quinta-feira, 27 de julho de 2017

Hoje Ukraina, como antigamente Europa Ocidental, necessita de um "Plano Marshall" - representantes da Lituânia.

Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 27.06.2017
Vitaly Yeremitsa

Autor do Plano Marshall para Ukraina, Andrius Kubilius".

Bruxelas - Se não damos aos ukrainianos perspectiva de adesão à UE, então o que damos em troca? Sobre tal pergunta atualmente refletem alguns estados amigos europeus. Particularmente, Lituânia argumenta: se a UE não quer, para após alguns anos Ukraina novamente encontrar-se em uma encruzilhada e na esfera de influência russa, para ela é necessário introduzir o "Plano Marshal", no exemplo da estratégia analógica, que reconstruiu a Europa do pós-guerra. Este plano, atualmente circula pelas capitais europeias, e agora seu autor, ex-primeiro-ministro da Lituânia Andrius Kubilius apresentou-o em Bruxelas.

Assim como em 1947, o "Plano Marshall" era necessário para Europa Ocidental, assim agora o "Plano Marshall" é necessário para Ukraina, pensam em Vilnius. E, o objetivo final deste projeto, por assim dizer, - "dar um suporte" ao Estado ukrainiano, que encontra-se em situação difícil de recessão econômica e agressão militar russa. Por outro lado, ajuda a Kyiv em transformações bem-sucedidas em proveito de pessoas, e até mesmo despojará os "trunfos" de políticos-populistas que também apresentam ameaça.

O próprio, assim chamado "Novo plano europeu para Ukraina" deve ser, finalmente, apresentado na cimeira de novembro da "Parceria Oriental", em Bruxelas. Conforme explica o ex-primeiro-ministro da Lituânia, e hoje deputado do Parlamento lituano Andrius Kubilius, a UE deve fazer todo o possível, para impedir a realização do objetivo do regime de Putin, a saber: bloquear aos ukrainianos o caminho para o sucesso.

Para isto os lituanos propõem no próximo ano, do assim chamado "Plano europeu de investimento estrangeiro", onde estrará 88 bilhões até 2020, parte deste dinheiro aproveitar para o desenvolvimento da Ukraina.

Novo plano europeu para Ukraina

Ajuda financeira em troca de reformas.

"Claro, o financiamento vai depender de reformas. Se olhar mais amplamente, então são necessárias reformas, que criarão na Ukraina a classe média, que será a principal base para combate à corrupção. Para isso é necessário, em primeiro lugar, apoiar as pequenas e médias empresas. E, em segundo lugar, é necessário realizar a reforma agrária (de terras), que contribuiria na criação da classe média no ramo agrícola. Estas são as reformas principais, mas também são necessárias as reformas de pensões, energéticas, outras", - diz o influente político da Lituânia Andrius Kubilius.

Respondendo à pergunta da Rádio Liberdade, se já houve promessas concretas de apoio financeiro, o parlamentar lituano disse, que na fase atual a conversa ainda não é sobre obrigações financeiras para Ukraina da parte da UE e organizações internacionais.  "Esta será a próxima pergunta, no início de julho nós vamos falar sobre isto com os financiadores em Londres. (Veja a data da publicação do artigo - 27 de junho. No entanto, a data da publicação do artigo é 27 de julho - OK). Agora nós estamos na UE e nos EUA, procuramos, primeiramente, compromissos políticos" - disse Kubilius.

No entanto, falando sobre os planos futuros, Ukraina não pode deixar de pensar como lidar com o desafio diário atual, especialmente a segurança. A este respeito, o presidente do Comitê dos Negócios Estrangeiros no Parlamento Hanna Hopko concentra sua atenção nos esforços diplomáticos de Kyiv oficial, especialmente nos encontros esperados de julho com o secretário de Estado dos EUA e presidentes da ONU e OTAN.

"Nós esperamos, que os líderes destas organizações chave nos ajudarão em nossa campanha quanto a integridade territorial e soberania, - diz ela. - Também temos a esperança, que depois de bem sucedidas visitas do presidente a Washington, Bruxelas e Paris nós nos tornaremos testemunhas da estratégia ocidental de uma solução pacífica no leste da Ukraina. E Putin, finalmente, compreenderá, que de seu lado também deve haver algum progresso em termos de segurança no leste".

Hanna Hopko: Discutimos os próximos passos de cooperação com o presidente da Comissão dos Assuntos do Parlamento Europeu D. MakKalister em Bruxelas para apoio de reformas. 11:06 - 27 junho de 2017.

Ukraina - um dos países melhor preparados para adesão à UE - Kirkilas.

E, se mesmo depois de recentes e importantes obtenções da Ukraina - e em termos de reformas, e em relação ao "sem visto", e também no caminho de ratificação do Acordo sobre Associação e sobre perspectiva de adesão, dada aos ukrainianos à UE, falar não se apreçam. Ainda outro membro do Sejm lituano, Gediminas Kirkilas acredita, que os ukrainianos, algum dia, se tornarão parte da UE.

"De acordo com o Tratado de Lisboa, nós não podemos afirmar, que quaisquer país europeu pode tornar-se membro da UE. Claro, na comunidade deve haver a vontade política para expansão. Mas eu acredito, que cedo ou tarde esta vontade aparece. E um dos países, que a isto está preparado é Ukraina!, - pensa o ex-ministro dos assuntos do exterior, e agora um membro do Parlamento da Lituânia.

"Plano Marshall"  para Ukraina" apresentado hoje em Bruxelas, após "luz verde", recebido do Partido Popular Europeu no Congresso de primavera em Malta, e também após a apresentação em Washington e Berlim. Enquanto isso, soube-se , que planos parecidos preparam na Polônia e na Suécia.

(Vitaly Yeremitsa, correspondente da Rádio Liberdade em Bruxelas desde 2008. Nasceu em Bukovyna - Ukraina.

Tradução: O. Kowaltschuk

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