Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 26.11.2018
Ivan Farion
Sobre eventos sangrentos no Estreito de Kerch e reação a eles na Rússia, possível desenvolvimento da situação, o correspondente do "Castelo Alto" comunicou-se com o correspondente da agência UNIAN em Moscou, Roman Tsimbalyuk.
Roman Tsembaliuk
O uso da força de domingo pode estar ligado ao fortalecimento do curso da Ucrânia à OTAN, com a outorga do Decreto, com as derrotas do "Gazprom", fiasco da Rússia na eleição do diretor da Interpol?...
- Sim, o nível de insatisfação com a Ucrânia, na Rússia cresce. Inclusive - por causa dos eventos que você mencionou. Em Moscou frequentemente choramingam, que a Ucrânia há muitas vitórias nas frentes diplomáticas e judiciais. E, no entanto, eu distinguiria esses assuntos. Com suas últimas ações no Estreito de Kerch os russos tentam demonstrar, que são os únicos governantes do Mar de Azov e do estreito de Kerch. é muito engraçado, quando os altos funcionários russos apoiam-se no acordo sobre o Mar de Azov, assinado com Ucrânia. Lá diz, que tanto o Mar de Azov quanto o Estreito de Kerch - é um mar comum. Mas usá-lo, os russos querem sozinhos.
- A mídia russa aumenta a tensão, que Poroshenko introduz uma condição de guerra, para melhorar sua classificação, para adiar as eleições presidenciais. E, se temem no Kremlin uma mobilização ainda maior da sociedade ucraniana, a disseminação do sentimento anti-russo?
- A liderança russa percebe Ucrânia como um "projeto anti-russo concluído", sobre isso ressoam declarações públicas. Mesmo a maioria dos analistas russos, que têm pelo menos alguma inteligência, dizem que, independentemente dos resultados das eleições, o curso da Ucrânia à OTAN não vai mudar. Porque é uma maneira não-alternativa para os ucranianos, para sua sobrevivência na vizinhança com a Rússia. Mas na avaliação da Polícia Nacional, no Estreito de Kerch, esses especialistas tentam mudar a ênfase. Dizem que "Poroshenko é mau", e o ataque militar aos navios ucranianos não é assunto de primeira importância. Embora tenha sido este problema que levou ao surgimento da decisão do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia sobre a introdução de uma lei marcial.
- Há na Rússia forças sóbrias, que instam com Putin a não cruzar a "linha vermelha" nas relações com Ucrânia?
- Pensar nessas categorias para ucranianos - é o mais perigoso. Nós precisamos ter consciência que, do ponto de vista da Ucrânia, não há "bons russos" para Ucrânia. Independentemente de suas crenças políticas, de sua simpatia ou antipatia por Putin, quanto a anexação da Criméia, sua posição é firme. Aqueles que consideram a anexação da península ucraniana como um crime contra a humanidade são, de fato, marginais na Rússia. Eles não podem, de forma alguma, influenciar o curso que Kremlin incorpora. Se em 2014 muitos russos chegaram ao protesto e gritaram: "Não - a guerra com Ucrânia!" Agora, para tais ações podem chegar unidades para toda Rússia.
- Se poderá agora Kremlin"vitimizado" com vitória atrever-se na mais ampla agressão contra Kyiv?
- Espero que, a tal passo, Moscou não ouse. Sim. capturar no mar três navios ucranianos aos russos foi simples. Esses navios não possuíam mísseis, eles foram designados para patrulhar a área marinha e podiam, apenas, parar os barcos de pesca. Impressionar os poderosos navios russos, nós não temos tal possibilidade. Mas se tivermos a possibilidade de resistência na parte terrestre - nossas oportunidades são muito melhores. Todos compreendem que as perdas dos russos, se eles nos atacarem na terra, serão enormes. Obviamente, Kremlin continuará mantendo a fase "semi-volátil" no Donbas, mas à ofensiva não irá. Figurativamente falando, apenas armas carregadas e pó seco podem nos dar algumas garantias de que os russos não nos atacarão mais. No segmento diplomático, é possível contar com o apoio do mundo. Mas a prática mostra: quando se trata de resistência armada, nós ficamos com o nosso inimigo por conta própria...
Tradução: O. Kowaltschuk
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