segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Varsóvia disparou do canhão em um pardal - mídia polonesa sobre a escalada do conflito polonês - ukrainiano.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 11.11.2017
Yuriy Savitsky


Varsóvia - Uma disputa entre Varsóvia e Kyiv sobre história é um absurdo que abalou a maturidade das elites políticas de ambos os países. 
Antracite de hoje parte de Donbas, agora não controlado pela Ukraina, é direcionado não apenas para Polônia mas, no mínimo, a cinco países da União Européia. Na comissão nacional ukrainiana que realiza a regulamentação estadual na esfera de energia e serviços comunais (NKREKP) sua influência desejam reforçar os grupos oligárquicos, então com a questão devem interessar-se os jornalistas. Nestes temas relacionados com Ukraina, dirigem sua atenção os meios de comunicação poloneses.

"Pontes chamejantes" - sob tal significativo título, a revista Nova Europa Wschodnia publicou um artigo de Michal Pototcki sobre o aprofundamento do conflito polonês-ukrainiano. Um conhecido jornalista polonês, especializado em questões ukrainianas, chama a atenção para o absurdo da escalada da disputa polono-ukrainiana. Em sua opinião, o conflito entre Varsóvia e Kyiv, como se estivesse sob uma lupa, reflete os piores traços da elite política dos dois países - imaturidade, miopia e má compreensão de intransigência. "A proibição de entrada de Vyatrovich ajudará Witold Vaschikovsky na construção da imagem de um jogador confiante, isso é importante no contexto da esperada reconstrução do governo da Beata Shydlo. Não é segredo que Vaschikovsky é um dos "favoritos"  para demissão. De acordo com Pototski, é paradoxal que a escalada do conflito tenha começado com a recente declaração do ex-presidente da Ukraina, Viktor Yushchenko, que comparou UPA (Exército Insurreto Ukrainiano) com o "Exército Nacional" (Armia Kraiova - o mais importante movimento de resistência polonesa durante a II Guerra Mundial). O observador analisa: Varsóvia atirou com canhão sobre um passarinho, porque Yushchenko - um político falencial, comprometido ex-presidente sem a menor influência sobre a atual política de Kyiv (Sim, mas ele parece ter acordado de um sono profundo. Agora começou escrever nos jornais ukrainianos - OK).

De acordo com tal desenvolvimento de acontecimentos, Pototski acredita que a última esperança para acalmar a situação - são os presidentes dos dois países. "Os preparativos para a visita de Andrzej Duda a Kharkiv em dezembro começa a parecer uma missão de última chance. Se o inverno não arrefecer as emoções, então ele congela as relações polono-ukrainianas por um longo tempo", - resume o colunista.

O mesmo autor - Michal Pototsky, em co-autoria com Caroline Batsa-Pogozhelskaya, publicou numa edição de economia, Dziennik Gazeta Prawna a investigação "Antracite de Donbas inunda toda a União Européia". Os jornalistas chegaram à conclusão, de que na empresa polonesa TDAntracite  entrelaçaram-se interesses dos militantes de Donetsk e empresas italianas. Durante três anos, esta empresa amentou seu volume de negócios em 125 vezes - de 217 mil zlotykh a 27 milhões zlotykh.
Jornalistas pesquisadores afirmam: "Polônia não era o único estado da União Européia que recebia carvão dos territórios ocupados da Ukraina, pela Rússia. Nós sabemos que foi exportado por, no mínimo, cinco outros países da UE, inclusive Áustria e Itália. Isto é importante porque a afirmação sobre a ausência de importação de bens das "autoproclamadas repúblicas" da Bacia de Donetsk foi um argumento, para Comissão Européia não impor embargo ao comércio com esses territórios."  De acordo com a investigação, realizada pelos jornalistas, vem à tona, que apenas em 2015 a empresa TDAntracite trouxe à Polônia 6,5 mil toneladas de Antracite, que é produzido no Donbas.

Enquanto isso, a edição especializada online, internet edição, energetyka 24. com, avalia as reformas ukrainianas na esfera de energia. No artigo do analista polonês Paulo Coost  "Reforma silenciosa: como Ukraina coloca em pé o regulador de energia" fala sobre jogos políticos em torno da Comissão Nacional da Ukraina, que realiza regulação do Estado na esfera da energia e serviços comunais (NKREKP). Atualmente, o regulador passa por um período de transição caracterizado pelo aumento de lobby de centros políticos e oligárquicos. Eles podem influenciar no ritmo de mudanças, mas, antes de tudo, não mudarão o curso geral de independência da organização", - observa a edição. De acordo com o autor do artigo, o principal dos oligarcas com a Administração Presidencial na questão da escolha de candidatos para membros da NKREP conservar a composição desse corpo por 6 anos (a cadência dos membros da comissão é de 6 anos).

"O resultado da eleição de novos membros do NKREP e o grau de sua ação mútua com círculos empresariais individuais será um dos melhores indicadores de influência atual dos círculos oligárquicos no estado. Os interesses de R. Akhmetov e K. Grigorishin provavelmente serão levados em consideração, em troca será interessante, qual será o nível de eficácia do lobby de seus candidatos por um pouco enfraquecido Dmitry Firtash", pensa o analista polonês.

Ao mesmo tempo, a publicação adverte: "Os círculos reformistas devem estar interessados no fato de que os meios de comunicação de massa prestam atenção a este processo, porque eles podem  barrar essa deformação".

Tradução: O. Kowaltschuk

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