso. Este é o dinheiro do contribuinte ucraniano. O que está acontecendo? Os soldados são enviados ao sanatório, para iguais a ele. E eles bebem vodca, da manhã à noite. O estado deve se preparar para isso.
Serviços sociais existem, mas muito poucos. Este não é um problema de grande psiquiatria, é um problema de falta de participação social e psicológica. As pessoas sentir que retornaram ao seu próprio país, e não ao nosso país. Mas como eles podem sentir isso, se ele vem mas a mãe deve pagar pela eletricidade e outros serviços? Se ele não é necessário para ninguém? E alguns vizinhos ainda sussurram, "por que voltou, não precisava guerrear contra Putin". Há pessoas não apenas vilões, mas simplesmente tolas. Como o guerreiro pode ouvir tal coisa?
- O que você dirá sobre o suicídio infantil devido as redes sociais?
- Esta é outra história. As crianças não têm medo da morte. Elas acreditam que a vida é muito longa. Aqui eu não sou especialista, mas o que está acontecendo, - é influência. Portanto, quando uma menina com amiga, de mãos dadas, pulam do telhado, então pensa, que isto não é real, não seriamente.
- Isso pode ser considerado uma influência da internet?
- Provavelmente, internet também. Mas os suicídios existiam antes da internet.
- É possível acreditar em dados estatísticos, que frequentemente dizem, que temos cada quinta pessoa com doença mental?
- Não, não. Dizer isso, não é correto. Sim, temos muitos desvios. Por exemplo, alguém diz - durmo mal a noite. Isso é um desvio? E se me irrita uma criança ou uma mulher? Se eu tenho depressão? Mas minha depressão não se deve ao fato de ter uma depressão clínica e precisar ser hospitalizado. Mas ao fato de que eu fiquei sem trabalho e não posso alimentar minha família. Então, o que - é necessário internar-me num hospital psiquiátrico? É necessário procurar trabalho.
- Cerca de dez 10 -15 anos atrás veio minha colega, psiquiatra infantil do Reino Unido e eu a levei para ver um dos nossos hospitais. O departamento infantil localizava-se em três andares. Ela observou apenas o primeiro andar e me perguntou: "Eu não entendo, aqui há - epidemia esquizofrênica?" Isto não é epidemia, é simplesmente Maria Ivanivna do internato infantil que telefona para Maria Stepanivna do departamento de psiquiatria e pede aceitar cinco crianças. Elas não precisam ficar hospitalizadas. . As crianças podem ter desvios, ser um pouco doentes. No entanto, isto não significa que elas devem estar no hospital. Será que temos remédios para demência? Claro, que não. Com essas crianças devem trabalhar corretores especiais, psicólogos, mas psiquiatras -minimamente. O psiquiatra, preferencialmente infantil, deve diagnosticar (precisamente, se possível) e prescrever o que é necessário. Em continuação trabalham outros especialistas. Assim é organizado no mundo civilizado. Mas manter as crianças num hospital psiquiátrico é um - pecado. Exceto casos individuais.
Cerca de 200 mil pacientes passam pelo hospital psiquiátrico na Ucrânia, por ano. Em um país normal, a maioria deles deve ser tratada em ambulatório. Nós não podemos curar a esquizofrenia, mas com a ajuda do tratamento moderno com bons medicamentos, podemos aliviar a condição. Mas não há dinheiro para medicamentos. Portanto tratam, principalmente, com os primitivos. As farmácias têm medicamentos modernos, mas nem todas as famílias podem comprá-los por causa do alto custo.
Tradução: O. Kowaltschuk
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
Anotações de "Karatelh"
Montanhas de livros soviéticos em uma das casa bombardeadas de Donbas. Esta é a biblioteca de um antigo internato infantil.
Tyzhden ua, 22.09.2018
Darya Fedenko
Montanhas de livros soviéticos em uma das casas bombardeadas de Donbas. Esta é a biblioteca de um antigo internato infantil.
Literatura ideológica "sobre um país florescente e poderoso" que permaneceu em pó desde 2.014. Quando começaram os combates perto de Mariinka e Krasnogorivka, as crianças foram evacuadas. Levar os livros não houve tempo. Então a biblioteca abriu na frente. Os militares ucranianos inicialmente pensaram que os livros lhes seriam úteis. Tipo, você pode ler nos momentos de silêncio. Mas logo ficou claro que "sobre Lenin e sobre os pioneiros" ente os bombardeios não se quer pensar em nada. Com o que substituir este papel de lixo soviético? Obviamente, é necessária uma nova literatura ucraniana. Por estas razões Vladislav Yakushev, ex-oficial da 14 Brigada mecanizada, decidiu escrever seu próprio livro sobre a guerra atual, seus heróis e enviar às instituições educacionais de Mariinka, cuja unidade defendeu mais de um ano. E também às brigadas, que hoje estão na linha de frente.
Esbelto, alegre e sorridente. Vlad Yakushev sempre encontrava jornalistas com alegria. Ajudava fotografar, indicava os militares dispostos a dar entrevistas, e não escondia quais problemas hoje, os militares encontravam na frente. À guerra, o assessor de imprensa veio de publicações civis. Mas rapidamente dominou a terminologia militar e aprendeu manter um autômato e uma câmera quase ao mesmo tempo. Em suas fotos e vídeos de batalhas ferozes, você pode ver o que acontecia na frente. Lá, onde os jornalistas às vezes não eram permitidos. É verdade, que Vlad poderia pagar por sua fraqueza. Com ele não estavam satisfeitos.
Especialmente quando violava "questões pessoais". Por exemplo, o pagamento "dos milhares aos militares". O comando prometeu um pagamento extra por cada tanque danificado ou outra técnica. Principal - depois da batalha fotografar destroços e enviar relatório. Mas, quando os militares da 14ª
brigada mecanizada cumpriram todas as condições, descobriu-se que o dinheiro receber não era fácil. Depois de meses de peregrinação pela sede, Yanukovych decidiu "retirar o lixo da casa". Ele falou sobre promessas não cumpridas aos jornalistas e até Escreveu um post público. E recebeu dos amigos-irmãos ainda maior respeito, e do comando - exílio na retaguarda. Mas a autoridade e respeito da mídia não permitiu que Yanukovych ficasse afastado. Depois do escândalo, o ativo oficial da imprensa voltou para a frente. Aos combatentes pagaram parte do dinheiro pelo equipamento destruído, do inimigo.
E este não é o único caso. Graças a Yakushev, o público dos canais ucranianos sabia sobre os feridos e mortos. Ele esforçava-se para contar a história de cada ferido e morto. Era o escritor do novo exército ucraniano. Os rapazes brincavam, que o assessor de imprensa deve, sem falta, escrever sobre "guerra total, tolos e café." Foi o que aconteceu. Quando a 14ª brigada foi retirada da zona ATO, Yakushev desmobilizou-se e começou escrever o livro "Karatelh" - uma nova novela documental com uma linha de aguçado enredo, tragédias, decepções e heróis não inventados, que vivem ao nosso lado. Cinza, San Sanich-Furacão, Urso, Anão, Pastete, Volidol - todos estes são homens reais que se encontraram unidos na guerra por mais de um ano, dividiram o pão e munição. E também, juntos, compartilhavam a perda de amigos" - diz Vad Yakushev.
É muito difícil escrever os episódios em que os lutadores morrem. Para mim todas as mortes são muito difíceis para enfrentar. A pessoa já morreu, mas parecia-me que, enquanto eu ainda não tivesse escrito sobre isso, a pessoa ainda estava viva. E se eu escrever, a história do soldado terminará no livro, ele morrerá pela segunda vez, e isso é muito difícil. Às vezes, depois de escrever duas ou três páginas, não conseguia trabalhar por vários dias. Um dos tais momentos difíceis - tio Tolya Letzman, que morreu em "Bungalo" (14ª brigada do exército que por muito tempo manteve a posição, e que apelidaram de "Bungalo". Longas e fortes trincheiras levavam à casa de um andar, em que viviam pessoas pacíficas antes da guerra, e durante a guerra aqui se instalaram os defensores ucranianos. Os militares não lembram quem primeiro comparou a arquitetura da propriedade de Donbas com uma casa indiana tradicional - Red.). Então, do lado do inimigo, vieram os fuzileiros russos, que tentavam invadir nossas posições. Lotsman operava a metralhadora SSK. Acontecia uma batalha feroz. Quando eles iniciaram o ataque, tio Tolia realmente parou a ofensiva, destruiu muitos inimigos. Mas a bala entrou sob o capacete e feriu-o mortalmente. Tio Tolia lutou pela vida, no hospital, por duas semanas. Os m-édicos fizeram o seu melhor, mas não conseguiram salvá-lo, e essa é uma das histórias difíceis. Também muito triste para mim foi a história do tanquista. A máquina com militares fugia do fogo, serpeava entre as explosões e virou. O tanquista caiu fora dela. Morreu não dos estilhaços, não da explosão, mas porque foi jogado com muita força no campo de girassóis, no qual havia caules secos, que lhe furaram a cabeça. Uma perda muito difícil para todos nós..."
E cada uma dessas perdas, lembra Yakushev, significava, que na unidade havia menos pessoas, capazes de segurar a arma em suas mãos. Portanto, durante o dia, o assessor de imprensa guardava os jornalistas e, a noite, lado, com os soldados repelia os ataques de mercenários russos. A pequena cidade Mariinka, perto de Donetsk, tornou-se algo simbólico para eles. Os guerreiros reusavam-se entregar mesmo um pequeno pedaço de terra. Durante um ano vivendo na cidade, os militares conheceram os locais e compreenderam que nem todos percebiam os invasores hostis. Particularmente, com simpatia, Vlad e outros, falam sobre o dirigente da Casa de Criatividade de Mariinsky. Alina Kosse até tornou-se uma das heroínas dos "Karatelh".
No livro ela é, como na vida. É impossível inventá-la. Essa mulher é de incrível força e coragem. Sua "Casa de Criatividade da Criança" funcionou até mesmo durante a ocupação da Mariinka. Nela havia uma bandeira ucraniana hasteada, as crianças aprendiam poemas e versos ucranianos. Alina nos ajudava muito. Houve um momento que eu descrevi no livro, quando os voluntários vinham aos militares e eles precisavam ser levados para uma das posições - "Internato". Os objetos, que eram levados naquele ônibus, eram muito necessários aos rapazes. Durante o caminho havia disparos de balas de 12,7mm. Alina consultou os voluntários, eles arriscaram e foram ao encontro dos lutadores. Algumas balas atingiram o ônibus, mas eles trouxeram o que era necessário aos soldados. Ela é como nossa irmã! Em geral, Mariinka se tornou uma segunda cidade natal para mim. Primeiro - Lviv, segundo - Mariinka. Lá passei uma grande parte de minha vida. Vida no limite. Em Mariinka nós, os rapazes, tornamo-nos uma família, tornamo-nos próximos dos moradores desta linda cidade".
Foi aqui que Vlad decidiu organizar a primeira apresentação do livro recém-lançado. Além disso, ele conseguiu angariar fundos, para comprar 60 "Karatelh" para escolas e bibliotecas locais. Mais 80 livros ele transferiu para brigadas das Forças Armadas Ucranianas, que agora estão na linha de frente.
Esse é um tipo de biblioteca viva, não sobre guerra abstrata, mas sobre guerra real, a qual as crianças e adultos vêem todos os dias, com seus pró-próprios olhos.
"Karatelh" - é um nome irônico, assim nos chama propaganda russa. E eis que eu quis mostrar como, na verdade são esses "karateli". O livro é grande, contém muitas fotos interessantes. Primeira - combate com um gato. É André, exemplo vivo de "Karatelh". O gato ele recolheu na ATO e durante seu serviço não se separava dele, amava-o muito, cuidava, e depois levou-o para sua casa. Consta na foto quando nos retiravam da zona ATO.
a guerra me mudou? Não sei. Mas eu me tornei mais categórico. Anteriormente, eu conseguia fechar os olhos para algo, mesmo no trabalho de um jornalista. Mas agora eu não posso ir a alguma editora, porque compreendo, que lá há a influência de algum oligarca e eu terei que expressar não minha própria, mas a opinião dos outros. Portanto, eu me esforço para ser um jornalista independente e trabalho com freelancer. Comecei a olhar a vida de maneira diferente, dividi-la em coisas necessárias e não necessária. Se o trabalho é bem remunerado, mas eu não gosto, estou insatisfeito, procuro outro, agradável. Não me troco por ninharias. Casei-me depois da participação na guerra, também foi lógico, porque estabeleci os valores lógicos para mim. Família estava entre eles. Eu e a esposa somos amigos há muito tempo. Ela também é jornalista. Nós simpatizávamos muitos anos, mas por alguns motivos não fomos além. Depois de voltar da guerra, fiquei mais persistente. E agora eu tenho uma esposa que amo muito.
O jornalista Yakushev, antes da guerra, em seu tempo livre trabalhava com crianças. Ele ensinava Kickboxing em seções gratuitas. Quando foi à guerra, seus discípulos continuaram seu trabalho. Vlad não pôde ir ao exército. Ele nunca recebeu uma convocação durante a mobilização.
Em compensação, sozinho por várias vezes invadiu a máquina militar. Os coronéis, a princípio, não encontraram lugar, para um voluntário, no exército. Mas em 2015, quando Yakushev já estava decidido para inscrever-se, pelo menos no "Setor Direito", ele recebeu uma oferta para assessor de imprensa em uma das brigadas. Ele, apenas perguntou, qual divisão já havia ido para a guerra, e isso determinou seu destino. Hoje, o homem revive tudo o que havia na frente com ele e seus amigos. Durante a apresentação descreve emocionalmente a vida e a luta dos heróis ucranianos. Ele assegura que não escreverá um segundo livro sobre a guerra. Melhor escrever sobre aventuras e viagens, Porque tem certeza de que as pessoas não gostam ler sobre sofrimento. Embora valha a pena saber o que passam os homens, filhos e pais, nas trincheiras..
Tradução e postagens, O. Kowaltschuk.
Montanhas de livros soviéticos em uma das casa bombardeadas de Donbas. Esta é a biblioteca de um antigo internato infantil.
Tyzhden ua, 22.09.2018
Darya Fedenko
Montanhas de livros soviéticos em uma das casas bombardeadas de Donbas. Esta é a biblioteca de um antigo internato infantil.
Literatura ideológica "sobre um país florescente e poderoso" que permaneceu em pó desde 2.014. Quando começaram os combates perto de Mariinka e Krasnogorivka, as crianças foram evacuadas. Levar os livros não houve tempo. Então a biblioteca abriu na frente. Os militares ucranianos inicialmente pensaram que os livros lhes seriam úteis. Tipo, você pode ler nos momentos de silêncio. Mas logo ficou claro que "sobre Lenin e sobre os pioneiros" ente os bombardeios não se quer pensar em nada. Com o que substituir este papel de lixo soviético? Obviamente, é necessária uma nova literatura ucraniana. Por estas razões Vladislav Yakushev, ex-oficial da 14 Brigada mecanizada, decidiu escrever seu próprio livro sobre a guerra atual, seus heróis e enviar às instituições educacionais de Mariinka, cuja unidade defendeu mais de um ano. E também às brigadas, que hoje estão na linha de frente.
Esbelto, alegre e sorridente. Vlad Yakushev sempre encontrava jornalistas com alegria. Ajudava fotografar, indicava os militares dispostos a dar entrevistas, e não escondia quais problemas hoje, os militares encontravam na frente. À guerra, o assessor de imprensa veio de publicações civis. Mas rapidamente dominou a terminologia militar e aprendeu manter um autômato e uma câmera quase ao mesmo tempo. Em suas fotos e vídeos de batalhas ferozes, você pode ver o que acontecia na frente. Lá, onde os jornalistas às vezes não eram permitidos. É verdade, que Vlad poderia pagar por sua fraqueza. Com ele não estavam satisfeitos.
Especialmente quando violava "questões pessoais". Por exemplo, o pagamento "dos milhares aos militares". O comando prometeu um pagamento extra por cada tanque danificado ou outra técnica. Principal - depois da batalha fotografar destroços e enviar relatório. Mas, quando os militares da 14ª
brigada mecanizada cumpriram todas as condições, descobriu-se que o dinheiro receber não era fácil. Depois de meses de peregrinação pela sede, Yanukovych decidiu "retirar o lixo da casa". Ele falou sobre promessas não cumpridas aos jornalistas e até Escreveu um post público. E recebeu dos amigos-irmãos ainda maior respeito, e do comando - exílio na retaguarda. Mas a autoridade e respeito da mídia não permitiu que Yanukovych ficasse afastado. Depois do escândalo, o ativo oficial da imprensa voltou para a frente. Aos combatentes pagaram parte do dinheiro pelo equipamento destruído, do inimigo.
E este não é o único caso. Graças a Yakushev, o público dos canais ucranianos sabia sobre os feridos e mortos. Ele esforçava-se para contar a história de cada ferido e morto. Era o escritor do novo exército ucraniano. Os rapazes brincavam, que o assessor de imprensa deve, sem falta, escrever sobre "guerra total, tolos e café." Foi o que aconteceu. Quando a 14ª brigada foi retirada da zona ATO, Yakushev desmobilizou-se e começou escrever o livro "Karatelh" - uma nova novela documental com uma linha de aguçado enredo, tragédias, decepções e heróis não inventados, que vivem ao nosso lado. Cinza, San Sanich-Furacão, Urso, Anão, Pastete, Volidol - todos estes são homens reais que se encontraram unidos na guerra por mais de um ano, dividiram o pão e munição. E também, juntos, compartilhavam a perda de amigos" - diz Vad Yakushev.
É muito difícil escrever os episódios em que os lutadores morrem. Para mim todas as mortes são muito difíceis para enfrentar. A pessoa já morreu, mas parecia-me que, enquanto eu ainda não tivesse escrito sobre isso, a pessoa ainda estava viva. E se eu escrever, a história do soldado terminará no livro, ele morrerá pela segunda vez, e isso é muito difícil. Às vezes, depois de escrever duas ou três páginas, não conseguia trabalhar por vários dias. Um dos tais momentos difíceis - tio Tolya Letzman, que morreu em "Bungalo" (14ª brigada do exército que por muito tempo manteve a posição, e que apelidaram de "Bungalo". Longas e fortes trincheiras levavam à casa de um andar, em que viviam pessoas pacíficas antes da guerra, e durante a guerra aqui se instalaram os defensores ucranianos. Os militares não lembram quem primeiro comparou a arquitetura da propriedade de Donbas com uma casa indiana tradicional - Red.). Então, do lado do inimigo, vieram os fuzileiros russos, que tentavam invadir nossas posições. Lotsman operava a metralhadora SSK. Acontecia uma batalha feroz. Quando eles iniciaram o ataque, tio Tolia realmente parou a ofensiva, destruiu muitos inimigos. Mas a bala entrou sob o capacete e feriu-o mortalmente. Tio Tolia lutou pela vida, no hospital, por duas semanas. Os m-édicos fizeram o seu melhor, mas não conseguiram salvá-lo, e essa é uma das histórias difíceis. Também muito triste para mim foi a história do tanquista. A máquina com militares fugia do fogo, serpeava entre as explosões e virou. O tanquista caiu fora dela. Morreu não dos estilhaços, não da explosão, mas porque foi jogado com muita força no campo de girassóis, no qual havia caules secos, que lhe furaram a cabeça. Uma perda muito difícil para todos nós..."
E cada uma dessas perdas, lembra Yakushev, significava, que na unidade havia menos pessoas, capazes de segurar a arma em suas mãos. Portanto, durante o dia, o assessor de imprensa guardava os jornalistas e, a noite, lado, com os soldados repelia os ataques de mercenários russos. A pequena cidade Mariinka, perto de Donetsk, tornou-se algo simbólico para eles. Os guerreiros reusavam-se entregar mesmo um pequeno pedaço de terra. Durante um ano vivendo na cidade, os militares conheceram os locais e compreenderam que nem todos percebiam os invasores hostis. Particularmente, com simpatia, Vlad e outros, falam sobre o dirigente da Casa de Criatividade de Mariinsky. Alina Kosse até tornou-se uma das heroínas dos "Karatelh".
No livro ela é, como na vida. É impossível inventá-la. Essa mulher é de incrível força e coragem. Sua "Casa de Criatividade da Criança" funcionou até mesmo durante a ocupação da Mariinka. Nela havia uma bandeira ucraniana hasteada, as crianças aprendiam poemas e versos ucranianos. Alina nos ajudava muito. Houve um momento que eu descrevi no livro, quando os voluntários vinham aos militares e eles precisavam ser levados para uma das posições - "Internato". Os objetos, que eram levados naquele ônibus, eram muito necessários aos rapazes. Durante o caminho havia disparos de balas de 12,7mm. Alina consultou os voluntários, eles arriscaram e foram ao encontro dos lutadores. Algumas balas atingiram o ônibus, mas eles trouxeram o que era necessário aos soldados. Ela é como nossa irmã! Em geral, Mariinka se tornou uma segunda cidade natal para mim. Primeiro - Lviv, segundo - Mariinka. Lá passei uma grande parte de minha vida. Vida no limite. Em Mariinka nós, os rapazes, tornamo-nos uma família, tornamo-nos próximos dos moradores desta linda cidade".
Foi aqui que Vlad decidiu organizar a primeira apresentação do livro recém-lançado. Além disso, ele conseguiu angariar fundos, para comprar 60 "Karatelh" para escolas e bibliotecas locais. Mais 80 livros ele transferiu para brigadas das Forças Armadas Ucranianas, que agora estão na linha de frente.
Esse é um tipo de biblioteca viva, não sobre guerra abstrata, mas sobre guerra real, a qual as crianças e adultos vêem todos os dias, com seus pró-próprios olhos.
"Karatelh" - é um nome irônico, assim nos chama propaganda russa. E eis que eu quis mostrar como, na verdade são esses "karateli". O livro é grande, contém muitas fotos interessantes. Primeira - combate com um gato. É André, exemplo vivo de "Karatelh". O gato ele recolheu na ATO e durante seu serviço não se separava dele, amava-o muito, cuidava, e depois levou-o para sua casa. Consta na foto quando nos retiravam da zona ATO.
a guerra me mudou? Não sei. Mas eu me tornei mais categórico. Anteriormente, eu conseguia fechar os olhos para algo, mesmo no trabalho de um jornalista. Mas agora eu não posso ir a alguma editora, porque compreendo, que lá há a influência de algum oligarca e eu terei que expressar não minha própria, mas a opinião dos outros. Portanto, eu me esforço para ser um jornalista independente e trabalho com freelancer. Comecei a olhar a vida de maneira diferente, dividi-la em coisas necessárias e não necessária. Se o trabalho é bem remunerado, mas eu não gosto, estou insatisfeito, procuro outro, agradável. Não me troco por ninharias. Casei-me depois da participação na guerra, também foi lógico, porque estabeleci os valores lógicos para mim. Família estava entre eles. Eu e a esposa somos amigos há muito tempo. Ela também é jornalista. Nós simpatizávamos muitos anos, mas por alguns motivos não fomos além. Depois de voltar da guerra, fiquei mais persistente. E agora eu tenho uma esposa que amo muito.
O jornalista Yakushev, antes da guerra, em seu tempo livre trabalhava com crianças. Ele ensinava Kickboxing em seções gratuitas. Quando foi à guerra, seus discípulos continuaram seu trabalho. Vlad não pôde ir ao exército. Ele nunca recebeu uma convocação durante a mobilização.
Em compensação, sozinho por várias vezes invadiu a máquina militar. Os coronéis, a princípio, não encontraram lugar, para um voluntário, no exército. Mas em 2015, quando Yakushev já estava decidido para inscrever-se, pelo menos no "Setor Direito", ele recebeu uma oferta para assessor de imprensa em uma das brigadas. Ele, apenas perguntou, qual divisão já havia ido para a guerra, e isso determinou seu destino. Hoje, o homem revive tudo o que havia na frente com ele e seus amigos. Durante a apresentação descreve emocionalmente a vida e a luta dos heróis ucranianos. Ele assegura que não escreverá um segundo livro sobre a guerra. Melhor escrever sobre aventuras e viagens, Porque tem certeza de que as pessoas não gostam ler sobre sofrimento. Embora valha a pena saber o que passam os homens, filhos e pais, nas trincheiras..
Tradução e postagens, O. Kowaltschuk.
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
Explosões e impunidade.
Thyzden ua (Semana ucraniana), 11.10.2018
Stanislav Kozlyuk
Na noite de 9 de outubro, Ucrânia perdeu mais um depósito de munições. Cerca das três e meia, na região de Tchernivtsi, próximo da cidade Ichnia começou a explosão. Centenas de conchas caíram nas aldeias e campos ao redor. Em poucas horas mais de 12 (doze) mil pessoas foram evacuadas da área. A tragédia repetiu-se novamente.
Segundo informações oficiais do Ministério da Defesa da Ucrânia, cerca de 40 (quarenta) mil toneladas de munição foram armazenados nos armazéns. Ao mesmo tempo, a mídia ucraniana relatou o dobro - 88 mil toneladas, no entanto não há confirmação. O território dentro de um raio de 16 km do epicentro das explosões declararam como área de extraordinária emergência. Num raio de 20 km, o espaço aéreo foi fechado para voos. Suspenderam o movimento de transporte ferroviário e rodoviário. Temporariamente bloquearam o movimento nas estradas de importância nacional. Nas primeiras horas da intensidade havia 2 - 3 explosões por segundo. Na área de risco havia 20 mil pessoas. Nas aldeias e cidades adjacentes à zona do desastre começaram acolher refugiados. Poucas horas após o início do incêndio, polícia, equipes de resgate, bem como voluntários trabalharam dentro e ao redor de Ichnia. Milagrosamente não houve mortos nem feridos.
Sobre os riscos nos armazéns militares de Ichnia falavam no ano passado, após a tragédia em Kalenivka (região de Vinnytsia). Então, voluntários, ativistas e jornalistas escreveram sobre problemas com esconderijos de munições e contavam os maiores deles. Foi enfatizado que esses objetos poderiam se tornar os próximos alvos de sabotagem em potencial. Embora, meio ano antes das explosões de granadas de artilharia em Kalenivka houve uma tragédia em Balaklia (região de Kharkiv). E em 2015, uma história semelhante aconteceu em Svatov na região de Lugansk. Cada vez que o promotor militar abria o processo criminal, seu chefe Anatoly Matias fazia declarações mas os perpetradores não foram punidos.
Digamos que, 2015, após os atentados em Svatov, foram abertos procedimentos sob o artigo "Terrorismo". No entanto, mais tarde falaram sobre negligência oficial. Até mesmo tentaram condenar o major Alexander Litvinenko que, supostamente, era chefe do estoque militar de munições de Svatov. No entanto, já no Tribunal ficou claro que o oficial estava encarregado apenas de receber e entregar as munições, mas não o seu armazenamento.
Em 2017, após a destruição de Balakliya, Matios alegou que o incêndio nos armazéns militares na região de Kharkiv poderia ter começado como resultado de sabotagem. No entanto, um ano depois desta história, falar sobre uma investigação bem-sucedida não tem sentido. Situação semelhante com explosões em Kalenivka: o gabinete do promotor abriu uma investigação criminal sobre sabotagem. E, já em 2018, o procurador geral Yuriy Lutsenko disse que os armazéns violaram todas as possíveis regras de segurança. Ele até falou em planos para levar à justiça dezenas de funcionários. Mas até agora não aconteceu.
ESTA VEZ AS EXPLOSÕES NÃO OCORREREM AO LADO DAS ZONAS DO CONFLITO, MAS A 180 KM DE KYIV. SE PONDERAR SOBRE A GUERRA HIBRIDA, QUE OCORRE TAMBÉM NO ESPAÇO INFORMATIVO, O EFEITO DE TAL ACONTECIMENTO É IMPORTANTÍSSIMO: ENTRE A POPULAÇÃO LOCAL ESPALHAM-SE NOTÍCIAS E PÂNICO. O PODER É DESACREDITADO E FRACO.
Agora região de Chernihiv. 2018. Ichnia. O Serviço de Segurança da Ucrânia declarou que está verificando as três versões de incêndio nos armazéns: sabotagem, violação, regras de segurança contra incêndio ou armazenamento de munição, incêndio (premeditado). No entanto, dada a experiência anterior de investigação, há dúvidas de que os perpetradores da tragédia serão punidos.
No entanto, pode-se constatar que os objetos de infraestrutura militar é crítica - armazéns militares - ainda não estão protegidos. Apesar de todas as garantias dos funcionários, não há garantia de que a tragédia não se repetirá no futuro. Principalmente, porque desta vez as bombas não explodirão perto da área de combate, mas a 180 km de Kyiv. Se levarmos em conta a guerra hibrida, que ocorre no espaço da informação, o efeito de tal evento é enorme: há rumores e pânico entre a população. As autoridades estão novamente desacreditadas e impotentes.
É claro, ao lado das explosões montam uma sede operacional, que deve coordenar o trabalho das forças de segurança, médicos e equipes de resgate. As primeiras pessoas do estado devem aparecer por lá, para mostrar que tudo está sob controle. Ou o presidente Petro Poroshenko, então o primeiro-ministro, ou o primeiro-ministro Volodymyr Groisman. Claro, em 20 km da cidade pode-se reunir milhares de resgate e um monte de equipamentos. Mas isto já é trabalho para foto. Com as consequências, não com os motivos.
Parece que as conclusões de tais tragédias são feitas apenas por equipes de resgate e ativistas. E de explosões a explosões em depósitos de munições, qualidades e coordenação em seu trabalho apenas aumenta. Por exemplo, em 2017, os centros de evacuação em Balaklia começaram trabalhar na maioria, espontaneamente: de acordo com os chefes de conselhos de aldeia, eles resolveram a questão de acomodar os refugiados por conta própria e imediatamente no local. Em 2018 os salva-vidas já tinham um plano de ação de emergência: foi feito um recenseamento da população local, conhecido o número de pessoas que podem sair sozinhas, o número de pessoas que precisam ser retiradas, o número de casas na zona de afecção, pontos de recepção de refugiados em diferentes assentamentos, etc. E os ativistas com os voluntários, tradicionalmente e prontamente agiram: nas primeiras horas após o início do incêndio, as pessoas em seus carros já estavam nos armazéns de munição e estavam prontas para levar as pessoas afetadas para bairros relativamente seguros. Os representantes de movimentos nacionalistas fizeram patrulhamento da cidade e evacuaram os moradores locais. Ao mesmo tempo, o trabalho da polícia deixou muito a desejar: as forças de segurança bloquearam a estrada principal para os armazéns militares, mas em algumas menores direções, que levavam diretamente aos incêndios, não havia um único (!) policial, guarda ou militar.
Se voltar ao tema da responsabilidade, então no fundo desses eventos é especialmente selvagem a próxima notícia. Na véspera das explosões em Ichnia, o Tribunal de Recursos decidiu retornar ao posto o chefe de armazenamento de armas nos armazéns militares em Balaklyia. Além disso, Justiça decidiu, que ao homem devem calcular o pagamento pelo período em que ele esteve afastado. Apesar dos protestos do Estado Maior e do Ministério da Defesa, o Tribunal anotou, que não recebeu os materiais da investigação oficial e sem eles era impossível estabelecer que as ações ou omissões do dito líder levaram a um incêndio, explosões e destruição.
Justamente porque, quatro depósitos de munições foram quase completamente perdidos, há mais de uma dezena de grandes depósitos, que precisam ser preservados. Para protegê-los de possíveis sabotagem das "mãos de Moscou", que gostam de mencionar os funcionários ucranianos, ou da usual e problemática negligência. No entanto, isso é extremamente necessário. Não apenas para preservar a imagem das autoridades. Em primeiro lugar por causa da tranqüilidade local. Para que as pessoas não vivam com a sensação de estarem sentadas sobre a pólvora, que pode explodir qualquer dia.
Tradução e postagem: O. Kowaltschuk
Thyzden ua (Semana ucraniana), 11.10.2018
Stanislav Kozlyuk
Na noite de 9 de outubro, Ucrânia perdeu mais um depósito de munições. Cerca das três e meia, na região de Tchernivtsi, próximo da cidade Ichnia começou a explosão. Centenas de conchas caíram nas aldeias e campos ao redor. Em poucas horas mais de 12 (doze) mil pessoas foram evacuadas da área. A tragédia repetiu-se novamente.
Segundo informações oficiais do Ministério da Defesa da Ucrânia, cerca de 40 (quarenta) mil toneladas de munição foram armazenados nos armazéns. Ao mesmo tempo, a mídia ucraniana relatou o dobro - 88 mil toneladas, no entanto não há confirmação. O território dentro de um raio de 16 km do epicentro das explosões declararam como área de extraordinária emergência. Num raio de 20 km, o espaço aéreo foi fechado para voos. Suspenderam o movimento de transporte ferroviário e rodoviário. Temporariamente bloquearam o movimento nas estradas de importância nacional. Nas primeiras horas da intensidade havia 2 - 3 explosões por segundo. Na área de risco havia 20 mil pessoas. Nas aldeias e cidades adjacentes à zona do desastre começaram acolher refugiados. Poucas horas após o início do incêndio, polícia, equipes de resgate, bem como voluntários trabalharam dentro e ao redor de Ichnia. Milagrosamente não houve mortos nem feridos.
Sobre os riscos nos armazéns militares de Ichnia falavam no ano passado, após a tragédia em Kalenivka (região de Vinnytsia). Então, voluntários, ativistas e jornalistas escreveram sobre problemas com esconderijos de munições e contavam os maiores deles. Foi enfatizado que esses objetos poderiam se tornar os próximos alvos de sabotagem em potencial. Embora, meio ano antes das explosões de granadas de artilharia em Kalenivka houve uma tragédia em Balaklia (região de Kharkiv). E em 2015, uma história semelhante aconteceu em Svatov na região de Lugansk. Cada vez que o promotor militar abria o processo criminal, seu chefe Anatoly Matias fazia declarações mas os perpetradores não foram punidos.
Digamos que, 2015, após os atentados em Svatov, foram abertos procedimentos sob o artigo "Terrorismo". No entanto, mais tarde falaram sobre negligência oficial. Até mesmo tentaram condenar o major Alexander Litvinenko que, supostamente, era chefe do estoque militar de munições de Svatov. No entanto, já no Tribunal ficou claro que o oficial estava encarregado apenas de receber e entregar as munições, mas não o seu armazenamento.
Em 2017, após a destruição de Balakliya, Matios alegou que o incêndio nos armazéns militares na região de Kharkiv poderia ter começado como resultado de sabotagem. No entanto, um ano depois desta história, falar sobre uma investigação bem-sucedida não tem sentido. Situação semelhante com explosões em Kalenivka: o gabinete do promotor abriu uma investigação criminal sobre sabotagem. E, já em 2018, o procurador geral Yuriy Lutsenko disse que os armazéns violaram todas as possíveis regras de segurança. Ele até falou em planos para levar à justiça dezenas de funcionários. Mas até agora não aconteceu.
ESTA VEZ AS EXPLOSÕES NÃO OCORREREM AO LADO DAS ZONAS DO CONFLITO, MAS A 180 KM DE KYIV. SE PONDERAR SOBRE A GUERRA HIBRIDA, QUE OCORRE TAMBÉM NO ESPAÇO INFORMATIVO, O EFEITO DE TAL ACONTECIMENTO É IMPORTANTÍSSIMO: ENTRE A POPULAÇÃO LOCAL ESPALHAM-SE NOTÍCIAS E PÂNICO. O PODER É DESACREDITADO E FRACO.
Agora região de Chernihiv. 2018. Ichnia. O Serviço de Segurança da Ucrânia declarou que está verificando as três versões de incêndio nos armazéns: sabotagem, violação, regras de segurança contra incêndio ou armazenamento de munição, incêndio (premeditado). No entanto, dada a experiência anterior de investigação, há dúvidas de que os perpetradores da tragédia serão punidos.
No entanto, pode-se constatar que os objetos de infraestrutura militar é crítica - armazéns militares - ainda não estão protegidos. Apesar de todas as garantias dos funcionários, não há garantia de que a tragédia não se repetirá no futuro. Principalmente, porque desta vez as bombas não explodirão perto da área de combate, mas a 180 km de Kyiv. Se levarmos em conta a guerra hibrida, que ocorre no espaço da informação, o efeito de tal evento é enorme: há rumores e pânico entre a população. As autoridades estão novamente desacreditadas e impotentes.
É claro, ao lado das explosões montam uma sede operacional, que deve coordenar o trabalho das forças de segurança, médicos e equipes de resgate. As primeiras pessoas do estado devem aparecer por lá, para mostrar que tudo está sob controle. Ou o presidente Petro Poroshenko, então o primeiro-ministro, ou o primeiro-ministro Volodymyr Groisman. Claro, em 20 km da cidade pode-se reunir milhares de resgate e um monte de equipamentos. Mas isto já é trabalho para foto. Com as consequências, não com os motivos.
Parece que as conclusões de tais tragédias são feitas apenas por equipes de resgate e ativistas. E de explosões a explosões em depósitos de munições, qualidades e coordenação em seu trabalho apenas aumenta. Por exemplo, em 2017, os centros de evacuação em Balaklia começaram trabalhar na maioria, espontaneamente: de acordo com os chefes de conselhos de aldeia, eles resolveram a questão de acomodar os refugiados por conta própria e imediatamente no local. Em 2018 os salva-vidas já tinham um plano de ação de emergência: foi feito um recenseamento da população local, conhecido o número de pessoas que podem sair sozinhas, o número de pessoas que precisam ser retiradas, o número de casas na zona de afecção, pontos de recepção de refugiados em diferentes assentamentos, etc. E os ativistas com os voluntários, tradicionalmente e prontamente agiram: nas primeiras horas após o início do incêndio, as pessoas em seus carros já estavam nos armazéns de munição e estavam prontas para levar as pessoas afetadas para bairros relativamente seguros. Os representantes de movimentos nacionalistas fizeram patrulhamento da cidade e evacuaram os moradores locais. Ao mesmo tempo, o trabalho da polícia deixou muito a desejar: as forças de segurança bloquearam a estrada principal para os armazéns militares, mas em algumas menores direções, que levavam diretamente aos incêndios, não havia um único (!) policial, guarda ou militar.
Se voltar ao tema da responsabilidade, então no fundo desses eventos é especialmente selvagem a próxima notícia. Na véspera das explosões em Ichnia, o Tribunal de Recursos decidiu retornar ao posto o chefe de armazenamento de armas nos armazéns militares em Balaklyia. Além disso, Justiça decidiu, que ao homem devem calcular o pagamento pelo período em que ele esteve afastado. Apesar dos protestos do Estado Maior e do Ministério da Defesa, o Tribunal anotou, que não recebeu os materiais da investigação oficial e sem eles era impossível estabelecer que as ações ou omissões do dito líder levaram a um incêndio, explosões e destruição.
Justamente porque, quatro depósitos de munições foram quase completamente perdidos, há mais de uma dezena de grandes depósitos, que precisam ser preservados. Para protegê-los de possíveis sabotagem das "mãos de Moscou", que gostam de mencionar os funcionários ucranianos, ou da usual e problemática negligência. No entanto, isso é extremamente necessário. Não apenas para preservar a imagem das autoridades. Em primeiro lugar por causa da tranqüilidade local. Para que as pessoas não vivam com a sensação de estarem sentadas sobre a pólvora, que pode explodir qualquer dia.
Tradução e postagem: O. Kowaltschuk
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