terça-feira, 6 de setembro de 2016

Quem frustrou a declaração eletrônica: novos detalhes
Europeisca Pravda (Verdade Européia), 02.09.2016
Sergei Sydorenko


Na noite de 01 de setembro, na Ukraina reapareceu a declaração eletrônica. Há razões para esperar, por muito tempo. Mas não há nenhuma razão para esperar qualidade.

O sistema software, fornecido pelo "Miranda" e bloqueado pelo estado, há três semanas, continha uma série de problemas e violações técnicas, mas após a "correção" do Serviço do Estado deixou de funcionar no regime estatal, apesar do lançamento oficial de "exploração comercial".

Felizmente, os atuais (como anteriores) problemas não são supercríticos podem, e devem ser corrigidos - se a capacidade profissional for suficiente daqueles, que cuidam do sistema agora.

O mais importante, que entre a situação de hoje e em agosto, há diferenças significativas.

Algo, é claro, não mudou. Como antes, o obstáculo da e-declaração continua a ser uma série de erros de todas as partes interessadas, que vem desde o ano passado.

Como antes, o problema continua a ser a incompetência flagrante de órgãos públicos.

Não desapareceu o desejo de alguns políticos em abolir ou castrar o sistema de e-declarações.

Mas há mudanças - algumas para melhor, algumas para pior. Negativo, em particular, é que o sistema especial de serviço de estado, que se auto desacreditou durante o conflito, nas últimas semanas apenas fortaleceu as posições. E foram elas que receberam a tarefa de desenvolver os blocos 4 e 5. Por alguma razão se trata do desenvolvimento "do zero", em vez de revisão e conclusão dos módulos de software.

E, por isso não vale descartar novas "surpresas" na implementação de e-declarações.

Em vez disso o positivo principal: fontes confirmam, que o presidente Poroshenko finalmente escolheu o "lado claro" neste conflito. Sua intervenção colocou cruz na idéia de abandonar e-declaração, e é por isso que nós começamos com otimismo: parece, que esta vez o sistema trabalhará por longo tempo. Além disso, o presidente declarou publicamente, que a responsabilidade criminal pela mentira em declarações será armazenada. Parece que, na Administração Presidencial já perceberam a importância crítica da questão.
Verdade, para estar pronto para admitir seus próprios erros o governo ainda não amadureceu. Mesmo quando eles são óbvios. Então, como prometeu  a "Verdade Européia" em post anterior, voltamos ao tema de declarações eletrônicas - e às ações do passado, e possíveis cenários futuros.

A quem "agradecer"?

O Parlamento Europeu há três semanas, em 14 de agosto, emitiu uma investigação aprofundada sobre a participação do Serviço de Estado DSSZZI (Serviço de Estado das Comunicações Especiais e Proteção de Informações) na interrupção do lançamento antecipado da declaração eletrônica.
Todos os documentos e conclusões nele contidas, continuam válidas. Há também novas, às quais chegaremos neste artigo. E, embora o papel do DSSZZI neste processo é, de fato, "excelente" não é correto dar atenção somente a ele.

À profunda crise de e-declarações levou a convergência de um mau plano anteriormente pensado, erros e banal relaxamento da parte de todos os participantes do processo - de clientes aos auditores.

E, embora o "grau de culpa" - diferente, vale parar em cada um (pedimos desculpa pela grande quantidade de detalhes técnicos nas próximas páginas, quem não pretende aprofundar-se na questão "quem é o culpado, pode omitir os próximos blocos). 

O que fazer? (Conclusão final - OK).

Então, com todos os problemas e todas as tentativas de bloquear o processo, 01 de setembro a declaração eletrônica funcionou.

Embora não, "funcionou" - termo inadequado. O mais correto é dizer, que o sistema recebeu um certificado falso de segurança.
Que o Estado, na verdade, não realizou verdadeira certificação ou mesmo teste do sistema, na manhã de 01 de setembro convenceram-se todos.
O complexo programa de declarações eletrônicas é disponível, mas não trabalha.
No primeiro dia ele não aceitava as chaves eletrônicas e não prometia preencher declarações. Em 02 de setembro, na 2ª parte do dia, parte das chaves (mas não todas) começaram perceber-se, mas chegar à postagem da declaração nem todos conseguem.

A validação (verificação) de dados - destruída.
Exemplo, 01 de setembro poderia -se escrever o sobrenome do funcionário em inglês, mas ter parente apátrida era "proibido".

E o mais importante: a representação de inseridos documentos ainda não funciona. Pelo menos a partir da noite de 02 de setembro.

Os desenvolvedores acreditam que o módulo da representação da imagem, que é muito complicado, foi "destruído"devido a interferência indevida.

Francamente, tal desenvolvimento não é surpreendente.

Todos os especialistas alertavam que, em tão pouco tempo simplesmente é impossível terminar um software complexo com as forças de órgão estatal, que não participaram de seu desenvolvimento (e não há no estado aqueles que estão familiarizados com o código do programa).

Quebrar - pode. Na verdade, isto aconteceu.

É possível corrigir o sistema agora? E mesmo tendo em conta que é necessário terminar os módulos 4 e 5 (revisão da declaração e integração com registros externos)?

Sim, é possível, e não será muito complicado, se incluir desenvolvedor. E, claro, a custo zero, porque ele já recebeu pelo produto.

Basicamente, pode-se fazer sem os serviços do "Miranda" se isto for decisão de princípio, incluindo terceiro empreiteiro - será mais complicado, mais longo e requererá financiamento, mas isto também é uma opção real.

Finalmente, terceira opção - continuar os serviços com as forças do Serviço Estadual. Cujo nível de qualificação todos aceitam.

Segundo a lógica, o Estado deveria rejeitar categoricamente a terceira opção. Mas, dado que o governo, depois de tudo o que aconteceu até agora, não demitiu o presidente da DSSZZI, Leonid Yevtushenko, nós não podemos excluir, que a Especial Relação Estatal incumbirão "quebrar" o sistema no futuro.

A única coisa que dá otimismo - é que em tal desenvolvimento de acontecimentos não está interessado o presidente.

Ainda em 14 de agosto nós escrevíamos, que ele sabia e no mínimo sancionou o atraso com concessão de certificado. Isto é verdade. Mas o incrível escândalo internacional, que houve depois disto, forçou a Administração Presidencial rever a posição.

Algumas fontes independentes uma da outra confirmaram que Poroshenko desempenhou o papel fundamental, para que o sistema, finalmente, obtivesse o certificado. Na Administração Presidencial finalmente perceberam, que o Ocidente não perdoará a Kyiv esta falha.

Prestemos atenção: na  última declaração de Poroshenko sobre a e-declaração há importantes palavras sobre, que o sistema deve trabalhar "junto com responsabilidade administrativa e criminal  por violação da ordem ou fornecimento de informações falsas".

E, o Ocidente vai vigiar, para que esta promessa seja realizada, e o plano com interrupção do sistema não se transforme no plano "limpeza" de punições da legislação.

Tradução: O. Kowaltschuk

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