segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Os agressores não escondiam suas intenções de capturar navios ucranianos.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 2611.2018

O escritório editorial do portal LIGA Net recebeu gravações em áudio, de conversas entre marinheiros ucranianos e russos no Estreito de Kerch, quando, na noite de ontem, os agressores atiraram e capturaram três navios ucranianos.

Surgiram informações sobre os soldados ucranianos feridos, tomados pela Rússia no Estreito de Kerch, no portal ucraniano, segundo mídia russa.

Nas instituições médicas da Crimeia encontram-se: Andriy A. Artemenko (nascido em 31.03.1994 em Novoukrainka; Vasyl Soroka (nascido em 11.04.1991 em Odessa);Andrey Ayer Dmitrievich (nascido em 20 de dezembro de 1999, em Odessa).

Na rede social, o Facebook registrou estes perfis. Ayer e Artemenko indicam que moram em Odessa, publicam fotos em uniforme militar contra o pano de fundo de navios de guerra.
Artemenko também escreve que trabalha nas Forças Navais da Ucrânia. (Informações de meios de comunicação Social Russa).

O canal de propaganda controlado pelos invasores, no Telegram War Gonzo informa que os marinheiros ucranianos, durante o assalto, resistiram aos invasores russos e, depois da captura, não mantêm contato com o agressor.

Segundo Forças Navais das Forças Armadas da Ucrânia, os russos apreenderam três navios ucranianos no estreito de Kerch e feriram 6 (seis) soldados ucranianos.

Ao mesmo tempo, os russos dizem que "receberam ferimentos" leves três militares ucranianos, sua condição é estável.

Lembramos que em 25 de novembro, as forças navais das Forças Armadas da Ucrânia informaram, que na região do Mar Negro do Estreito de Kerch, guardas de fronteira russos abriram fogo contra o navio da Marinha Ucraniana.

Durante a reunião do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, o chefe do Estado Maior, Viktor Muzhenko, disse que, em média, 23 pessoas estavam nos navios ucranianos. O destino dos marinheiros dos navios das Forças Armadas, que foram capturados pelos serviços russos, é desconhecido para Ucrânia.

De acordo com os resultados da reunião do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, o presidente Poroshenko pediu para considerar a decisão de introdução de uma lei marcial na Ucrânia, em uma reunião extraordinária na segunda-feira.

Em conexão com a situação no Mar de Azov, as Forças Armadas da Ucrânia entraram em completa prontidão de combate.

O Mar de Azov e o Estreito de Kerch, historicamente são águas interiores da Ucrânia e da Federação Russa consagradas no respectivo acordo entre os estados desde 2003.

Em dez províncias introduzem o Estado de Guerra.
Ukrainska Pravda (Verdade Ucraniana), 26.11.2018.

Verkhovna Rada (Parlamento) confirmou o decreto do presidente Petro Poroshenko sobre a introdução do estado de guerra a partir de 28 de novembro. A favor votaram 276 deputados.

Em seu discurso ao Conselho Poroshenko explicou que a introdução do estado de guerra será apenas nas áreas ao longo da fronteira russa, na fronteira da Moldávia e a beira do Mar Negro e do mar de Azov. entram as regiões de Odessa, Nikolaev, Kherson, Zaporozhye, Lugansk, Donetsk, Sumy, Kharkiv, Chernihiv, Vinnytsia.

O estado militar será introduzido às 9:00 horas de 28 de novembro e vai durar 30 dias, até 27 de dezembro.
Ao mesmo tempo, o presidente ressaltou que o governo não vai limitar os direitos dos cidadãos, exceto no caso de agressão militar russa no solo.
Ele também assegurou que não pretende adiar as eleições, e pensa apresentar um projeto de decisão sobre a data das eleições parlamentares - 31 de março de 2019.

O estado militar ao presidente foi proposto pelo Conselho de Segurança e Defesa Nacional, por causa do ataque da Rússia ao Mar Negro, que terminou com a captura de 3 (três) navios ucranianos e 23 marinheiros.

A decisão do Conselho de Segurança e Defesa Nacional contém 12 artigos, o último é secreto.

Um dos guardas ucranianos de fronteira, feridos no estreito de Kerch, está em estado crítico. Ao todos, são seis os feridos, três gravemente.

Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Polônia, Suécia e Países Baixos manifestaram apoio à Ucrânia. Representantes desses países concordaram que as tropas russas violaram a lei internacional atacando e capturando navios ucranianos no Estreito de Kerch. Eles também lembraram que este incidente ocorreu no contexto da anexação ilegal da Criméia pela Rússia.

Ao mesmo tempo, o segundo grupo de países da União Soviética não culpou Rússia.

China, Costa do Marfim, Cazaquistão, Bolívia, Peru, Kuwait, Etiópia e Guine Equatorial pediram a ambos os lados que evitassem a escalada do conflito e cumprissem os acordos de Minsk.

Tradução: O. Kowaltschuk 







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