PORQUE EU VOTAREI EM PETRO POROSHENKO.
Myroslav Marinovich
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 04.02.2019
Eu serei acusado de "puxa-saquismo" ou "escolha do mal menor". Mas, é inútil: não sendo eu um santo, não esperarei no olimpo político o surgimento de um santo.
Até agora evitei uma resposta direta à questão, em quem eu votaria, porque sozinho queria orientar-me e determinar-me. Mas chegou o momento da decisão. O preço da questão tornou-se muito alto: em primeiro lugar, como sempre no tempo de proteção da independência, - a existência do estado.
Não sem razão dizem, que na Ucrânia temos democracia, mas ninguém pode prever, quem vencerá a eleição presidencial. A campanha eleitoral apenas confirma isso.
Ao mesmo tempo, a campanha eleitoral é como uma bronquite crônica: é dolorosa, dura muito tempo. Parece não ser mortal, mas o corpo todo sofre.
Impressiona quanta sujeira aparece. Certos candidatos começam testemunhar o surgimento do "esporte" nacional: "E você é candidato presidencial?" Claro, entre os esperados e previsíveis há aqueles, para os quais a campanha presidencial é, na verdade, uma campanha parlamentar. Bem, a experiência política também é importante. No entanto, na alegadamente empobrecida Ucrânia, por alguma razão, por algum motivo, há cada vez mais dispostos a pagar 2,5 milhões de hryvnias pelo direito de escrever com orgulho, em seu currículo: "Candidato para o cargo de presidente da Ucrânia (2019)
(O número já está por volta de mais ou menos 30 candidatos - OK.).
Impressiona a confusão moral: descrever com orgulho no Facebook suas aventuras em Davos, sem perceber que com isso difamou toda sua nação. Insensíveis aparências os casos de não cumprimentar o presidente do país no exterior ou pequenas divergências. As ambições honorárias não substituem a autoridade moral.
Também impressiona o nível das discussões dos jornalistas. Parece, que o nível de comentários, que anteriormente acontecia apenas em casa, na cozinha, moveu-se rapidamente à nossa mídia. E o que esperar na última semana, anterior às eleições, quando nos afogarão com todas "descobertas" político-tecnológicas!
Em suma, eleições - espelho da nossa vivência cultural e política.
Seja como for, mas eleições livres são uma grande conquista do povo e, portanto, todos devemos nos manifestar. E, quanto mais aumenta o número de candidatos, a minha decisão é mais clara: eu votarei em Poroshenko. Como eleitor, eu conheço suas realizações e, portanto, sei o que esperar dele. E também conheço suas fraquezas e, portanto, imagino quais ações posso reivindicar dele como gerente-chefe do país.
Eu entendo, que serei acusado de "acomodamento" e "escolha do mal menor". Mas é inútil: não sendo eu um santo, não vou perecer no olimpo político. Minha tarefa como eleitor - tendo diante de mim candidatos não ideais, escolher aquele, que na mais próxima cadência, melhor assegurará os interesses da Ucrânia. E, em minha opinião, segundo este critério, o equilíbrio de prós e contras é melhor em Poroshenko. E meu dever, como eleitor, manter o olho na minha, não ideal escolha, e elevar minha voz se suas ações forem contrárias aos interesses da sociedade.
O último item é extremamente importante para manter o equilíbrio. O presidente recebe uma enorme pressão externa - de doadores, da comunidade mundial, parceiros europeus. Há também a pressão interna do lado dos oligarcas e opositores. Mas, para que o presidente se mova em direção a reformas eficazes (especialmente aquelas que afetam os interesses dos oligarcas), pressão externa não é suficiente. É necessária uma forte pressão do nosso lado - do lado da sociedade civil. A pressão deve ser "pontual", construtiva, na qual a sociedade ainda precisa acelerar o aprendizado. Isso beneficiará o país, e o próprio presidente.
E agora tentarei responder às questões mais discutidas. E vou começar pelas duas áreas em que os poderes presenciais são mais óbvias, a saber: segurança e diplomacia.
Segurança.
Em condições de guerra hibrida com a Rússia, que procura, francamente, destruir o Estado ucraniano, para mim, o critério de segurança - é o principal. Mantendo o estado, mantemos as chances de resolver os problemas da corrupção e do Estado de Direito nos próximos cinco a dez anos. Perdendo o Estado, iremos buscar os direitos humanos, mas já no Gulag Siberiano.
os. Se perdermos o Estado, iremos buscar os direitos humanos, mas já no Gulag Siberiano.
Estou, sinceramente, grato à atual liderança pela preservação do Estado. Você dirá, que ele não é ideal? Então pergunte a um francês comum, ou britânico, se eles consideram seu estado perfeito.
Poroshenko cometeu erros como comandante-chefe? Claro, cometeu. Mas fico impressionado com a ingenuidade de alguns eleitores de que não cometerão erros Yulia Tymoshenko ou Vladimir Zalensky como comandante em chefe. Durante a primeira cadência do fato de que Petro Poroshenko fez esforços titânicos para conservação do estado é mais que suficiente. Portanto, estou pronto para confiar-lhe a administração do estado também na segunda cadência.
E, em suma: uma vez que para Putin, Poroshenko - inimigo nº 1, então voto nele. Ponto.
No entanto, não vou votar simplesmente. Como eleitor, eu devo exigir que Poroshenko tenha atenção prática, que a segurança do Estado - não é apenas um exército ou diplomacia bem sucedida, mas também o estado de direito, um aparato estatal saudável e procedimentos administrativos sólidos. Eles não serão substituídos pelo "controle manual" arbitrariamente efetivo.
A negligência dessa verdade pode ser devastadora não apenas para a presidência de Poroshenko, mas também para o Estado ucraniano.
Diplomacia.
Como esperado, no campo da diplomacia, o Presidente Poroshenko foi, talvez, o mais bem sucedido.
É claro, os críticos podem observar, que a situação aqui também está longe de ser ideal. Dizem que ainda vivemos sob a espada da Dámocles dos Tratados de Minsk. Mas, dando alto apresso às realizações diplomáticas de Poroshenko, eu quero estabelecer em que reais condições elas foram alcançadas. Afinal o sucesso ou o fracasso da Ucrânia na esfera diplomática depende não só da liderança do nosso país, mas também da posição de outros países. Porque no mundo há´não somente aqueles que apoiam Ucrânia, mas também aqueles cuja política de Neville Chamberlain persuadindo o agressor é um "ancinho", no qual Europa, parece, pisar prontamente.
Então eu não vejo quem entre os candidatos atuais poderia competir com Poroshenko no campo diplomático.
Tradução: O. Kowaltschuk