domingo, 2 de abril de 2017

Krasnogorivka: quanto custa o condomínio na vanguarda.
Ukrainska Pravda Vida ( Verdade Ukrainiana  Vida), 27.09.2017
Lesia Ganzha

Se você vier a Krasnogorivka e subir no telhado do destroçado nono andar, que localiza-se no Oriente, então poderá ver os arredores de Donetsk, prédios habitacionais e a mina Trudovskaya.
Microrregião Oriental, ruas Oriental e Sonhachna (ensolarada), são as regiões que mais sofrem dos tiroteios, e é justamente lá que há muitas construções altas.
O setor privado é do outro lado. Lá é mais silencioso. Para lá, quando há possibilidade, tentam mudar-se s moradores dos prédios avariados.

Micro região Oriental, ruas Oriental e Sonhachna são as regiões que mais sofreram dos tiroteios, e é justamente lá que há muitas construções altas.
E, não apenas por causa do bombardeio. Na cidade, desde 2014 não há gás, e, portanto, aquecimento.
Há problemas com o abastecimento de água para os andares superiores. Há residências, nas quais danificaram-se a canalização - em algures da geada, em algures dos obuses.
Mas a própria residência - é fogão e vantagens ao menos no pátio.
Caminhando pela região Oriental (Assim denomina-se a microrregião de Krasnogorivka - autor), aqui e ali você vê "cozinhas de verão" - na verdade, isto são lembretes não do verão, mas do tardio outono de 2014 - inverno no início de 2015, quando aqui, por semanas nem luz havia, a última das benesses civilizatórias.
Então, em tais fogões preparavam a comida para todos os habitantes. Frequentemente, das reservas pré-guerra e manobras - isto nos dias, quando à cidade, devido aos tiroteios não havia transporte de produtos.

Cozinhas de verão - são lembranças sobre verão tardio de 2014 - início de inverno 2015, quando aqui por semanas nem luz havia. Cabana vermelha - chuveiro.
Aqui, antes da guerra havia civilização normal - dizia uma mulher- Até ATB (mercado) havia...
O fuzilado magazine é aqui próximo.
Fuzilado supermercado em Krasnogorivka.
Comparando com o primeiro inverno militar e guerra a situação na cidade é melhor - há luz e água. Trabalham as lojas - não ATB, mas pequenas.

Nas portas de algumas há inscrições "Trabalha o terminal, há carregamento de telefones".


Nas portas de algumas há inscrições "Trabalha o terminal, há recarregamento de telefone.
Sonhachna, 7 - um dos edifícios mais danificados da cidade. Aqui, no verão de 2016  projétil entrou no terceiro andar, perfurou o segundo, primeiro e caiu no porão, destruindo não apenas a cobertura, mas todas as imaginações sobre as regras de segurança produzidas por esta guerra.
Graças a Deus, naquele dia, no porão ninguém escondia-se.
Depois desses acontecimentos eu estive no apartamento no 4º andar, que pendia como um ninho de passarinho sobre a cratera com profundidade de três andares.

Ensolarado,7 um dos mais destruídos edifícios da cidade. Residentes Olena (esquerda) e Alla (à direita).
   - Aqui, no começo da guerra, por 16 meses, não retiravam o lixo. Então escrevi para Kyiv, Kyiv encaminhou minha queixa para Kramatorsk, e de lá me enviaram uma longa carta, o quanto Krasnogorivka deve pela coleta de lixo. Naquele período no nosso prédio atiravam de morteiros, mas na rua estava cheio de ratos, - diz Alla.
Alla tem 57 anos. Antes da guerra era contadora, trabalhava com algumas empresas e pessoas jurídicas, agora vive no porão de sua entrada, e espera que em junho começará receber aposentadoria.
- O aluguel do apartamento cobram regularmente, até parece que não há guerra. Pela luz pagamos mediante recibos. Felizmente, o governo local defendeu a iluminação da garagem. É uma vantagem. Porque quando aqui voa de cada lado (bombardeio) e as pessoas correm para o porão, ao menos sabem para onde ir - diz Alla.
Ela mesma não corre pelas escadas, arrumou para si, um "recanto" no porão.
- Subir para mim até o 4º andar não faz sentido, porque quando eles atiram de Petrivka (Petrivska região de Donetsk, eles é a DNR - República Popular de Donetsk. A DNR é uma região separatista que declarou sua independência em 07.04.2014. Somente foi reconhecida pela Ossétia do Sul, que não é reconhecida Pela ONU - OK), então voa exatamente nos andares superiores. Começar o tiroteio podem em qualquer momento - ontem começaram às 05:00 horas da tarde e foram até 06:00 h da manhã, - diz Alla.

Alla Viktorina equipou para si um "recanto" no porão.
Seus vizinhos na entrada têm um fogão, ela tem eletricidade.
A terceira estrada - aquela em que vive Alla, é a Sonhachna, 7, onde há água e esgoto.
Elena vive no 2º andar, ela vive num apartamento de um quarto, sem janelas, esgoto e água.
Depois de um ataque, em 04 de dezembro, o tubo de esgoto estragou. Agora, eu com os baldes vou ao campo. Certo dia saí, e começou o tiroteio, eu, com os baldes agachei-me, - diz Elena.

No apartamento de Olena não tem canalização.Agora , ela com os baldes anda pelo campo.
Olena usa aquecedor elétrico. No inverno, no quarto marcava 5,6 graus, na cozinha -  menos. Diz que, com medo, espera a conta de luz, de fevereiro, porque o aquecedor não desligava nem por um segundo - ela não tem janelas.
- Plywood? eu pergunto ( Em ukrainiano: "fanera". Não achei significado. Plywood, tradução do Google, significa compensado (de madeira). Seriam persianas? - OK).
Mas o quê? - diz ela - Plywood - isto para mim é luxo, minha pensão é 1.600 UAH.  Para mim, mesmo cobrir com filme a janela são custos consideráveis. O filme deteriora, arrebenta com o tiroteio, - queixa-se ela. 
- Alla, no inverno,jogava sal no vaso, para que ele não congelasse. Aqui todos sabem, que se você não quer, que devido ao frio, o vaso sanitário rache, então é preciso jogar sal.
Se o prédio é na linha da frente, então, me parece, que não precisa cobrar aluguel. Nos dizem: os metros custam centavos. Mas os centavos precisa pegar em algum lugar, - diz Alla.

No verão de 2016 ao prédio na Rua Sonhachna acertou projetil que destroçou o terceiro andar, perfurou o segundo, primeiro e caiu no porão.
Eu pergunto, no departamento local de habitação sobre o aluguel.
Valentina Nikitin, diretora da empresa municipal "Vita", que serve todos os prédios de Krasnogorivka, explica: "Se é um golpe direto, então nós com a Administração civil-militar redigimos um documento e não cobramos para a manutenção do apartamento. Mas, se é uma janela - cobramos a tarifa total"

... E as mulheres de Sonhachna me falam sobre a televisão. Que, até agora não há televisão ukrainiana. Nem rádio. No prédio onde eu fiquei alguns dias, a TV transmitia "Rosiya","NTB",
"Nova Rússia" e "Oplot", (Oplot = esteio, baluarte). Às vezes, como me disseram, podiam pegar o 5º canal (este é ukrainiano). Mas eu não vi.
Em certo momento da conversa Alla não resiste: 
- Se os nossos não podem melhorar a transmissão, então que, pelo menos derrubem a instalação (segue um palavrão), diz ela bruscamente.
Quando já é terceiro ano de guerra que a pessoa vive, ela já não escolhe as palavras.
Mas Elena explica - pessoas pró-ukrainianas, como ela, aqui são quatro, o restante, como dizem "abobalhadas pela televisão".

- À nossas costas dizem, que nós somos traidores, pagas, que nós não gostamos de Donetsk.

E, ainda, além de bombardeio diário, problemas com água, gás, esgoto, aquecimento e película para as janelas, mais dificulta a vida das pessoas, cujo prédio torou-se linha de frente.

Neste prédio na Sonhachna, 7 -  apenas numa entrada ainda há e funciona a canalização.

GÁS NÃO HÁ E NÃO HAVERÁ

- Com gás aqui tudo é muito simples, diz o vice-comandante de Krasnogorivka Roman Korzhov.
"Simples" significa que gás - problema Nº 1 para Krasnogorivka, mas o problema Nº 1 aqui é Guerra..
"Não há gás" - automaticamente significa, que a cidade não está apenas sem aquecimento e sem trabalho. A Fábrica Krasnogorivka de estruturas resistentes ao fogo, que é a principal para a cidade, sem gás não pode retomar, plenamente, as operações.

A "Cruz Vermelha" deu à cidade as tubulações de gás, elas foram enterradas paralelamente às estruturas terrestres, mas a estação distributiva está, realmente, na linha de fogo, mais ou menos no meio entre as linhas de defesa.

- Para que ela funcione, nós precisamos, inicialmente, realizar os trabalhos de conexão. Mas o problema nem é este. Lá deve estar, constantemente uma equipe. Então, eu não conheço tais suicidas que estejam prontos para permanecer lá, sob o fogo no tanque de gasolina! disse Korzhov.
Sua conclusão é realista e categórica: gás não há e não haverá.

Roman Korzhov, vice-comandante de Krasnogorivka: "Com o gás aqui tudo é simples - não há.

AQUECIMENTO: CIDADE ALÉM DA ZONA DE CALOR

O gás arrasta o problema de aquecimento.
Durante minha permanência em Krasnogorivka eu ouvi diversas declarações sobre o calor.

- Nós vivemos em uma casa particular. Antes da guerra pensamos em demolir o forno, graças a deus, que faltou tempo...
- Eu coloquei um fogareiro. A casa cheira queimado, roupa, cabelo, mas há calor...
- Meu marido sugere: vamos colocar tubulações normais, não são removíveis com facilidade, nem podem ser limpas. Mas limpá-las é preciso mensalmente. Este fogareiro eu mesma removo e limpo, e quando ele queimar - eu troco...

O preço do metro cúbico é 350 UAH. Frequentemente a igreja traz lenha. Ela é distribuída gratuitamente. Verdade, esta lenha não é partida. E parti-la precisa no pátio.

Eis uma mulher que tenta cortar lascas para iniciar o fogo.

A mulher procura rachar lenha.
Embora no escritório do comandante também haja uma pequena "burjuika", (Traduzi como fogão, o dicionário não traz outro nome -OK). Korzhov diz que não as aprecia.

No escritório do comandante de Krasnogorivka também tem uma "burjuika". Ela não é uma opção, mas uma solução temporária, perigosa e insalubre.
Para lenha cortaram o reflorestamento, aos poucos serrarão a cidade  - diz Roman Korzhov - segurança contra incêndios não há. Ele diz que no inverno houve dois incêndios e mostra os atos, registrados contra os autores de procedimentos ilegais.
- Aqui haverá uma grande multa, porque as pessoas não cortavam a madeira seca, mas viva, no reflorestamento. Aqui é estepe. Estas árvores protegem a cidade das tempestades, comenta 

Atos sobre os ilegais
Na cidade  há rumores de que, durante o inverno, 11 pessoas congelaram de frio. No entanto, a administração civil-militar explica: sobre mortes por congelamento eles conhecem durante o primeiro inverno - 2014 - 2015. Naquele tempo ainda não havia administração civil-militar, o conselho municipal e o prefeito fugiram, na cidade havia anarquia.

Durante nossa estadia, isto não aconteceu - afirma Igor Robochei, vice-comandante.
Uma das realizações da administração - civil militar - abertura do Jardim de Infância "Chapeuzinho Vermelho". Por enquanto ele trabalha num horário reduzido, de 9 às 13 hras, lá vão as crianças de toda a cidade. 
No Jardim Robochei e Korhovyi instalaram uma caldeira.
 - Custou caro?
 - Caro - brinca Igor - Dinheiro de bolso do deputado. (A denominação "deputado" na Ukraina, é para vereador, deputado estadual e federal. Dinheiro de bolso é aquele para compra imediata, diária - OK). Ele cita o total: 2 milhões e 300 mil UAH, pelo orçamento regional.

Igor Robochei - vice-comandante de Krasnogorivka.
- Este é o valor do objeto - junto com troca de baterias e instalação da caldeira. Se isto não fizéssemos nós, mas o funcionário regular, todo o trabalho custaria, penso 30 milhões, - diz ele.
Korzhov e Robochei lamentam - queriam construir dois jardins, mas conseguiram somente um. No final do ano, o subsídio não utilizado recolheram, mas prometem voltar.
Eles me disseram que, quando abrirem o segundo jardim "Peixinho Dourado", então descarregarão a escola Nº 5, aonde agora estudam as cinco escolas da cidade.
Planejam o novo jardim para os estudantes mais jovens, podem até dormir de dia, e tem cozinha. Também para lá querem transferir os grupos de arte, e ainda uma sala infantil, como nos centros comerciais normais. Aqueles onde não há guerra.  

LIXO: PROBLEMA PARA DEPOIS

O lixo de Krasnogorivka retira a empresa "Donspetsmash". Desejam alem da cidade, no monturo, que dizem ser temporário, porque não legitimado. O local já está lotado. Outro local para lixo aqui não há.
Montão de resíduos se formou naqueles 16 meses, sobre os quais contava Alla da Sonhachna, segundo Igor Robochei retiravam seis meses.
Agora a cidade está limpa, mas há muitas áreas de acumulação. Para incluir as pessoas à restauração da ordem a Administração civil-militar introduziu o sistema de comprovantes:  limpando determinada área a pessoa recebe um talão que pode trocar por alimento no mercado.

Ainda Igor diz, que na cidade há um grande problema com os cães.
- Eles são muitos. As matilhas agem organizadas, - diz Igor e conta que no ano passado houve muitas pessoas mordidas. Os militares têm pena de atirar neles, - e para esterilizá-los não há dinheiro.

Há um grande problema com os cães. Muitas pessoas já foram mordidas. Os militares têm pena de atirar neles, - e para esterilizá-los não há dinheiro.
ÁGUA E CANALIZAÇÃO

Antes da guerra, a água era fornecida por algumas horas pela manhã e por algumas horas à noite, porque faltava pressão. Quando começou a guerra, não houve água. Agora há água todas as 24 horas. Isto porque conseguiram captar em outra área de abastecimento - aquela que vai para Mariupol, não para Donetsk. Lá a pressão é melhor.

André Shapochka, diretor da subestação local, disse, que parte dos tubos, que tanta falta faziam, ele encontrou diretamente na linha de fronteira - foi procurar, onde danificou a linha durante o tiroteio, e viu os preciosos tubos.

Diretor da subestação Andrei Shapochka





Devemos entender, que a água em Krasnogorivka - técnica, porque o encanamento aqui é velho, vetusto.
Como disse a chefe da KP "Vita", a perda de água na cidade é 70%. Recebemos 200 mil metros cúbicos, dos quais apenas 40 mil aproveitados.
Quanto à canalização, a estação de tratamento é completamente danificada.  Todo o esgoto vai para dentro do rio.
Nós temos bombeamento de esgoto, mas sua função não executa. Nós limpamos a bomba periodicamente e também redefinimos esses efluentes no rio.A administração civil-militar prepara, agora, a documentação, de Dnipro vieram projetistas, irão projetar construções para tratamento, comum para Krasnogorivka e Mariinka, mas quando isto será - esperamos, - diz Valentina Mykailova.
Água para beber é trazida em diversas capacidades - eu as vi na administração civil-militar escolas e lojas.
Mas, a família minha conhecida  de Krasnogorivka, bebe água diretamente da torneira.
- Isto não é aconselhável, claro, mas envenenamento por causa da água não houve, diz Valentina Mykailova.
Com água há mais um problema. Em muitos arranha-céus (aqui é basicamente 5 andares) os canos foram danificados, por causa disto água em casa não há, mas próximo da entrada há uma torneira.
Calculam o preço desta água, como da rua, o custo é mais baixo.

Rua Radianska (nas placas - Soviética). à esquerda próximo à entrada há uma torneira, na janela do 2º andar  chaminé para fogareiro. 
Valentina Mykailova diz que os serviços públicos têm muitos problemas: os tubos estão podres, os canos precisa trocar.
- Se os andares 1 e 2 não não são mais habitados, nos 3 e 4 estão, então é claro que nos primeiros andares há congelamentos, a água não sobe, os tubos precisam ser aquecidos. Nós fazíamos tudo o que podíamos, mas há muitos prédios com tubos arrebentados, - diz Nikitina. (Estes prédios devem ser do período soviético - OK).
Dinheiro para troca da tubulação na empresa comunal não há, não há também na cidade. Então propuseram aos moradores esta variável: trocar a tubulação no subsolo às próprias custas, trazer os cheques e este dinheiro será considerado como pagamento pela manutenção da habitação.
- Isto não são necessariamente tubos que foram danificados por causa do frio ou bombardeio. Frequentemente são tubos desgastados - diz Valentina M.

Mudaram, por exemplo, na Sonhachna,3 - entregaram os cheques para 4,5 mil, Radianska, 1 - trocaram 85 metros de tubos para 7,8 mil. Sonhachna , 4 trocaram tubos para 3,5 mil, e Tchaikovsky, 36 para sete mil UAH.

Minhas interlocutoras do Sonhachna, 7 Alla e Olena disseram que telefonavam aos vizinhos que emigraram do prédio, e tentavam persuadi-los para ajudar.
- Alguém dizia que não tinha dinheiro, alguém que fará isto quando voltar, e alguém que a Organização Comunal da Habitação deve fazer isto sem custos. Ninguém concordou dar o dinheiro. Porque eles não vivem aqui, - queixa-se Olena.
- Ainda ouvimos, que vocês estão lá, e se estão - então não se queixem. Mas, para onde eu vou. Tenho 57 anos - nem trabalho, nem pensão. E ninguém, em nenhum lugar, por mim não espera, ´diz Alla.

Apesar de tal situação com a água, Andrei Shapochka, diz Alla, que além de ser diretor da subestação de energia, também cuida das atividades esportivas das crianças, e sonha com o funcionamento da piscina no próximo verão, no parque da cidade, que não funcionou por mais de 20 anos.
Ira Marchuk, que tem 16 anos, e toda sua vida viveu em Krasnogorivka, diz, que não lembra, que lá houve água.
Agora a piscina tem esta aparência.

Piscina no parque da cidade, que não funciona mais de 20 anos.
Mas nas velhas fotos em preto e branco a piscina era diferente.

Andrei Shapochka acredita, que conseguirá, reabrir o funcionamento da piscina.
Andrei Shapochka acredita, que conseguirá, até o final de abril limpar o fundo. Depois introduzira o motor - para bombear água. Não do encanamento, mas do poço autônomo.
Precisamos fazer isto até o final de abril, - explica. - Porque o nosso motor não é muito potente, vai demorar um pouco até encher bastante água...

GUERRA PELA LUZ

DTEK veio para desligar a luz, mas nós não deixamos, diz Roman Korzhov (DTEK é uma subdivisão energética do Sistema de Gestão de Capital, de Rinat Akhmetov - OK).
Então o conflito conseguiram resolver: os militares de Krasnogorivka ameaçaram com armas. DTEK especificamente não mencionou as circunstâncias, mas de um modo geral falam da "não admissão aos objetos".
- Nós temos de enviar notificação sobre o pagamento e sanções, nós não podemos ocupar-nos com o fornecimento gratuito da eletricidade. Mas, a todos os nossos avisos Oleg Livanchuk - comandante de Krasnogorivka, nos dizia: haverá barreiras, ninguém se aproximará, explica  a dirigente do serviço ao cliente do centro de Mariinsk, da companhia DTEK Tatyana Markova.

Tatyana Markova "Nós não podemos participar de fornecimento gratuito de eletricidade."
- O que significa não admissão? - pergunto eu.
Mykola Volochin, chefe do serviço de Mariinka e Krasnogorivka, que experimentou a não admissão pessoalmente:
Nós, por exemplo, viemos desligar, o residente sai com um machado, ou o militar com arma... Para tal caso, nós temos orientações claras: numa situação de conflito não entrar, a segurança dos nossos funcionários acima de tudo - diz Volochin.

Na administração civil-militar, nem Roman Korzhov e Igor Robochei tal situação, e outras situações semelhantes, especialmente, não comentam. Robochei diz que não permitirá, que às famílias com crianças, com dívidas de centavos deliguem a luz, e ainda no inverno. Este é todo o comentário.

Desde algum tempo, diz Markova, as listas dos assinantes particulares de Krasnogorivka ela, pessoalmente, envia ao comandante Oleg Petrovych. Então ele olha e diz: ninguém vive aqui - pode desligar, mas aqui prometem pagar até o final do mês.

A administração civil-militar muito ajuda a trabalhar com os assinantes - diz Markova.

Mykola Voloshin em uma conversa privada fala sobre a cidade com grande compaixão: "Lá a situação é terrível! As pessoas perderam seus empregos, elas não tem dinheiro, a cidade recebe tiroteios quase todos os dias, ainda eles devem ter a luz desligada?"

O próprio Voloshin sobre o bombardeio sabe de primeira mão. Agora mudou-se para Kurakhovo, porque em Mariinka está ficando igual a Krasnogorivka.


Agora os habitantes de Krasnogorivka recebem as contas de luz.

Nós entendemos maravilhosamente, que Krasnogorivka- é aquecimento elétrico. Durante o inverno acumula-se enorme quantia, as pessoas vêm até nós, para dividir o pagamento em 2 -3 meses - diz com simpatia Tatiana Markova.

De acordo com Voloshin, na parte técnica de Krasnogorivka com luz tudo bem. O problema era no início da guerra. Então o lado oriental - isto é aqueles mesmos arranha-céus receberam eletricidade de área não controlada. Quase um mês a cidade ficou sem luz. Houve desligamentos demorados.

Como explica Mykola Mykolaievich, 110-ki (linha Smolianka - 1, Smolianka - 2) iam para Donetsk, e delas havia uma extensão para Krasnogorivka. O lugar do início da extensão foi parar no território não controlado e constantemente era bombardeado. Em 2016 a empresa de energia transferiu o lugar de ligação para nosso território.

Agora, a situação de alimentação é normal, e danos locais procuramos liquidar rapidamente - disse Voloshin.

No carro os profissionais me dizem como seu carro passou sobre uma mina e riem: não houve feridos.
- Quase todos os dias as nossas equipes viajam para reparar as avarias. Como consumidores não percebem que precisamos de dinheiro, mesmo para manter estas linhas! - diz Tatiana Markova.

No entanto, os devedores DTEK não são somente os usuários particulares, mas também a empresa comunal "Vita", a mesma que serve os apartamentos de Krasnogorivka.
Markova explica, a empresa tem dois acordos com eles. Primeiro é a iluminação  na entrada ponto 81. Anteriormente, havia caldeiras e bombas de esgoto, mas foram desligadas antes da guerra.  Segundo - dormitórios, lá também um controlador comum.
No entanto, a maior parte da dívida - entrada.  Como explicam os eletricistas: há dois tipos de contagem - pelo contador ou pela capacidade. Pela capacidade - significa que é pela média mensal.
- Quando começaram a luta, a metade destas lâmpadas que contam-se pela capacidade ninguém desligou.  Tiroteios, todos na cave, todos têm medo... Mas sobre eles assinaram o acordo? Assinaram. Portanto, eles são cobrados. Precisava que os governos locais fizessem investigação, e nós os anularíamos. Mas, por um longo ninguém pensou nisto, reconhece Voloshin.
Em Krasnogorivka, a administração militar-civil confirma, que está pronta para pagar a dívida.

Roman Korzhov diz que eles, repetidamente, mandavam cartas e pediam para desligar das entradas onde não vive ninguém.

O ato, sobre o qual fala DTEK, no processo de negociação. Mas o problema de encargos anteriores permanece.

Nós não nos recusamos a pagar pelo consumido, mas não pelo contado,  - indigna-se Korzhov.

O ato do inventário das entradas, também farão, embora nesta matéria a posição de DTEK considera contrária ao senso comum.

Vamos abordar a questão do ponto de vista do empreendedor. Para algum lugar eu forneço alimentos - por eles não me pagam e eles desaparecem em algum lugar. Eu, o que vou continuar o fornecimento? Ou vou procurar saber, aonde está o problema. Simplesmente DTEK assumiu a posição que é rei e deus, - diz Roman Korzhov.

A saída, a administração civil-militar propõe: criar um novo KP "mesa citadina de cliente único". Para cidade é uma possibilidade real de responder pelo consumido, em vez do herdado do governo local anterior.

O novo KP trabalhará, e a dívida procuraremos entender. Mas DTEK não quer assinar acordo com nova empresa, - explica Korzhov.

Em 01.01.2017 a dívida total KP "Vita" era de 38 milhões UAH. É a eletricidade, gás, água, penalidades, encargos sobre salários, fundo de pensão.

Como diz Valentina Nikitina, esta dívida começou juntar-se ainda durante o Czar Panko, isto é, antes da guerra. Em 01 de maio de 2014 era 33.210 mil UAH.

No entanto, como pagar a dívida, em Krasnogorivka na administração civil-militar não sabem: o orçamento da cidade era calculado com base no imposto da terra, mas este imposto na Zona ATO foi abolido.

Nós esperávamos recolher com  imposto sobre a terra, obter 5,6 milhões de UAH. Isto não é suficiente às pessoas para pagar. Então como extinguir dívidas quando não há renda, eu não sei - diz Roman Korzhov.

E, ainda, os militares de Krasnogorivka sonham quebrar o monopólio DTEK pelo menos na cidade separada. 

Eles colocaram na cidade 40 luzes de energia solar. É muito pouco, mas no orçamento da cidade dinheiro não há. 

P.S. Olena telefonou e insistiu para acrescentar sua frase: "Enquanto sobre nós atira a odiada "DNR", nós compreendemos, que nada vai melhorar - nem com a água, nem com o esgoto, nada." Eu prometi e acrescentei. 

Reportagem preparada para o projeto, que é financiado pelo governo canadense, através do Ministério dos Negócios Internacionais do Canadá.

Tradução: O. Kowaltschuk

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