terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Dia no ATO: 20 soldados ukrainianos padeceram.
Notícias Ukrainianas - 30 de janeiro de 2017

Três militares morreram, dezessete receberam ferimentos.

"Na direção de Donetsk, as forças de ocupação russas dispararam contra Avdiivka, Novotroitske, Luhansk, Nevelsk e Opetne, - foi dito no comunicado.

Ao mesmo tempo, em Piskah e Avdiivka, durante o dia, os tanques conduziam fogo.

Na direção de Mariupol, de artilharia de 152 milímetros, os usurpadores disparavam contra Vodiane, Krasnogorivka e Lebedenske. Com lançadores de granadas e armas de pequeno porte - Pavlopil, Talakivka, Hnutove, Shyrokyne e Vodiane.

Foram fixados 37 tiroteios.

Como resultado, na manhã de 29 de janeiro os atacantes lançaram ações de assalto próximo a zona industrial de Avdiivka para capturar as posições das Forças Armadas da Ukraina, de ambos os lados. 

No domingo lá morreram quatro combatentes ukrainianos e 12 foram feridos.

Do lado dos militantes - morreram no mínimo 9 pessoas e 24 foram feridas, sete deles gravemente.
Foi morto também o iniciador do ataque, Grek A.V. do chamado batalhão "Vostok" (Um batalhão do 11º regimento das forças de ocupação da Rússia). O que sobreviveu é morador de Makiivka ((Makiivka, Ukraina - terra natal do ex-presidente pró-Rússia, Yanukovych). 
Três militantes foram capturados, mas dois morreram devido aos ferimentos.

Também foram feridos, devido ao tiroteio, dois moradores pacíficos. 

Avdiivka ficou sem eletricidade.


O ministro da Defesa, Stepan Poltorak, disse que após o assalto do inimigo à zona industrial de Avdiivka, as tropas ukrainianas passaram ao ataque e ocuparam um posto de importância estratégica.

Em Avdiivka os militantes não seguem o regime de silêncio após 12 horas. Eles não param os tiroteios. A situação mais difícil na área ATO continua na direção de Donetsk.

Também é preocupante na direção de Lugansk e Mariupol.

Os militantes deram instruções para, terminantemente, excluir dos hospitais os combatentes internados. Eles sofrem pesadas perdas em Avdiivka.

Poroshenko convocou o gabinete de guerra (Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ukraina - RNBO) devido ao agravamento da situação em Avdiivka. O gabinete militar se reunirá na terça-feira à tarde.

O Conselho permanente da OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa) marcou reunião sobre a situação em Avdiivka hoje, 31 de janeiro.

Para as necessidades dos feridos em Avdiivka há necessidade urgente de roupas quentes. (O aquecimento foi danificado, lá agora é inverno - OK). Os soldados feridos recebe o hospital em Pokrovska.


Em Donetsk, na mina (de carvão) sob a terra estão presos mais de 200 mineiros. O motivo do incidente foi a danificada subestação. Também foi desligada a ligação de reserva.

Para evacuação de Avdiivka prepararam 80 ônibus e dois trens. Os moradores serão levados para Kramatorsk, Kostiatenivka, Drujkivka, Pokrovska, Seledovo, Gornyak, Novgorod, Ukrainska, Bakhmut e Slovianska. No dia anterior os militantes dispararam 800 vezes sobre Avdiivka. No geral, durante os dois últimos dias (30-31), os terroristas abriram fogo 1.200 vezes.

Os invasores atiravam sobre as posições das Forças Armadas da Ukraina com "Grad", sobre casas e prédios residenciais. Os apelos para trégua os militantes ignoram.

O ministério das Relações Exteriores da Ukraina pediu para aumentar a pressão sobre Kremlin, para parar a escalada no Donbas, porque lá permanecem sem água, eletricidade e aquecimento mais de 400 mil moradores pacíficos.

Hoje, terça-feira, as equipes de manutenção não podem consertar as linhas de energia em Avdiivka porque continuam os ataques dos militantes pró-russos. O que salva a situação é que conseguiram elevar o aquecimento para 44 graus.

Para reforço à Avdiivka vieram 4 ambulâncias de Kostiatynivka.

À noite, em Avdiivka, do sistema de fogo "salva" BM-21 "Grad" dispararam sobre Avdiivka. Há informações sobre incêndio e destruição de uma área residencial. Há feridos.

Em Avdiivka há, no mínimo 2.000 crianças.


Há informação de destruição e incêndio na área residencial da cidade. Várias casas foram danificadas. Segundo dados preliminares, há feridos entre a população local.

Tradução: O. Kowaltschuk

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Taruta sobre Gontareva e responsabilidade de Poroshenko como ex-governador de Donetsk.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 28.01.2017
Alexander Laschenko

"Agora já não se trata de Gontareva (presidente do Banco Nacional da Ukraina), mas pessoalmente sobre você, Petro Oleksievich" - tal referência ao presidente da Ukraina Petro Poroshenko anunciou no ar da Radio Svoboda (Rádio Liberdade), o deputado popular da Ukraina, ex-dirigente da Província de Donetsk, Sergey Taruta. Ele afirmou que "não resta muito tempo", para a presidente do Banco Nacional Velaria Gontareva "seja colocada atrás das grades."
Segundo Taruta, a chefe do NBU (Banco Nacional da Ukraina) é culpada no "sofrimento de aproximadamente, um milhão de investidores" (depositantes). À renúncia de Petro Poroshenko Sergey Taruta não apela, mas considera, que o presidente perde sua classificação. O motivo disto o visitante do estúdio disse ser o apoio de Poroshenko à Gontareva, e ações do presidente com a regularização no Donbas. Sergey Taruta também argumentou, que fez todo o possível para combater a "primavera russa". 

Alexander Lashchenko: Começaremos com o mais agudo. Você (Uso tratamento mais fácil, os ukrainianos usam, geralmente, a 2ª pessoa do plural - OK) mesmo, se acreditar na imprensa que lhe cita, senhor Taruta, pediu o afastamento do atual presidente da Ukraina Petro Poroshenko em relação às ações da presidente do Banco Nacional da Ukraina, senhora Gontareva. Estas ações você avalia negativamente a muito tempo. Você é tratado bem?

- Sim.

- Por que? Por que é preciso ser assim?

- Porque isto afetou cerca de um milhão de depositantes, ukrainianos que tinham depósitos nos bancos. Isto, hoje, já são 90 bancos, onde eles perderam todo o dinheiro que estava em depósito. Isto são 300 pessoas jurídicas, que perderam seu dinheiro, e não têm capital de giro para apoiar seu negócio. Eles o liquidam. É completa falta de crédito à economia. Hoje, todos estão em péssimas condições.

98% não confiam na liderança do NBU. E quando não há confiança, o dinheiro está "no bolso", e isto são cerca de 800 bilhões de dólares, que não trabalham a favor da economia.

E nós, constantemente, andamos com a mão estendida, pedindo ajuda aos credores ocidentais. E os credores ocidentais, como o FMI, dizem: aumentem as pensões, troquem isto, troquem as tarifas. O FMI apenas esforça-se para estabilizar a situação macro-financeira, mas a economia macro-social não os preocupa muito, E, por que eles vão responder pelo nosso país? É o nosso governo que deve responder.

No outono de 2014, assim que Gontareva foi nomeada, já após três meses havia pedidos de deputados que alertavam, que as ações de Gontareva levarão à destruição do nosso sistema bancário.

Você teve uma conversa particular com Petro Poroshenko sobre este tema?

Não. Petro Poroshenko - ele... Ele é muito importante entre nós, ele é nosso "rei" e "Deus". Ele decide tudo sozinho. E ele não recebe simples mortais. Ao 4° andar vão apenas os seus amigos. Amigos que lhe ajudam neste sistema, sistema da destruição do nosso país, e com isto ganham muito dinheiro. Ele convida apenas os deputados que aumentam o número de votos, são os dirigentes das facções, e aqueles que auferem com ele grandes quantias, e por isto eu não conversei com ele. Ma esta é sua responsabilidade pessoal.

- E a sua posição é partilhada por muitos deputados?

- Muitos deputados.

- Você faz algumas leis correspondentes?

- Tivemos a iniciativa para criar uma Comissão especial temporária. Mas o comando da Bankova (Bankova, nome da rua na qual se situam os prédios governamentais. No sentido político é como Kremlin para Rússia - OK), da facção BPP não apoiou. E mais uma facção não dará seus representantes, então é impossível, segundo o nosso regulamento, conseguir uma comissão no Parlamento. Houve um apelo coletivo a todos os órgãos de aplicação da lei. Agora vemos que há alguns resultados. NABU (Bureau Nacional Anti-Corrupção da Ukraina) abriu a questão. A Procuradoria trabalha com eficácia. Também a Polícia Nacional.

E eu penso que resta pouco tempo quando ela (Gontareva) será colocada atrás das grades. O meu objetivo não é somente colocá-la atrás das grades, mas para que isto, para os próximos funcionários seja um exemplo, que sejam claras as questões e haja sanções pessoais também no Ocidente.E, por isso eu trabalho constantemente com os deputados do Bundestag, trabalho com direção...

- O que você quer transmitir a estes deputados?

- Eu quero informar, que a ajuda que eles fornecem a Ukraina, infelizmente, não tem efetividade, e a gestão do Banco Nacional envolveu-se em lavagem de dinheiro.

Será que não há risco - nas condições de agressão externa, que não cessa nem um dia, diariamente morrem os soldados ukrainianos na frente?
A propósito, gostaria de salientar... Eu não sou juiz. Eu apenas estou pronto para colocar a senhora Gontareva diante desta mesa da Rádio Liberdade, para que ela também se expressa-se sobre as acusações à sua pessoa. Com  grande prazer Rádio Liberdade oferecerá esta oportunidade.
Mas não será isto, de agrado à Rússia - esta sua atividade?

No que diz respeito ao fato, como dizemos agora, guerra. Quando há guerra, então precisa, que o país esteja forte, que haja economia...

- Ukraina consegue sobreviver sem dinheiro do FMI?

- Ela pode sobreviver. Acredite, hoje Ukraina pode contar apenas consigo.

- Há recursos?

- Ha recursos. E muitos recursos. Mas estes recursos não darão. Tenho em mente Gontareva e NBU (Banco Nacional da Ukraina).

O quanto eu entendo, o procedimento do impeachment na Ukraina não é bem determinado. Você faz algo neste caso? Você, e, possivelmente, seus correligionários?

- Não. Eu nunca me dirigi pedindo afastamento. Eu escrevi uma carta aberta ao presidente em relação às ações de Gontareva. Lá eu escrevi, que agora a questão já não era sobre Gontareva, mas pessoalmente com o senhor Petro Poroshenko. Se o Senhor não reage aos fatos abusivos, então isto significa, que o Senhor faz parte deste esquema. E isto significa que o Senhor tem responsabilidade política. E eu não fiz nenhum apelo.

- E o fato de que agora ele perde sua popularidade, é, nesta época, a avaliação da comunidade. Na segunda etapa - quando haverá questões em relação a Gontareva, se ela disser, que o dinheiro ela levava a Poroshenko, então isto já será outra questão.

- Não é fato, que isto será revelado.

- Mas isto não é fato. Aquilo que dizemos - hipoteticamente. Mas aquilo que ele a protege hoje, é claro.

- E quanto a o que hoje acontece no Donbas, apenas quando nós formos fortes, economicamente capazes, vamos ajudar àqueles que lutaram, e não como hoje, a pessoa volta da guerra, não consegue organizar-se, não há trabalho...

- Veteranos?

- Não apenas os veteranos, também os ativos. Ele trabalhava. Mas quando foi para lutar pela nossa dignidade, pela liberdade, para que o agressor não nos apreenda - o que nós vemos? Ele volta, mas ele não é necessário para ninguém. E isso é uma grande ameaça. Nós sabemos, que após a Guerra do Vietnã morreram mais de suicídio do que na guerra. E isto significa, que a categoria deve estar sob proteção do nosso país em primeiro lugar. Mas quando o estado não tem dinheiro, e todos continuam a trabalhar nesses esquemas corruptos, então isto significa, que eles trabalham hoje para Putin. Quando há guerra, você sabe, a corrupção durante a guerra - são saques. E por isso Gontareva ocupa-se com saques, e muitos em outras instâncias ocupam-se com isso. Mas o presidente silencia. E isto significa que ele concorda com isso. E isto enfraquece nossa força.

Mas nós andamos, corremos: vamos lá, deem,deem, deem sanções, sanções, sansões! Mas o Ocidente diz o quê? Nós cansamos de vocês. Nós não podemos gostar de seu país, mais que o seu presidente e sua liderança. Então vocês comecem agir agora, então haverá apoio. Assim como vocês faziam agora, vocês economizam tempo, tudo passa e passa, mas vocês não fazem nada e dizem  que a guerra atrapalha, então aprendam com Israel. Israel guerreia e faz reformas e preparou hoje um dos exércitos mais modernos do mundo. Este é o exemplo do que é preciso fazer. E eles contam apenas consigo mesmos.

Quando eu viajei e reuni-me com a gestão das instituições públicas e com os congressistas nos Estados Unidos, e com os republicanos e democratas, eu lhes disse: eu não vim, para dizer que, "vejam, nós afastaremos Gontareva "Isto é, como dizem, "remover o lixo de dentro da casa". Não. Eu vim para dizer-lhes que a sociedade, hoje, está mudando, e a tarefa de cada u de nós é provar, que nós lutamos, realmente, com a corrupção, que ajudamos ao setor civil e aos políticos, que esforçam-se para mudar o nosso país para melhor.

- Eu enfatizo que Petro Poroshenko pode usar a Rádio Liberdade para reagir a estas denúncias, que agora foram proferidas pelo Senhor Taruta. Com grande prazer daremos tal oportunidade. 

 - E eu, com satisfação, virei! 

Além disso: em quaisquer condições Petro Poroshenko é sempre bem vindo a  Radio Svoboda. E, Senhor Sergey, ua outra declaração sua. Os combates no leste da Ukraina podem ser concluídos em 4 - 5 meses. Isto depende de Poroshenko? Ou, talvez, isto depende de Vladimir Putin, o qual, dizendo o mínimo, não tem pressa para concluir esta guerra?

- Isto depende de Putin. Depende também de Petro Poroshenko. Isto depende também de Trump, de Merkel, Holande. Estas são as figuras-chave. Hoje nós não sabemos sobre todos os acordos de Poroshenko com Putin nos acordos de fevereiro em Minsk.

- Eles foram registrados. Verdade, nem todos os interpretam igualmente. Como no caso de Molotov e Ribentrop houve algo secreto? Você tem certeza disso?

- Isto não foi assinado. Mas, que eles combinaram algo, e que hoje há acordos que não são públicos, é cem por cento. 

- Mas no que eles consistem, em sua opinião?

- Isso é sucessivo, como fará Ukraina. Ele (Poroshenko - Red.) veio e nos disse, que é sucessivo, mas lá houve acordo em relação aos outros. Isto eu digo por causa do fato que eu conversei com os líderes da Alemanha e França. Eles dizem, que os primeiros, que não executam, somos nós. Não há ilusões em relação a Putin. Ele é, como é. Mas agora nós nos esforçamos, para que realize Poroshenko, porque...

... então você acha, que pode realizar eleições antes da reconquista das terras até a fronteira da Rússia.

- Não. Esta questão é muito difícil. As eleições podem realizar-se somente quando lá não houver guerra e não haverá mais ação militar.

- Isto Poroshenko declara, que em primeiro lugar - a paz.

- Isto ele diz aqui. Mas nós não sabemos, o que ele diz lá, e se Putin tem argumentos para dizer, que Ukraina não cumpre seus acordos. Mas gostaria de dizer que com territórios nós não negociamos. E nós devemos restaurar nossas fronteiras. Temos chance? Temos chance.

- Como? O que você faria no lugar de Poroshenko, se você tivesse tal oportunidade?

-A primeira coisa que eu faria, eu dissolveria, completamente, aqueles grupos, o grupo político e o grupo econômico de "Minsk". Agora aqueles grupos - não negociam, apenas fingem uma bela imagem, que algo fazem. (Também, quem está la? Kuchma que é sogro do amigo de Putin, que  quer Ukraina dependente da Rússia. O outro, Medvedchuk é compadre de Putin. Alguém pode ter dúvida? É só gasto de recursos para pagar as viagens de avião- OK)

- Kuchma e Medvedchuk seriam removidos?

- Cem por cento! Nós, quando elegemos o presidente do país, e lá se assentam quaisquer militantes, que ninguém conhecia no Donbas, eles foram trazidos de algum lugar, e o que nós fizemos com isso? Eu dizia a Poroshenko: você não faça isto, é um absurdo! Eu estou pronto para entrar lá. E havia outros. Havia Lukianchenko que recebeu 70% de votos, e outros, mas um animal recebeu armas... 

- Prefeito de Donetsk?

- Sim, prefeito de Donetsk. E havia outras pessoas que poderiam conversar diferente. Por que ele não nomeou ninguém? Porque eles não seriam convenientes.

- Talvez Rússia exigia, precisamente uma tal composição da delegação?

- Rússia não exigia nada. Tudo isso é bobagem! Não exigia nada. Tudo isso foi determinado pelo nosso presidente. E ele poderia ter dito: fiquem lá, constantemente, enquanto não houver certas mudanças, até então nós não sairemos, e conduziremos negociações 12 horas, 7 dias por semana. Mas isto nós não fizemos.

Ainda eu realmente faria reformas na Ukraina, para dizer: nós fazemos tudo, mas não dá certo, muito não podemos fazer, ajudem com dinheiro nós estamos abertos, nós não roubamos este dinheiro. Mas vocês sabem, como é o relatório à liderança da Alemanha, sobre a liderança da Ukraina? Relatório sobre os progressos das reformas e em relação à corrupção. Lá há análise do ambiente do presidente, o que o presidente faz. Este relatório não é público. R o mesmo em relação ao governo. E acreditem, tenho muita vergonha por este relatório.

E, por isso, a guerra hoje para muitos - é muito dinheiro. E para Poroshenko dizer: aquele  o critica, "é agente do Kremlin". Porque hoje a guerra é para impedir as questões que lhe são concretas, em relação a o que Gontareva, e outros, outros, outros. E porque nós, hoje, somos pobres.

- Senhor Taruta, como o senhor avalia as propostas de Pinchuk, expressas no Wall Street Journal? 

-  As proposições de Pinchuk são erradas. Erradas. (Pinchuk, o rico genro de Kuchma - OK)

- Isso não são suas proposições? Não é este o caminho?

- Absolutamente não é o meu caminho. Eu dava o meu plano. Eu o dei à gestão.

- E, além da alteração da composição da delegação ukrainiana em Minsk, o que mais o senhor propõe?

- Neste diálogo, no processo, agora precisa incluir Trump. E ele tenta. Precisa desenvolver aquele roteiro, que realmente compreende, porque não implementam-se aqueles acordos, que existem.

- O senhor esteve presente na inauguração de Trump?

- Não. Vamos lá! Isto....

- Lá esteve uma grande delegação de deputados ukrainianos...

- Eu tenho ambições normais. Então, para lá não fui. Pode-se ir quando você é convidado. Mas não ir para qualquer casamento. Este casamento é americano. E, se não houver um convite pessoal para ir - ir lá é errado.

- Mas com líderes americanos influentes dos EUA, o senhor diz que comunica-se.

- Eu me comunico. Estes são dirigentes, inclusive da Comissão de Assuntos Internacionais. São muito influentes. São dirigentes do Comitê Econômico, que dirigem a defesa.  É o senador McCain. É o Ministério da Justiça. É o tesouro. É o Departamento de Estado. é o Ministério da Economia  e Comércio. É muitas - muitas instituições.

- Eles não estão cansados de sua opinião sobre Ukraina?

- Sim, existe a fadiga. E muito grande. E eles dizem abertamente. A tese é deles, que eles não podem amar mais o nosso país, que o nosso presidente. Agora há realmente uma chance. Mas ela não vai durar muito. Agora desenvolve-se a "redefinição" entre EUA, Europa, Ocidente e Rússia. Nós lutamos porque lá, no Donbas, de repente os separatistas decidiram...

- Putin quer restaurar a influência geopolítica de seu Estado?

- Ele tinha ambições de ser jogador nº 2, nº 3. Quanto à economia, nós entendemos, ele perdeu. Ele não pode hoje, estar no nível de Estados Unidos e China. Então tenta ser jogador nº 3 na parte militar. E ele conseguiu. E, quer gostemos, quer não, eles vão negociar, EUA, Rússia e Europa.

E agora o principal - para que nós sejamos sujeitos, não objetos. Se nós seguirmos essa política como agora, então seremos objeto. Por nós tudo decidirão. E nos colocarão diante do fato.

- O senhor, muito acentuadamente critica Petro Poroshenko. E sua responsabilidade o senhor sente? Afinal, você foi presidente da Administração Estatal Regional de Donetsk antes do período, quando aconteceu essa rebelião separatista, descaradamente apoiada pela Rússia.

- Insurgência política nunca houve.

- Captura de edifícios administrativos - o que é isto?

- E quem capturou? Aqueles que capturavam na Criméia, capturavam aqui. É preciso compreender, que isto já era agressão real. Quem poderia conter esta agressão. Conter podem apenas as forças de segurança. As forças de segurança subordinavam-se a quem? Nenhum membro da força de segurança subordinava-se a mim. Nem a milícia, nem o Serviço de Segurança, nem o Ministério Público, nem o Ministério do Interior, nem a polícia.

- O senhor fez todo o possível, estando nesta posição?

- Sim.

Lembremos esta ação "Pelo Donbas pacífico!" - a conhecida figura ukrainiana Rinat Akhmetov, as sirenes... O senhor apoiou isto como chefe da Administração Estatal Regional de Donetsk? Isto não era, desculpe, engraçado então, quando já era óbvio, o que se passava? Primavera de 2014, a chamada "Primavera Russa"...

- Então ainda ninguém compreendia, o quanto fará Rússia, ela irá lançar suas tropas, ou não, virão combatentes, ou não. E por isso nós fazíamos ações nacionais ukrainianas para mostrar ao mundo todo. Isto era muito importante. Porque o que mostrava Rússia? Ela mostrava, que Donbas, realmente desejava entrar na Rússia.

Nós fizemos sociologia. Quando eu vim ao Donbas em março de 2014, então havia 38¢ que mostravam desejo de entrar na Rússia.

- E o restante, 62% por Ukraina!

- Sim. Após 40 dias, quando eu fiz mais, então pela Rússia Ficaram somente 18%.

- Novamente enfatizo, que todas as pessoas citadas neste programa (e a senhora Gontareva, e o Presidente da Ukraina Petro Poroshenko) também têm a possibilidade de pronunciar-se na Rádio Liberdade.

Tradução: O. Kowaltschuk

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Humor sobre as malas. Qual a real extensão da emigração ukrainiana.
Ekonomishna Pravda. (Verdade Econômica), 23.01.2017
Alexei Scherbatenko

Altamente qualificados especialistas e trabalhadores não qualificados em massa deixam Ukraina em busca de uma vida melhor. O que pode ser feito? O simples fato da fuga de cérebros da Ukraina, especialmente entre a geração mais jovem, para ninguém é segredo.
No entanto, não só os mais jovens, mas altamente qualificados especialistas profissionais deixam nosso país em busca de uma vida melhor.
Quais são as verdadeiras dimensões deste fenômeno, e o que pode ser feito com isto?

Sonho polonês.

De acordo com os dados estatísticos do Estado, no final de 2016 na Ukraina viviam aproximadamente 17,4 milhões de pessoas em idade apta ao trabalho. No entanto, o nível de desempregados - aproximadamente 9,4% ou 1,7 milhões de pessoas. 

A busca de trabalho para representantes de muitas profissões pode durar anos. Frequentemente, a busca de necessárias vagas, simplesmente não existe. Quanto menor o local (aldeia ou cidade pequena) onde a pessoa vive, é mais complicado encontrar um trabalho adequado, para não mencionar a busca de local de trabalho com melhor salário e condições de trabalho.

A estatística estatal de emprego mostra, que nas áreas rurais a taxa de desemprego é ainda maior - 10,4% ou quase 600 mil pessoas de população ativa. Aqueles que encontram trabalho, é pouco provável que deleitam-se com os frutos do seu trabalho. Estatísticas do Ministério das Finanças mostram que o salário médio na Ukraina é 5.406 UAH, ou cerca de 190 euros.

O salário médio é calculado com a média aritmética. Isto significa, que há pessoas que recebem muito menos. De acordo com os dados da Estatística do Estado, há muitos. Quase 500 mil pessoas na Ukraina que recebem pagamento inferior ao mínimo. Ainda 1,9 milhões de pessoas recebem 1.147 - 1.500 hrevnias (UAH).

Ao mesmo tempo  nível salarial nos países vizinhos excede em muito o nosso. Na Romênia, o salário médio é 395 euros, na Hungria - 497 euros, na República Checa - 702 euros, na Eslováquia - 745 euros, na Polônia 750 euros. As economias em crescimento requerem crescimento da força de trabalho, e falta de postos de trabalho lá não se observa.

A população ativa desses países, frequentemente desloca-se mais para oeste - à Alemanha, Reino Unido. Estes países conseguem sustentar o crescimento econômico, inclusive, graças à força de trabalho dos países vizinhos que não entram na UE, e uma grande parte é proveniente da Ukraina.

Decepcionando-se com o trabalho na terra natal, muitos ukrainianos, aptos ao trabalho, deliberadamente procuram trabalho no estrangeiro, onde executam serviços que não exigem alta qualificação. Lá pode-se ganhar duas-três vezes mais, que na Ukraina, recebem as pessoas com ensino superior.

Dados do ano 2015

Os indicadores da migração surpreendem e assustam. Por exemplo, a Hungria pretende ampliar o número de postos de trabalho para os trabalhadores migrantes em 50 mil. A República Tcheca, onde já trabalham 220 mil ukrainianos, pretende criar 140 mil empregos. 

No entanto, o principal importador de trabalhadores ukrainianos, sem dúvida, é Polônia. Se em 2015 aqui trabalhavam cerca de um milhão de ukrainianos, em 2016 para os trabalhadores ukrainianos abriram mais 900 mil vistos de trabalho, e ainda mais um milhão a União de Empresários e Empregadores da Polônia pretende publicar em 2017.

Não se esqueça: trata-se apenas sobre os formalmente arranjados compatriotas, embora nem todos os trabalhadores migrantes trabalham na Polônia e outros países da UE legalmente.

A migração ukrainiana na Polônia tornou-se tão grande que lá até filmaram uma comédia-seriado sobre o difícil destino das ukrainianas-trabalhadoras, que vieram à Varsóvia para trabalhar. O seriado tornou-se um dos mais populares programas na televisão polonesa.

Entretanto, a União de Empresários da Polônia diz, que o crescente número de imigrantes da Ukraina trouxe ao orçamento polonês quase dois bilhões de euros no ano - soma que é mais que o dobro da terceira tranche do FMI para Ukraina.

Imitação da Educação

No entanto, nas grandes cidades da Ukraina a situação não é tão triste. Os salários nos grandes centros industriais e financeiros, como o nível de vida, é bem melhor.

Muito disso é devido ao fato, de que as grandes cidades têm boa base educacional. Ela permite criar especialistas, que são procurados na Ukraina. No entanto, observando mais detalhadamente, a situação parece bem triste.

No ranking internacional de universidades Times Higher Education indicam apenas quatro universidades da Ukraina, no ranking QS World University Rankings - seis.

No entanto, nos dados rankings de nossas universidades ocupam os lugares, principalmente, na segunda metade da lista. Por exemplo, de 916 posições do ranking QS World University Rankings as Universidades ukrainianas estão nas posições 382, 431 - 440, 551 e 701.

Em 2015 na Ukraina havia mais de 800 universidades, no entanto, com a nova lei "Sobre Ensino Superior" planeja-se reduzir para 317. Ao mesmo tempo na Alemanha, que tem uma população de 82 milhões, (Ukraina deve ter, mais ou menos a metade - OK). existem apenas 250 instituições de ensino superior, que ocupam posições bem mais altas no ranking mundial.

O grande número de universidades públicas e privadas permite a um grande número de jovens obter o diploma de ensino superior, mas apenas dezenas de universidades, realmente podem dar o conhecimento que este diploma sustenta.

Programas educacionais desatualizados, falta de profissionais, pobres recursos materiais levam ao fato, que as universidades da Ukraina simplesmente "carimbam" o diploma.

Os talentosos e bem sucedidos pesquisadores e estudantes, raramente permanecem nas universidades de origem por causa de más condições de trabalho e baixos salários. Estudantes talentosos desejam deixar Ukraina e completar a educação, onde há disciplinas eletivas, recursos materiais para aprendizagem e perspectivas futuras para emprego.

Mais de 50 mil alunos da Ukraina estudam apenas na Polônia, e a cada ano, este número cresce, privando Ukraina de cidadãos talentosos e qualificados, que vão trabalhar para economias de outros países.

Alguns dados de 2000 a 2015.

Para onde vão os ukrainianos: Rússia - 3.300 mil, USA - 345 mil, Cazaquistão 340 mil, Alemanha 267 mil, Bielorrússia  225 mil, Itália 222 mil, Polônia 205 mil, Israel 135 mil, Uzbequistão 125 mil, República Tcheca 100 mil, Espanha 77 mil, Canadá 73 mil, Portugal 45 mil, Grã-Bretanha 23 mil.

De onde vem para Ukraina: Rússia 3.300 mil, Bielorrússia 245 mil, Cazaquistão 222 mil, Uzbequistão 219 mil, Moldávia 149 mil, Azerbaijão 82 mil, Geórgia 64 mil, Armênia  47 mil, Israel 4 mil, Polônia 3 mil, EUA 3 mil, Alemanha 1 mil.

Falta de profissionais.

Como resultado, o número de profissionais, capazes de gerir com eficácia, criar produtos ou implementar com sucesso a corrente, diminui rapidamente.

Não havendo a possibilidade de obter salários decentes aqui, engenheiros, programadores, técnicos e outros profissionais migram para os países Ocidentais e Norte da Europa, América e Ásia. aonde recebem, simplesmente, salários cósmicos, comparando com os padrões ukrainianos, e nível de vida digno - desenvolvido sistema de saúde e de direitos.

Apenas poucos especialistas, altamente capacitados permanecem na Ukraina, por razões moralmente parióticos ou apego aos familiares. 

Mesmo na Ukraina, os profissionais bem pagos, frequentemente trabalham para empresas estrangeiras, as quais podem pagar um profissional caro, o que não pode ser dito sobre a maioria das empresas ukrainianas, especialmente regionais.

Na situação estatal, a situação é tal, que tendo rendimentos oficiais baixíssimos, os funcionários declaram quantidades incalculáveis de riqueza, que poderiam tornar-se itens de museus mais conceituados do mundo. (Declararam no ano passado, o que amealharam não se sabe como, não provaram a origem, não precisou. Até agora nada aconteceu - OK).

Não competitivos salários e difíceis condições de trabalho repelem, um grande número de especialistas honestos e qualificados, do trabalho nas instituições do Estado, atraindo aqueles que não consideram o salário oficial a principal fonte de renda.

Como resultado, na onda das reformas, Ukraina confrontou-se com grave escassez de profissionais com experiência de gestão, que poderia levar às reformas qualitativas.

A nomeação de Wojciech Balchyna como chefe da "ukrzaliznytsia" (Estrada de Ferro da Ukraina) ou Aivaras Abromavichus, Ministro da Economia, causou uma ressonância considerável na sociedade. Como Ukraina não pode, realmente encontrar especialistas em seu país? (Não havia reclamação nos jornais, o caso é que apareceu um amigo do rei pretendendo a vaga e Abramavichus, simplesmente, foi descartado. Pobre Ukraina! - OK).

Mas, no mundo dos negócios, onde é possível obter grandes, segundo padrões da Ukraina, somas, não é tudo tão simples. O nível de vagas de emprego é menor que o número de proposições, o que permite aos empregadores ditar as regras.

No entanto, mesmo em tais circunstâncias, completar o quadro pessoal de ano em ano é cada vez mais difícil devido ao fluxo de "especialistas" com educação superior fictícia, não reforçada com habilidades reais ou experiências, quando se trata de jovens.

Como resultado, nós temos empregadores insatisfeitos que têm dificuldade em reunir equipe de trabalhadores profissionais, e jovens trabalhadores desiludidos, que perderam anos na obtenção do esperado diploma, privados da oportunidade de encontrar trabalho.

O que fazer?

Para parar a ameça ao mercado de trabalho na Ukraina, é indispensável abordar seriamente a formação de pessoal profissional. Até que as reformas educacionais produzam efeito, passarão algumas décadas, portanto a tarefa principal - a elevação da qualificação dos trabalhadores - encontra-se nas próprias empresas.

Muitas empresas do setor da informática - propõem estágios, durante os quais as pessoas talentosas e diligentes podem adquirir os conhecimentos indispensáveis, não fornecidos nas universidades.

Isto permite, aos que completam com sucesso tais estágios, entrar na equipe ou, pelo menos, melhorar suas habilidades. Semelhantes estratégias existem para outras profissões - gerentes, advogador, jornalistas, economistas.

A formação de uma equipe de profissionais aumenta a eficácia da empresa e a ela permite, além de aumentar seu lucro, influenciar o mercado graças aos elevados padrões de qualidade e fluxo de trabalho.

A formação da casta de gestores de topo e as condições de mercado no setor público podem fornecer resultados em todo o país. Isto vai influenciar a situação global na migração de trabalhadores na Ukraina, criar empregos e elevar os padrões de vida.

Um bom exemplo, como os quadros profissionais mudam a vida do país, são as compras estatais. A reforma iniciada pelo setor público incorporou-se ao sistema de compras eletrônicas e conquistou prêmios em prestigiados concursos internacionais.

O problema global de saída de mão de obra qualificada ou não da Ukraina - é uma ameaça muito mais séria que pode parecer à primeira vista. Ignorar o problema pode causar danos irreparáveis à economia ukrainiana.

Tarefa que deve ser resolvida pelo governo ukrainiano é extremamente complicada. No entanto todo caminho começa com um pequeno passo, e dá-lo deve ser agora, incluindo e criando equipes para trabalhar na Ukraina, e em seu favor.

Alex Scherbatenko, parceiro de Desenvolvimento de Negócios IT - Enterprise.

Tradução: O. Kowaltschuk

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Quem em Davos comerá das mãos do oligarca Pinchuk?
Rádio Svoboda (Rádio Liberdade), 15 de janeiro de 2017
Sergey Grabowski

Oligarca Viktor Pinchuk (foto de arquivo)
Regularmente, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos (Suiça), Viktor Pinchuk, um dos mais ricos e influentes bilionários da Ukraina, proprietário de várias empresas, quatro canais de televisão e alguns outros meios de comunicação, reúne público para "almoço ukrainiano". Oficialmente organiza este almoço o "Fundo de Viktor Pinchuk". Neste evento, tradicionalmente participam políticos ukrainianos, da Ukraina ou do estrangeiro, jornalistas, empresários e diplomatas. Durante o almoço, os partícipes trocam pontos de vista sobre perspectivas ukrainianas, produzem certos acordos informais, determinam sua orientação em relação a Ukraina.

Os presidentes ukrainianos, quando visitam Davos, geralmente participam do "almoço ukrainiano".

Este ano, o presidente da Ukraina Petro Poroshenko, não compareceu ao "almoço ukrainiano."  Esta decisão ele tomou após a publicação no The Wall Street" Journal, as proposições de Viktor Pinchuk para "resolução do conflito entre Ukraina e Rússia. O presidente, inclusive, foi a Davos, lá ele teve seu programa, mas ao "almoço ukrainiano", no dia 18 deste mês, não compareceu. Nem ele, nem uma série de outros participantes ukrainianos do Fórum Econômico Mundial. O oligarca Viktor Pinchuk é considerado, pelos políticos ukrainianos e especialistas estrangeiros como representante da "quinta coluna" do presidente russo, Vladimir Putin, na Ukraina, personagem que age contra os interesses nacionais ukrainianos.

   Caricatura política de Alex Kustovskyi. No cartaz diz: Ukraina deve recusar-se,     temporariamente, de ser membro da UE.

Interesse de quem defende Pinchuk?

Para garantir a validade da última tese, voltemos à resposta ao artigo de Pinchuk, que pertence à "terceiro-lado",
pessoa imparcial. 

"O compromisso no avanço é capaz de levar Ukraina ao perigo" - tal título leva um artigo crítico em relação ao  "plano de regulamentação" de Pinchuk, publicado por um perito do Instituto Real de Assuntos Internacionais (Chatam Howse, Grã Bretanha) James Sherr no site oficial do Instituto. De acordo com Sherr, Pinchuk destaca-se entre os políticos de seu "meio": ele não é um defensor direto dos interesses russos, mas apela à manobra entre o Ocidente e a Rússia, enquanto coloca-se contra aqueles, que propõem à Ukraina uma escolha única.

Mas, as proposições de Pinchuk no último artigo, destaca Sherr, contradizem diretamente os seus objetivos declarados. Digamos, ele apela para recusa "temporária" da Ukraina da perspectiva de adesão à UE, da criação dos mecanismos de segurança, alternativas à OTAN, e o mais importante - à realização de eleições locais nos territórios ocupados ate, que surjam condições para eleições honestas nestas regiões.  Bem, pergunta Sherr, se tais medidas temporárias forem realizadas,  para colocar fim às confrontações, como depois acabar com elas sem reiniciar o confronto? Após a sua implementação, estas medidas irão criar uma nova realidade - elas minarão as relações existentes entre Ukraina e UE e Ukraina e OTAN.

Eles também criarão uma nova dinâmica política, que Rússia, à espera, poderá aproveitar para usar, a fim de garantir a subordinação da Ukraina, no início, de fato, e depois de jure. Não há nenhuma razão para acreditar, que quaisquer concessões unilaterais afastarão Rússia de seus objetivos, que ela, persistentemente perseguia mesmo quando, Ukraina declarou-se "não-alinhada".

"Ukraina - não é ruína, mas um ativo sujeito político, mais unido que em qualquer momento de sua história - Ukraina - não é um presente para alguém outro, - conclui Sherr. - Trazer ao sacrifício os seus interesses fundamentais, porque os outros poderiam fazê-lo, - isto não é apenas algo doente. Isto ainda pode ajudar àqueles outros ignorar estes interesses... Tal trabalho não deve ser feito pelas mãos ukrainianas".

E agora colocaremos uma pergunta lógica: o quanto são ukrainianas aquelas mãos, que propõem extremamente desvantajosas coisas para Ukraina (na verdade, a renúncia), e das quais, já por longo tempo alimentam-se inúmeros
políticos e jornalistas, inclusive nos almoços em Davos, para onde trazem alguns por conta da Fundação Pinchuk?

Quem tem o direito moral representar Ukraina?

É claro que, quando se trata de "ukrainiano", "ser ukrainiano", então não se pensa no fator étnico e não na nacionalidade do passaporte. Trata-se daquilo, que a participante do Movimento de resistência francesa, durante a Segunda Guerra mundial, a filosofa Simone Weil chamava "enraizamento" ; exatamente este sistema complexo de relações da pessoa com pessoas, com a Pátria, com o mundo cultural e o ambiente, constitui, segundo seu pensamento, "a mais importante e a mais conhecida necessidade da alma humana". Ao mesmo tempo, escrevia ela, em nossa época o dinheiro e o estado vieram no lugar de todos os outros relacionamentos. Se não temos evidências da última tese no conteúdo do artigo de Pinchuk, ajustado para o fato, de que o estado para ele, como para todos os oligarcas da Ukraina (devido à natureza de sua política de negócios e mentalidade pós-colonial), atua unicamente com o território, de onde é conveniente e sem problemas extrair dinheiro? E, eis a atitude à Moscou, quase como à capital universal - isto já é complexo do pós-soviético subconsciente...

                          Da esquerda para direita: oligarcas Rinat Akhmetov e Viktor Pinchuk.

Na verdade, há uma tradição de incorporação ao número de pessoas ukrainianas de origem não étnica desde os tempos da formação da "nação cossaca". Esta tradição continuou na segunda metade do século XIX e especialmente, no 1º terço do século XX, porquanto já não se exigia mudança da fé religiosa e preferências culturais; o principal consistia na defesa da liberdade da Ukraina e percepção como não alheia cultura ukrainiana. Porque qualquer nação, por sua natureza difere etnicamente com o fato, de que nela entram os saídos de outras comunidades étnicas, os que fazem uma escolha consciente em favor de pertencer a esta nação.

No entanto, será que pode agir em nome da Ukraina, na arena mundial, a pessoa, que não fala a língua ukrainiana, a pessoa que é, na maior pare, neutra em relação à cultura ukrainiana (para certificar-se disso, é suficiente assistir aos programas dos canais pertencentes a Pinchuk), que os interesses de seu próprio negócio coloca no mesmo lugar dos interesses nacionais, não compreendendo e não protegendo os últimos (o que mostrou claramente James Sherr)?

     Ex-presidente da Ukraina Leonid Kuchma (esquerda) e seu genro, oligarca Viktor Pinchuk.  

É compreensível porque no período da presidência de Leonid Kuchma, exatamente seu genro Viktor Pinchuk era o organizador do "almoço ukrainiano" em Davos. É compreensível também porque os dois Viktor - Yushchenko e Yanukovych - concordaram com isso: eles tiveram seus assuntos com o clã Kuchma - Pinchuk. No entanto por que esta tradição chegou até o dia de hoje? (Bem, se a minha memória não estiver falhando, nos anos anteriores de sua presidência, Poroshenko participou do evento - OK). Não será porque o clã Kuchma - Pinchuk é "socialmente próximo" ao governo atual? Afinal, em Minsk o Estado ukrainiano representa e assina os documentos Leonid Kuchma, (Em Minsk realizam-se aquelas reuniões que "procuram" uma solução para as duas regiões ocupadas pelos ocupantes pró-russos e militares russos - OK), atrás do qual arrasta-se a "cauda" do caso George Gongadze (o jornalista que foi morto e, por anos, não se achava a cabeça. Não lembro se informei, recentemente encontrou-se a cabeça e finalmente  ele pôde ser enterrado. O matador está na prisão, falta (m)  o (s) mandante (s) - OK), e não apenas este, que no cargo de primeiro-ministro e presidente deliberadamente cultivava o capitalismo oligárquico estatal - a maldição da Ukraina. E Viktor Pinchuk com a ajuda de seus canais pôde manipular a opinião pública e afetar significativamente a posição da cultura e idioma ukrainiano...

               Caricatura política de Alex Kustovskyi (Não compreendo porque todos recusam).

Interessante saber quem dos "políticos independentes" e jornalistas virá a Davos para o "almoço ukainiano" (O texto foi anterior ao almoço -OK). Quem este ano irá lá por conta da Fundação Pinchuk? E, se será lançado no Forum, um dia, verdadeiramente o "almoço ukrainiano"? (Bem, já sabemos que o presidente Poroshenko, e seus amigos próximos não foram. Não se sabe qual foi a reação - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Pela Ukraina morreram 20 defensores em dezembro de 2016
Ukraina Moloda (Ukraina Jovem), 05.01.2017

Herói da Ukraina Meketa Yarovei
No mínimo 20 defensores da Ukraina morreram, na não declarada guerra com os invasores russos no Donbas, durante o mês de Dezembro de 2016.
Além disso, de fontes confiáveis sabe-se das chamadas "perdas não durante combates": tanto na zona ATO, como além de seus limites morreram ou foram mortos devido a vários motivos, outros 14 soldados.
Sobre isto avisa a edição "Noticiário" na quinta-feira, o qual fez a contagem das perdas nos combates e "não-combates" das Forças Armadas da Ukraina no período citado.

"Agradecemos às Forças Armadas da Ukraina porque nós temos agora o Ano Novo e não "Novei God" (Ano Novo em russo). Tal post foi muito popular nas redes sociais da Ukraina na véspera de 2017. Aquele dezembro tornou-se último para, no mínimo 20 militares ukrainianos que morreram nas batalhas e em consequência de canhoneio hostil.
O  "Noticiário reuniu seus nomes, fotos e alguns dados biográficos. Agora você pode ver, a quem agradecer. Eles pagaram com a própria vida o nosso dia santificado", - observa a edição

Mortos do mês de dezembro de 2016: perdas de combate...

1. Alexander Lucas "Luka".

Tinha 51 anos. Morreu em resultado do ataque de morteiro na região de Krasnogorivka (Donetsk), a mina atravessou a blindagem. Sargento, comandante da instalação da propulsão do 4º departamento de artilharia anti-aérea da 92ª brigada mecanizada (Prezados, não entendo nada dos termos militares. Certamente cometerei erros - OK).
Natural da região Poltava. Tratorista com especialidade em melhoramento do solo. Convocado  em 2014. Após desmobilização voltou para casa, mas em fevereiro de 2016 assinou contrato para continuar nas Forças Armadas e voltou à frente.
Deixou pai, irmã, esposa, filho, filha e neto.



2. Michael Pokydchenko "centurião" / "Pequeno".


Morreu em 05/12. Soldado da 128ª  brigada de infantaria Zakarpattya. Anteriormente serviu no "Setor Direito" (Este grupo não oficial, se desfez - OK), ultimamente em Opetne - Donetsk. Valente, confiante, simples e generoso. Sua vida foi ceifada pela rajada da metralhadora inimiga. 
Nasceu em Mukachevo. Soldado, artilheiro. Trabalhou como operador da TV Mukachevo "Studio M". Foi à frente em maio de 2014. Depois de um ano e meio foi para casa, mas voltou à frente sob contrato com as Forças Armadas em maio de 2016.
Deixou os pais, irmão, irmã, esposa e duas filhas pequenas.

3. Viktor Klimenko.


Morreu em 10.12.2016. 
Tentou repelir o ataque a Krasnogorivka, Donetsk. Morreu com mais dois companheiros. 
Nasceu em 15.02.1978. Era motorista profissional. Foi mobilizado em maio de 2015 no Serviço de Fronteiras do Estado, em Lugansk. Em julho de 2016 assinou um segundo contrato de seis meses com as Forças Armadas.
Foi enterrado em sua aldeia natal, Varvarivka. Deixou os pais, dois irmãos, esposa e quatro filhos, o menor com dois anos.

4. Andrew Lelyakim.




Morreu em 10.12.2016 no mesmo ataque de morteiro com Viktor Klimenko. Tinha 34 anos. Era artilheiro sênior da terceira bateria do 3º Batalhão Mecanizado. Era natural da aldeia Ivanivka, de Kharkiv. Trabalhava na construção civil. Em abril de 2016 assinou contrato de seis meses para serviço militar. Foi enterrado em sua aldeia natal. Deixou a mãe e um irmão.

5. Volodymyr Sholominskyy "Batman".

Comandante da terceira bateria do 3º batalhão mecanizado. Morreu em 10 de dezembro, juntamente com os companheiros Klimenko e Lelyakim. Sobre ele contou aos jornalistas o sargento Alexander Litchenko: "Para apoiar os rapazes, nós viemos e ocupamos posição - e tal tragédia. Veio uma mina do território não controlado. Volodymyr Sholominskyy me cobriu com o seu corpo. Eu apenas fui afastado com a onda de choque..." - disse Litchenko. Volodymyr tinha 33 anos. Cresceu numa grande família, de seis filhos. Foi mobilizado em janeiro de 2015. Em julho de 2016 assinou contrato de seis meses. Deixou esposa, filhinha de 7 meses, pais, irmãs, irmão.


6. Roman Radyvilov "víbora".


18 de dezembro de 2.016 - há muito não havia tantas perdas como neste dia. Mas, também a muito as Forças Armadas da Ukraina não recuperavam tão grande pedaço de território como a 54ª brigada mecanizada em 18 de dezembro no arco de Svitlodarsk.
Um dos primeiros heróis caídos, quando Ukraina ainda dormia, foi o herói de Kharkiv, "Víbora". Por sua bravura Roman Radyvilov recebeu, postumamente a ordem "Por sua coragem" de III grau. Rechaçando os ataques inimigos, os soldados ukrainianos realizaram contra-ataque e ocuparam duas novas posições próximo da aldeia ocupada, Kalenivka. Na luta morreram cinco soldados ukrainianos, mais de 20 foram feridos, um desapareceu sem notícia... Roman foi morto em ação.
Roman nasceu em 14.02.1984, na cidade Dergachi - região de Kharkiv. Segundo o comandante, "Víbora" impediu a "República Popular de Kharkiv" (Os conquistadores russos "criam" Repúblicas Populares em quaisquer pedacinhos de território - OK) e foi um dos primeiros a erguer sobre Kharkiv a bandeira vermelha e negra, bandeira do movimento de libertação da Ukraina no século XXI.
"Víbora lutou no Corpo de Voluntários de 2014, participou nas batalhas de Piske e Aeroporto de Donetsk. Em 2015 recebeu queimaduras e, temporariamente voltou para casa. Participou de vários movimentos.
Em 2016 assinou contrato e voltou para a frente.
O herói foi sepultado em 22 de dezembro, em Dergachi, na Alameda da Fama do cemitério municipal. Na cidade foi declarado luto oficial.

7. Dmytro Klymenko "Sanych".


Nasceu em 08.07.1980 em Kamianka, região Kherson. Morreu em 18.12.2016 em Svitlodarsk, durante a luta por Debaltseve. Recebeu a ordem "Pela coragem" de III grau, postumamente. Desde março de 2015 lutou em Piskah, próximo a Donetsk.
No verão de 2015 assinou contrato com as Forças Armadas. No outono assinou novo contrato. Veio à 54 Brigada, onde lutavam os amigos próximos, os "pobrateme" (pobratem é considerado como irmão, por escolha. -  OK) do "Setor direito".
Enterraram o herói em 22 de dezembro, em sua terra natal, Kamiantsi. Ficou a mãe, irmão, irmã e filha.

8. Andrey Shirokov "Homem de família".


Mais uma vítima de Svitlodarsk, herói que recebeu a ordem "Pela Coragem" de III Grau, postumamente. Também do Setor Direito. "Homem de família" - porque ficou a esposa e cinco filhos: duas filhas, dois filhos adotados e o filho mais novo, de quatro anos.
... Naquela batalha da manhã, em 18 de dezembro, Shirokov, no início foi dado como "desaparecido sem notícia". Apenas na noite de 22 de dezembro conseguiram recuperar o corpo do guerreiro do campo de batalha, a 200 metros da posição do inimigo. Ele morreu de dois ferimentos a bala, de um rifle sniper, nas primeiras horas da batalha.
Ele nasceu em Dnipró (ex-Dnipropetrovsk, cidade) e viveu lá. Antes da guerra trabalhou com a reparação de equipamentos médicos. Na guerra desde 2014. Foi enterrado na cidade Dnipro, no cemitério Yasn.
Anteriormente foi voluntário do "setor direito", passou por duas rotações no aeroporto de Donetsk, lutou em Piskah e na aldeia "Butivka", foi ferido duas vezes. 

9. Nikita Yarovey "Shaitan".


Ele acabou de completar 21 anos, e era o mais jovem tenente-comandante da companhia na 54ª brigada. Escolheu seu apelido "Shaitan". Morreu heroicamente em 18 de dezembro.
Em 25 de dezembro, os militantes trouxeram os corpos de Nikita Yarovey e Andrew Baybusa, nos sacos, à cidade Shchastia - Luhansk, para trocar por quatro seus "duzentos". (Duzentos é combatente morto). 
Após seis dias o presidente outorgará a "Shaitan" o título de Herói. O certificado de Herói e a medalha "Estrela de Ouro" recebeu das mãos do presidente Poroshenko a mãe de Nikita Ludmila - coreana étnica.


O futuro herói nasceu em 02.02.1995 numa aldeia, na região de Dnipropetrovsk (província). Em janeiro de 2016 concluiu a Academia Nacional de Forças Terrestres Petró Sahaidachnyi em Lviv (curso intensivo) e já em abril foi para a frente. Em dezembro fatídico comandou o ponto de referência na frente. Nikita recebeu ferimento mortal, mas o grupo que ele encabeçava executou a tarefa e destruiu os grupos de sabotagem do inimigo. A divisão de Nikita dominou o inimigo e estendeu o território controlado pela Ukraina em algumas centenas de metros para o leste.
Além da mãe e 

10. Andrew Baybuz "Efa".


Quando os soldados, em 18 de dezembro, sob fogo pesado, tentavam evacuar os feridos, Andrew Baybuz pediu para não levá-lo e sim um outro jovem ferido. Congelaram os corpos de Andrew Baybuz e do comandante Yarovey. Os desumanos abusavam dos parentes, enviando fotos dos combatentes assassinados. A troca aconteceu apenas no dia 25 de dezembro. 
A esposa de Andrew luta na mesma unidade, eles estão juntos há 20 anos. Separaram-se duas vezes, mas na frente casaram-se novamente - em Bakhmut a um mês e meio antes da morte "Efa". O herói deixou também a mãe, irmã, filho de 19 anos e uma filha em idade escolar.

11. Sergey Stepanenko "Pashtet".


Ensino técnico em radiocomunicação e radiodifusão. Trabalhou em concretagem, como motorista de táxi, negócios de construção. Entrou nas Forças Armadas como contratado. Foi gravemente ferido. Após o término do contrato, assinou novo contrato em 06 de dezembro de 2016 e voltou para a frente.
Ferido fatalmente no dia 18 de dezembro quando o inimigo tentava quebrar a linha de defesa das Forças Armadas da Ukraina.
Foi enterrado na aleia de honra do cemitério em Boryspil. Deixou esposa, filha e um filho menor.

12. Vladimir  Andreshkiv "Brasa".

Ativo participante da "Revolução da Dignidade" em Kyiv. Na batalha "Rus de Kyiv" desde o seu início em 2014. Lutou em Debaltseve em 2015. Desmobilizado voltou para casa, mas em 05.11.2016 assinou um novo contrato. No final de 2016, "Brasa" re-assinou o contrato com as Forças Armadas. Morreu quando o adversário enfurecido tentava recuperar posições perdidas no dia anterior.
Vladimir Andreshkiv era divorciado. Deixou a mãe e três filhos nascidos em 2001, 2003 e 2005. Com o herói despediram-se na Praça da Independência em Kyiv e Lviv.

13. Vasiliy Panasenko "Waha".





Desde maio de 2014 no 15º batalhão. Passou por Debaltseve (Debaltseve é muito lembrado porque a luta lá foi feroz -OK). Em setembro de 2016, pela segunda vez assinou contrato. 
Recebeu a Ordem "Pela Coragem", grau III. Morreu em 20.12.2017. Deixou esposa e filha de 10 anos.


14. Vsevolod Ratushnyi


Estudou no Instituto Florestal de Lviv, no departamento de mecânica. No contrato com as Forças Armadas a partir de março de 2016. Morreu em missão de combate. Deixou a mãe de 70 anos. Foi enterrado com celebrações em Lviv.



















 15. Alexander Vinyarski




Morreu durante o ataque à aldeia Novozvanivka _ Lugansk. Foi ferido a bala, na cabeça. Foi enterrado no cemitério de sua região natal Khmilnyk em Vinnytsia. Tinha apenas 22 anos. Foi convocado em 2.015. Mais tarde assinou contrato. Deixou a mãe e duas irmãs.

16. Roman Mamasuyev





Morreu na manhã de 22 de dezembro, de ferimentos da bala no pescoço, durante o bombardeio da cidade de Avdiivka (Donetsk). Estudou em colégio agrícola. Após o serviço militar permaneceu no exército, sob contrato, até 2009.


17. Sergey Rubanchukov


Morreu em 22.12.2016 em consequência de explosão da mina. Postumamente foi condecorado "Pela coragem" com grau III.
De Kyiv, adepto de UNA-UNSO. Tinha 36 anos. Soldado comandante da 54ª brigada mecanizada. Em 2014 foi à guerra na composição de batalhão voluntário de propósito especial "Portão de ouro". Desde abril de 2015 serviu no 131º batalhão de reconhecimento separado ("batalhão UNSO), comandante da 1ª divisão do 1º pelotão. Lutou em Mariupol. Em 2016 assinou contrato com as Forças Armadas da Ukraina. "Alguns dias antes da morte, Sergey pessoalmente matou um inimigo, o outro capturou. Teve uma concussão e foi hospitalizado. De lá, é preciso pensar, fugiu - porque hoje morreu", - escrevia Elena Bilozerska. Seu irmão também é soldado - voluntário desde 2.014.

18. Alexander Moroz


Alexander Moroz morreu ao pisar na extensão de uma mina, em 26 de dezembro. Foi à guerra como voluntário. Foi enterrado na Calçada da Fama do cemitério militar em Kamianska. Deixou dois filhos e uma filha.

19. Leonid Provodenko. "Cossaco"


É daqueles que lutaram na ATO por Donbas nativo e caiu como um herói. Nasceu em 10 de setembro de 1.965 em Luhansk, na aldeia Mikhaylivka. Inspetor público para proteção ambiental do Estado na região de Luhansk. Após o início da guerra levou a esposa e dois filhos para Kyiv, e sozinho, em 06.08.2014 foi, como voluntário à frente.
Sargento Senior foi comandante do 12 º  batalhão de infantaria. Seguia tradições cossacas e queria libertar sua aldeia natal, que foi ocupada pelos terroristas. Em 26.12.2016, próximo a aldeia "Kruta Balka", o grupo de exploração percebeu os militantes. O tiroteio foi muito próximo. O cossaco, pessoalmente, destruiu dois mercenários. No entanto, cobrindo a retirada de seu grupo,  teve morte heroica, devido a ferimentos de bala. Os enfurecidos "DNR" sob a cobertura de disparos levaram o corpo do morto e abusaram dele, filmando isto num vídeo que postaram na internet. Em 30 de dezembro os invasores entregaram o corpo para o lado ukrainiano, mediante acordo.
Leonid Provodenko foi enterrado em 02 de janeiro, no cemitério militar em Kyiv. Dar adeus ao cossaco vieram centenas de pessoas.

20. Sergei Kabanov


Sergei Kabanov ingressou no exército como voluntário em agosto de 2014. Antes da guerra ele trabalhou na oficina de móveis na região de Tarascha onde nasceu em 27.05.1971.
Ultimamente Sergei vivia sozinho. Filho crescido, a mãe foi trabalhar na Itália, onde vive até agora. Duas vezes renovou o contrato com as Forças Armadas. Lutou na região do aeroporto de Donetsk, passou pela caldeira de Debaltsevo, recebeu ferimento no pescoço.
No dia 28 de dezembro Sergei voltava com o grupo de sapadores. Kabanov percebeu uma mina coberta com neve. Ele parou, estendeu a mão... E, neste momento funcionou o alongamento esticado sob a neve. Sergei morreu instantaneamente, mais dois sapadores receberam ferimentos graves - um deles teve a perna arrancada. 
O sargento foi enterrado em sua terra natal, Tarascha, em 31 de dezembro. O irmão de Sergei continua no exército.

Tradução: O. Kowaltschuk