23 de março de 2017, no território da Ukraina houve dois atos terroristas, dos quais a fonte mais crível era Rússia. Inicialmente, cerca de 3 horas da noite, próximo Balakliya, na região de Kharkiv, nos armazenados foguetes e armas de artilharia, houve explosão de munições. Os moradores situados num raio de cinco quilômetros foram evacuados.
O segundo crime ocorreu no centro de Kyiv, próximo do hotel "Premier Palace". Foi morto o ex-deputado de Duma Denis Voronenkov , que no final de 2016, com sua esposa, também deputada Maria Maksakov, mudou-se para Kyiv, recebeu a cidadania ukrainiana e começou dar testemunhos no caso de traição ao Estado, do ex-presidente da Ukraina Viktor Yanukovych.
Em resultado do tiroteio Voronenkov foi morto e seu guarda-costas ferido, mas conseguiu ferir o assassino, que mais tarde morreu no hospital. As agências de aplicação da lei da Ukraina consideram duas versões principais: a eliminação de uma importante testemunha na questão de Yanukovych e história de contrabando do FSB sob a cobertura do presidente da Rússia, Putin.
À última versão inclina-se outro ex-deputado russo Ilya Ponomarov, ao encontro do qual dirigia-se Denis Voronenkov no momento do assassinato. Ponomarov acredita que atrás deste crime está o general do FSB Oleg Feoktistov (apelido "General Fax"), com o qual Voronenkov teve um confronto no período em que serviu no Serviço Federal de controle de drogas.
O presidente da Ukraina Petro Poroshenko chamou o incidente "ato de terrorismo estatal" por parte da Rússia. Funcionalismo russo reagiu previsivelmente. Dmitry Peskov no início fez uma expressão de surpresa e fingiu não entender, porque dirigiam-se a ele por comentários em relação ao assassinato de Voronenkov. Depois indignou-se e disse que quaisquer acusação à "pegada russa é absurda". Finalmente disse que "este assassinato sugere que Ukraina não pôde garantir a segurança de Voronenkov." Aqui, em Peskov, argumentar é absolutamente impossível, embora a construção de sua frase indica claramente a origem do crime. Afinal, se Ukraina deveria garantir a segurança do ex-deputado, mas não garantiu, significa - que as balas fatais vieram de outro país. Não é difícil adivinhar de qual.
Sobre os motivos do assassinato, por enquanto, com 100 (cem) por cento pode-se dizer, que era encomendado. Porque é muito difícil supor, que o assassino que morreu no hospital, cidadão da Ukraina, 28 anos, Paulo Parchova, tinha suas próprias razões para matar o ex-deputado da Duma Denis Voronenkov. Quanto aos mandantes expressam-se versões exóticas. Por exemplo que, de repente despertou o ciúme do ex-marido civil de Maria Maksakov, ladrão na lei, Vladimir Tyurin, apelidado "Tyunik". E alguém pode ter a hipótese, que poderia encomendar a morte de Voronenkov sua sogra, aliás uma mulher de alma rara, cujas palavras sobre o falecido genro, não vou citar, para não transformar em farsa, o material sobre a morte da pessoa, apesar de não ser a mais merecedora.
Segundo as regras de bom tom jornalístico é não falar sobre a natureza da ofensa até a condenação pelo tribunal ou, pelo menos, até a conclusão de inquérito. O problema é que a investigação de crimes deste tipo, como o assassinato de Voronenkov, ou para depois da comprovação do executor - e neste caso o executor não é somente conhecido, mas ainda é morto - ou a investigação vai na versão politicamente condicionada, e seus resultados serão reconhecidos por uma parte como conflito político, e categoricamente serão rejeitados por outra parte.
Tal destino de todos os assassinatos políticos na Rússia, de Dmitry Kholodov e Larissa Yudina a Anna Politkovskaya, e Boris Nemtsov, e na Ukraina, desde o assassinato de Georgy Gongadze e Pavlo Scheremeta.
Hoje, se descartar as hipóteses exóticas, há três versões, as quais indicam todo o curso dos eventos anteriores: o assassinato de uma testemunha na questão de Yanukovych, eliminação do antigo inimigo nas fileiras superiores do FSB, que possui provas de envolvimento em atividades criminosas dos serviços secretos pessoalmente de Putin, e terceira versão - vingança pela traição.
Todas as três versões apontam para Rússia como estado terrorista, que restaurou totalmente a tradição do NKVD - MGB - KGB, segundo o qual ao oponente político há a escolha: ir para a cadeia ou fugir para o exterior e morrer pelas mãos do assassino.
No entanto, na Rússia de Putin há uma série de diferenças fundamentais. Uma delas - um papel único na TV. Hoje a TV russa opera sobre o princípio: "o que os de Kremlin e Lubyanka tem na mente, aquilo os ostankinos têm na língua" (Ostankino - museu - propriedade em Moscou, centro próximo ao museu, plataforma férrea ou um dos nomes da estação metropolitana em Moscou. Ainda 1º canal que transmitia em Moscou, de 1991 - 1995. Pesquisa OK). É difícil imaginar que na época de Stalin, no "Pravda" escrevessem que já é tempo à Paulo A. Sudoplatov terminar Solomon M. Mikhoels, e antes lhe dariam instruções diretas, como precisa matar Trotsky. A TV russa, constantemente dá instruções diretas ao Kremlin, Lubyanka e Ministério da Defesa, o que eles devem fazer, a quem bombardear, que país capturar, quem especificamente e como deve ser morto.
Pegue algumas transmissões de Solovyov e você verá, como aquele Bagdasarov, como ele apela para aproveitar na Ukraina, no Oriente Médio, na Europa e América a experiência de seu ídolo Sudoplatov na organização de grupos subversivos e assassinatos terroristas.
A constante transmissão de ódio e incitamento ao terror, guerra e assassinatos leva a uma série de consequências. Primeiro. A sociedade aceita isso como normal. Uma vez que falam sobre isso na TV estatal, significa que é certo. Segundo. O governo que sozinho desenvolveu esta TV, que a financia, sozinho torna-se objeto de sua influência. Isto, obviamente, não significa que a TV controla o Kremlin, mas influencia. E, finalmente, terceiro. Medo. A sensação de que você está lidando não com chefes de grandes países europeus, mas com um bando de assassinos. No dia anterior ao assassinato de Voronenko, no site "Gordonia. com" publicaram sua entrevista intitulada: "Na Rússia gritam, que eu devo ser trocado por Sushchenko, e se não der certo - matar, como Bandera".
Na última década e meia evoluiu e, nos últimos anos, definitivamente formou-se nova realidade psicológica. Todas as pessoas pensantes no mundo sabem, que Rússia é controlada por um grupo bastante fechado de assassinos e terroristas. Os próprios membros desse grupo sabem, que todas as pessoas pensantes do mundo sabem, quem são eles. Este "jogo mortal" requer radicalmente nova linguagem para se comunicar com o bando de Kremlin. Esta linguagem ainda não há na Ukraina, nem no Ocidente, nem, sobretudo, na oposição russa. O desenvolvimento de tal linguagem, é uma questão de vida ou morte, no sentido literal.
Outras notícias:
O incêndio no arsenal militar em Balakliya foi totalmente extinto. Agora acontece a liquidação das consequências do fogo. Verificamos todo o armazenamento para fazer inventário normal e correto.
A explosão matou três pessoas e duas receberam ferimentos. Isto aconteceu em 28.07.2016 na estação de testes do Instituto Estadual de Pesquisa de produtos químicos. O depósito em Balakliya foi criado ainda em 1918.
Para preservar as bases, depósitos e arsenais do Ministério da Defesa da Ukraina, neste ano planejaram gastar 92,3 milhões de UAH, disse o oficial responsável pela administração e relação das Forças Armadas da Ukraina, com a comunidade, Vladislav Seleznev à Rádio Liberty.
Por duas vezes registraram ataques contra Balakliya. O primeiro ocorreu em 09.07.14 na fronteira das regiões de Kharkiv e Donetsk. A segunda em 26.12.15 sob as mesmas condições de agora. Mas, conseguiu-se evitar tais consequências fatais.
O Ministério de Defesa negou a existência de armazenamento subterrâneo de munição próximo a Balakliya.
As explosões no depósito de munições em Balakliya danificaram mais de 20 casas.
Na área da ATO encontraram esconderijo de armas russas.
O lado ukrainiano fez acordo sobre 19 propostas. Uma delas na área contígua e cinco - na área controlada pelos militantes. "No entanto, esses trabalhos não podem ser realizados já durante uma semana devido à recusa do ORDiLO (sigla dos combatentes) de fornecer garantias analógicas de segurança", - diz o comunicado.
Além disso, relata-se que o Centro de Controle conjunto e coordenação não dedica necessária atenção à reparação de emergência para restaurar a água e eletricidade ao longo das cidades em todo o território de Donetsk e Lugansk.
Na última semana, na zona ATO, os militantes prenderam 16 desertores. Eles tentavam atravessar a frnteira terrestre com a Rússia. Ultimamente verifica-se o desejo dos militantes em abandonar a guerra no Donbas. Está já não é a primeira tentativa de desistência, porém as forças leais à Rússia não deixam.
Os militantes no Donbas recrutam prisioneiros de colônias correcionais em troca de liberdade condicional antecipada, informou o Ministério de Defesa da Ukraina em sua página no Facebook, no sábado, dia 25.
No Donbas os militares russos roubam equipamentos das empresas para sucata de metal. Segundo a principal gerência de inteligência do Ministério da Defesa, com o desmantelamento envolvem-se em uma mina na cidade de Torez.
Os nacionalistas começaram "nacionalizar" as moradias para o reassentamento dos militares russos. Sequestram casas e apartamentos dos cidadãos que abandonaram as moradias por mais de três meses. Planejam entregar as habitações aos cidadãos russos que não têm habitação na Rússia e expressaram desejo de prorrogar o contrato para serviço militar em Donetsk e Lugansk.
Cruz Vermelha enviou ajuda humanitária para Donbas. Sete caminhões com produtos alimentícios e medicamentos, no sábado, dia 25 de março. Num total de 123 toneladas.
Em Davos, em 19 de janeiro, foi acordado que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, em 2017, fornecerá para operações humanitárias na Ukraina mais de US$ 60 milhões.
Itália concedeu 1 (um) milhão de euros para as vítimas da guerra no Donbas. Deste milhão 700 mil euros vão para o programa Alimentar Mundial e 300 mil - para UNICEF, a saber, para desminagem e programas educacionais.
Grécia reagiu à informação sobre a abertura de representação no país da DNR (República Popular de Dnetsk). No Ministério das Relações Exteriores da Grécia asseguraram que a nenhuma representação oficial da autoproclamada república não pode haver cnsiderações.
Tradução: O. Kowaltschuk
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