Die Welt: lenta reação ocidental a eventos na Crimeia. Alemanha colocará a Rússia no lugar?
Tyzhden.ua (Semana ucraniana), 03.12.2018
Anatoli Shara
O negócio alemão corre para Rússia, popularidade da defesa alemã e delicadeza do Brexit - principais questões da publicação.
Merece atenção o artigo do colunista alemão Richard Gertsinger "Protesto sem consequências". Entendendo o nível do confronto no Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov, é preciso descobrir os fatos.
Criméia pertence à Ucrânia, mas a Federação russa a anexou. Bloqueando a passagem de navios pelo estreito é crime de pirataria. Mas, o Ocidente tem dificuldade em nomear os fatos com seus nomes. Em vez disso, ele conclama os dois países a reduzir a escalada e reprimir a agressão. E, novamente, repete-se o notório mecanismo, conhecido desde o tempo da tomada da Criméia: Rússia eleva o termômetro, o Ocidente "apela para o descalamento" e exige que a vítima também reduza a agressão. Surpreendente, não é? Afinal, em essência, tudo se reduz ao fato de que Rússia é agressor, e ela é quem tomou o território de outro país, roubou-o. No entanto, os governos ocidentais agem como se não percebessem isso. Dessa vez, nota-se bem a reação passiva à situação também do governo americano. Kremlin nem mesmo esconde a agressão. Moscou transfere sua tática para outro nível. Após o ataque aos barcos, o presidente ucraniano pediu a introdução de uma lei marcial. Embora o Parlamento ucraniano tenha ficado céptico em relação a esta idéia. R não por medo de restringir as reformas, mas por causa das eleições presidenciais. Mas, este tópico requer uma análise em separado. Hoje é óbvio: Kremlin violou tratados internacionais, que considera como capacidades táticas que dão tempo a ações agressivas subsequentes. Isso não afeta o Ocidente que, em vez de cortar o regime de Putin dos mercados financeiros internacionais e colocá-lo no lugar, muitos líderes ocidentais gostariam de vê-lo como um parceiro. Um exemplo notável poderia mostrar Alemanha, impedindo a construção do North Stream-2, porque este projeto divide a Europa. A história e os tempos modernos mostram claramente que os desastres geopolíticos ocorrem quando os agressores não são colocados no devido lugar a tempo.
Por sua vez, os editores do Die Welt expressaram seus pontos de vista sobre os acontecimentos no Mar de Azov: "A Alemanha deveria colocar Putin no lugar". Petro Poroshenko reforçou o tom de suas declarações após o ataque russo no Estreito de Kerch. Ele ressaltou, que Ucrânia enfrenta uma invasão em grande escala da Federação russa. Ele também pediu aos parceiros internacionais que imponham sanções adicionais. Claro, Putin rejeita a acusação do presidente ucraniano. Em sua opinião, Poroshenko criou um incidente provocativo para permanecer no poder. A reação da comunidade internacional, embora lenta, não atrasou-se. Donald Tramp e Ângela Merkel expressaram sua preocupação sobre o que aconteceu no Mar de Azov. Por causa das ações agressivas da Rússia, o presidente americano até cancelou uma reunião previamente agendada com Putin.
O embaixador ucraniano começou a exigir não somente preocupações, mas também ações concretas. Particularmente, a introdução de novas penalidades relacionadas à exportação de petróleo e gás. O embaixador acredita que Berlim deve colocar Moscou no lugar.
É inteiramente justificado que Kyiv avalia-se as ações das tropas russas no Mar de Azov como uma ameaça de guerra. Devido a isso, na verdade, foi introduzido o estado de guerra. Estados membros da Otan pedem à Rússia para coibir a agressão, considerando que não havia razão para tal comportamento. Ângela Merkel convence sobre o crescente papel da OSCE em de-escalação do conflito. No final tudo reduziu-se a chamadas para reduzir o grau de agressão de ambos os lados. E alguns políticos alemães, pelo contrário, acreditam que este incidente não pode levar a uma guerra. Os americanos reagiram mais aguçadamente, que os europeus.
O representante especial da Ucrânia, Kurt Walker, fala em haver alta probabilidade na introdução de sanções adicionais. Enquanto preparava-se uma resposta internacional a esses eventos, Rússia intensificou suas forças aeroespaciais na Criméia anexa. Já o jornalista Nicolaus Doll chama a atenção para a crescente pressão dos empresários alemães no governo, para que este intensifique a cooperação econômica com Rússia. Mas ele não vem ao encontro deles. Apesar dessas exigências, a chanceler permanece firme com sua opinião. O governo persistirá com a política de bloquear ainda mais as relações comerciais com Moscou. Merkel acusa Rússia em alimentar conflitos não só na Ucrânia, mas também na Moldávia e na Georgia. Moscou não quer reconhecer Ucrânia como um estado livre. Entre outros países, cresce o medo de um ataque por parte da Federação Russa, especialmente após o ataque ao Estreito de Kerch. Mas, antes disso Putin, apesar do aviso, ainda completou a construção da ponte da Rússia à península ocupada. O primeiro-ministro ucraniano Volodymyr Groisman pede aos investidores alemães que entrem no país. De fato, há um enorme potencial: o país cresce, as reformas implantam-se gradualmente. A chanceler garante que Ucrânia manterá seu status de transportador de gás. Ao mesmo, devido a anexação ilegal da Criméia à Rússia, foram impostas sanções. E isso muito não agrada a uma série de poderosas empresas alemães. Elas buscam, repetidamente, se não o seu cancelamento, pelo menos uma flexibilização gradual do regime comercial. Mas, em relação aos eventos na Criméia, eles terão que diminuir, um pouco, seu apetite. Mesmo os principais políticos austríacos exigem sanções adicionais. Pode-se argumentar sobre a viabilidade de sanções econômicas por meio de questões políticas, mas eles levam a mal-entendidos entre a elite. Para isso os políticos devem explicar claramente, a motivação de suas decisões.
Em vez disso, Gerhard Gerhmann diz que a crise na Criméia causou alta demanda por produtos da Rheinmetal & Co. Assim que a crise russo-ucraniana se intensifica, a Rheinmetal entra no tempo melhor. Os especialistas há muito prenunciam o super-ciclone para as empresas de defesa, quando os países começam pensar sobre sua própria segurança e, portanto, gastam mais em defesa. Hoje há muitos projetos para diferentes produtos. Países com tecnologia e recursos humanos atualizam regularmente suas propostas. Os alemães tem clientes principalmente nos EUA e na Ásia. Agora, a Turquia também mostrou muito interesse. Como evidência de uma situação de mercado cada vez maior, você pode cotar os pedidos dos produtos da empresa. Eles cresceram quase 70%: de 3 bilhões
euros para 5 bilhões. A empresa vai dedicar-se ao desenvolvimento de laser. Mas, é claro, a Rheinmetal não revela todos os seus segredos. Não há nada conhecido sobre uma possível encomenda do fabricante de tanques de Munique. Além disso, não devemos esquecer q aparição de um grupo militar - tecnológico que produzirá veículos na Europa. Com base nesta joint ventura, querem criar o sucessor do tanque alemão "Leopard" e do francês "Leclerc". Espera-se que a estrutura de negócios da holding esteja pronta até 2.020. Mas isso ainda precisa ser coordenado pelas autoridades anti-monopólicas de ambos os países. Então, como vemos, a escalada do conflito na ucrânia cria a demanda necessária para empresas de defesa.
Stefanie Boltzen e Christoph Schildts convencem em seu material que o Brexit é verdadeiramente desonesto. Londres e Bruxelas, depois de negociações difíceis, concordaram com o plano de saída. Mas isso é apenas o começo de outra batalha. Há três cenários para o desenvolvimento de eventos.
1. Pagamento do divórcio.
O plano da Tereza Mai quanto ao Brexit é: até 10 de dezembro, o Parlamento Britânico votará a favor. As consequências práticas da saída serão sentidas, aproximadamente, no final de 2.020 ou, talvez, mais perto de 2022. Ao mesmo tempo, Londres, a partir de 2.019 não delegará seus representantes ao Parlamento europeu e não participará do trabalho na UE. Ao mesmo tempo, deve-se admitir que as negociações sobre o formato das relações futuras serão muito mais complicadas. As condições políticas são, geralmente, claras: trata-se de uma área de livre comércio abrangente, sem taxas e impostos alfandegários e com regras de concorrência. Para isso, todos os 27 membros da UE devem votar. E isso não é mais uma tarefa fácil. Além disso, como Londres fará tudo isso.
2. Sem acordo, portanto, caos.
Se o Parlamento não votar, a partir de 30 de março, a anarquia legal prevalecerá. O futuro estatuto dos cidadãos da UE e da Grã-Bretanha será completamente impreciso. A economia de ambos os lados será grandemente danificada. Em Londres consideram, esse cenário, não realista.
3. Segundo referendum.
O ex-primeiro-ministro Tony Blair vê mais uma chance de salvar a União através de um plebiscito. Mas isso requer ajuda de europeus. As chamadas para o segundo referendo são ouvidas cada vez mais alto. Isto poderia ser uma boa decisão para Mey. No entanto, os parlamentares não fizeram nada, para que que essa idéia se tornasse realidade. O cálculo aqui é muito simples: os políticos que querem arriscar suas próprias perdas, e os britânicos atuais não o farão.
Tradução: O. Kowaltschuk
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
domingo, 2 de dezembro de 2018
Países do G7 dirigiram-se à Rússia para libertar os marinheiros ucranianos capturados.
Vysokyi Zamok (Castelo alto), 30.11.2018.
Os ministros das Relações Exteriores do G7 exortaram Rússia para libertar os marinheiros ucranianos cativos.
A declaração afirma que os chefes dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, bem como a alta representação da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança "expressaram profunda preocupação com as ações da Rússia contra Ucrânia no Estreito de Kerch e nas águas circundantes, o que aumenta a tensão.
"Não há justificativa para o uso de força militar da Rússia contra navios e marinheiros ucranianos", diz o comunicado.
"Pedimos moderação, respeito ao direito internacional e prevenção de qualquer nova escalada. Apelamos à Rússia que liberte a tripulação e os navios detidos e evite interferir na passagem legal através do estreito de Kerch", diz o comunicado.
Tradução: O. Kowaltschuk
Vysokyi Zamok (Castelo alto), 30.11.2018.
Os ministros das Relações Exteriores do G7 exortaram Rússia para libertar os marinheiros ucranianos cativos.
A declaração afirma que os chefes dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, bem como a alta representação da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança "expressaram profunda preocupação com as ações da Rússia contra Ucrânia no Estreito de Kerch e nas águas circundantes, o que aumenta a tensão.
"Não há justificativa para o uso de força militar da Rússia contra navios e marinheiros ucranianos", diz o comunicado.
"Pedimos moderação, respeito ao direito internacional e prevenção de qualquer nova escalada. Apelamos à Rússia que liberte a tripulação e os navios detidos e evite interferir na passagem legal através do estreito de Kerch", diz o comunicado.
Tradução: O. Kowaltschuk
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