O que está por trás do chefe do centro de troca de prisioneiros,
Volodymyr Ruban-Garbuzyuk
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 13.03.2018
Ivan Farion
Arsenal de armas com as quais pretendiam cometer ataques terroristas contra a suprema liderança da Ukraina. Foto SBU.
No dia 8 de março, quando muitos homens ukrainianos erguiam brindes pelas suas lindas mulheres, o tema das conversa à mesa mudou uma "quente" notícia da TV. O dirigente do Serviço de Segurança Vasily Hrytsak anunciou a detenção, na linha de limite na zona ATO, do sabotador com grande arsenal de armas e munições que retiraram do território ocupado. Segundo o chefe do serviço de segurança, a carga perigosa era trazida escondida entre os móveis, pelo dirigente da uma organização pública, "Corpo de Oficiais, Volodymyr Ruban (conhecido pela mediação de intercâmbio de prisioneiros de guerra), e planejava-se o seu aproveitamento para preparação de assassinato dos líderes do nosso país.
De acordo com SBU, deviam sofrer atentados o presidente Poroshenko, o secretário de RNBOU (Conselho de Segurança e Proteção da Ukraina) Oleksandr Turchenov, o ex-primeiro-ministro, líder da Frente Popular, A. Yatsenyuk, o Ministro da Administração Interna Arsen Avakov, deputados e outros representantes da elite política. O acerto com eles deveria ocorrer durante o ataque às instalações do governo. Segundo informação, os terroristas armados pretendiam assaltar o Parlamento, quando o chefe de Estado lá comparece-se. As vítimas deviam se contar em milhares. De acordo com o plano dos rebeldes, à Kyiv, com certeza viriam os militares do ATO. Em Kyiv prevaleceria caos e muito sangue seria derramado. E isto daria bases ao Kremlin para anunciar ao mundo sobre "guerra civil na Ukraina", e sobre a necessidade de controle externo sobre o "país descontrolado"...
Volodymyr Ruban-Garbuzyuk.
No salão do micro-ônibus, em cuja direção parecia estar um tiozinho inteligente, com barbicha de docente, no controle de "Majorsk", nossos serviços especiais encontraram carga mortal que até guardas treinados se assustaram. Dentro de móveis estavam escondidos 46.120 minas milimétricas com chamas torcidas (Prezados, se minha tradução não lhes parecer correta, peço compreensão, não sei nada sobre as armas - OK) e cargas em pó, adicionais, seis minas de 82º calibre, duas granadas, nove rifles Kalashnikov de várias modificações, duas metralhadoras manuais, pistolas Makarov, dispositivos de tiro silenciosos, milhares de cartuchos de bombas de diferentes calibres. Isto seria suficiente para organizar um verdadeiro abate com muitas vítimas.
As armas e munições tinham comprovante de origem da Federação russa...
A liderança ukrainiana informou que uma operação especial, para detectar o terrorista e seus cúmplices realizavam 9 meses. "Provas mais que convincentes" de suas atividades ilegais foram documentadas - há vídeos relevantes, conversas telefônicas de Ruban com os líderes separatistas, testemunhos oculares. Isso refuta a declaração do detido no tribunal sobre "base organizada" e que ele não sabia nada sobre a natureza da carga. A parte da base de evidência fornecida pelo acusado constituiu a base para que o Tribunal aceitasse a demanda do Ministério Público Militar - para Ruban uma medida preventiva sob a forma de prisão por dois meses sem penhor. Se a culpa for reconhecida pelo tribunal, a Ruban ameaça prisão perpétua.
A notícia da detenção desta pessoa odiosa causou reação insatisfatória entre os inimigos da Ukraina. a liderança das falsas repúblicas no Donbas disse que Ruban era "talvez o único oficial adequado da Ukraina", com o qual poderia haver diálogo. O pesar que se percebe nestas palavras, pode-se compreender - perderam o companheiro. Curiosamente, uma certa simpatia à pessoa e o ceticismo às ações das autoridades, é percebida nos comentários de alguns blogueiros domésticos. Elogiam Ruban por resgatar muitos prisioneiros de guerra ukrainianos, esquecendo quantas mortes preparava com seus "pacotes" no micro-ônibus... é possível, que os ex-cativos, induzidos ao engano, e parentes de outros reféns, que permanecem nas câmaras de torturas dos terroristas no Donbas, também estarão incluídos à campanha de proteção a Ruban.
em organizações públicas, com fundos de Moscou envolvia-se com publicações. No último trabalho começou observar-se sua posição pró-russa. Publicava revistas, livros e manuais didáticos para crianças de Donbas. Provavelmente, não foi coincidência que seu sócio de negócios fosse um ex-oficial de inteligência estrangeira da KGB URSS Alexander Drozdov...Ruban-Garbuzyuk era simpatizante da "Escolha Ukrainiana" de Viktor Medvedchuk (Só para lembrar: a tal "Escolha Ukrainiana" não tem, e nunca teve algo de ukrainiano. E Viktor Medvedchuk é tão simpatizante da Rússia que até o padrinho de sua filha única é Putin - OK), nos tempos de Yanukovych (A propósito, está sendo realizado o julgamento de Yanukovych, em ausência - muitos testemunhos, o final parece estar longe - OK), foi criado por Ruban o "Corpo de oficiais" que condenava o curso da Ukraina à integração européia. Mas, depois de algum tempo Ruban mudou radicalmente as visões políticas, juntou-se à "Autodefesa de Maidan" (evidentemente como agente enviado). Com o início da agressão russa contra Ukraina, Ruban assumiu o papel de negociador na libertação de prisioneiros militares ukrainianos. Estranhamente negociava com os militantes. Há fotos, que fazia isto por muito dinheiro.
O voluntário tártaro-crimeano Heide Rizaeva (agora assistente da deputada Oksana Bilozir) contou sua própria história dramática. Quando Heide, em 2014 foi capturada pelos terroristas, seu pai começou procurá-la. Os homens de Ruban chegaram a ele e propuseram pagar-lhes pela procura da filha, cinco mil dólares. Ele lhes deu este valor. Poucos dias depois os "pesquisadores" trouxeram fotos de uma mulher parecida com Heide e disseram: Desculpe, nossa missão acaba porque sua filha foi baleada", Seu pai sofreu um ataque cardíaco do qual morreu...
Heide Rizaeva apelou ao chefe do SBU para garantir os serviços, verificassem isso e outros fatos de tráfico de pessoas na guerra. "Não pedi para aprisionar ou destruir Ruban", disse ela. - "Solicito instruir a investigação deste caso a trabalhadores responsáveis, não corruptos" nas trocas de prisioneiros.
E não só. Porque trata-se de uma atividade terrorista abertamente anti-estatal, que, especulando na miséria humana, Ruban aproveita-se desta miséria . Um lote de armas Ruban já trouxe do território
ocupado no ano passado (ele foi isolado a tempo). Será avaliada uma entrevista de Ruban a uma edição russa, na qual ele falou o que não deveria sobre o exército ukrainiano, e, ao mesmo tempo, elogiava a "milícia" de Putin. Os serviços especiais devem investigar a conexão desta pessoa com a deputada Nadia Savchenko, com quem, sem problemas, por várias vezes entrou livremente nos territórios ocupados.
E não é só. Trata-se de uma atividade terrorista, que, especulando sobre a miséria humana, Ruban Mascarou sob uma missão humanitária. Um lote de armas Ruban trouxe do território ocupado no ano passado (foi isolado a tempo). Uma avaliação das entrevistas de Ruban à edição russa, na qual ele falou mal do exército ukrainiano e, ao mesmo tempo, elogiava a "milícia", e Putin. Os serviços especiais devem investigar a conexão desta pessoa com a deputada Nadia Savchenko, com a qual ele entrou livremente nos territórios ocupados mais de uma vez. No processo criminal contra Ruban há, um ajudante desta pessoa odiosa.
Vitali Portnikov, comentarista político.
Antes da detenção de Volodymyr Ruban, chefe da organização "corpo de Oficiais" e relatos de serviços especiais sobre a preparação de atos terroristas em larga escala na Ukraina, parte do público pode olhar com desconfiança. Mas não estou surpreso com relatos sobre a descoberta da rede terrorista. Há muito espero pelo terror - porque saio não da minha própria lógica, mas da lógica dos que desestabilizam Ukraina.
"Guerra quente" no Donbas já não há por um longo tempo, há apenas confrontos esporádicos na linha de combate (mas os jornais ainda noticiam mortes quase diariamente - OK) e, apesar das vítimas e continuação da ocupação, a sociedade ukrainiana acostumou-se a tal guerra - como se acostumam a quaisquer conflitos, que não se acabam em alguns meses. Alavancas de pressão, sobre a liderança ukrainiana com a finalidade de forçar Kyiv a negociar de acordo com condições russas, Moscou não tem. Sanções contra Rússia ninguém pretende cancelar. Entretanto, sair do conflito é preciso, de alguma forma, sair - mas não fazendo concessões à reputação de Vladimir Putin e ele abandonar as ocupações. Então como?
O melhor caminho para esta saída - uma desestabilização total da Ukraina. A melhor maneira de desestabilização - terror... Se ele vier a Kyiv, Odessa, Kharkiv e Dnipro - intensificarão as posições daqueles que se oferecerão para negociar com Moscou. Claro, proporão "deixar" ou "federalizar" Donbas. Já, agora, muitos na Ukraina não hesitam em dizer, que a guerra é "vantajosa ao poder", do contrário ela já teria terminado há muito tempo. E, o que se refere a "separação" de Donbas e Criméia levou Maidan não o ocupante. Imaginem apenas, o quanto tais sentimentos vão crescer em condições de terror total.
Também é completamente lógica a intenção de destruir o presidente do país, e políticos do assim chamado "partido da guerra" - isto é, aqueles que não desejam abaixar-se diante de Moscou e a muito se consideram principais inimigos do Kremlin. Mas os políticos que podem "negociar", não vão tocar - precisa dar-lhes a possibilidade de chegar ao poder, parar o terror e criar para Vladimir Putin a possibilidade para sair da armadilha ukrainiana.
Não é possível esconder a verdade - tais políticos, mesmo sem terror, podem chegar ao poder na Ukraina já depois das eleições presidenciais e parlamentares de 2.019. A sociedade ukrainiana ainda está desorientada e incapaz de lutar em uma longa distância - o que é um pé-requisito para quaisquer construção de Estado bem sucedida. Mas, mesmo uma sociedade tão desorientada pode não entender o bloqueio de "patriotas" - populistas com as forças do passado - "Bloco de oposição" - "Escolha ukrainiana" do odioso Viktor Medvedchuk.
Mas o terror total e a luta com ele - é uma excelente oportunidade para a criação de um governo de unidade nacional cuja tarefa principal é deter o terror nas ruas, pôr fim à guerra e negociar com Moscou. Em tais condições, paz e sossego a qualquer preço podem se tornar a mesma religião política de uma sociedade imatura, que agora se tornou a luta com a corrupção total ou terror total.
Portanto, com a detenção de Ruban o problema não terminará. O terror já pode estar no limiar.
Tradução: O. Kowaltschuk
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