domingo, 25 de setembro de 2016

Primeira visita dos dirigentes das Relações Exteriores da França e Alemanha ao Donbas (World News) - Política
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 20.09.2016 
Oles Kovacs

(Assunto já visto mas, há várias pormenores - OK).
O Semanário francês Le Point escreve sobre a primeira visita ao leste da Ukraina pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da França e da Alemanha. A revista popular britânica The Independent escreve sobre a visita a Kyiv do ministro das Relações Exteriores da Gã Bretanha, Boris Johnson, falando sobre o papel da Grã Bretanha na resolução do conflito na Ukraina. O jornal americano Chicago Tribune escreve, que a Kyiv não é suficiente o anúncio de uma trégua no leste da Ukraina para a mudança política.

O semanário social e político francês Le Point publicou o artigo "Os líderes da diplomacia francesa e alemã realizaram a primeira visita ao leste da Ukraina". Em particular, trata-se da cidade Slavyansk, que a revista francesa nomeia antiga "fortaleza" dos separatistas pró-russos no leste da Ukraina. O chanceler francês, Jean-Marc Aurault, e o seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier visitaram a ponte destruída sobre o rio Kazennyi Torets, no qual tem a inscrição "Aqui esteve o "mundo russo". O jornal lembra, que em 2014, o exército ukrainiano recapturou dos combatentes a cidade Slovyansk em julho de 2014. Também explica que a visita de funcionários franceses e alemães foi para apressar a dinâmica dos Acordos de Paz de Minsk, em fevereiro de 2015.

O semanário francês escreve que Paris e Berlim esperam assinar um acordo sobre a desmilitarização dos três distritos piloto no leste da Ukraina. Tudo isto destina-se para acelerar o processo de paz e permitir a organização da cimeira com a participação dos presidentes da França, Ukraina e Rússia, bem como a chanceler alemã. Em continuação cita as palavras do ministro do exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, que acha indispensável parar as ações de combate, para avançar no diálogo político. A revista também avisa, que os ministros francês e alemão também visitaram a cidade de Kramatorsk, controlada pelos militares ukrainianos e que situa-se perto da linha de frente. A edição francesa avisa que a chegada de governantes a Kramatorsk era acompanhada por aproximadamente 40 manifestantes, que expressavam sua oposição à idéia de atribuir a Donetsk e Luhansk um "estatuto especial". Eles seguravam vários banners, um dos quais dizia: "Não repitam os erros do Acordo de Munique, de 1938".

Le Point explica que o Acordo de Munique de 1938 simboliza a capitulação das democracias européia perante Alemanha fascista. Os ministros franceses e alemães reuniram-se com os representantes da OSCE na região. Eles aconselhavam o oficial Kyiv para atribuir "estatuto oficial" aos territórios ocupados pelos militantes russos e, para isto mudar a Constituição da Ukraina. No entanto, estas proposições geraram intensos debates em Kyiv, o que, o semanário francês acredita, que nisto, de fato, está o risco do separatismo na Ukraina, e, por sua vez, poderia desestabilizar outras regiões do país. 

The Independent: "Boris Johnson voa com a proposição para dispensar atenção à crise na Ukraina e fica à margem. O jornal acrescenta que Johnson foi uma adição tardia e inesperada, a fim de contribuir para o processo da resolução da crise que começou a ganhar força. No entanto, o ministro britânico quis mostrar que seu país ainda tem um papel importante a desempenhar. Mas, na verdade, outro tópico dominou, o quanto a Grã-Bretanha continuará  sendo uma uma potência diplomática influente no cenário internacional após sua população decidir abandonar a UE.

O jornal americano Chicago Tribune: trégua na Ukraina não é suficiente ao presidente para iniciar uma mudança política. O anúncio recente de uma trégua não é razão suficiente para Kyiv fazer mudanças na política de acordo com os "Acordos de Minsk para paz", (E, não houve, nem há trégua anunciada, os ataques realizam-se desde o primeiro dia da tal "trégua", segundo notícias dos jornais. Foi apenas um blefe - OK). Poroshenko exige mais paz para começar o processo de concessão de "maior autonomia" aos territórios que estão sob controle de militantes pró-Rússia. Ele declarou na reunião da Estratégia Européia em Yalta, que Rússia deve retirar suas forças de ocupação, todo o armamento do leste ukrainiano e apenas depois Kyiv concordará e começará abordar outras questões. Poroshenko declarou que, quando Ukraina fechar toda a fronteira com a Rússia, na Ukraina não haverá conflito. 

A edição americana também escreve que a declaração do líder ukrainiano apareceu no momento de novos esforços diplomáticos para decisão do conflito. Os ministros do exterior da Alemanha, França e Reino Unido, em Kyiv, expressaram apoio ao acordo assinado em Minsk 25 anos atrás. A revista explica que a maior parte não foi cumprida, porque nenhum lado quis fazer concessões. (Se o inimigo se estabelecer nas casas, nos países, dos prestimosos governantes que, neste ponto, criticam o governo ukrainiano, será que eles aceitarão? - OK). Poroshenko afirma que não fará quaisquer movimento até que a Rússia cumpra as suas obrigações relacionadas com o Acordo de Minsk.

Presidente Poroshenko e Boris Johnson

Em continuação, Chicago Tribune lembra aos leitores que o conflito armado no leste da Ukraina já matou 9.600 pessoas (E quantos ficaram aleijadas ??? - OK) a partir da primavera de 2014. De passagem, a revista sugere, que o destino de mais sanções contra o país agressor, Rússia, pode levar a uma divisão nos Estados Unidos e na Europa. No entanto, em seguida, a publicação escreve que o ministro do Exterior Boris Johnson, do Reino Unido, enquanto em Kyiv, disse que a decisão de deixar o Reino Unido, de modo algum afetará a posição de Londres quanto a Ukraina.

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Médicos ukrainianos pararam o coração do militar durante 23 minutos para salvar sua vida.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 16.09.2016

Médicos do Instituto Amosov, em Kyiv, retiraram um pedaço de mina do coração do militar Eugene Voloka, 30ª brigada, comandante de pelotão, parando o funcionamento do coração durante complicadíssima cirurgia, por 23 minutos.
Eugene Volokov recebeu complexo ferimento próximo a Starohnativka Em 15 de agosto. Recebeu fragmentos de mina que feriram o cérebro do lutador, seus pulmões e coração. Os especialistas não prometeram nada mas a intervenção cirúrgica foi bem sucedida. Após o tratamento cirúrgico de vários estágios no hospital regional, na região de Dnipropetrovsk, com a remoção de fragmentos do corpo e da cabeça, era necessária cirurgia imediata para remover o fragmento do coração do lutador. 
Tal intervenção após cirurgia neurocirúrgica complexa era possível no hospital em Kyiv. No dia 8 de setembro os médicos especialistas, com a participação do diretor do Instituto Vasyl Lazoryshyn resolveram retirar a lasca. Ela situava-se na paredinha do ventrículo e era um constante perigo à vida do comandante.
O militar foi trazido de avião no dia 12 de setembro. No dia 13 lhe realizaram a complicada cirurgia, com parada do coração, para o que introduziram circulação artificial. A cirurgia durou 4 horas mas, para extrair a lasca encravada no coração, os cirurgiões tiveram que detê-lo por 23 minutos.
Em 15 de setembro, dois dias após a complicada intervenção, Eugene foi transferido da reanimação para o quarto. Eugene sente-se bem, mas, por enquanto é proibido levantar da cama. Sua vida já não está em perigo. Ainda precisará de outra cirurgia, na têmpora. Deverão colocar-lhe uma placa de titânio porque a lasca feriu sua cabeça.

Tradução: O. Kowaltschuk

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