segunda-feira, 17 de abril de 2017

Agentes de influência. Como trabalha a quinta coluna da Rússia.
Como vivem as forças próximas e seus porta-vozes em três anos após o início da guerra.
Tyzhden ua. (Semana ukrainiana), 14 de abri de 2017.
Denis Kazan











Moscou nunca deixou de tentar manter Kyiv em rédea curta. Até 2014, Kremlin agia, absolutamente , em aberto. Com dinheiro russo, na Ukraina, por longo tempo publicava-se literatura anti-ukrainiana e editavam-se abertamente hostis para Ukraina meios de informação em massa. Agiam livremente as organizações pró-Rússia e partidos políticos. Alguns deles, abertamente e sem vergonha apelavam para a eliminação da soberania ukrainiana, e também expressavam chamadas para o separatismo. Tais organizações melhor se sentiam na Criméia. Basta recordar o movimento "Sevastopol - Criméia - Rússia", que abertamente proclamava seu objetivo de separar Criméia da Ukraina, anunciando sua meta de separar Criméia e a Ukraina e anexá-las à Federação Russa.

Após os acontecimentos de 2014 a situação mudou de modo cardinal. Quando o exército russo invadiu Criméia, e no Donbas acendeu guerra, desencadeada pelos sabotadores russos de Igor Guirkin, o Estado finalmente começou a opor-se ao agressor em todas as frentes. Foram proibidos os partidos pró-Rússia (seria mais correto chamá-los anti-ukrainianos), suprimidos movimentos separatistas, limitadas as transmissões da mídia russa. Abertamente manter a posição anti-ukrainiana depois dos sangrentos acontecimentos de 2014 torou-se impossível, portanto a Federação Russa precisava mudar drasticamente suas táticas. Nos últimos anos, os agentes de influência russa precisam, cuidadosamente, submeter-se aos "moderados" e "determinados" ukrainianos. E, em vez de chamadas diretas para recusar-se da integração européia em benefício do fortalecimento da amizade com Moscou e adesão à União Aduaneira, que foram ditas anteriormente, agora é preciso falar com mais conhecimento "eu sou pela paz", "é indispensável procurar compromissos",  "é hora de se afastar do radicalismo."

Quem hoje, na Ukraina, defende os interesses do Kremlin e trabalha nos interesses do agressor?

Convencionalmente, os lobistas russos podem ser divididos em antiga e nova geração. Os primeiros agiam ativamente ainda no período pré-guerra. Os últimos surgiram nos anos recentes, na nova realidade. Nas fileiras da chamada velha guarda, hoje permanecem políticos, especialistas e jornalistas, que no período pré-guerra não ocupavam-se com posições radicais, anti-ukrainianas e no auge do confronto russo - ukrainiano conseguiram silenciar e esperar a tempestade passar. Estes, depois de 2014 não eram muitos. Os radicais mais notórios precisaram deixar Ukraina e refugiar-se na Rússia ou nos territórios ukrainianos ocupados.

Os representantes mais famosos deste acampamento pode-se nomear o compadre de Putin (aquele da foto que mostra a cara -OK) Viktor Medvedchuk e sua "escolha ukrainiana". Sobre seus praticamente próximos laços familiares com Vladimir Putin (Putin é padrinho da filha do traidor -OK)  é amplamente conhecido. No entanto, apesar de tudo, esta pessoa goza na Ukraina de uma imunidade misteriosa. As raízes deste sistema imunológico, provavelmente remontam aos anos, quando o atual presidente Petro Poroshenko apenas começava sua carreira política. Sabe-se que ele começou no partido SDPU (Partido Social Democrático da Ukraina), liderado por Medvedchuk. Dizem, que desde então os unem relações parceiras.

No entanto, o pico de atividade da "Escolha Ukrainiana" teve lugar no pré-guerra de 2013, quando Medvedchuk com todos os seus meios esforçava-se para frustrar o Acordo de Associação com UE, conseguir viragem do Acordo com UE e seguir revertendo a escolha geopolítica da Ukraina. Depois que estes planos falharam, a organização opera com menos envergadura. Hoje a "Escolha ukrainiana" foca, principalmente, na realização de várias mesas redondas nas regiões sul e leste.

O próprio Viktor Medvedchuk permanece como político, não público e ocupa-se, principalmente com publicação da "djensa" naquela mídia ukrainiana que não se esquiva de tomar seu dinheiro. (Escrevi  djensa porque  esta grafia está mais de acordo com a pronúncia ukrainiana, a palavra não existe no vocabulário ukrainiano. Significa material pago ou é, deliberada propaganda disfarçada. A palavra é bastante usada, provavelmente há muita "djensa nas publicações.- OK)

No entanto, além da "Escolha ukrainiana" no setor público trabalham outras organizações, que promovem idéias necessárias à Rússia. Antes de tudo isto relaciona-se à chamada federalização. Em muitas regiões (oblasth - equivalente a estado - OK) agem organizações, que de várias formas promovem idéias de maior autonomia para as regiões. Nem todos eles são, necessariamente, agentes de Kremlin. No entanto, os eventos dedicados às questões, de quem alimenta quem, e qual idioma devem usar, em sua maioria organizam claramente não no interesse da Ukraina. O seu verdadeiro propósito - semear discórdia e desconfiança na sociedade, predispor os ukrainianos um contra outro.

Na Ukraina a principal força política pró-Rússia, como antes permanece o antigo Partido das Regiões, que opera como Bloco de Oposição. No entanto, aqui como antes, tudo é complicado. O partido, de a muito, sinaliza divisão. Abertamente pró-Rússia parece serem poucos membros, e nem todos são, realmente, agentes de Moscou. Os regionais, na maioria, focam na Rússia por motivos úteis para si. Alguns, simplesmente enganam seu eleitorado utilizando chamadas para um compromisso com Kremlin. Basta olhar como vota a facção do Bloco de Oposição no Parlamento, para compreender: antes de tudo, os políticos deste grupo guiam-se pelo pragmatismo e desejo por dinheiro, sem quaisquer ideologia. Além disso, depois que das propriedades dos oligarcas ukrainianos apoderou-se ORDILO (territórios ocupados de Donbas) mesmo os aliados mais dedicados à Rússia esfriaram.

No período pré-guerra, alguns regionais (os que pertenciam ao antigo Partido das Regiões - partido do ex-presidente Yanukovych -OK) influentes conduziam atividades anti-ukrainianas, individualmente. Normalmente, tais políticos tinham organizações de bolso ou projetos políticos locais em suas "votchenas" (Na antiga Rússia, do século 18 - uma área de terreno feudal - OK)) e ocupavam-se com elas segundo sua própria vontade. Entre os quais podemos considerar, por exemplo, os primeiros de Odessa, Sergei Kivalov e Igor Markov. Este financiava o partido anão "Família", que defendia a posição radical Ukraino-fóbica. O mencionado projeto encerrou suas atividades após a fuga de Markov para Rússia. Em compensação, Kivalov, como antes se sente muito correto na Ukraina e continua o financiamento do movimento separatista "Odessa pelo porto franco."

Outros veteranos do campo político pró-Russia finalmente afastaram´se às margens e ainda permanecem aqui apenas por sua própria insignificância. Petro Symonenko, Natália Vitrenko, alguns representantes radicais do Partido das Regiões, como Olena Bondarenko, os remanescentes do "Bloco russo" ou "Luta" agora vivem apenas nos sites marginais da internet e de tempos em tempos aparecem nos meios de comunicação russos. Na comunidade da esperteza o patriarca da política pró-russa na Ukraina, pode considerar-se Mikhail Pogrebynskyi e seu Centro de Kyiv de Estudos Políticos e Investigações Conflitológicas (KCPIC). Como Pogrebynskyi sempre honrou o Código Penal e não ia além dos limites de uma manipulação bastante hábil, o quente ano de 2014 ele sobreviveu sem quaisquer problemas.  Ao contrário do extremamente tóxico Instituto dos países da CEI (que ainda existe na Ukraina, embora quase não conduz atividades). KCPIC preservou-se  e, como antes, divulga suas idéias. O próprio Michel Borysovych regularmente vai a Moscou para participar em "Cinco minutos de ódio" na TV Russa.

No ambiente midiático para substituir nas edições abertamente anti-ukrainianas, que se publicavam nos anos anteriores, negando a própria existência da Ukraina e ukrainianos, vieram meios ponderados de informação. Eles não chamam os soldados ukrainianos de "carrascos" voluntários e "nazistas". Não chamam o governo "Junta de Kyiv e não cantam  "defiramb" a Putin (Não encontrei tradução, mas a palavra "defiramb" na Grécia antiga era canção em honra ao deus Dionísio.). No entanto, no fluxo da retórica regularmente promovem-se as necessárias, a Kremlin, mensagens.  "Ukraina precisa de paz a qualquer preço". "É necessário negociar com a Rússia",  "Maidan perdeu.", 
"A partir da integração européia apenas negativismo", "Todos os problemas começaram após expulsão de Yanukovych". É necessário admitir, que tal tática é muito mais perigosa que a propaganda anti-ukrainiana aberta. As manifestações ocultas frequentemente percebem mal aqueles cidadãos que nunca leriam a clara mídia anti-ukrainiana. Obviamente, que os ukrainianos podem não temer a reincarnação do Partido Comunista da Ukraina. Aqui a Federação Russa também, com certeza agirá mais precavida. A memória ainda está fresca de performances surpreendentes. dos quais conclamavam à insurreição armada e derrubada do governo, como também as falsas mães de soldados que, histericamente falavam coisas como "Poroshenko mata nas caldeiras os nossos filhos". Antes de tudo, Kremlin continuará desfrutar de tais instrumentos. Também é amplamente difundido o pensamento, que o partido de Nádia Savchenko, que gosta de usar tal retórica e não esquece de chamar periodicamente para as negociações com os militantes da "DNR" e "FSC", - um projeto pró-russo.

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Aproveitando a oportunidade, segundo o jornal  "Ukraina Jovem", de 14 de abril, comunicou que Nadia Savchenko encabeçou o partido "Aliança Nacional de liberdade e patriotismo ukrainiano", que foi renomeado para "Plataforma Cívica de Nadia Savchenko". ("Civic Plataform Nadia Savchenko" ).

Tradução: O. Kowaltschuk

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