domingo, 30 de julho de 2017

Serviço nos interesses do Kremlin. Um grande grupo de especialistas impõe rendição a Ukraina.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 23.07.2017
Igor Losev (Ігор Лосєв).

Inúmeras aparições na mídia ukrainiana de um grande grupo de cientistas e analistas demonstram, recentemente, uma certa tendência comum. É uma imposição constante aos ukrainianos sobre a impossibilidade de vitória sobre o agressor, devido a circunstâncias "objetivas", por causa de recursos superiores e superior potencial militar-econômico da Rússia. Claro, alguns poucos oradores da base e centro de pesquisa formulam sua posição clara e inequivocamente, tudo se resume às dicas no estilo de "bem, o senhor entende..."

Estas considerações gerais tornam-se suporte para posição política derrotista, que empurra a sociedade ukrainiana à aceitação do plano de Putin, que está associado com o estabelecimento, de um ou outro modo, ao controle geopolítico do Kremlin sobre Ukraina.

Nestas afirmações há, alguns, erros fundamentais. Primeiro, se tudo se decidisse potencialmente, guerra no mundo 
não haveria: os países comparariam seu potencial, e o lado mais fraco declararia sua derrota. No entanto, na realidade, tudo é diferente...

Os recursos são uma possibilidade objetiva, mas não são garantia de sua utilização otimizada. No mundo há muitos países pobres com enormes recursos, que são chamados "pedintes em trono de ouro". Recursos determinam muito, mas não tudo. Toda história militar da humanidade mostra, que com muita frequência o sucesso das questões é alcançado não com o número de tropas e armas, mas com a capacidade dos chefes militares, treinamento e coragem dos soldados. Na verdade, o enredo da antiga história judaica sobre a luta de David contra Golias não é, de modo algum, acidental. Seu significado é que a parte mais fraca sempre tem chance e que você deve usá-la. Há exemplo, mais próximo de nós, no tempo. Em 1939-1940, o país Suomi (Finlândia) não se rendeu perante o exército da União Soviética, que quantitativamente ultrapassava toda a população das vítimas de agressão. Mas podia capitular, como as vizinhas Estônia, Letônia e Lituânia no mesmo período...

Pode-se recordar a situação da URSS no Afeganistão, onde os potenciais não eram, em geral, comparáveis. Há muitos outros exemplos convincentes.

No entanto, dezenas de analistas oficiais e não muito politólogos, em muitos canais da TV, estações de rádio, nas páginas de jornais, constante e incansavelmente repetem: Ukraina não pode, Ukraina não tem recursos, Ukraina não é capaz, etc. Há um planejado  "jogo para rebaixamento", quando até não as maiores condições humilhantes seriam recebidas como vitória. Claro, isto com certa medida caracteriza a situação no espaço da mídia ukrainiana.

Como escreveu a jornalista Natália Ishchenko: "Pode-se, certamente, recordar neste contexto a posição colaboracionista e anti-patriótica de uma parte substancial da chamada media comunidade da Ukraina. Mas, se tal posição não se mantivesse em um nível estatal alto, este absolutamente destrutivo movimento ao país não se sentiria tão forte e confiante.

Reflexo da incapacidade governamental?

Enquanto isso no espaço midiático ouvem-se infinitos mantras sobre acordos de Minsk, sobre total impossibilidade de libertação dos territórios ocupados. Lenta e silenciosamente forma-se o complexo de inferioridade militar-político da nação ukrainiana.

A solução armada do problema da proteção da Ukraina, de agressão e ocupação, realmente é mais difícil por causa da presença ineficiente, sobrecarregada, com relações corruptivas. Sobre que efetividade podemos falar, se durante os combates, na capital da Ukraina capturam empresas com armas para defesa, que lá se encontram? Se, na mesma capital, impunemente, cometem-se atos terroristas?

No entanto, se hoje brilhantes e talentosos líderes, talentosos dirigentes e comandantes, não tem possibilidade de ações diretas, mas eles podem surgir no futuro próximo, se o derrotismo não impedir o seu surgimento. E há, ainda, a estratégia de ações indiretas, as quais muito valorizou e era seu mestre, em seu tempo, Winston Churchill.

Particularmente, mesmo sem uma colisão frontal, a transformação da Ukraina em um poderoso estado militar atuará como um fator significativo de pressão sobre o agressor. Como, aliás, uma mobilização real do país, em todas as esferas de sua vida à principal tarefa: a restauração da plena soberania e integridade territorial. Algo se faz, mas com muita lentidão, lembremos, por exemplo, como o governo demorou passar do inadequado conceito ATO para o reconhecimento da guerra somente no quarto ano da guerra em si... Finalmente aumentaram o número de membros das forças armadas, mas 250 mil militares - é bom para o tempo de paz do estado, que não está incluído nas alianças político-militares, mas não durante a guerra contra o inimigo como a Rússia.

As autoridades declaram constantemente suas realizações de destaque no setor da defesa, dizendo que, em 2014 não tínhamos nenhum exército, e agora nós criamos um muito poderoso: Mas o ex-ministro da Defesa, general Kuzmuk à pergunta direta:  "Hoje, o exército ukrainiano está pronto para o combate", - respondeu: "Para isso, precisamos trabalhar duro mais alguns anos, não só os militares, mas toda sociedade."

O que acontece na mídia e na vida real, é um reflexo da qualidade global do sistema ukrainiano, e da natureza de seu funcionamento prático: caos, jogos políticos, confrontos dos clãs ao invés de uma política responsável, infantilidade da parte dirigente, etc. Exemplo brilhante: transcorre a guerra - o Parlamento entrou em férias até 05 de setembro. Esta  é a mostra do nível de responsabilidade diante do país, compreensão da situação, patriotismo e honestidade, afinal profissionalismo político... Que férias pode haver durante a guerra? Com tal direção sonhar com vitórias não é possível, apenas que a instituição não piore, até que surja uma nova geração de líderes...

O que em continuação?

Primeiro, o governo, se ele não quer ser varrido pelos acontecimentos, deve finalmente sintonizar-se, sozinho, numa luta real pelo país e organizar o país, não enganar a si e aos outros com mitos sobre a possibilidade de entendimento com o agressor. Não precisa criar ídolos de incertas cimeiras e formatos. Aqui os dias nos falam, que sem os Acordos de Minsk (quem com quem?), nós perdemos a benevolência dos parceiros ocidentais. No entanto, o secretário dos Estados Unidos da América Rex Tillerson, e o presidente dos EUA, Donald Trump já declararam, que não haverá nenhuma objeção, se encontrado um caminho para solução de todos os problemas conhecidos, além de Minsk...

No entanto, constantes mantras na TV, sobre insubstituível processo de Minsk, declarações sobre impossibilidade de defesa armada da Ukraina inspiram suspeita, que o governo precisa mostrar: Ukraina é tão fraca, que quaisquer, um pouco acertado passe de seus dirigentes deve ser recebido como um triunfo. Portanto, dizem eles, as exigências da comunidade ao governo, devem ser minimas. Infelizmente, parece que as autoridades, em princípio, não estão prontas à luta e tentam fazer com que a sociedade também torne-se despreparada. Daí, todas estas sessões diárias de estórias sobre a fraqueza da Ukraina em comparação com o agressor, o que é um absoluto disparate para propaganda militar de qualquer país com uma liderança patriótica elementar.

Portanto, não há razões "para jogar pelo rebaixamento": Ukraina, objetivamente muito pode, e poderá ainda mais.

Igor Losev - PhD, Professor Associado de Estudos Culturais e docente da cátedra de Culturalismo de NaUKMA (Universidade Nacional "Kyiv-Mohyla Academy).

Tradução: O. Kowaltschuk

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Hoje Ukraina, como antigamente Europa Ocidental, necessita de um "Plano Marshall" - representantes da Lituânia.

Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 27.06.2017
Vitaly Yeremitsa

Autor do Plano Marshall para Ukraina, Andrius Kubilius".

Bruxelas - Se não damos aos ukrainianos perspectiva de adesão à UE, então o que damos em troca? Sobre tal pergunta atualmente refletem alguns estados amigos europeus. Particularmente, Lituânia argumenta: se a UE não quer, para após alguns anos Ukraina novamente encontrar-se em uma encruzilhada e na esfera de influência russa, para ela é necessário introduzir o "Plano Marshal", no exemplo da estratégia analógica, que reconstruiu a Europa do pós-guerra. Este plano, atualmente circula pelas capitais europeias, e agora seu autor, ex-primeiro-ministro da Lituânia Andrius Kubilius apresentou-o em Bruxelas.

Assim como em 1947, o "Plano Marshall" era necessário para Europa Ocidental, assim agora o "Plano Marshall" é necessário para Ukraina, pensam em Vilnius. E, o objetivo final deste projeto, por assim dizer, - "dar um suporte" ao Estado ukrainiano, que encontra-se em situação difícil de recessão econômica e agressão militar russa. Por outro lado, ajuda a Kyiv em transformações bem-sucedidas em proveito de pessoas, e até mesmo despojará os "trunfos" de políticos-populistas que também apresentam ameaça.

O próprio, assim chamado "Novo plano europeu para Ukraina" deve ser, finalmente, apresentado na cimeira de novembro da "Parceria Oriental", em Bruxelas. Conforme explica o ex-primeiro-ministro da Lituânia, e hoje deputado do Parlamento lituano Andrius Kubilius, a UE deve fazer todo o possível, para impedir a realização do objetivo do regime de Putin, a saber: bloquear aos ukrainianos o caminho para o sucesso.

Para isto os lituanos propõem no próximo ano, do assim chamado "Plano europeu de investimento estrangeiro", onde estrará 88 bilhões até 2020, parte deste dinheiro aproveitar para o desenvolvimento da Ukraina.

Novo plano europeu para Ukraina

Ajuda financeira em troca de reformas.

"Claro, o financiamento vai depender de reformas. Se olhar mais amplamente, então são necessárias reformas, que criarão na Ukraina a classe média, que será a principal base para combate à corrupção. Para isso é necessário, em primeiro lugar, apoiar as pequenas e médias empresas. E, em segundo lugar, é necessário realizar a reforma agrária (de terras), que contribuiria na criação da classe média no ramo agrícola. Estas são as reformas principais, mas também são necessárias as reformas de pensões, energéticas, outras", - diz o influente político da Lituânia Andrius Kubilius.

Respondendo à pergunta da Rádio Liberdade, se já houve promessas concretas de apoio financeiro, o parlamentar lituano disse, que na fase atual a conversa ainda não é sobre obrigações financeiras para Ukraina da parte da UE e organizações internacionais.  "Esta será a próxima pergunta, no início de julho nós vamos falar sobre isto com os financiadores em Londres. (Veja a data da publicação do artigo - 27 de junho. No entanto, a data da publicação do artigo é 27 de julho - OK). Agora nós estamos na UE e nos EUA, procuramos, primeiramente, compromissos políticos" - disse Kubilius.

No entanto, falando sobre os planos futuros, Ukraina não pode deixar de pensar como lidar com o desafio diário atual, especialmente a segurança. A este respeito, o presidente do Comitê dos Negócios Estrangeiros no Parlamento Hanna Hopko concentra sua atenção nos esforços diplomáticos de Kyiv oficial, especialmente nos encontros esperados de julho com o secretário de Estado dos EUA e presidentes da ONU e OTAN.

"Nós esperamos, que os líderes destas organizações chave nos ajudarão em nossa campanha quanto a integridade territorial e soberania, - diz ela. - Também temos a esperança, que depois de bem sucedidas visitas do presidente a Washington, Bruxelas e Paris nós nos tornaremos testemunhas da estratégia ocidental de uma solução pacífica no leste da Ukraina. E Putin, finalmente, compreenderá, que de seu lado também deve haver algum progresso em termos de segurança no leste".

Hanna Hopko: Discutimos os próximos passos de cooperação com o presidente da Comissão dos Assuntos do Parlamento Europeu D. MakKalister em Bruxelas para apoio de reformas. 11:06 - 27 junho de 2017.

Ukraina - um dos países melhor preparados para adesão à UE - Kirkilas.

E, se mesmo depois de recentes e importantes obtenções da Ukraina - e em termos de reformas, e em relação ao "sem visto", e também no caminho de ratificação do Acordo sobre Associação e sobre perspectiva de adesão, dada aos ukrainianos à UE, falar não se apreçam. Ainda outro membro do Sejm lituano, Gediminas Kirkilas acredita, que os ukrainianos, algum dia, se tornarão parte da UE.

"De acordo com o Tratado de Lisboa, nós não podemos afirmar, que quaisquer país europeu pode tornar-se membro da UE. Claro, na comunidade deve haver a vontade política para expansão. Mas eu acredito, que cedo ou tarde esta vontade aparece. E um dos países, que a isto está preparado é Ukraina!, - pensa o ex-ministro dos assuntos do exterior, e agora um membro do Parlamento da Lituânia.

"Plano Marshall"  para Ukraina" apresentado hoje em Bruxelas, após "luz verde", recebido do Partido Popular Europeu no Congresso de primavera em Malta, e também após a apresentação em Washington e Berlim. Enquanto isso, soube-se , que planos parecidos preparam na Polônia e na Suécia.

(Vitaly Yeremitsa, correspondente da Rádio Liberdade em Bruxelas desde 2008. Nasceu em Bukovyna - Ukraina.

Tradução: O. Kowaltschuk

terça-feira, 25 de julho de 2017

Cem mil poloneses vieram às demonstrações contra reforma judicial, em 21.07.17.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 21.07.17

Polônia protesta depois da controversa lei quanto reforma judicial aprovada pelo Sejm.


Só em Varsóvia protestaram cerca de 50 mil pessoas. Donald Tusk, ex-primeiro-ministro da Polônia disse que a reforma judicial e as últimas ações do governo polonês colocam a reputação da Polônia em risco. 

"Estas ações nos transportam no tempo e no espaço - ao passado e para o Oriente" - acrescentou Tusk. Segundo ele, a muito não falavam sobre a Polônia no Ocidente por tanto tempo e tão mal.

Votaram a favor - 235 deputados, contra 192 e 23 se abstiveram. (Os protestos dos poloneses começaram com este governo. Anteriormente não havia tais notícias nos jornais ukrainianos - OK).

Ex-presidente da Polônia: "Com a batalha perdida pelo Supremo Tribunal começará a ditadura"
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 19.07.2017

No Parlamento Europeu, a reforma judicial do partido Kaczynski denominaram "incompatível com a adesão à UE".












Protesto da oposição junto ao Sejm: "Kachyzm é como fascismo - destrói Polônia"

Um toque sutil a Kaczynski...

A reforma judicial pretendida pelo atual governo polonês recebeu forte crítica do Parlamento Europeu. Os líderes de cinco facções escreveram ao Parlamento Europeu, propondo um "claro sinal" de que esta reforma não ficará sem graves consequências - "porquanto ela não é compatível com a adesão à UE. Os ex-presidentes da Polônia, Lech Walensa, Aleksandr Kwasniewski e Bronislaw Komarowski dirigiram-se à sociedade polonesa: "Perdida a luta pelo Supremo Tribunal será início de uma ditadura tirânica ilimitada, do governo atual, - convencidos os ex-presidentes. - Estamos unidos contra Kaczynski, porque as futuras gerações não nos perdoarão o pecado da indiferença e covardia".

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USA reconheceram o conflito no Donbas como "guerra quente" e agressão russa - representante especial.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 23.07.2017

Kurt Walker (roupa civil) no leste da Ukraina, 23 de julho de 2017
Nos Estados Unidos compreendem, que o conflito ukrainiano no Donbas é "guerra quente" e agressão da Rússia quanto à regulação da parte ocupada no leste da Ukraina. 
Não é um "conflito armado" ou "guerra civil", como afirma Moscou, é agressão flagrante da Rússia contra Ukraina, disse Walker. "Sim, nós entendemos. Nós vemos o que está acontecendo, nós entendemos como este conflito começou, entendemos como ele é gerenciado."

Visitando com outros diplomatas dos EUA a linha de contato no Donbas, ele declarou, na Conferência de Imprensa em Kramatorsk, que viu e compreendeu que: "este não é um conflito congelado, mas é guerra quente".

A delegação oficial do Departamento de Estado dos EUA visitou Avdiivka, região fronteiriça à guerra, onde se reuniu com militares, representantes militares e civis da administração e prejudicados moradores da cidade. 

- Eu vim aqui, para conhecer, pessoalmente, os detalhes desses acontecimentos. Posso dizer - esta é uma terrível tragédia, porque nós sabemos que Ukraina é um estado florescente, - declarou Kurt  Walker. Segundo suas palavras, ele ouviu tragédias de pessoas, viu as destruições. - Nossa principal tarefa - restaurar a integridade e a soberania da Ukraina, - continuou ele. - Como eu compreendi, este não é um conflito congelado, mas uma guerra quente. E o preço é perigosamente alto - vidas humanas.

Os representantes da delegação visitaram a escola renovada e a empresa de coque, de Avdiivka.

Segundo Kurt Walker, após visita a Ukraina ele pretende realizar uma série de reuniões com os representantes dos governos europeus, para consolidar a posição sobre a situação na zona da ATO com nossos aliados.

- Andrei Makarenko: Sr. Kurt, em você esperamos. Por favor, faça algo mais substancioso. Explique a Trump, se Ukraina cair, a Europa inteira terá problemas.

- Roman Shapovalov: Florescente, sim ela é florescente porque as pessoas aqui são boas, estão prontas para dar a vida por ela, mas criaturas como Kuchma, Poroshenko, Akhmetov, Medvedchuk esfolam-na em seus interesses, transformando-a de florescente em verdadeiro inferno que agora produz-se... que as pessoas vejam como nossos dirigentes gostam de sua nação, a que vida levaram, e levam, tratando as pessoas como gado. (Infelizmente, Kurt Walker não ouvirá este protesto. Não lhe darão traduzido. - OK).

Walker, após a Ukraina planeja realizar vários encontros  com os representantes dos governos europeus, a fim de consolidar a posição sobre a situação na zona ATO com os aliados ukrainianos.

Conforme relatado, 07 de julho, o secretário de USA Rex Tillerson designou o ex-embaixador dos EUA na OTAN o Sr. Walker, como representante especial para Ukraina. Ele vai coordenar os esforços do Departamento de Estado para resolver o conflito na Ukraina. Sua primeira visita a Ukraina aconteceu em 9 - 11 de julho.

Na segunda-feira, 24 de julho, Walker virá para Kyiv para, com altos funcionários discutir maneiras de restaurar a soberania e a integridade territorial da Ukraina.  
Em seguida, ele irá para Paris, para se reunir com altos funcionários da França e da Alemanha e discutir com eles o processo de paz de Minsk.
Sua próxima parada será Bruxelas, onde Walker se reunirá com altos representantes da UE e OTAN, sobre a resolução do conflito na Ukraina. Quarta-feira, dia 26 de julho chegará em Viena para uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, para discutir a missão de vigilância especial da OSCE na Ukraina, no leste do país. Depois vai a Londres, onde vão estudar os caminhos na questão da Ukraina com as autoridades britânicas, dizia o comunicado do Departamento de Estado.

Tradução: O. Kowaltschuk

sábado, 22 de julho de 2017

Hrytsak acusou Rússia na organização de ações em Kyiv
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 22.07.17
Ekaterina Tishchenko


O chefe do SBU (Serviço de Proteção da Ukraina) Vasyl Hrytsak acusa a gerência sênior da FR (Federação Russa) em tentativa de minar a situação social e política da Ukraina neste verão. Em uma coletiva, no sábado, ele disse que, de acordo com as informações atuais, em uma reunião fechada da gestão do topo da FR, em maio, o presidente russo, Vladimir Putin, criticou seu assessor de operações Vladislav Surkov pelo fracasso de desestabilização da situação sócio-política na Ukraina.

"No entanto deu-lhe uma nova tarefa - o mais rápido possível alcançar o chamado "regime de desestabilização da situação sócio-política na Ukraina. "Mas deu-lhe uma nova tarefa - o mais rápido possível alcançar o chamado regime dirigente na Ukraina", - disse Hrytsak.

Ele declarou que em 12 de julho, conforme indicado pelo lado russo, foi organizada a tentativa de capturar a recepção pública do Procurador-Geral da Ukraina.

Foram  contratadas 34 pessoas - representantes de uma estrutura para-militar e desempregados - 400 "hrevnia" para cada um .
O cenário geral veio de Moscou. "Segundo cenário dos curadores de Moscou, os participantes da ação deviam capturar a recepção da GPU (Procuradoria Geral da Ukraina), acorrentar-se dentro, cobrir a recepção com a trazida consigo tinta vermelha, abrir os cartazes com exigências de caráter político", contou o chefe do SBU.











Os detidos, executores da provocação russa, falam sobre ações encomendadas: "... permaneço na cidade de Kyiv em procura de trabalho... Na praça da estação a mim aproximou-se um desconhecido... e propôs um trabalho pago, participar da ação sob o prédio da Procuradoria Geral, pelo que receberei 400 "hrevnia", com o que eu concordei..."

Segundo suas palavras, para ação foram contratadas 34 pessoas - rapazes com roupas camufladas e desempregados, que deveriam fazer o papel de representantes de batalhões voluntários.

"Com a polícia nós os detivemos. Durante o interrogatório os participantes declararam, que foram contratados para ações pagas, de 400 "hryvnias".
Os detidos foram levados à polícia em Pechersk, aonde todos eles deram indicações incriminadoras aos organizadores da ação", - disse ele.

Segundo Hrytsak, a próxima provocação planejavam realizar na recepção pública da Administração Presidencial da Ukraina.

"Posso mostrar "skrinshot" da correspondência, onde mostra um plano de provocações, enviado por Moscou", - disse ele. Hrytsak também declarou, que em apenas uma semana, de 28 de junho a 4 de julho, SBU desmascarou 6 (seis) tentativas da FR em organizar protestos sob Embaixada da Polônia, na Ukraina.

05 de julho de 2.017 - sétima tentativa - organização de provocações junto às acomodações diplomáticas da Polônia na Ukraina. Preço russo - 3 (três) mil dólares americanos. Incluídos 29 representantes do meio criminal (pagamento a cada um - 1.000  "hryvnias". O cenário geral enviado de Moscou.

"05 de julho o Serviço ukrainiano antecedeu-se à sétima tentativa de provocações organizadas. Também seria junto ao Consulado da Polônia, na Ukraina. Preço da ação - 3.000 dólares. Os contratados representantes do ambiente criminal deviam construir uma improvisada forca, despejar tinta vermelha, queimar imagens de figuras históricas polonesas, inflamar incêndios", - disse ele. 

Instruções aos participantes da provocação russa.


Locomoção de participantes ao local da realização de ações (transporte - despesa russa).

De acordo com Hrytsak, o Serviço de Segurança documentou a realização informativa dos participantes e sua locomoção até o lugar do acontecimento. Naquele dia SBU, com polícia, deteve 29 provocadores. Entre eles estavam o organizador da ação, que já forneceu evidências dos encomendadores.

Separados "instrumentos" da provocação russa.


"Serviço definiu os organizadores das ações anti-ukrainianas. Todos eles estão no território russo. Vocês estão bem familiarizados com seus nomes", - disse Hrytsak.

Curadores e coordenadores das ações anti-ukrainianas.



Ele nomeou as pessoas que encomendavam as ações pertenciam à administração do presidente russo. Um dos curadores, segundo Hrytsak, era Surkov. Entre as pessoas, que envolviam-se com a organização e apoio financeiro, o presidente do SBU nomeou os antigos altos funcionários ukrainianos Mykola Azarov, Vitali Zakharchenko, Andriy Klyuyev.


Coordenadores das ações e suas atividades na Ukraina.

"Executores - ativistas pró-russos com a participação de representantes OZU (Memória operativa), elementos criminais, e também, infelizmente, alguns cidadãos patrioticamente cegos, que por 500 "hrevnias" participam de quaisquer ações", disse o presidente do SBU.

Ele acrescentou que o lado russo não conseguirá abalar a situação na Ukraina.

Tradução: O. Kowaltschuk

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Notícias da Ucrânia - 2:
Na área ATO nove soldados ukrainianos morreram, cinco foram feridos (em dois dias).

"Eu e meu marido pedimos desculpas por não abrir a porta da igreja diante do soldado caído..."
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 20.07.2017.

O padre da Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Moscou e sua esposa (Os padres podem casar-se - OK) chamam o incidente (em Zhovkva) lamentável, mal-entendido. (O incidente até pode ser um mal-entendido. O que não é aceitável, a meu ver, é uma parte da Igreja Ortodoxa na Ukraina, pertencer ao patriarcado de Moscou -OK).

O padre Stepan, diz que desconhecia o horário do enterro do "recém apresentado" Volodymyr Turchenov...
O padre diz que não sabia sobre o horário do funeral. O padre e sua esposa dizem que foi um mal entendido. Para os ativistas é - sistema.

Quando o cortejo fúnebre com o falecido combatente entrava no território do distrito, em todas as aldeias e encontravam de joelhos (Isto acontece sempre quando trazem um soldado morto na guerra - OK), com lâmpadas acesas. O cortejo fúnebre, que ia até o cemitério, todos os padres da região o acompanhavam - exceto o representante da Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Moscou. Todas as igrejas abriram suas portas e os sinos nos campanários soavam melancolicamente. (É assim que são enterrados, até agora, os soldados mortos nesta guerra - OK). Apenas as portas de St. Peter e Paul estavam fechadas (O governo ukrainiano fala em separação do Patriarcado da Rússia, mas, por enquanto, é só conversa (OK).

O comportamento do chefe da comunidade de Zhovkva denominam não só como violação grosseira do cânone cristão, mas também como demonstração anti-oposição do Estado, jogo a favor do agressor russo. Vozes se erguem, contra esta denominação que, supostamente, apoia a política do agressor, glorifica o amigo de Putin - o Patriarca de Moscou Cirilo, o qual abençoou a guerra no leste da Ukraina. O padre e os paroquianos chamam de "separatistas",  "agentes de Moscou", "inimigos da Ukraina".

Para evitar uma explosão social, o governador da região de Lviv Oleg Synyutka dirigiu-se ao bispo de Lviv da Igreja Ortodoxa Ukrainiana (Patriarcado de Moscou) Filaret "para tomar decisões ponderadas" quanto a comemorações comuns dos heróis ukrainianos". Tomou esta iniciativa apesar de que, segundo a Constituição a Igreja é separada do Estado. A situação obrigava... Mais um detalhe interessante: O diretor do departamento da educação da Administração Estatal é a filha do padre Stepan - Lubomira Mandzij...

Agora, como esta funcionária vai olhar nos olhos dos estudantes, dos quais muitos pais defendem Ukraina no Donbas? Como, sabedora de um ato escandaloso do pai, exortará os alunos para amar e respeitar seu país, seus heróis?... (Do autor deste texto, Ivan Farion, já li textos com opiniões melhores, pró-patrióticos. Será que ele acredita em tudo o que escreveu acima? - OK).

O bispo Filaret reconheceu que em Zhovkva, na cerimônia fúnebre aconteceu o inaceitável. A sabotagem de seu subordinado denominou "erro desagradável", que aconteceu "sem querer".  Prometeu que vai tomar todas as medidas "para resolver o conflito" e restaurar a paz inter-religiosa na cidade (Enquanto casos assim acontecem, os ukrainianos vão postergando a solução a nível nacional, conforme li, em outro artigo, recentemente.

(O texto continua o grande erro do país que é continuar pertencendo (parcialmente) à Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Moscou, a meu ver. O governo russo não desistiu da Ukraina, ele, apenas não a conseguiu de volta ... por enquanto, e aproveita todas as oportunidades para miná-la. Não acredito que esses padres russos que estão na Ukraina estejam completamente desvinculados dos desejos de Putin. Os governos ukrainianos também são culpados porque cuidam mais de si e em prosperar economicamente, ao invés de cuidar do povo e do país.
Prezados, as opiniões ou informações que às vezes expresso são adquiridas de vários artigos, porque a verdade real do país, lá no local, também não conheço - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Notícias diversas, 13.07.17
Ukraina Jovem (Ukraina Moloda), 27.06.2017
Daria Bovzaluk


Благодійники з Канади подарували львівській лікарні обладнання на 10 мільйонів

Benfeitores canadenses presentearam Hospital de Lviv com equipamento de 10 milhões , em 27.06.2017
O presente veio dos neurocirurgiões canadenses de origem ukrainiana, em cooperação do Hospital Sick Kids (Toronto).
"Graças a este equipamento já foram operadas duas crianças com patologia neurocirúrgica complexa", - informaram no Conselho Municipal.
O médico canadense, Professor James Rutka, na sua 5ª vista a Ukraina, ontem e hoje realiza u grande e complexo trabalho, na sala de cirurgias. Foram operadas duas crianças com problemas complicados. 
Este equipamento a realização de cirurgias que nós, durante muitos anos atrás não podíamos nem sonhar. Nós estamos muito agradecidos pela ajuda, às pessoas de boa vontade do Canadá. Nossas portas sempre estarão abertas aos pacientes de toda Ukraina.
(No texto diz que o valor é acima de 10 milhões. Não diz se é em milhões de dólares, mas nos jornais ukrainianos, as quantias maiores sempre são mencionadas em dólar. Os valores desviados por uns e outros também citam, geralmente, em dólar. Então, se não houvesse tantos desvios no país já poderiam ter comprado bem mais que um equipamento desses. Na verdade, as notícias sobre desvios não se referem a médicos, referem-se, geralmente, aos políticos cujos filhos estudam, geralmente, na Inglaterra. Portanto, se podem custear a educação no exterior, podem também custear os tratamentos, se necessário. Para que preocupar-se com o país? - OK). 


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Oles Dovhyi foi despojado da imunidade
Ukraina Moloda (Ukraina Jovem), 11.07.2017

O Parlamento levantou a imunidade do deputado do grupo "Vontade do Povo", Oles Dovhyi, para investigação de ações, durante a sessão na terça-feira. Esta ação foi apoiada por 251 deputados.
Antes da votação, Dovhyi disse, que todas as alegações contra ele não são verdadeiras. Por exemplo, quando ele era secretário de gabinete (Conselho de Kyiv), "quebrou as regras, mas a lei não ultrapassou."


Oles Dovhyi pessoalmente dizia aos colegas para privá-lo da imunidade
E lembrou, que esteve entre aqueles deputados, que "faziam passar" a decisão no Parlamento sobre a nomeação de Lutsenko para Procuratoria Geral.  Também pediu ao Parlamento para apoiar Lutsenko, a fim de capacitá-lo a pôr fim a todas as acusações, proferidas em relação a ele.

De acordo com a Procuradoria Geral da Ukraina, em resultado de ações ilegais de Dovhyi, perpetradas em cumplicidade com outros funcionários, da propriedade municipal foram excluídos 10 (dez) lotes de terra, do fundo
de reserva comum, de importância local "Ilha Zhukov", num total de 44,25 hectares.

Em seguida, o speaker do Parlamento Andrii Parubii pediu aos deputados para apoiar o Procurador-Geral para processar todos os cinco deputados. Segundo ele é inaceitável que os deputados se recusaram a apoiar um dos cinco dados fornecidos à Procuradoria Geral. De fato, conforme relatou Ukraina Moloda, anteriormente, o Parlamento recusou-se a dar consentimento para acusação formal do deputado Yevhen Deydey. "Eu considero inaceitável, quando nesta sala sente-se a atmosfera de caução solidária, disse ele.

Conforme relatado, em 21 de junho, o Procurador-Geral Yuri Lutsenko apresentou ao Parlamento a retirada da imunidade de cinco deputados: Andrew Lozovyi, Eugene Deydey, Oles Dovhyi, Borislav Rosenblat e Maxim Polyakov.


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Em 29 de junho, Lutsenko requereu acordo para processo penal, detenção e prisão do deputado Mikhail Dobkin, o que foi considerado no dia 12.06.2017.


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"O Comitê considera que a proposta sobre acusações criminais é suficiente, legal e com motivação legal, mas tem certas falhas" - disse o presidente do comitê Paulo Pensenyk.
Os membros do Comitê disseram que a prisão também não está justificada. 
Todos os três pedidos transferiram para Conselho Superior. 

Como já é de conhecimento geral, Lutsenko pediu consentimento para processo penal, detenção e prisão do deputado do "Opoblok" (Bloco de Oposição), "Michail Dobkin.
Em ações do deputado vêem sinais de conspiração intencional de um grupo de pessoas, de abuso de poder e colaboração com falcatrua, a fim de capturar 78 hectares de terras, na cidade de Kharkiv, com valor normativo superior a 220 milhões de "hrevnias".
Dobkin nega todas as acusações.
Lutsenko preocupa-se que Dobkin possa fugir para o exterior. 
Dobkin nega as acusações, mas pede para levantar a imunidade.


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Trump: Sanções com Putin não discutimos, progresso não haverá antes da decisão da questão no Donbas.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 09.07.2017

O presidente dos EUA, Donald Trump disse, que durante o encontro com o presidente da Federação Russa Vladimir Putin, a questão sobre sanções não foi discutida, mas alterações não haverá até a questão da Síria e Ukraina não ser resolvida.
Sobre isto, em 09 de julho Trump declarou em seu Twitter. Ele também disse, que durante a reunião com Putin discutiram a formação de uma unidade cibernética, para impossibilitar ataques de hackers durante as eleições, e em outros momentos.
No entanto, Trump disse, que os líderes "concordaram com o cessar fogo na parte da Síria, o que salvará a vida de muitas pessoas.
"Chegou a hora de avançar em um trabalho construtivo com a Rússia", - disse Trump.
Como se sabe, o encontro de Putin e Trump aconteceu na cimeira "Big Twenty" em Hamburgo, na noite de  07 de julho e durou mais de duas horas.
Após a cúpula Putin disse, que com o presidente dos EUA, Donald Trump "estabeleceu-se um relacionamento pessoal", culpou o governo da Ukraina na realização da "política russofóbica" e comentou a discussão com Trump sobre a intervenção russa nas eleições norte-americanas.

Tradução-resumo: O. Kowaltschuk

terça-feira, 11 de julho de 2017

Ukraina e Polônia. À União Européia com Bandera
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 10.07.2017
Volodymyr Ivakhnenko

Euhen Konovalets, Stepan Bandera e Roman Shukhevych. Lviv, 14 de outubro de 2012.
Varsóvia chama Kyiv para, em prol da futura adesão da Ukraina à UE resolver disputas históricas, recusar-se, especialmente, da heroização do líder da Organização dos Nacionalistas Ukrainianos (OUN) Stepan Bandera. Esta e outras declarações do chefe do Ministério das Relações Exteriores levaram a uma disputa diplomática entre os dois países. No quadro da decomunização do nome Stepan Bandera tem o nome da avenida de Kyiv, que anteriormente denominava-se Moscou. Em homenagem ao líder da OUN denominaram muitas ruas e praças, não somente nas regiões ocidentais do país. Os nacionalistas ukrainianos perguntam: "Será que não desejarão na Polônia, depois de Bandera recusar-se aos hetman ukrainianos e cossacos, que em seu tempo desafiavam, com sucesso, as bases da Rich Pospoleta?"

Em meio a preparativos da visita do presidente da Polônia Andrzej Duda para a capital ukrainiana, o cabeça do ministro das Relações Exteriores polonês Witold Vaschykovskyy,  publicada na entrevista de 03 de julho com w Sieci declarou, que Ukraina não entrará na composição da União Européia, se as diferenças históricas entre Kyiv e Varsóvia não forem resolvidas.

"Nossa mensagem é muito clara: com Bandera para a Europa não entre. Nós falamos sobre isso em voz alta e baixa. Nós não repetiremos os erros dos anos 90, quando não estavam concluídas certas questões com Alemanha e Lituânia. Eu me refiro ao status das minorias polonesas nestes países", - disse Vaschykovskyy

Nesta entrevista, ele observou, que "os ukrainianos acreditam, ingenuamente, que os europeus, alemães, franceses, receberão por eles a vitória no conflito com a Rússia. Hoje, nós vemos, que isto não acontecerá, que Paris e Berlim não desejam voltar à situação, que havia antes do início da agressão (no Donbas)". De acordo com Vaschykovskyy, "se os velhos formatos de conversações não trabalham, vocês devem pensar em algo novo, com a participação dos EUA e outros países europeus".


Марш націоналістів у Києві, січень 2017 року

Marcha de nacionalistas em Kyiv, janeiro de 2017.

Em 05 de julho, ao Ministro das Relações Exteriores da Ukraina foi chamado o embaixador polonês Jan Pieklo, onde lhe declararam, que Kyiv oficial, com desapontamento, recebeu as palavras do principal diplomata da Polônia, em relação a Ukraina, e apelaram à Varsóvia cautelosamente abordar as sensíveis questões históricas. Durante a reunião, segundo a informação do Serviço do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em particular afirmava-se, que "Ukraina e Polônia com esforços conjuntos devem construir um futuro europeu comum",  e não "colocar condições
um ao outro". Além disso, a atenção foi atraída para declarações incorretas do Ministério das Relações Exteriores polonês sobre a situação no leste da Ukraina.

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" É exatamente a nação ukrainiana que paga um preço muito alto - preço de centenas de vidas de seus melhores representantes - pela independência, pela escolha de desenvolvimento civilizado, mas também para não permitir no território da Polônia e outros países europeus da UE tropas russas", - salientaram no Ministério das Relações Exteriores da Ukraina.

Портрет лідера ОУН Степана Бандери на майдані Незалежності у Києві під час Революції гідності. Київ, 5 лютого 2014 року

Retrato do líder da OUN (Organização de Nacionalistas Ukrainianos ) Stepan Bandera na Praça da Independência em Kyiv durante a Revolução da Dignidade. Kyiv, 05 de fevereiro de 2.104.

Ainda, recentemente, referiam-se como "principal defensor da Ukraina na Europa", ela, ainda é seu parceiro estratégico, no entanto o tom de recentes declarações de políticos polacos, inclusive o ministro do Exterior Witold Vaschykovskyy, dá motivos de preocupação, diz o presidente da associação pública "Movimento europeu da Ukraina" Vadym Triukhan.
Вадим Трюхан
Vadym Triukhan

- Ukraina e Polônia - dois parceiros estratégicos. E Polônia, provavelmente, único país na Europa, que acredita, que sem uma próspera e independente Ukraina, não haverá  independente e próspera Polônia, e por muitos anos, até agra, Polônia considerava-se um defensor da Ukraina na União Européia. Mas isto não significa, que no próprio país vizinho não ocorram certos eventos de política externa, que podem levar a algumas, ou outras incompreensões em nossas relações bilaterais.

Agora, o partido que está no poder na Polônia, prepara-se para eleições locais, e centra-se, principalmente, sobre o eleitorado conservador. A declaração do Ministro das Relações Exteriores da Polônia Witold Vaschykovskyy , realmente parecia um pouco inesperada para Ukraina, porque veio dos lábios do diplomata-chefe do nosso parceiro estratégico. No entanto, eu acho, que ela não afetará as relações entre Ukraina e Polônia, nem no movimento da Ukraina para UE.

O fato é que, nos próximos 15-20 anos, a questão da adesão da Ukraina à União Européia não estará na agenda das relações entre Kyiv e Bruxelas. E falar agora sobre algumas condições (de associação a UE) é prematuro. A questão sobre, quem é herói para um país ou outro, - é seu assunto exclusivamente interno.

- Na publicação "Sobre banderização de relações poloneses-ukrainianos", você afirma, que recentemente, poloneses e ukrainianos, esforçam-se deliberada e cinicamente inimizar. Quem? e por quê?

Ação durante  o aniversário da morte de Roman Shushkevich em Kyiv, 05 de março de 2017.

- Sempre, quando realizam-se aquelas ou outras provocações, quando esbarra-se em questões históricas sensíveis, relativas às relações de dois países, é necessário olhar, a quem isto é rentável. Isto é vantajoso a Ukraina agora? 

Claro que não. É vantajoso à Polônia?  Claro que não. Portanto, neste caso concreto, ainda deve-se procurar aquele país, que pretende inimizar os povos ukrainianos e poloneses. Se abstrair-se desta declaração do presidente do Ministério das Relações Exteriores, então deve-se dizer, que durante alguns últimos meses houveram algumas provocações. Na Polônia destruíram mais de 10 monumentos aos heróis ukrainianos, mortos no território da Polônia, e na Ukraina também destruíram monumentos de heróis poloneses. Mais, foi realizado ataque com utilização de míssil em Lutsk.

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O Serviço de Segurança da Ukraina nomeou elos de uma corrente a ação próximo da fronteira polonesa (quando aproximadamente 100 manifestantes tentavam bloquear a estrada para o ponto de verificação internacional na fronteira Rava-Ruska na fronteira com a Polônia, sob o slogan "Não genocídio dos poloneses", "Volyn nos corações")
e fogo (tiroteio) sobre o consulado em Lutsk que a polícia qualificou como ataque terrorista.

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Especialista em assuntos internacionais Vadim Triukhan continua:
- Já se sabe, que os organizadores da ação (em oblast de Lviv)com o bloqueio da estrada, no dia em que houve ataque terrorista receberam financiamento da Federação Russa. Eles tinham a tarefa - chamar a atenção do grande público na Polônia, que, dizem, os direitos políticos na Ukraina, violam-se, mas quando começaram os agentes da lei, deter os participantes da ação, verificou-se, que não eram poloneses, mas ukrainianos que vieram pelo dinheiro, com alguns banners, preparados por provocadores, alugados por agentes russos. Portanto, não importa, o quão tenta Rússia inimizar ações pagas, ela não terá êxito.

- Witold Vaschykovskyy na referida entrevista ao jornal polonês também disse: "Os ukrainianos têm crença ingênua, que os europeus - alemães, franceses - receberão a vitória por eles no conflito com a Rússia. "Como você avalia essas palavras do ministro das Relações Exteriores da Polônia?

Chefes do Ministério das Relações Exteriores da Ukraina e da Polônia - Pavlo Klimkin e Witold Vaschykovskyy.

Chefes do Ministério das Relações Exteriores da Ukraina e da Polônia - Pavlo Klimkin e Witold Vaschykovskyy.

- Estas palavras, é claro, são desagradáveis para nós, porque Ukraina protege não só a si, mas também Europa, especialmente a Polônia, da agressão da Federação Russa. E ajuda prática da Europa infelizmente, agora é mínima. Apenas Lituânia deu munição para armas de pequeno porte. Mais - ninguém.
E, na Ukraina cada vez mais amadurece o entendimento de que podemos proteger-nos apenas com nossas próprias mãos. Mas Ukraina apresentava-se, apresenta-se e sempre apresentar-se-á pela consolidação das forças de toda comunidade mundial, especialmente dos europeus, direcionados para parar a agressão russa e devolvê-la ao âmbito do direito internacional e respeito aos valores humanos e conhecido valores democráticos europeus em geral.

Retrato do líder da OUN Stepan Bandera (1909-1959) na Praça da Independência em Kyiv, 14.07.2006.
Enquanto isso, as declarações do ministro polonês, dos Negócios Estrangeiros, particularmente a sua chamada para Ukraina ir a UE sem Bandera, criticaram no partido da direita "Liberdade".
De acordo com o líder da facção parlamentar da "Liberdade" Yuri Syrotyuk, se você seguir a lógica atual de Varsóvia, então depois de Bandera ela pode exigir de Kyiv recusar-se dos hetman ( hetman - chefe militar nome usado desde o tempo dos cossacos - OK) ukrainianos e dos cossacos, que em seu tempo, com sucesso, desafiavam as bases da Rzeczpospolita (Estado federal europeu oriental que existiu durante os anos de 1559 - 1795 no território da atual Polônia, Ukraina, Bielorrússia, Lituânia, Letônia, Estônia e Rússia Ocidental - Pesquisa OK).

Юрій Сиротюк
Ukraina vai a Europa com toda a bagagem do passado, o qual ela tem. É impossível apagá-la e esquecê-la. Yuri Syrotyuk.
O líder da OUN Stepan Bandera, como o principal comandante do UPA (Exército Insurgente Ukrainiano), Roman Shukhevych, foram reconhecidos oficialmente em 2.008 Heróis da Ukraina, mas, depois de uma verificação inesperada eles foram despojados destes títulos (Falta de entendimento entre os próprios ukrainianos que alegrou alegrou inimigos externos), mas a atitude do povo, para com eles, não mudou. A declaração do ministro polonês - desafio a opinião pública ukrainiana, e isto não irá melhorar as nossas relações com a Polônia. Ukraina vai para Europa com toda aquela bagagem do passado, que ela tem. É  impossível apagá-la e esquecê-la.

Europa - um continente de nações com sua história. Por isso nós iremos (para União Européia) não apenas com Bandera e Shukhevych, mas também com Hetman Bohdan Khmelnytsky, Ivan Gonta e Malsim Zalizniak. Esta é parte de nossa história, nós compreendemos, quem são nossos heróis, quem é inimigo, o que é bom, e o que é ruim, por isso nós não queremos, que os nossos parceiros estrangeiros interfiram nos nossos assuntos internos. eu não penso, que isto é exigência  coletiva da União européia para Ukraina (ir para União Européia sem Bandera).

Eu não diria que os líderes poloneses dançam ao som da música do Kremlin. Isso é ridículo. Eles protegem os seus interesses nacionais. Mas neste caso, parece que as declarações de políticos polacos contra Ukraina, eventualmente, afetarão a própria Polônia. Hoje, quando há uma ameaça comum do imperialismo russo a todo continente europeu, inicialmente a todos os Estados Bálticos, Ukraina e Moldávia. Eis que estes golpes às costas da Ukraina, sem dúvida, serão usados pela Rússia. Nosso Ministério das Relações Exteriores não deve permitir a ninguém ofender a memória dos nossos antepassados.

Sim, os poloneses não gostam do príncipe de Kyiv Volodymyr, o qual tomou terras deles, mas os poloneses por causa disso não exigem proibir o responsável pelo batismo da Rus de Kyiv - príncipe Volodymyr. Aos polacos também pode não agradar o Hetman Bohdan Khmelnytsky, que, segundo eles, destruiu seu império, mas ele é nosso herói, e nós não nos recusaremos dele.

Nós não falamos aos poloneses: proíbam e excluam de sua história o marechal polonês Josef Pilsudski, que era amigo de Adolf Hitler. Polônia tem seus heróis, e nos-nossos. Para mim o herói é Stepan Bandera, e ninguém tem o direito de ditar-me - gostar dele ou não.


Акція націоналістів у Києві, січень 2017 року
Ação de nacionalistas em Kyiv, janeiro de 2.017.

Conforme relatou na véspera "Rádio Polonês", a Promotoria da Polônia apresentou acusação a 20 cidadãos do país, que em junho de 2016 tentaram impedir os grego-católicos e os ortodoxos ukrainianos em Przemysli (Há bastante ukrainianos que residem na Polônia, próximo à fronteira - OK. A eles ameaça três anos de prisão. A mais um ativista, que em dezembro do ano passado, nesta mesma cidade polonesa, durante a marcha de "pequenas águias" gritou "Morte aos ukrainianos" ameaça, de 3 meses a cinco anos de prisão.

Sabre o porquê recentemente na Polônia cada vez mais soam declarações hostis sobre Ukraina, reflete o historiador e cientista político de Kyiv Alexandre Paliy.

Na Polônia de hoje há certos grupos marginais, que assopram histeria contra Ukraina pelo dinheiro russo, - diz ele. - Há mesmo presos nestes casos. Eles organizavam provocações anti-ukrainianos na Polônia, incluindo profanação de monumentos.

Ao mesmo tempo há um desejo da elite polonesa para impor a Ukraina o seu ponto de vista e suas abordagens, que aproveitam o fato, de que Polônia permanece sob proteção da OTAN e da União Européia, para impor a Ukraina sua própria visão da história. Usando como desculpa a busca de um futuro comum da Ukraina e Europa, eles querem nos impor a visão polonesa, porque cada nação, sozinha, tem o direito de determinar, quem é seu herói, e quem não é. E, aos ukrainianos seria imprudente dizer aos poloneses, quem é seu herói e quem não é".


Олександр Палій
Alexandre Paliy
Em 2001, em Lviv, St. Ioan Pavlo II (polonês Karol Josef Wojtyla) disse: "Graças à purificação da memória histórica, todos estarão prontos para colocar no alto aquilo, que une, e não aquilo que divide, para juntos construir o futuro, baseado no respeito mútuo, na cooperação fraternal e verdadeira solidariedade.

Tradução: O. Kowaltschuk