sábado, 14 de setembro de 2019
O MUNDO SOBRE RÚSSIA: ESPIÕES EM SÃO FRANCISCO E AMEAÇA À INFRAESTRUTURA DE COMUNICAÇÃO.
Semana. ucraniana - Yuriy Lapayev
Foreign Policy investiga porque a missão diplomática russa em São Francisco foi encerrada. The Guardian chama a atenção para o perigo de navios de guerra russos para cabos de internet entre os EUA e Europa,
Apesar das sanções e da situação econômica não tão positiva no interior do país, as autoridades russas não desistem de sua política agressiva. Isso é evidente não apenas na Criméia ou no Donbass As ações perigosas e frequentemente incompreensíveis dos militares russos têm caráter global.
Na semana passada, a edição americana Foreign Policy publicou uma longa história sobre o que estava acontecendo em torno do consulado russo em são Francisco antes de seu fechamento.
Quando Donald Trump tomou a decisão de fechá-lo em agosto de 2017 durante um escândalo diplomático com a Rússia, surgiu a questão de por que, exatamente, este consulado? Afinal, Rússia tinha várias representações diplomáticas nos Estados Unidos. No entanto, essa decisão, segundo o autor do artigo, Zack Dorfman, estava relacionada à atividade constante, intensa e secreta de espionagem realizada por este consulado. Segundo fontes do jornal, o consulado de São Francisco desempenhou um papel único nas operações de inteligência russas: serviu como uma espécia de centro, importante e inigualável em termos de capacidade técnica para adquirir.
Isso se deve, em especial, ao fator geográfico - o consulado ficava próximo ao Vale do Silício, universidades de renome como Stanford e Berkeley, além de empresas de pesquisa e produção de armas nucleares. Tal ponto de vista indiretamente confirma-se pelo número extraordinário de agentes de inteligência russos especializados em ciência e tecnologia avançada.
O autor chama essa decisão da administração dos EUA de oportuna e eficaz.No entanto ele duvida de quanto Trump entende sua importância e suas reais consequências. Portanto, a decisão de fechar o consulado pertence mais ao Conselho de Segurança Nacional dos EUA, principalmente ao secretário de Defesa James Mattis e ao secretário de Estado Rex Tillerson.
No entanto, segundo o autor, o fechamento do instituto não interromperá as aspirações de espionagem da Rússia. Ela continuará com sua inteligência agressiva, provavelmente através de pessoas não oficiais, como engenheiros ou cientistas,
O jornal britânico The Guardian, escreve sobre o comportamento perigoso dos navios de guerra russos no Oceano Atlântico, nas áreas onde estão as principais linhas de internet a cabo, entre os EUA e a Europa. A publicação cita Sir Stuart Peach, chefe da equipe de defesa britânica, que observou que Rússia pode causar um sério golpe ao Reino Unido e a outros países da OTAN se danificar as comunicações subaquáticas vitais para Internet e o comércio eletrônico.
A magnitude das perdas pode ser estimada observando os resultados de um estudo do centro analítico do Pólicy Exchange. Os autores deste estudo estimam que 97% de todas as comunicações globais é aproximadamente US$10 trilhões em transações financeiras diárias transmitidas através desses cabos submarinos.
Além do dano usual às redes, também existe o perigo de as unidades russas interferirem em seu trabalho para interceptar informações valiosas. Segundo Peach, em tais circunstâncias, a Grã-Bretanha e seus aliados devem continuar desenvolvendo sua frota para garantir paridade com os desenvolvimentos russos.
No entanto, apesar das advertências das forças armadas, há um projeto no Gabinete de Ministros britânicos para reduzir as forças navais de 7.000 para 6.000 e abandonar dois navios de assalto anfíbios, Essa redução é um elemento de revisão da política de segurança que está programada para o início do próximo ano.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
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