segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Pela Ukraina morreram 20 defensores em dezembro de 2016
Ukraina Moloda (Ukraina Jovem), 05.01.2017

Herói da Ukraina Meketa Yarovei
No mínimo 20 defensores da Ukraina morreram, na não declarada guerra com os invasores russos no Donbas, durante o mês de Dezembro de 2016.
Além disso, de fontes confiáveis sabe-se das chamadas "perdas não durante combates": tanto na zona ATO, como além de seus limites morreram ou foram mortos devido a vários motivos, outros 14 soldados.
Sobre isto avisa a edição "Noticiário" na quinta-feira, o qual fez a contagem das perdas nos combates e "não-combates" das Forças Armadas da Ukraina no período citado.

"Agradecemos às Forças Armadas da Ukraina porque nós temos agora o Ano Novo e não "Novei God" (Ano Novo em russo). Tal post foi muito popular nas redes sociais da Ukraina na véspera de 2017. Aquele dezembro tornou-se último para, no mínimo 20 militares ukrainianos que morreram nas batalhas e em consequência de canhoneio hostil.
O  "Noticiário reuniu seus nomes, fotos e alguns dados biográficos. Agora você pode ver, a quem agradecer. Eles pagaram com a própria vida o nosso dia santificado", - observa a edição

Mortos do mês de dezembro de 2016: perdas de combate...

1. Alexander Lucas "Luka".

Tinha 51 anos. Morreu em resultado do ataque de morteiro na região de Krasnogorivka (Donetsk), a mina atravessou a blindagem. Sargento, comandante da instalação da propulsão do 4º departamento de artilharia anti-aérea da 92ª brigada mecanizada (Prezados, não entendo nada dos termos militares. Certamente cometerei erros - OK).
Natural da região Poltava. Tratorista com especialidade em melhoramento do solo. Convocado  em 2014. Após desmobilização voltou para casa, mas em fevereiro de 2016 assinou contrato para continuar nas Forças Armadas e voltou à frente.
Deixou pai, irmã, esposa, filho, filha e neto.



2. Michael Pokydchenko "centurião" / "Pequeno".


Morreu em 05/12. Soldado da 128ª  brigada de infantaria Zakarpattya. Anteriormente serviu no "Setor Direito" (Este grupo não oficial, se desfez - OK), ultimamente em Opetne - Donetsk. Valente, confiante, simples e generoso. Sua vida foi ceifada pela rajada da metralhadora inimiga. 
Nasceu em Mukachevo. Soldado, artilheiro. Trabalhou como operador da TV Mukachevo "Studio M". Foi à frente em maio de 2014. Depois de um ano e meio foi para casa, mas voltou à frente sob contrato com as Forças Armadas em maio de 2016.
Deixou os pais, irmão, irmã, esposa e duas filhas pequenas.

3. Viktor Klimenko.


Morreu em 10.12.2016. 
Tentou repelir o ataque a Krasnogorivka, Donetsk. Morreu com mais dois companheiros. 
Nasceu em 15.02.1978. Era motorista profissional. Foi mobilizado em maio de 2015 no Serviço de Fronteiras do Estado, em Lugansk. Em julho de 2016 assinou um segundo contrato de seis meses com as Forças Armadas.
Foi enterrado em sua aldeia natal, Varvarivka. Deixou os pais, dois irmãos, esposa e quatro filhos, o menor com dois anos.

4. Andrew Lelyakim.




Morreu em 10.12.2016 no mesmo ataque de morteiro com Viktor Klimenko. Tinha 34 anos. Era artilheiro sênior da terceira bateria do 3º Batalhão Mecanizado. Era natural da aldeia Ivanivka, de Kharkiv. Trabalhava na construção civil. Em abril de 2016 assinou contrato de seis meses para serviço militar. Foi enterrado em sua aldeia natal. Deixou a mãe e um irmão.

5. Volodymyr Sholominskyy "Batman".

Comandante da terceira bateria do 3º batalhão mecanizado. Morreu em 10 de dezembro, juntamente com os companheiros Klimenko e Lelyakim. Sobre ele contou aos jornalistas o sargento Alexander Litchenko: "Para apoiar os rapazes, nós viemos e ocupamos posição - e tal tragédia. Veio uma mina do território não controlado. Volodymyr Sholominskyy me cobriu com o seu corpo. Eu apenas fui afastado com a onda de choque..." - disse Litchenko. Volodymyr tinha 33 anos. Cresceu numa grande família, de seis filhos. Foi mobilizado em janeiro de 2015. Em julho de 2016 assinou contrato de seis meses. Deixou esposa, filhinha de 7 meses, pais, irmãs, irmão.


6. Roman Radyvilov "víbora".


18 de dezembro de 2.016 - há muito não havia tantas perdas como neste dia. Mas, também a muito as Forças Armadas da Ukraina não recuperavam tão grande pedaço de território como a 54ª brigada mecanizada em 18 de dezembro no arco de Svitlodarsk.
Um dos primeiros heróis caídos, quando Ukraina ainda dormia, foi o herói de Kharkiv, "Víbora". Por sua bravura Roman Radyvilov recebeu, postumamente a ordem "Por sua coragem" de III grau. Rechaçando os ataques inimigos, os soldados ukrainianos realizaram contra-ataque e ocuparam duas novas posições próximo da aldeia ocupada, Kalenivka. Na luta morreram cinco soldados ukrainianos, mais de 20 foram feridos, um desapareceu sem notícia... Roman foi morto em ação.
Roman nasceu em 14.02.1984, na cidade Dergachi - região de Kharkiv. Segundo o comandante, "Víbora" impediu a "República Popular de Kharkiv" (Os conquistadores russos "criam" Repúblicas Populares em quaisquer pedacinhos de território - OK) e foi um dos primeiros a erguer sobre Kharkiv a bandeira vermelha e negra, bandeira do movimento de libertação da Ukraina no século XXI.
"Víbora lutou no Corpo de Voluntários de 2014, participou nas batalhas de Piske e Aeroporto de Donetsk. Em 2015 recebeu queimaduras e, temporariamente voltou para casa. Participou de vários movimentos.
Em 2016 assinou contrato e voltou para a frente.
O herói foi sepultado em 22 de dezembro, em Dergachi, na Alameda da Fama do cemitério municipal. Na cidade foi declarado luto oficial.

7. Dmytro Klymenko "Sanych".


Nasceu em 08.07.1980 em Kamianka, região Kherson. Morreu em 18.12.2016 em Svitlodarsk, durante a luta por Debaltseve. Recebeu a ordem "Pela coragem" de III grau, postumamente. Desde março de 2015 lutou em Piskah, próximo a Donetsk.
No verão de 2015 assinou contrato com as Forças Armadas. No outono assinou novo contrato. Veio à 54 Brigada, onde lutavam os amigos próximos, os "pobrateme" (pobratem é considerado como irmão, por escolha. -  OK) do "Setor direito".
Enterraram o herói em 22 de dezembro, em sua terra natal, Kamiantsi. Ficou a mãe, irmão, irmã e filha.

8. Andrey Shirokov "Homem de família".


Mais uma vítima de Svitlodarsk, herói que recebeu a ordem "Pela Coragem" de III Grau, postumamente. Também do Setor Direito. "Homem de família" - porque ficou a esposa e cinco filhos: duas filhas, dois filhos adotados e o filho mais novo, de quatro anos.
... Naquela batalha da manhã, em 18 de dezembro, Shirokov, no início foi dado como "desaparecido sem notícia". Apenas na noite de 22 de dezembro conseguiram recuperar o corpo do guerreiro do campo de batalha, a 200 metros da posição do inimigo. Ele morreu de dois ferimentos a bala, de um rifle sniper, nas primeiras horas da batalha.
Ele nasceu em Dnipró (ex-Dnipropetrovsk, cidade) e viveu lá. Antes da guerra trabalhou com a reparação de equipamentos médicos. Na guerra desde 2014. Foi enterrado na cidade Dnipro, no cemitério Yasn.
Anteriormente foi voluntário do "setor direito", passou por duas rotações no aeroporto de Donetsk, lutou em Piskah e na aldeia "Butivka", foi ferido duas vezes. 

9. Nikita Yarovey "Shaitan".


Ele acabou de completar 21 anos, e era o mais jovem tenente-comandante da companhia na 54ª brigada. Escolheu seu apelido "Shaitan". Morreu heroicamente em 18 de dezembro.
Em 25 de dezembro, os militantes trouxeram os corpos de Nikita Yarovey e Andrew Baybusa, nos sacos, à cidade Shchastia - Luhansk, para trocar por quatro seus "duzentos". (Duzentos é combatente morto). 
Após seis dias o presidente outorgará a "Shaitan" o título de Herói. O certificado de Herói e a medalha "Estrela de Ouro" recebeu das mãos do presidente Poroshenko a mãe de Nikita Ludmila - coreana étnica.


O futuro herói nasceu em 02.02.1995 numa aldeia, na região de Dnipropetrovsk (província). Em janeiro de 2016 concluiu a Academia Nacional de Forças Terrestres Petró Sahaidachnyi em Lviv (curso intensivo) e já em abril foi para a frente. Em dezembro fatídico comandou o ponto de referência na frente. Nikita recebeu ferimento mortal, mas o grupo que ele encabeçava executou a tarefa e destruiu os grupos de sabotagem do inimigo. A divisão de Nikita dominou o inimigo e estendeu o território controlado pela Ukraina em algumas centenas de metros para o leste.
Além da mãe e 

10. Andrew Baybuz "Efa".


Quando os soldados, em 18 de dezembro, sob fogo pesado, tentavam evacuar os feridos, Andrew Baybuz pediu para não levá-lo e sim um outro jovem ferido. Congelaram os corpos de Andrew Baybuz e do comandante Yarovey. Os desumanos abusavam dos parentes, enviando fotos dos combatentes assassinados. A troca aconteceu apenas no dia 25 de dezembro. 
A esposa de Andrew luta na mesma unidade, eles estão juntos há 20 anos. Separaram-se duas vezes, mas na frente casaram-se novamente - em Bakhmut a um mês e meio antes da morte "Efa". O herói deixou também a mãe, irmã, filho de 19 anos e uma filha em idade escolar.

11. Sergey Stepanenko "Pashtet".


Ensino técnico em radiocomunicação e radiodifusão. Trabalhou em concretagem, como motorista de táxi, negócios de construção. Entrou nas Forças Armadas como contratado. Foi gravemente ferido. Após o término do contrato, assinou novo contrato em 06 de dezembro de 2016 e voltou para a frente.
Ferido fatalmente no dia 18 de dezembro quando o inimigo tentava quebrar a linha de defesa das Forças Armadas da Ukraina.
Foi enterrado na aleia de honra do cemitério em Boryspil. Deixou esposa, filha e um filho menor.

12. Vladimir  Andreshkiv "Brasa".

Ativo participante da "Revolução da Dignidade" em Kyiv. Na batalha "Rus de Kyiv" desde o seu início em 2014. Lutou em Debaltseve em 2015. Desmobilizado voltou para casa, mas em 05.11.2016 assinou um novo contrato. No final de 2016, "Brasa" re-assinou o contrato com as Forças Armadas. Morreu quando o adversário enfurecido tentava recuperar posições perdidas no dia anterior.
Vladimir Andreshkiv era divorciado. Deixou a mãe e três filhos nascidos em 2001, 2003 e 2005. Com o herói despediram-se na Praça da Independência em Kyiv e Lviv.

13. Vasiliy Panasenko "Waha".





Desde maio de 2014 no 15º batalhão. Passou por Debaltseve (Debaltseve é muito lembrado porque a luta lá foi feroz -OK). Em setembro de 2016, pela segunda vez assinou contrato. 
Recebeu a Ordem "Pela Coragem", grau III. Morreu em 20.12.2017. Deixou esposa e filha de 10 anos.


14. Vsevolod Ratushnyi


Estudou no Instituto Florestal de Lviv, no departamento de mecânica. No contrato com as Forças Armadas a partir de março de 2016. Morreu em missão de combate. Deixou a mãe de 70 anos. Foi enterrado com celebrações em Lviv.



















 15. Alexander Vinyarski




Morreu durante o ataque à aldeia Novozvanivka _ Lugansk. Foi ferido a bala, na cabeça. Foi enterrado no cemitério de sua região natal Khmilnyk em Vinnytsia. Tinha apenas 22 anos. Foi convocado em 2.015. Mais tarde assinou contrato. Deixou a mãe e duas irmãs.

16. Roman Mamasuyev





Morreu na manhã de 22 de dezembro, de ferimentos da bala no pescoço, durante o bombardeio da cidade de Avdiivka (Donetsk). Estudou em colégio agrícola. Após o serviço militar permaneceu no exército, sob contrato, até 2009.


17. Sergey Rubanchukov


Morreu em 22.12.2016 em consequência de explosão da mina. Postumamente foi condecorado "Pela coragem" com grau III.
De Kyiv, adepto de UNA-UNSO. Tinha 36 anos. Soldado comandante da 54ª brigada mecanizada. Em 2014 foi à guerra na composição de batalhão voluntário de propósito especial "Portão de ouro". Desde abril de 2015 serviu no 131º batalhão de reconhecimento separado ("batalhão UNSO), comandante da 1ª divisão do 1º pelotão. Lutou em Mariupol. Em 2016 assinou contrato com as Forças Armadas da Ukraina. "Alguns dias antes da morte, Sergey pessoalmente matou um inimigo, o outro capturou. Teve uma concussão e foi hospitalizado. De lá, é preciso pensar, fugiu - porque hoje morreu", - escrevia Elena Bilozerska. Seu irmão também é soldado - voluntário desde 2.014.

18. Alexander Moroz


Alexander Moroz morreu ao pisar na extensão de uma mina, em 26 de dezembro. Foi à guerra como voluntário. Foi enterrado na Calçada da Fama do cemitério militar em Kamianska. Deixou dois filhos e uma filha.

19. Leonid Provodenko. "Cossaco"


É daqueles que lutaram na ATO por Donbas nativo e caiu como um herói. Nasceu em 10 de setembro de 1.965 em Luhansk, na aldeia Mikhaylivka. Inspetor público para proteção ambiental do Estado na região de Luhansk. Após o início da guerra levou a esposa e dois filhos para Kyiv, e sozinho, em 06.08.2014 foi, como voluntário à frente.
Sargento Senior foi comandante do 12 º  batalhão de infantaria. Seguia tradições cossacas e queria libertar sua aldeia natal, que foi ocupada pelos terroristas. Em 26.12.2016, próximo a aldeia "Kruta Balka", o grupo de exploração percebeu os militantes. O tiroteio foi muito próximo. O cossaco, pessoalmente, destruiu dois mercenários. No entanto, cobrindo a retirada de seu grupo,  teve morte heroica, devido a ferimentos de bala. Os enfurecidos "DNR" sob a cobertura de disparos levaram o corpo do morto e abusaram dele, filmando isto num vídeo que postaram na internet. Em 30 de dezembro os invasores entregaram o corpo para o lado ukrainiano, mediante acordo.
Leonid Provodenko foi enterrado em 02 de janeiro, no cemitério militar em Kyiv. Dar adeus ao cossaco vieram centenas de pessoas.

20. Sergei Kabanov


Sergei Kabanov ingressou no exército como voluntário em agosto de 2014. Antes da guerra ele trabalhou na oficina de móveis na região de Tarascha onde nasceu em 27.05.1971.
Ultimamente Sergei vivia sozinho. Filho crescido, a mãe foi trabalhar na Itália, onde vive até agora. Duas vezes renovou o contrato com as Forças Armadas. Lutou na região do aeroporto de Donetsk, passou pela caldeira de Debaltsevo, recebeu ferimento no pescoço.
No dia 28 de dezembro Sergei voltava com o grupo de sapadores. Kabanov percebeu uma mina coberta com neve. Ele parou, estendeu a mão... E, neste momento funcionou o alongamento esticado sob a neve. Sergei morreu instantaneamente, mais dois sapadores receberam ferimentos graves - um deles teve a perna arrancada. 
O sargento foi enterrado em sua terra natal, Tarascha, em 31 de dezembro. O irmão de Sergei continua no exército.

Tradução: O. Kowaltschuk

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