domingo, 1 de outubro de 2017

Notícias diversas 
Imprensa ukrainiana, 01.10.2017


Oleg Sentsov, diretor de cinema, ukrainiano, condenado ilegalmente a 20, anos, que permanecia na prisão russa da Criméia ocupada, informou que estava sendo enviado de Yakutsk para Yamalo Nenets.
Sobre isto Sentsov escreveu à ativista Zoya Svetova, que publicou a notícia no site da "Rússia Aberta".



















Svetova recebeu uma carta datada em 17 de setembro, do CISO (Isolador Investigativo) datada em 17 do mês de setembro e enviada do CISO-1 Tenumen, em 21 de setembro.

Svetova pensa que ele está sendo enviado para colônia mais distante, ao norte, de Kharp, em Yamal, que é conhecida por sua rigorosa condição de detenção. (Para quem não leu os antigos textos, Sentsov não fez nada contra Rússia. Ele é ukrainiano e não é simpatizante do Kremlin. Com certeza Rússia quis precaver-se de possíveis denúncias sobre as ilegalidades dos ocupantes. Ele vivia na Criméia e estava iniciando a produção de um filme. Ao sair da prisão , após 20 anos, Rússia deve estar apostando que já não terá nenhuma vontade ou possibilidade de produzir um filme sobre a ocupação russa da Criméia - OK).

"Comigo tudo normal. Estou indo. Fui retirado bruscamente de Yakutia e estou sendo levado para Kharp, em Yamal, que é conhecida por suas rígidas condições de detenção. Lá, este é o único lugar de permanência de sentenciados - o legendário Kharp... Não espero nada de bom... Eu não sofro com depressão ou declínio espiritual, não duvidem", - escreveu Sentsov.

Ele também escreveu, que em Yakutsk, onde esteve anteriormente, no transcorrer de um ano lhe entregaram apenas duas cartas.
Antes da saída, esvaziaram a caixa com as velhas cartas de 1,5 anos, e só agora me deram... e, aproximadamente, uma centena de novas.  Também entregaram dezenas de livros que foram enviados para mim, mas não me deram  quando chegaram", - disse Sentsov.

Ele acrescentou, que o chefe do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ukraina, Pavlo Klimkin, "tentou telefonar para ele, no dia de seu aniversário em julho".  
"Vieram também "Puscy Raiot" (Grupo feminista de punk rock russo, famoso pela provocação política contra o estatuto das Mulheres na Rússia) para me apoiar... Mas em vez de uma chamada, me deram outro nódulo (quarto ou quinto), e depois me levaram para um local mais rigoroso - em Kharp. A ordem, Rússia assinou no final de Julho", - avisou o diretor ukrainiano.

Como se sabe, o diretor ukrainiano Oleg Sentsov, juntamente com o ativista Oleksandr Kolchenko (Não vi mais nenhuma notícia sobre Kolchenko - OK), foi detido por representantes dos serviços especiais russos na Criméia, em maio de 2014 sob acusação de organizar atos terroristas na península.

Em 25.08.2015, o tribunal russo em Rostov-on-Don condenou o diretor ukrainiano Oleg Sentsov a 20 anos de permanência numa colônia de regime rigoroso, sob acusação de preparação de ataques terroristas na Criméia, e outro ukrainiano Alexander Kolchenko - até 10 anos de prisão em uma colônia penal de regime rigoroso.

Sentsov e Kolchenko, em fevereiro de 2016 foram transferidos (da Criméia) para região de Chelyabinsk. Posteriormente, Sentsov, da colônia Yakutsk, foi transferido para uma colônia de regime rigoroso em Irkutsk.

Em 11 de setembro, o Comitê de Vigilância Pública, da região de Irkutsk, disse que Sentsov foi enviado para Chelyabinsk.
Em 23 de setembro, o advogado de Sentsov, Dmitry Dinze, disse que não conseguiu saber aonde Sentsov estava e, em Chelyabinsk disseram que Sentsov não esteve lá.

O Comitê de Vigilância Pública, da região de Irkutsk explicou que a transferência de Sentsov para outra região pode ser devido à consideração de sua queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos da Pessoa. O valor de compensação, em caso de vitória, será menor se o prisioneiro estiver mais próximo de "casa".

xxx

Em Avdiivka foram reparadas 68 casas particulares que foram danificadas em resultado de bombardeios pelos militantes, e mais sete casas estão sendo reparadas, anunciou o chefe da Administração Civil-militar de Donetsk, Pavlo Zhebrivsky. As brigadas de funcionários trabalham a partir de 05 de agosto. Os fundos para os materiais de construção vieram do orçamento regional, parte de organizações internacionais e Cruz Vermelha.






















Trump continuou a proibição do financiamento de intercâmbios educacionais com Federação Federação Russa, por mais um ano.
Os Estados Unidos não financiarão assistência ou ajuda não humanitária e não relacionada com o comércio para participação de intercâmbios educacionais e culturais ou com funcionários dos governos da Eritreia, República Popular Democrática da Coréia, Rússia e Síria em 2018. Também não prestarão assistência humanitária à República Democrática do Congo (R,D.C.), Guiné Equatorial, Irã, Sudão do Sul, e Venezuela durante 2.018.

xxx

Umerov não pedirá perdão ao Kremlin.

Ilmay Umerov (60 anos), vice-presidente do Mejilis do povo tártaro da Criméia, não pedirá perdão ao Kremlin, apesar das doenças que ameaçam sua vida.

"Há pouca esperança de justiça através de um apelo oficial e, definitivamente não vou pedir perdão", disse Umerov.

Ele observou que não vai "implorar seus opressores". Umerov não se arrependeu de não ter deixado a anexada Criméia anteriormente, quando havia tal possibilidade. Ele insiste que a península é sua pátria.

"Mesmo que alguém me desse um corredor seguro para sair agora, eu não concordaria", - disse ele.

Em 27 de setembro, o controlado por Kremlin Tribunal Distrital de Simferopol emitiu um veredicto no caso de Ilmi Umerov e condenou-o a dois anos de prisão. Os advogados insistem que Umerov pode não suportar, fisicamente, o castigo, escolhido para ele pelo tribunal de ocupação da Criméia.. 
Umerov afirma que a sentença do tribunal de Simferopol já era esperada e é uma manifestação das autoridades russas de silenciar os tártaros da Criméia.

Ele observou que apresentará um recurso, depois apresentará uma demanda ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (O problema é que lá a fila é grande. - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk

Nenhum comentário:

Postar um comentário