segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Foto reportagem: "Marcha pelo Impeachment liderado por Saakashvili
Cronologia do dia.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 17.12.2017.

Em 17 de dezembro, os partidários de Saakashvili realizaram a terceira "Marcha pelo Impeachment". Rádio Liberdade observava os acontecimentos.
Anteriormente os adeptos de Saakashvili já realizaram ações semelhantes duas vezes em Kyiv.
Saakashvili foi preso no dia 8 de dezembro. De acordo com o Ministério Público, é suspeito do artigo  do Código Penal da Ukraina sobre "assistência a membros de organizações criminosas e cobertura de suas atividades criminais".

Em 05 de dezembro, o Procurador Geral da Ukraina, Yuriy Lutsenko disse que Mikheil Saakashvili, líder do partido do Movimento de "Novas Forças", recebeu do empresário Sergey Kurchenko, que se esconde na Rússia, meio milhão de dólares por suas ações na Ukraina. Ele interceptou conversas que confirmam este fato. Saakashvili diz que não são verdadeiras todas as acusações que lhe atribuem.

Em 11 de dezembro, o tribunal distrital de Pechersk, de Kyiv, recusou-se a aplicar a medida preventiva sob a forma de prisão domiciliar. O Ministério Público interpôs recurso contra essa decisão. 

Saakashvili, através de jornais, oferecia-se para ocupar postos de trabalho na Ukraina.












Mas, ao meio dia, no parque Shevchenko, em Kyiv, teve início a ação de simpatizantes do líder do "Movimento de Novas Forças", do ex-presidente da Geórgia, antigo presidente de ODA de Odessa Mikheil Saakashvili (ODA - Administração Regional de Odessa).


Suas exigências - aprovação de leis sobre o julgamento do presidente e eleições, criação de um tribunal anticorrupção, demissão do Procurador-Geral.


Os participantes passaram pelas ruas centrais de Kyiv, e pela rua Khreschatyk até a Praça da Independência. No centro de Kyiv reforçaram a segurança, nas ruas há muitos policiais.


Segundo estimativas da polícia, o número de participantes era de cerca de duas mil pessoas. Os organizadores anunciaram "coluna de muitos milhares de participantes".


Segundo a polícia, cerca de mil policiais e militares da Guarda Nacional providenciavam a ordem.


Mikheil Saakashvili anunciou sua intenção de estabelecer sua sede no Palácio de Outubro em Kyiv, 






"Agora nós vamos ao Palácio de Outubro, lá será a sede. Nós vamos promover piquetes sob Verhovna Rada (Parlamento), vamos exigir a aprovação de uma lei sobre impeachment, um tribunal anticorrupção, uma nova lei eleitoral. Estamos prontos a agir todos os dias. Estamos prontos para realizar uma ofensiva pacífica sobre os oligarcas", disse Saakashvili.




Depois disso, parte de seus seguidores passou do Maidan ao Palácio de Outubro, ao lado do qual houve confronto com a polícia.


Depois do confronto entre os adeptos de Saakashvili, que tentaram entrar no palácio, e policiais, o líder do "movimento das Novas Forças" chamou seus adeptos a se afastarem do prédio e retornar à Praça da Independência.


Nos confrontos ocorridos no centro de Kyiv, em 17.12.2017, receberam ferimentos 15 guardas nacionais e 17 policiais.


"Junto ao Palácio de Outubro os participantes da ação lançaram fogos de artifício, aplicavam pirotécnica, tentavam invadir  o palácio, organizaram o empurra-empurra com os aplicadores da lei, danificaram a porta do prédio. Naquele momento havia no prédio aproximadamente 800 espectadores, incluindo crianças", - informou o site do Ministério do Interior.


O que aconteceu hoje foi uma provocação clássica. Nossos deputados nos disseram que existiam duas salas, que podiam ser tomadas no caminho para o parlamento, onde as mulheres dos detidos oficiais devem criar uma sede.Nós fomos lá e vimos um grande número de Guardas Nacionais e eles, imediatamente, começaram a luta. Depois eu fui ao carro e disse: gente, saímos, nós não devemos ir na provocação", - assim Saakashvili descreveu a situação no centro de Kyiv.

Os embaixadores do Canadá e da Grã Bretanha na Ukraina, Roman Vashchuk e Judith Gough, condenaram o ex presidente, o georgiano Mikheil Saakashvili pela tentativa de captura do Palácio de Outubro.

"As tentativas de captura e danos causados aos edifícios públicos são abuso do direito a um protesto político", escreveu o embaixador do Canadá.
Mais tarde, eles foram acompanhados pela Embaixada dos Estados Unidos.

Tradução: O. Kowaltschuk

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