quinta-feira, 16 de março de 2017

Berezyuk sobre a situação com a suspeita a Sadovyi: "Bankova (governo) sozinha levou à suspeita da catástrofe.
E outros artigos do mesmo jornal.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 15.03.17
Sadovyi, Berezyuk Samopomich, Lviv:

Declarações sobre uma possível suspeita quanto à negligência de Sadovyi, como prefeito de Lviv, que poderia ter consequências fatais, não são outra coisa que pressão política.













Isto declarou no site "24" o líder da facção parlamentar "Samoponich" (Auto-Suficiência) Oleg Berezyuk.
"Esta é, exclusivamente, pressão política, despótica, com a finalidade de humilhar e diminuir Sadovyi, como líder político e como prefeito, e a própria cidade, a qual, na verdade, é um exemplo bem sucedido na Ukraina", - disse o deputado.

Ele ressaltou, que tal posição quanto a Sadovyi - é sinal de estado despótico. O deputado pensa, que o governo atual é o próprio culpado pela tragédia no aterro Hrybovytskyi.

O próprio estado, de Bankova incendiou, o próprio estado levou à catástrofe, que pode acontecer em qualquer cidade do país. E hoje este Estado pressiona a cidade, não dando oportunidade de decidir esta questão, - disse Berezyuk.
"Se este Estado fornece-se uma resposta adequada, o problema poderia ter sido resolvido há muito tempo. E o  melhor de tudo seria não criá-lo" - disse o político.

(Prezados, eu leio o jornal de Lviv, Vysokyi Zamok" (Castelo Alto) diariamente, porque este jornal, além de problemas próprios de sua região, também traz as principais notícias do país, e até do exterior. Gosto desse jornal. Vysokyi Zamok sempre escreve sobre as principais atividades do governo local. Daí, eu deduzo que o prefeito Sadovyi é muito ativo, e sempre preocupado com a cidade, a qual dirige já por 11 (onze) anos. Ele visita, pessoalmente, quaisquer lugares. A maior parte da população o aprova. Claro, sempre há alguns descontentes. Sadovyi, ainda antes do acidente com o depósito do lixo, começou a ser cogitado para presidente da Ukraina, nas próximas eleições e, parece, que este é o motivo das calúnias que recebe. Inclusive calúnias gravíssimas. Todas as portas, para ele se fecharam, nestes mais de oito meses do sucedido com o lixão. Nenhuma região da Ukraina, após alguns dias do acidente, concordou em receber o lixo duro de Lviv, que está sendo levado por toda Ukraina em caminhões. É dispensado aleatoriamente, em lugares não habitados ou matas, quando conseguem. E, tudo o que Kyiv diz é: "O problema do lixo é seu. Resolva-o". Até hoje ele não conseguiu nenhuma área onde pudessem preparar um depósito temporário. Tal área Lviv não tem. Teria que ser determinada por um poder superior. Ele já procurou até os vizinhos poloneses.
Já se sabe, que o atual governo pretende mais um período na direção da Ukraina. Poroshenko é candidato. Então é preciso afastar o potencial concorrente. E, se este não tem passado negro, fabricam-se os fatos necessários. -OK)

O procurador geral da Ukraina já avisou: "A Sadovyi podem entregar a suspeita e destituí-lo do cargo." (Lutsenko foi um dos perseguidos pelo ex-presidente Yanukovych. Parecia um grande patriota. Agora transformou-se em poderoso executor das ordens de Poroshenko - OK). Isto ele disse à TV ZIK, comentando a abertura de um processo penal em relação aos funcionários do Conselho da cidade de Lviv, principalmente ao prefeito Andriy Sadovyi. De acordo com Lutsenko, duas semanas atrás em Kharkiv foram concluídos os exames que constataram, que não houve nenhum fogo intencional no aterro Hrybovychi, em Lviv.











"Assim as conversas de que os concorrentes políticos atearam fogo no aterro, não foram confirmadas. O fogo explodiu devido a não observância de tecnologias. (Lembramos, o lixão queimou a cerca de 8 - 9 meses. Morreram, na ocasião, três pessoas - OK). Então, a questão é negligência. Os parentes dos mortos têm o direito de saber, quem é responsável por isso. Agora, as investigações preliminares investigam quem é o culpado. Eu não posso excluir que pode ser o prefeito e seus vices, ou outros funcionários", - disse Lutsenko. (Lutsenko deveria lembrar que ele também amargou um bom tempo na prisão, por motivos políticos, durante a presidência Yanukovych, e não sugerir acusações antecipadas.- OK).

Agora, o prefeito Sadovyi, ao qual nos últimos meses colou-se a etiqueta de funcionário incapaz de resolver os problemas de lixo na "capital cultural do país", pode voltar-se para a grande política nacional e ser o herói nos canais centrais e recuperar a simpatia dos eleitores comuns. Também pode tornar-se "vítima da repressão. Tal conclusão procede de sua própria afirmação de que, em breve, os promotores dar-lhe-ão aviso de suspeita de uma infração criminal

A edição do jornal continua sua análise: Sadovyi, usando a coroa de espinhos de "mártir", poderá transformar-se em "líder nacional da "inabalável" força política de "favorito nacional", "lutador pela verdade". E neste papel, continuar a avançar para o sonhado Olimpo.







A "ressurreição" de Sadovyi, que começou a ser esquecido, causou sua conversa com Petro Poroshenko, no último sábado. Falaram sobre diversos assuntos, especialmente sobre consequências do bloqueio no Donbas, cujos partícipes são deputados da "Auto-Suficiência", liderada por Sadovyi. Inicialmente Sadovyi falou sobre isto com Arsen Avakov (no início de fevereiro, quando exigia-se que o prefeito fosse trazido à responsabilidade). Como esta conversa não produziu resultados, o presidente e o prefeito tomaram chá juntos. Segundo Sadovyi, ele não conversou com Poroshenko sobre o desbloqueio, porque ele não o organizou, e não foi encarregado, para tal diálogo, pelos organizadores. Mas tem sua visão sobre o problema. Está certo, que a situação poderia ser resolvida sob alguns acordos. Primeiro - libertar do cativeiro dos terroristas (a qualquer preço) todos os nossos soldados e voluntários. Segundo - se o Parlamento aprovar a lei sobre o estatuto dos territórios ocupados com correspondentes consequências legais - internacionais e proibição de comércio com eles. Isto é, nenhum contato com os separatistas.

Segundo Sadovyi a conversa foi difícil. Lembraram sobre os deputados da "Auto-Suficiência", Sobolev, Semenchenko, Pastukh, que coordenam o bloqueio comercial. Com certeza, o presidente pediu que eles acabassem com o bloqueio, porque este causa grandes perdas no país e prejudica a imagem internacional do país ( Na UE condenaram o bloqueio, disseram que ele impossibilita novas sanções à Rússia).  Não se exclui que Poroshenko persuadiu a abandonar o bloqueio - em troca de alguns passos conciliatórios, por seu lado. Mas, parece, que o presidente e o cabeça do partido "Auto-Suficiência" mais uma vez não concordaram... É, sobre a falta de consenso que pode-se esclarecer a informação sobre a "suspeita". Intenções para abrir o processo existem. Tais questões estão prontas. Isto eu soube no sábado, estando em Kyiv e conversando com os primeiros dirigentes do país", - comunicou ao "Castelo Alto" o prefeito de Lviv. 

A pressão de Bankova, parece, não assustar Sadovyi. Pelo contrário, aumenta sua paixão política. Com os lábios de seu partido ele faz novas declarações, que vão contra a posição de Poroshenko. E ainda cerca-se com novos aliados. No final da semana, tomou café com parceiros potenciais nas próximas eleições - Mikheil Saakashvili (Foi presidente da Geórgia, muito elogiado em sua época, inclusive na Ukraina. Mas perdeu as eleições para adversário pró-Rússia. Veio para Ukraina, adquiriu cidadania ukrainiana, foi nomeado governador de Odessa, cargo do qual foi afastado depois de pouco tempo, por Poroshenko (que também o nomeou) porque, segundo Poroshenko, queria ocupar-se com política. (Pareciam muito amigos anteriormente - OK), Anatoly Gritsenko, líder da "Aliança Democrática"  e Basil Gatsko. Dificilmente tal grupo poderia agradar Petro Poroshenko, o qual, entre outras coisas, preocupa-se pelo futuro de seu partido "Solidariedade". Assim, além da conversa, na mesa de café, não excluímos outras maneiras de "pacificação" do caudilho de "Samopomich" que realiza, ainda, a missão de dono, sempre em tão sensível missão...

Comentário para "Castelo Alto"
Igor Tanchyn, cientista político.

Poroshenko vê Sadovyi como um concorrente potencial nas possíveis eleições presidenciais, e mesmo se antecipadas, faz tudo para derrubar sua avaliação (particularmente, o tema do lixo). Concomitantemente, Poroshenko precisa manter o atual Conselho, não permitir o colapso da coalizão. É complicado porque o "Bloco Petro Poroshenko" está em colapso, e a "Frente Popular" neste contexto começa apresentar ao presidente suas demandas. Pode parecer surpreendente, dada a miserável classificação da Frente Popular, mas, por outro lado - eles já não tem nada para perder. A "Frente Popular" ajustou seu olhar para "rebrendeng" (Não sei o que significa esta palavra -OK)o qual começará com a mudança de líder. Ele pode tornar-se Arsen Avakov, que vai pedalar um duro confronto com a Rússia. (Quem diria, Avakov adora o idioma russo, não o dispensava nem nos documentos oficiais!)
Mas, no momento, o mais anti-russo (não nas palavras, mas em ações) é justamente a "Auto-Suficiência, que em 50% organizou o bloqueio econômico no Donbas. Portanto, a Frente Popular e a Auto-Suficiência, nesta etapa, podem entrar em um acordo mutuamente benéfico, ocupando totalmente o nicho radical-guerreiro. Com tal potencial já não é tão assustador pensar em eleições antecipadas

Pelo menos, pode-se chantagear com eles o presidente...  Eles encontrarão boas razões para jogo político.

O prefeito de Lviv Andriy Sadovyi diz, que a procuradoria lhe prepara suspeita de uma infração criminal.
Sobre isto o próprio prefeito escreveu em 13 de março no seu Facebook. "Nas reuniões de sábado soube, que logo devo receber uma mensagem dos promotores sobre suspeita de ter cometido um crime", - escreveu Sadovyi.
Claro, eu não atribuo isto, nem com a posição de "Auto-Suficiência" no parlamento, nem às peculiaridades da política ukrainiana. Assim coincidiu simplesmente", - disse o prefeito, sem especificar, em que ele é suspeito.

No dia anterior tornou-se sabido que o prefeito de Lviv encontrou-se com o ministro do Interior Arsen Avakov e o presidente Petro Poroshenko. O presidente interessou-se pela posição do prefeito de Lviv em relação ao bloqueio de transporte de ORDLO.

"Também nós conversamos sobre o bloqueio, soou o nome de Semenchenko, Sobolev, Pastukh, ele argumentava, o que e como precisa fazer. Eu tenho o meu entendimento sobre isso. A conversa foi muito difícil, Avakov, principalmente, ouvia", disse então Sadovyi.

Tradução: O. Kowaltschuk

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