O lixo de Lviv
Excertos de reportagens do jornal "Vysokyi Zamok".
Todos, provavelmente, estão lembrados do fogo no local do depósito do lixo de Lviv.
Na ocasião morreram algumas pessoas.
Depois desta ocorrência, a prefeitura de Lviv, ficou proibida de continuar depositando lixo no local, porque já, realmente, não havia muito espaço.
13.06.16: Decimo quinto dia do bloqueio. Os dirigentes de de regiões próximas de Lviv parece que estendem a mão, mas aceitar resíduos não permitem...
05.07.16: Sadovyi (prefeito de Lviv) perdeu índices de aprovação. Agora aprovam seu trabalho apenas 41% da população. Anteriormente eram 70%.
(Eu leio o jornal Vysokyi Zamok (Castelo Alto), o jornal de Lviv e, embora não sendo moradora de Lviv, simpatizo muito com o prefeito Sadovyi. Ele acompanha todos os acontecimentos importantes da cidade, interessa-se por tudo e sempre está nos locais onde surgem problemas, procurando resolvê-los. Ele está 11 anos como prefeito de Lviv. - OK).
30..06.16: Sadovyi: "Se tudo caminhar estritamente com o plano, aproximadamente em 3 (três) anos, a cidade terá uma fábrica de reciclagem". Todos os dias temos grandes dificuldades com a retirada (exportação) de lixo, bloqueiam nos limites da região de Lviv, e em outras regiões. É um trabalho titânico e hoje, aproveitando a oportunidade, quero agradecer a todos que ajudam - aos trabalhadores que levam o lixo, aos trabalhadores que o recolhem. É muito importante que a cidade esteja limpa, em segurança.
Hoje nós temos uma sessão com o Banco Europeu de Investimento. Esta é a única oferta real, construir um complexo, com a máxima reciclagem de resíduos.
Se tudo der certo e, de acordo com o plano, em três anos teremos uma usina de reciclagem. O problema com o espaço físico, penso, deve resolver o conselho regional.
A região tem bastante terra além dos assentamentos. Mas, nenhuma proposição ainda não recebemos.
Porém, o problema com o lixo tornou-se cada vez mais grave. Alguns municípios próximos, no início concordaram em receber o lixo, mas não foi por muito tempo. No governo central a insinuação, ou até resposta direta era: "O problema é seu. Resolva-o."
26.01.17 Andrew Sadovyi: "Polícia com luzes" acompanhava os detritos de Lviv por toda Ukraina. " Assim transportam o presidente da Ukraina!"
Júlia Pidluzhna: Sadovyi, prefeito da cidade afirma, que a cidade tem problemas de "lixo político", não costumeiro.
Última declaração, sem precedentes, do prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, é que ele apelou aos prefeitos de cidades polonesas, para aceitar o lixo de Lviv, sacudiu o espaço informativo. Dizem: lixo de casa não retiram. Mas, no caso de Lviv, o lixo de casa retiram, já não no sentido figurativo, mas no sentido literal. E, ainda planejam levá-lo para o exterior. Assim o problema do lixo adquire ressonância internacional.
Sadovyi: - Lviv, oito meses em bloqueio de lixo. O polígono Hrybovychi, que recebeu o lixo de Lviv nos últimos 60 anos, está fechado - pela decisão da justiça. Diariamente, Lviv produz 600 toneladas de lixo que deve ser urgentemente retirados. Até agora era levado a todos os polígonos (regiões-OK) de nosso país. Aos meus inúmeros pedidos à direção do estado em relação à ajuda e certa centralização, não recebi nenhuma resposta positiva. "Isto são seus problemas, você sozinho deve resolvê-los". Eu faço isto a oito meses. Todos os dias começo o dia de trabalho e encerro-o acompanhando a situação do lixo. Aonde levaram, por que não levaram, quem bloqueia...
Um mês atrás, os caminhões com lixo começaram, da Ukraina Central voltar para Lviv - os caminhões de lixo, voltavam acompanhados por carros de polícia com "flashes", passando nas províncias (estados para nós - OK). Assim acompanham o presidente da Ukraina!
Isto passou dos limites do senso comum. Duas operadoras, na verdade, estão bloqueando, não tem para onde levar o lixo. Temos 30% de sobre acumulação nos locais. Toco o alarme. Dirijo-me aos embaixadores de países estrangeiros, organizações ambientais, aqui vive um milhão de pessoas. Elas estão em apuros. E, se amanhã esquentar (janeiro, lá é inverno, mas às vezes aparecem dias menos frios), Quem pensa sobre conseqüências ecológicas? Tive uma conversa séria com o Ministro da Saúde. Pedi-lhe para levantar esta questão no Conselho. Até o último momento as autoridades públicas fingiam, que não havia problema. mandei-lhes dezenas de cartas. Uma semana não houve nenhuma reação ao pedido de convocar o Ministro de Situações Extraordinárias, comissão estatal... E apenas no dia 24 de janeiro, eu recebi garantias, que em 25 de janeiro o chefe da administração regional convocaria a comissão do Ministério e Situações Extraordinárias.
Sadovyi à esquerda. |
Vivo sob crítica 11 anos. Posso não agradar a muitos. Batam-me quanto quiserem. Mas não façam do povo de Lviv reféns de seus planos. Temos a firme intenção, neste ano, iniciar a construção da fábrica (ou seria usina? - OK) para reciclagem de profundidade. Tecnologia simples, mecânico-biológica abordagem. Após a triagem de 60 - 65% numa secundária reciclagem, deveria ficar como lixo apenas 35%. Nós anunciamos o desejo de comprar 25 hectares de terra para um novo polígono de resíduos sólidos urbanos. Recebemos propostas. No entanto, há uma ressalva - para receber tal área deve haver permissão estatal. A comunidade pode apenas ajudar. Portanto, tais difíceis questões decidem-se exclusivamente com as autoridades estaduais, e eu espero, esta coordenação aparecerá.
Conversei com Oleg Senyutka (Governador de Lviv) e Vladimir Groisman (Primeiro Ministro). Groisman me garantiu que ele pensa no caso e há soluções. Sim, há soluções. No caso das propostas de cidades polonesas, há leis polonesas. Nossos advogados estudam a situação. Eu, realmente, não gostaria, porque é incorreto. Os problemas ukrainianos devem ser resolvidos na Ukraina. Embora na União Européia há esta prática, onde os resíduos de um país são levados para outro país. Mas é UE, são outras regras. Na verdade temos o problema de lixo político, não costumeiro.
A situação aqui é tal, nós trabalhamos com cada polígono dois três dias, depois vem a promotoria local, outros serviços....e o operador do aterro nos chama: "Desculpem rapazes, eu não sabia, que isto são problemas. Não posso mais receber o lixo de vossos transportadores". É assim com todos polígonos.
- Então não são as comunidades que bloqueiam, são serviços públicos...
- Mas que comunidades? Nós temos uma "comunidade". Em todos os lugares, os mesmos rostos. Há muitos aterros particulares, que estão prontos para receber o lixo, para eles é negócio. Mas eles sofrem pressão administrativa furiosa. Rastrear o lixo - não é problema. Veja quantos postos policiais de Lviv a Kyiv no caminho para outras cidades.
- O que o governo central quer, para desbloquear estes polígonos?
- Lealdade de "Samopomich (partido de Lviv) no parlamento. Tudo é simples.
- Você conversou com os prefeitos destas cidades?
- Os prefeitos de muitas cidades dependem da posição política dos deputados. Em Lutsk, à proposição do partido UKROP (União Ukrainiana de patriotas) os deputados locais decidiram não receber nenhum lixo de nenhuma cidade. Isto é abordagem anti-ukrainiana. Declarações semelhantes adotaram os deputados de Chernihiv e Zaporizhia. E, nós falamos sobre unidade do país!
Eu sou uma pessoa de compromissos. Sempre encontrei uma linguagem comum com os governos que trabalhavam na Ukraina. Mas, exclusivamente, nos interesses da comunidade de Lviv. Nunca darei comando a "Auto-Suficiência" votar no Parlamento em leis, que podem levar à destruição de nosso país.
A mim não interessa minha classificação. Se alguém estiver interessado na minha classificação - isto é seu problema. Eu estou interessado em meu trabalho, solução de problemas da cidade. Se alguém se preocupa com a minha classificação e não tem com o que ocupar-se - então que cuide. Não presto atenção nisto.
(Há mais reportagens sobre este assunto, mas as notícias são sempre deste tipo. Acho que já é suficiente. Porém, desconfio que há mais um problema que não está sendo citado por ninguém. Um pouco antes destes acontecimentos surgiu uma notícia de que Sadovyi poderia candidatar-se à Presidência da Ukraina. Não houve mais notícias neste sentido. Não sei se um interiorano ganharia, mas que atrapalharia bastante, isso sim. Que pena! - OK)
Tradução: O. Kowaltschuk
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