sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Boas notícias para ortodoxia ucraniana. Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 11.10.18 Ivan Farion

 Depois de uma longa permanência secular sob o teto de Moscou, a Igreja Ortodoxa Ucraniana conseguiu o status de canônica. O Patriarca Ecumênico deu continuidade ao procedimento de concessão do tomos de autocefalia à Igreja Ortodoxa da Ucrânia (Não encontrei a palavra "tomos" nos meus dicionários - OK).

 Três dias antes do santificado "Nossa Senhora da Proteção" (Primeiro de outubro), os ucranianos receberam da capital turca uma notícia alegre, de importância histórica. Em 11 de outubro, o Santo Sínodo do Patriarca Ecumênico (sua residência está localizada no distrito de Phanar) decidiu que a anexação da Metrópole de Kyiv, à qual a Igreja Ortodoxa Russa, por meio de intrigas conseguiu, no distante ano de 1686, declarar que era ilegal.

 A maioria dos hierarcas de Constantinopla aboliram o anátema (excomunhão da igreja ao Patriarca da Ucrânia-Rusa, a maldição, a qual em seu tempo a Igreja Ortodoxa Russa impôs ao Patriarca da Ucrânia-Rus Filaret (Antigamente Rus era a denominação da Ucrânia -OK) e ao chefe da Igreja Autocéfala Ortodoxa Ucraniana (UAOC) Metropolita Macarius, considerando-os separatistas. A punição ilegal dos bispos ucranianos foi abolida, visto que ela foi aplicada com base em motivos políticos.O Sínodo restaurou o status canônico do Patriarca Filaret e do Metropolita Macário, e, portanto toda a sua atividade era e é canônica. De acordo com os dados de Istambul, 9 de 12 membros do Santo sínodo votaram positivamente nas decisões sobre questões ucranianas.

 Por sua independência de Moscou a Igreja Ortodoxa Ucraniana lutou persistentemente por 332 anos. Particularmente ativos estes esforços tornaram-se com a proclamação da soberania da Ucrânia em 1991. E, como pode ser diferente! - em um país livre, a igreja deve ser livre de influências estrangeiras. Rússia fez de tudo para evitar isso. Kremlin torpedeava cada tentativa do clero patriótico e das autoridades seculares para conseguir a autocefalia para os ucranianos ortodoxos. O curso foi seguido por provocações, manipulações, desinformação, subornos, chantagem, ameaças físicas. Pessoalmente tentou pressionar o Patriarca Ecumênico o Patriarca de Moscou, Cirilo, que voou às pressas a Istambul. Recebendo "não", o zangado enviado de Putin voltou. Até mesmo a comida estrangeira não lhe chegou à boca...

 Não cessavam as sabotagens contra Kyiv e Constantinopla até ao dia anterior ao Santo Sínodo. Chegou até, que Moscou previu à Ucrânia uma guerra civil por motivos religiosos. Até mesmo - colapso da Ucrânia!!! As forças anti-ucranianas preparavam-se para uma colisão de força. Do Kremlin lamentaram a divisão da ortodoxia mundial (Prezados, entre os cidadãos da Ucrânia há muitos saudosistas ucranianos que gostariam voltar ao domínio russo. Infelizmente. É o desejo de pertencer a um país grande e poderoso - OK).

 O Patriarca Ecumênico não temeu esses sorrelfos e restaurou a justiça histórica. Após o apelo de abril do Presidente Poroshenko, Parlamento, Gabinete Ministerial, 41 hierarcas da Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Kyiv, 12 hierarcas da Igreja Autocefálica Ortodoxa Ucraniana, 10 hierarcas da Igreja ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou, Bartolomeu I, deu o comando, seguindo estritamente os cânones, para iniciar o procedimento da concessão da autocefalia.

 Assim, na quinta-feira, dia 10.01.1918, a promessa de Bartolomeu I foi documentada - devido ao reconhecimento da ilegalidade e a provisão de status canônico ao Patriarcado da Igreja ortodoxa Ucraniana do Patriarca de Kyiv Filaret e Igreja ortodoxa Autocefálica Ucraniana - Metropolita Macarius. (Prezados, o Google alterou muito as postagens, ficou mais complicado. Na última foram ignorados todos os parágrafos. OK)

 Tradução: O. Kowaltschuk

Um comentário:

  1. Fico Feliz com essa notícia, a independência ortodoxa ao imperialismo russo. Viva o povo ucraniano! Soube dessa notícia também no canal da afbp: https://www.youtube.com/watch?v=1kfd3ZEw8ao

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