quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Ukraina não tem um futuro europeu com a atual classe política no poder.
Especialista do Centro ECFR
Voz da América, 08.01.2018


Ukraina não tem um futuro europeu com a atual classe política no poder. 
além disso, o auto enriquecimento de políticos, que se encobrem com o status de "pró-europeu", só desacredita a União Européia, diminui sua influência e perturba o processo de reforma na Ukraina.

Sobre isto, afirmou em um comentário publicado pelo site do Conselho Europeu de Relações Exteriores, um especialista no programa europeu, que se especializa em segurança e defesa, Gustav Gresel.

Ukraina não tem futuro europeu com tal governo - especialista do Centro ECFR.



















Gresel vê na Ukraina sinais de colapso, pelo presidente Poroshenko, de "progresso no domínio da lei e da divisão do poder do Estado, que se conseguiu após a Revolução da Dignidade".

De acordo com o autor, isto é indicado pela situação em torno do político ukrainiano de oposição, o ex-presidente georgiano Mikheil Saakashvili, pressão sobre NABU (Gabinete Nacional Anti-Corrupção da Ukraina), qualidade dos juízes recém-nomeados à suprema Corte, ataques aos combatentes contra corrupção, outros.

A ameaça de reeleição e preservação do poder de Poroshenko, pode ser a única língua que ele entende.

"Se isso continuar, Ukraina novamente se tornará uma cletocracia quase-autoritária, na qual alguns líderes estatais usam o poder e força do aparelho estatal para promover seus próprios interesses", escreve o pesquisador ECFR. 
(O Conselho Europeu das Relações Exteriores (ECFR) é um grupo de reflexão pan-europeu, com escritórios em sete capitais europeias. Iniciado em Outubro de 2007, conduz investigação e visa promover debates informados em toda a Europa sobre o desenvolvimento de uma política externa européia baseada em valores coerentes e eficazes).

Para evitar esse cenário Gresel exorta a União Européia a recorrer a prisão das contas locais, dos membros corrompidos do governo ukrainiano e aqueles, que se opõem às reformas.

"Isto enviaria um sinal muito claro na véspera das eleições presidenciais e parlamentares de 2.019 - as auto-denominadas elites ukrainianas "pró-europeias não tem apoio europeu. Mais que isso, a ameaça da reeleição e preservação do poder por Poroshenko, pode ser o único idioma, que ele compreende", - pensa Gresel.

O especialista também observa que a ofensiva européia contra a corrupção na Ukraina não deve ser vista como enfraquecimento na luta pela soberania e independência contra a Rússia. 

"A corrupção e a soberania são questões diferentes, e precisam ser distinguidas", enfatiza Gresel.

A exigência central da Revolução de Dignidade era a transformação da Ukraina em um estado, que respeita a lei, trata todos os seus cidadãos igualmente e com respeito, e não permite enriquecimento ilícito da elite política. Poroshenko e seu governo não cumpriram esses requisitos. A administração de Poroshenko, cada vez mais, transforma Ukraina na cópia espelhar da velha. Os líderes europeus não devem permitir o uso de si próprios como uma folha de figueira que cobre tal regressão da Ukraina", enfatiza Gresel.

                         Membros da "Voz da América"













Tradução: O. Kowaltschuk

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