Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 03.11.17.
Roman Romaniuk, Roman Kravets.
Avakov e filho |
Há 35 meses, no gabinete do então vice-presidente do Interior Sergei Chebotar, houve um encontro seu com o filho do ministro, Oleksandr Avakov, que provocou pomposas prisões em 31 de outubro.
O caso sobre a compra das notórias mochilas para GPU (Procuradoria Geral da Ukraina), analisado ainda em 2015, pelo procurador-geral Shokin. NABU (Agência Anti-Corrupção) exigiu para si a questão em 2016.
O que aconteceu, que NABU e SAP (Gabinete especializado em fiscalização da corrupção) se atreveram a vir ao filho de Avakov? Por que a detenção do filho de Avakov fez brigarem feio Artem Sytnik e Nazar Kholodnitsky.
E o principal, o que planejam continuar fazendo todas as forças envolvidas - leiam na "Verdade Ukrainiana".
Início da História
O vice de Avakov, Sergey Chebotar não imaginava, que alguns dias de sua vida profissional tornaram-se propriedade do SBU |
Esta câmara gravou uma conversa de pessoas, semelhantes a Chebotar e Avakov-Junior, que pareciam acordar sobre o já escandaloso concurso para compra de mochilas para o Ministério dos Assuntos Internos.
Em 2014, esses fragmentos de vídeo do gabinete do Vice-Ministro não figuraram em nenhum lugar.
Na questão do roubo da areia, Procuradoria tornou público outros fragmentos da conversa de Chebotar no local de trabalho, que se tornaram argumentos no tribunal, como afirmou o programa "Esquema".
Fragmentos, onde gravaram a conversa entre Chebotar e Avakov, não apareceu em nenhum processo, embora o caso tenha sido aberto em julho de 2015. Quando foi comentado pelo procurador militar Anatoly Matias, em suas respostas nem sequer soou o nome de Chebotar, muito menos do filho de Avakov.
Isto durou ate que o vídeo de Chebotar e Alexander Avakov discutissem um concurso para a compra de mochilas. Este vídeo caiu na disposição dos jornalistas do "Esquema". Isto aconteceu no início de fevereiro de 2016. Este período na política ukrainiana foi marcado pela luta do presidente Poroshenko com o primeiro-ministro Yatseniuk. Durante vários meses Petro Poroshenko "persuadia" Yatseniuk para deixar sua cadeira a alguma pessoa do presidente.
Numa conversa com a "Verdade Ukrainiana" um dos deputados do meio de Yatseniuk, convence que com a transferência de todos os materiais, expostos na mídia, de uma forma ou outra, dirigia a Administração Presidencial.
Vídeos com as conversas de Chebotar e Avakov-filho, supostamente ocupava-se o próprio Yuri Lutsenko.
"Lembrem-se, primeiro divulgavam as conversas de Ivanchuk com Kolomoisky, depois estourou a história de Martenenko, em seguida as mochilas de Avakov. Procuravam ponto fraco entre os mais próximos, e todos sabem que isto fazia Petro", - esteve convencido um dos deputados próximo a Yatseniuk. (Petro é Petro Poroshenko -OK).
Vídeo com o filho de Avakov apareceu em 12 de fevereiro de 2016, ou seja, menos de uma semana da primeira votação sobre a demissão de Yatseniuk do cargo de primeiro-ministro, que com escândalo, falhou no Conselho em 16 de fevereiro.
Não menos sintomático é que, após a renúncia de Arseny Yatseniuk, a questão do filho de Avakov discretamente deitou sob o véu da GPU.
Agora, mesmo em comentários não públicos, as pessoas do ambiente de Poroshenko convencem que o presidente não tem relação com este caso.
Mas, nem Avakov, nem os líderes de sua força política, não acreditam nisto. E, sua lógica é muitíssimo simples: "colocar o vídeo na internet" podiam somente aqueles, que o possuíam - SBU ou GPU. E, como se sabe, as agências são da "cota" do presidente.
Substituto de Avakov - Sergey Chebotar, não imaginava, que alguns dias de sua vida profissional se tornariam patrimônio do SBU.
Exacerbação do outono
O caso das "mochilas Avakov" quase imediatamente após a criação exigiu para si NABU, que começou investigar. A primeira suspeita nesse caso apareceu na mesa do promotor anticorrupção Nazar Holodnitsky em janeiro de 2017. Isto foi afirmado pelos interlocutores da "Verdade Ukrainiana" à NABU e ao chefe da SAP, no briefing, após a prisão
do filho de Avakov
Chebotar reconheceu este fato.
As fontes da "Verdade Ukrainiana" no Ministério Público Anti-Corrupção explicam, que em janeiro, os detetives da NABU suspeitaram apenas de Chebotar.
"Kholodnitsky lhes explicou, que se a mãe está gravida , deve haver um pai. Se nas ações de Chebotar há crimes, então devem haver aqueles que se beneficiaram com o concurso das mochilas. Apontem, encontrem e tragam a suspeita sobre todo o grupo", - disse o interlocutor.
Essas conversas com diferentes frequências duraram quase todo o ano de 2017. NABU exigia assinar as suspeitas, Kholodnitsky exigia todos os figurantes e provas de "ferro".
Finalmente, em 13 de outubro, os detetives trouxeram ao dirigente de SAP as suspeitas de Chebotar, Avakov-Junior e o empresário Volodymyr Lytvyn. Kholodnitsky as leu, enviou para insignificantes precisões e assinou em 30 de outubro.
Mas Ukraina em 13 e 30 de outubro - dois países diferentes. Protestos sob o Parlamento, liderados por Mikheil Saakashvili, agravaram ainda mais as relações já complicadas entre Poroshenko e Avakov.
E, portanto, quando na base de todos esses eventos, os detetives da NABU vieram deter Avakov-Junior, isto imediatamente gerou muitas especulações e versões: da vingança de Poroshenko à sabotagem "georgiana". (Deter Avakov-Junior? Avakov-Junior não é funcionário da Procuradoria Geral. O responsável não deve ser o próprio Ministro Avakov? O filho, realmente ficou detido por alguns dias - OK).
"Cada uma dessas versões tem seus próprios líderes e seus motivos. Com ênfase sobre a "vingança de Poroshenko" declarou em seu artigo, em sue próprio site "Expresso" o deputado do grupo não formal de Avakov na "Frente do Povo" Mykola Knyazhitsky.
Em sua versão, o presidente "pressionou NABU" , porque o chefe do Ministério do Interior alegadamente recusou-se cumprir a demanda de Poroshenko e dispersou os restantes da cidadezinha de tenda sob o Conselho. (Os apoiantes do ex-presidente da Georgia Mikhiil Saakashvili construíram tendas e permaneceram na praça por alguns dias, com algumas exigências, que não foram aceitas. Este protesto já cessou - OK).
A suspeita adicional nesta situação foi adicionada pelo fato de que, na véspera da prisão do filho de Avakov o presidente viajou ao Oriente Médio.
Por causa disso o Ministério de Assuntos Internos e Poroshenko ainda tiveram encontro e não falaram "pelos corações", como foi, por exemplo, no caso da história com o suborno de Vadim Troyan.
É verdade, os interlocutores, no entorno imediato de Avakov, asseguraram à "Verdade Ukrainiana", que Arsen Avakov e Petro Poroshenko, no transcorrer destes dias tiveram intensa correspondência e conversas telefônicas.
Na verdade, o ministro parece ter lido, pela primeira vez, o artigo de Knyazhitsky .
O ano inteiro NABU exigia assinar as suspeitas - mas Kholodnitsky exigia todos os figurantes e evidências de "ferro" |
"Aqui, provavelmente, coincidem muitos interesses, e todos decidem, que agora dá para experimentar. Um pouco Uhlava, amigo de Sakvarelidze, poderá pressionar. Um pouco os americanos. Kholodnitsky poderia ter pensado que o momento era normal e Poroshenko não vai agir contra. E, o próprio Poroshenko poderia "sugerir", que pode-se tentar. Aqui há muitos jogadores", - convence a "Verdade Ukrainiana" um dos mais próximos interlocutores de Avakov.
O meio de Poroshenko nega firmemente o envolvimento do presidente no caso das "mochilas". Apesar de relacionamento tenso com Avakov, antes do aniversário da revolução, Poroshenko não quer novas tensões, que não lhe são necessárias no Conselho, onde a coalizão já respira incenso.
Interlocutores na Bankova tendem a ver na história das mochilas a "mão de Washington." (Eles não tem mais nada para inventar? - OK).
Guerra de Nabu e SAP
Knyazhitsky não ficou sozinho nas acusações contra Poroshenko. Inesperadamente, semelhante posição assumiram na NABU. Não publicamente, é claro.
Foi uma grande surpresa, que os promotores assinaram uma suspeição. Não temos dúvidas de que Kholodnitsky foi influenciado pelo "primeiro", - Poroshenko convence o interlocutor da "Verdade Ukrainiana" no Bureau.
NABU considera tudo o que está acontecendo "um jogo muito sutil da administração presidencial."
(Prezados, este texto já traduzi resumindo. E, ainda falta um bom pedaço. Não vou traduzir o restante, são descrições de intrigas, em nada úteis para nós. E, muito menos para os ukrainianos que vivem num país que, pensam eles, é deles. Infelizmente, o país parece ser mais dos políticos espertalhões. Pobre povo! - OK)
Tradução: O. Kowaltschuk
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