sexta-feira, 26 de abril de 2019
Kremlin prepara-se para ataque.
Castelo Alto (Vysokyi Zamok), 26.04.2019
Vitali Portnikov
O diretor executivo de Naftogaz, Yuri Vitrenko disse que a "Gazprom" está carregando grandes volumes de matéria-prima às instalações de armazenamento de gás de países europeus.
O gerente sugeriu que o monopolista russo está preparando-se para interromper o trânsito através do tubo ucraniano. A questão é apenas quando esta suspensão pode ocorrer - antes da expiração do contrato entre Gazprom (russo) e Naftogaz (ucraniano) ou depois disso. Yuriy Vitrenko ainda espera que as empresas cheguem a um acordo. Mas, parece (a Vitrenko), que a questão não é da "Gazprom".
Durante a campanha presidencial na Ucrânia, Kremlin tomou uma série de medidas que devem colocar o novo presidente ucraniano, e sua equipe, em uma situação difícil. Quase imediatamente após a inauguração de Volodymyr Zelensky, o fornecimento de produtos petrolíferos russos à Ucrânia cessará, em compensação a distribuição de passaportes da Federação Russa aos residentes dos distritos ocupados das regiões de Donetsk e Luhansk começará. Quase imediatamente após a inauguração de Volodymyr Zelensky, o fornecimento de produtos russos à Ucrânia cessará, mas distribuição de passaportes da Federação russa aos residentes dos distritos ocupados das regiões de Donetsk e Luhansk começará.
Por que isto se faz? À primeira vista, o principal desejo de Moscou - é persuadir o novo presidente ucraniano a se render às condições russas, forçá-lo a fazer concessões à perspectiva do inevitável colapso social e econômico do país durante as primeiras semanas de seu mandato. No entanto, não vale suspeitar Kremlin em tal ingenuidade. Em Moscou compreendem que para rendição do tipo Yanukovych, Zelensky simplesmente não tem base eleitoral suficiente. Sim, e os oligarcas que estão por trás do triunfo da eleição presidencial não devem querer que os "cardeais cinzentos" do novo presidente se transformem em servos de Putin. Não, o Kremlin não conta com uma vitória tão fácil.
Ele conta com caos, erros, possibilidade de pescar em água barrenta. Nós, frequentemente, comparamos as eleições de 2019 com a de maio de 2013 e 2014, e o sociólogo Yevgeny Golop chegou a chamá-la de "Maidan eleitoral". Uma comparação corajosa, é claro - mas vale lembrar que o resultado da vitória deste Maidan não foi apenas o colapso do regime criminoso, mas também a paralisia das instituições do Estado. O que o inimigo imediatamente aproveitou.
O "Maidan eleitoral" pode levar à tal paralisia inevitável - ainda mais contra o pano de fundo do desejo não-revelado do novo presidente de dissolver o parlamento e, o quanto antes concentrar em suas mão todo o poder, com o qual ainda não sabe o que fazer. E é óbvio que tal desejo corresponde à aspiração da maioria de seus eleitores que escolheram não a rainha da Inglaterra, mas um governo de pleno direito do Estado. Presidente, que poderá melhorar suas vidas e resolver os problemas do país. Foi por essa razão que eles decidiram por uma experiência sem precedentes e elegeram o chefe de Estado um inexperiente cômico de televisão.
Mas os cidadãos ucranianos não consideraram que podem não somente eles. Também podem fazer experiências com eles. Vladimir Putin e os serviços de inteligência russos muito bem prepararam-se para o "experimento" com Vladimir Zelensky e as instituições do nosso país. É por isso que agora haverá ações multiplicadas que devem levar à confusão e ao caos.
Bem, o resultado pode ser um conflito dentro do país e a perda de mais uma parte de seu território. E eis que depois disso será possível entender se Ucrânia se entregará a Putin ou, ao contrário, como foi depois do verdadeiro Maidan, mobiliza-se em apoio do poder eficaz e patriótico.
Tradução: O. Kowaltschuk
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Que Deus proteja a Ucrânia e o presidente eleito Volodymyr Zelenski contra esse novo assédio de Moscou!
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