quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Ilmy Umerov e Acthem Chiegas foram "dados" para Turquia.
Ukraina Moloda (Ukraina Jovem), 25.10.2017


Acthem Chiegas e Ilmy Umerov voaram para Ancara
Os ocupantes russos entregaram a Turquia os condenados na anexada Crimeia, os representantes do Mejlis da nação tártara Acthem Chiegas e Ilmy Umerov. Os dois prisioneiros políticos foram colocados no avião, que partiu de Anapa  russa para Ancara na quarta-feira. 
Sobre isto informou aos jornalistas o líder do povo tártaro da Criméia Mustafa Dzhemilev.
Dzhemilev acrescentou que essa troca foi possível graças aos acordos durante a visita do presidente da República Turquia Tayyip Erdogan a Ukraina.

Por sua vez, o ex-cônsul geral em Istambul, Bohdan Yaremenko escreveu no Facebook: "A questão de Umerov e Chiegas à Turquia - interessante e sem precedentes. Se é assim, então é muito bom que a vida de duas pessoas maravilhosas será preservada (que, em breve, espero, possamos abraça-los em Kyiv). Mas, do ponto de vista jurídico - isto é como o fim do mundo. Dois cidadãos da Ukraina, a quem Rússia considera, sem fundamento, cidadãos da Rússia, e não menos sem fundamento condenou-os  por crimes, que eles não cometeram, ou, precisamente, não cometeram na Rússia, por algum motivo entrega-os à Turquia, a qual, simplesmente, não tem nada a ver com o caso... Milagrosos assuntos seus, ó Senhor!"

Ilmy Umerov trabalhou na área médica na Rússia. Em 1988 voltou para sua pátria histórica Bakhchisaray, onde trabalhou como engenheiro, diretor da empresa "Elmaz". Em 1994, eleito deputado na República Autônoma da Criméia, fez parte da comissão nacional de política e problemas de cidadãos deportados. Desempenhou diversos cargos importantes na Criméia, até 2014 quando, oficialmente declarou que não reconhece a transição da Criméia para a jurisdição da Rússia e, em 19.08.2014 pediu dispensa de seu cargo, escrevendo que "não tinha capacidade de realizar o trabalho em condições que mudaram e exigem violação de seus próprios conceitos e princípios de vida". Posteriormente afirmou que deu esse passo para não prestar juramento à Rússia como funcionário público.

Umerov não aceitou várias propostas para mudar-se à Ukraina, e de lá continuar na esfera política, em luta pela Criméia. Devido à Doença de Parkinson obrigou-se a providencias o passaporte russo, para poder receber a aposentadoria na Criméia, porque já lhe era difícil viajar todos os meses a Ukraina. Mas, disse aos amigos que o passaporte russo usava, somente, para receber o salário.

Em maio de 2016 Umerov foi detido pelo Serviço Federal de Segurança da Federação Russa na Criméia. Em agosto de 2016 o Tribunal russo da Criméia decidiu enviar Umerov a um exame psiquiátrico forçado. Em setembro de 2016, o Tribunal Distrital de Bakhchisaray na Criméia condenou Umerov a uma multa de 750 rublos pela participação na reunião da organização.

Em 27 de setembro o tribunal russo na Criméia condenou o presidente do Mejilis, da nação crimeana-tatar Ilmi Umerov a 2 (dois) anos de colônia, e mais dois anos lhe proibiu o exercício de atividade pública. Hoje, 25 de outubro, Umerov voou para Turquia e foi liberado das sentenças. E, cessam as perseguições a uma pessoa que dedica-se a seu povo.


A alegria da filha de Umerov
À tarde apareceram mais notícias na "Verdade Ukrainiana": Umerov e Chiegas virão a Kyiv na quinta-feira, avisa Dzhemilev (Dzhemilev, deputado da Ukraina por duas vezes (III - VIII convocação) e presidente de Mejlis do povo tártaro da Crimeia, de 06.07.1991 a 27.10.2013.
Umerov e Chiegas, segundo Dzhemilev, devem encontrar-se com Erdogan, presidente da Turquia, ou com o primeiro-ministro da Turquia.

Dzhemilev recebeu um telefonema de A Chiegas. Na turquia, a Chiegas e Umerov propuseram assistência médica, mas eles recusaram porque querem vir logo para Ukraina.  Refat Chubarov, presidente do Mejlis disse que Umerov e Chiegas viverão e trabalharão em Kyiv.

(Prezados, reparem nas diferenças. Umerov e Chiegas mal pisaram no solo turco e já lhes propuseram tratamento médico. Na Rússia, antes de tudo, você é jogado numa prisão - OK.)

Segundo reportagem da "Verdade Ukrainiana" Erdogan, no encontro com Poroshenko, em Kyiv, disse publicamente que Turquia estava tomando medidas ativas para libertar os reféns na Criméia (Ele esteve, a poucos dias, na Ukraina - OK).

Segundo as palavras do presidente do Mejilis, da nação crimeana tatar Refat Chubarov,  a liberação de Umerov e Chiegas foi devido aos esforços e contribuição de muitas pessoas, de diferentes países - deputados, PACE, OSCE, outras instituições internacionais, diplomatas ukrainianos e líderes políticos dos países europeus, EUA, Canadá e numerosas organizações da diáspora ukrainiana e tártara.

Tradução: O. Kowaltschuk.

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