domingo, 15 de janeiro de 2017

Órbita de Petro Poroshenko. Grupos de influência na comitiva do presidente.
Ukrainska Pravda (Verdade ukrainiana), 10 de junho de 2016
Maria Zhartovska, Roman Kravets.


Maio de 2014. O carro do candidato à presidência, Petro Poroshenko, movimenta-se na estrada da região Khmelnytskyi.
Poucas horas antes Poroshenko realizava uma reunião em Khmelnytskyi, e em seguida gravou uma entrevista para um canal de TV local. 
Agora ele, cansado, acomodou-se no banco traseiro do carro, e dedicou alguns minutos, para conversar com um dos autores deste texto.
A questão, que na época interessava os jornalistas, como os opositores do futuro presidente - quem, no caso de vitória, participará de seu comendo. Esta questão, como uma mosca persistente, perseguia o candidato presidencial durante toda a campanha.
A razão era simples - permanecendo na política ukrainiana desde o final de 1997, Poroshenko adquiriu fama de um político solitário e aproximava-se do possível mandato presidencial sem um comando claro de correligionários e partido político.
"Solidariedade", criada em 2000, depois da saída de Medvedchuk do SDPU, lealdade ao presidente Leonid Kuchma, Poroshenko começou estabelecer somente em setembro de 2013. Em 200, de repente, interessou-se com a criação do "Partido das Regiões", leal, na época ao presidente Kuchma, não a encabeçou mas, mais tarde apoiou o oposicionista Yushchenko.
Material de que Solidariedade "reanima os centros e prepara-se às eleições parlamentares, em 2013 escreveu o Forbes ukrainiano. Com esse artigo a equipe de Poroshenko não estava contente.
 - Como escolherão as pessoas? - Começou Poroshenko com voz ligeiramente rouca, tomando um gole do vidro escuro do frasco de "Marshynskaia" (água). - Quando eu crio um projeto, eu tenho um comando de gerentes. Em seguida eu, simplesmente encontro as pessoas no mercado. Se a pessoa é incluída em corrupção, ela nunca deve ser incluída no sistema do governo.

Um mês depois desta conversa, em 07 de junho de 2.014, Poroshenko tornou-se presidente, mas após dois anos no cargo, tornou-se claro - as promessas não se cumpriram.
Sua equipe de administradores - pessoas em que Poroshenko confia e ouve - podem ser contadas nos dedos. Algumas do círculo imediato de Poroshenko encontraram-se sob a pontaria de acusações públicas de corrupção, mas isto não influenciou, de modo algum, a sua proximidade com o presidente.
Convencionalmente, o comando dos administradores de Poroshenko, pode ser dividida em dois grupos.
- Um grupo defende a preservação do poder efetivo, outro - ações mais radicais. Com um poder forte. Caso queira, pode-se fazer uma analogia com falcões e pombas, que estão rodeadas por Vladimir Putin,  - diz um dos colaboradores próximos de Poroshenko.
Abaixo a "Verdade Ukrainiana" falará sobre essas pessoas e como elas influenciam Poroshenko, e, portanto, a sua política de governo.

Silencioso ancoradouro

Bóris Lozhkin, alto, magro e empresário, que vendeu sua mídia UMH (Ukrainian Media Holding) ao jovem oligarca Sergei Kurchenko, em 07 de junho, acompanhado pela esposa Nádia Shalomova, apressava-se ao "Art Arsenal", onde a qualquer momento devia iniciar a recepção por ocasião da inauguração de Poroshenko.

- É verdade, que você será presidente da Administração Presidencial? - Perguntava a Lozhkin o então jornalista da "Verdade Ukrainiana" Sergei Leschenko. Lozhkin permaneceu em silêncio. Lozhkin - um ex-parceiro de negócios de Poroshenko. Juntos eles dominavam a revista "Korrespondent" e Média Company.
Os primeiros seis meses após a nomeação Lozhkin não se comunicou com a mídia - não deu conferência de imprensa ou entrevista. Apenas em dezembro de 2014, ele concordou em contar à "Verdade Ukrainiana", como tornou-se chefe da Administração Presidencial e o que conseguiu fazer nos seis primeiros meses no cargo.
Uma de suas principais funções no gabinete presidencial - comunicação com importantes empresas, isto é, oligarcas e deputados de várias facções e grupos. O próprio Lozhkin não fez segredo de suas funções,
Em seu livro "Quarta República", cuja apresentação ocorreu em meados de março, no hotel International, cinco estrelas, o atual chefe da Administração Presidencial escreve, que o trabalho com importantes comerciantes era parte de suas responsabilidades desde o início. Lozhkin - é daquelas pessoas, que pode falar com o oligarca Igor Kolomoisky sobre a necessidade de capitalização adicional do "Privatbank" e não esconder que toma chá com o outro oligarca - Rinat Akhmetov.
Mais uma parte de responsabilidade de Lozhkin - Trabalho com deputados do Parlamento.
Exemplos recentes - o chefe da Administração Presidencial incluía-se ao recolhimento de votos para nomeação de Yuri Lutsenko para o cargo de Procurador Geral e alterações à Constituição na parte de reforma do sistema judicial.
- A todos ele telefonava, reunia-se, persuadia. Negociava com Yatseniuk. Ao administrador presidencial é fácil conversar com o Bloco de Oposição, controlado pelo ex-chefe da Administração Presidencial Serhiy Liovochkin e o oligarca Rinat Akhmetov, bem como com o grupo "Renascimento", próximo do oligarca Igor Kolomoisky. 

Exposição no segundo andar da Administração Presidencial - mais u orgulho de Lozhkin que teve esta idéia. Na foto - uma destas apresentações - "16" - uma série de 16 retratos de participantes ATO.
Segundo informação da Verdade Ukrainiana, em "Renaissance" há uma condição global - para salvar o cargo para Roman Nasirov como chefe do Serviço Fiscal do Estado. Não há muito tempo atrás, os jornalistas do programa "Esquema" notaram o atual presidente da Administração presidencial durante a celebração de nascimento do grupo Renascimento" Eugene Heller, que dizem ser caixa do Partido das Regiões. É exatamente com estas qualidades e capacidades de manter relações de igualdade com todos - Lozhkin é valioso para o presidente. Se Poroshenko é inflamado e esquecido, Bóris sabe como aplainar as arestas. Sozinho nunca discute com ninguém. Possui excelentes relações com todos - descreve Lozhkin o interlocutor do grupo de Poroshenko.

Em dois anos no cargo de chefe da Administração Presidencial Lozhkin arranjou apenas um inimigo - empresário Konstantin Grygoryshin, que manifestou-se asperamente sobre Lozhkin em entrevista à "Verdade Ukrainiana". Segundo informação da "Verdade Ukrainiana" Lozhkin fez o possível para frustrar o concurso para compra de transformadores da fábrica do empresário. Apaziguá-los em dezembro do ano passado, tentou Petro Poroshenko. Agora, as relações entre Grygoryshen e Lozhkin podemos chamar de "mundo frio".
No entanto, nos últimos anos, as atividades de Lozhkin não se limitaram apenas a negociações e construção de relações de igualdade com todos, mas também para política de quadros. A "Verdade Ukrainiana" já publicou texto sobre pessoas que Lozhkin levou ao poder.

Entre as designações sugeridas por Lozhkin - as assim chamadas "forças para reformas" no governo do ministro da infra-estrutura de Andrew Pyvovarsky, o ex-Ministro das Finanças Natália Jaresko, e também o ex-ministro Abramavichus, o qual em fevereiro, com escândalo deixou o cargo ministerial (Eu li todas as notícias sobre Abramavichus e Jaresko e, segundo as manifestações das pessoas, e a impressão que passaram em suas defesas, tratava-se de pessoas honestas que desejavam colaborar com o desenvolvimento do país. Abramavichus, lituano - naturalizado ukrainiano, casado com ukrainiana e pai de filhos nascidos na Ukraina. Jaresco, filha de ukrainianos, nascida nos Estados Unidos, na maior parte residente na Ukraina já por 20 anos. Empresária. Ambos tiveram dificuldades no governo porque não  "adaptaram-se" ao esquema. - OK)  "Hoje, decidi apresentar minha renúncia. A causa é o bloqueio a qualquer tentativa de reformas estruturais em nosso país. Já não se trata só de falta de apoio ou vontade política. Trata-se de ações concretas que buscam paralisar nosso trabalho reformador", lamentou Abromavichus". 
O ministro apontou Igor Kononenko, um dos líderes do bloco Petro Poroshenko, como uma das "pessoas com nomes e sobrenomes" que minaram o seu trabalho.
"Nem eu nem minha equipe temos vontade de ser a fachada para a corrupção descarrada, marionetes daqueles que querem dispor do dinheiro público ao estilo das velhas autoridades. Estas pessoas têm nome, e um deles é Igor Kononenko", afirmou Abramavichus em entrevista coletiva. "As forças do mal querem voltar com tudo. É preciso se desfazer dos supervisores que ordenham a economia ukrainiana. Todos os tecnocratas que chegaram como eu ao governo pensaram que seria diferente, que receberiam apoio do mais alto nível", se queixou. (Kononenko é amigo do Presidente. Também possui uma casa na mesma praia espanhola que o seu amigo-chefe. - OK).

Nos últimos dois meses e após mais de um ano em primeira linha política renunciaram na Ukraina o diretor adjunto do Banco Nacional, Aleksandr Pisaruk, o vice-ministro de Infraestrutura, Vladimir Shulmeister, o vice-ministro de Economia Ruslan Korzh, todos procedentes do mundo dos negócios. Também saiu do governo o ministro da infraestrutura  Andrew Pyvovarsky. 

Enquanto isso, os embaixadores em Kyiv, da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Lituânia, Reino Unido, Suécia e Suiça publicaram uma carta às autoridades ukrainianas na qual defendem a gestão de Abramavichus, cujas reformas, em sua opinião, contribuem para estabilizar a situação econômica do país.
Durante sua última visita a Kyiv, em dezembro do ano passado, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, também pediu à Ukraina um maior esforço "para acabar com a corrupção, que freia demais o avanço".

Em última análise o gabinete de Groisman, que foi formado em resultado de crise política e negociações prolongadas, sem pessoas brilhantes da mídia. Com Lozhkin, havia a possibilidade de reforçar a sua estrutura, ocupando a cadeira do primeiro vice-ministro, este cargo previam para ele já a alguns meses.  - Quando ficou claro o nível das pessoas do Gabinete, Lozhkin resolveu não aceitar, - diz a fonte da Administração Presidencial.
Aliás, Lozhkin não se vê no sistema de governo. No início do ano apareceu a informação que Lozhkin quer desvincular-se, a muito tempo, do seu posto, mas o seguram. Portanto logo ele sairá do governo - disse a fonte da Administração Presidencial.
De acordo com a "Verdade Ukrainiana", após a saída do governo, Lozhkin pretende dedicar-se aos negócios de investimento. A questão é, quando Poroshenko o dispensará e, se dispensará.


 Vitali Kowaltschuk (esquerda) e Bóris Lozhkin jogam xadrez na Administração Presidencial.

Os olhos e os ouvidos do presidente no "Kabmin" (gabinete ministerial).

"Cortar os cantos afiados"durante o trabalho de Lozhkin, lhe ajuda o primeiro vice Vitali Kowaltschuk, que juntou-se ao comando de Poroshenko em 2013, na véspera da eleição presidencial. Ele foi adepto de comando único, às eleições presidenciais - Bloco Petro Poroshenko e UDAR (Aliança Democrática Ukrainiana pelas Reformas).
Em resultado Kowaltschuk foi nomeado chefe da sede eleitoral. Poroshenko, no entanto, prejudicou suas relações com Klitschko, que não concorreu à presidência. (Klitschko, o ex-boxeador é prefeito de Kyiv -OK). Mas, dificilmente Kowaltschuk chateia-se com isto.
A equipe de Poroshenko aproveita a confiança de Lozhkin. Durante as eleições locais, o vice-chefe do presidente da Administração Presidencial apoia dois projetos políticos - "Nossa terra natal" contrario ao "Bloco de Oposição" no sul e leste, como também "Controle Popular", que tirava votos da "Auto-suficiência" mo oeste. Depois da recusa de Lozhkin em ocupar a cadeira do vice-premiê no governo, a possibilidade de receber este cargo apareceu para Kowaltschuk. Mas não aconteceu.
Contra sua candidatura, foi categoricamente contra Vladimir Groisman (1º Ministro). No mínimo, criou um inimigo. Groisman, supostamente temia que, eventualmente, Kowaltschuk
assumiria a gestão de todos os processos no Gabinete Ministerial. Em certo momento das negociações o futuro ministro ofereceu o cargo a Kowaltschuk, mas recebeu a resposta ofendida "como vice-prefeito de Vinnytsia eu não vou trabalhar".
Groisman temia que Kowaltschuk poderia jogar com os documentos. Então Groisman não quer ver Kowaltschuk no governo, disse a fonte de Poroshenko. Mas, fugir de Kowaltschuk não deu certo. Poroshenko nomeou-o seu segundo representante no Gabinete. Hoje Kowaltschuk é um dos candidatos mais prováveis para dirigir a Administração Presidencial se Lozhkin renunciar.

Certa vez brincou um dos amigos de Poroshenko.  À Poroshenko falta força e coragem designar pessoas profissionais. O principal para ele deve ser a lealdade.

Divida e Conquiste.

Dificilmente Poroshenko guiou-se pelo princípio de profissionalismo escolhendo Vladimir Groisman como primeiro-ministro, ou Yuriy Lutsenko, que não tem formação jurídica, para Procuradoria-Geral.
Nomeado Groisman primeiro-ministro Poroshenko esperava lealdade. Mas o chefe de Gabinete tenta conduzir o seu próprio jogo. Durante as negociações foram designadas "suas pessoas" ao governo. Assim se tornou ministro do gabinete ministerial Oleksandr Saenko, ministro de política social Andrey Reva e vice-primeiro-ministro Volodymyr Kistion. Com os dois últimos Groisman trabalhou enquanto foi prefeito de Vinnitsia.

- Eu não posso dizer que de algum modo dependo do presidente, ou vice-versa. Nós temos uma boa cooperação. Eu penso que todos os funcionários do governo devem achar força para uma cooperação construtiva. Nas minhas decisões profissionais eu sou completamente independente, - disse Groisman em entrevista à "Verdade Ukrainiana".

Os objetivos para o Primeiro-Ministro Vladimir Groisman é fazer de tudo para ser independente de Poroshenko.
O desafio , agora, do primeiro ministro - obter a lealdade da maioria de ministros.

- Ele esforça-se em jogar o seu jogo. Entrou em diálogo com Arseny Yatseniuk (ex primeiro ministro) e Arsen Avakov (ministro atual) e outros cabeças de ministérios para ganhar lealdade - diz o interlocutor próximo de Poroshenko, acrescentando que em outubro ao novo primeiro-ministro não será fácil - os ukrainianos receberão novos preços do gás. (Prezados, vocês repararam na data? Este texto foi publicado, primeira vez, em 10.06.2016. Dias atrás ele foi re-publicado - OK) e haverá mais críticas ao gabinete ministerial. Portanto, para Administração Presidencial é importante que Groisman mostre resultados, permanecendo leal.
Resultados esperam do primeiro-ministro, mas também do Procurador-Geral Yuri Lutsenko.

Em dois anos no governo como presidente, Poroshenko passou por duas nomeações mal sucedidas - Vitaly Yarema e Viktor Shokin, que não mostraram efetividade. Em resultado a candidatura de Lutsenko foi a de maior compromisso.
Em 12 de maio, no parlamento, votaram por sua nomeação 259 deputados. Antes disso, houve longas negociações com facções e grupos. Especialmente para Lutsenko, no Parlamento, removeram a lei que exigia ensino jurídico.  
- Americanos, que há muito exigiam do presidente, no início despedir Shokin, e depois decidir sobre o Procurador Geral, ficaram descontentes com relação à decisão sobre Lutsenko. Portanto, ele deverá trabalhar e mostrar resultados. Do contrário, novamente começarão exigências para dispensar também este procurador geral - diz a fonte da Embaixada dos EUA.
(Shokin apenas criava escândalos, era só ler os jornais. Lutsenko é pessoa que trabalha e se esforça, acredito que a falta de diploma  não o atrapalhará. Mas muitos, principalmente os que têm melhores condições econômicas, estão acostumados apenas em obter seus direitos, direitos de outros muitas vezes não são respeitados, principalmente dos que tem menos proteção, política ou econômica. No governo Yanukovych, Lutsenko foi prisioneiro por um bom tempo. Segundo deduzo das notícias ele está mexendo no vespeiro -OK). 
Eu compreendo perfeitamente, que a responsabilidade recai sobre mim, não apenas do ponto de vista profissional, mas também em termos de restaurar a confiança dos cidadãos ao seu país. Eu quero, na verdade quero, que tudo dê certo, - disse Lutsenko após a nomeação.

O atual procurador, em seu tempo, fez muito pela carreira política de Poroshenko, encabeçando seu partido político, facção, e agitando por Poroshenko nas regiões, durante sua campanha presidencial.

Após a designação de Lutsenko, diante de Poroshenko surgiu um problema - o novo líder da facção BPP (Bloco Petro Poroshenko), tornou-se mais um aliado próximo, companheiro e estrategista político Igor Hreniv, - também uma das poucas pessoas, em quem Poroshenko pode confiar.

- Hryniv não pretendia encabeçar a facção. Esta turbulência o afasta do trabalho principal. Mas ele era o mais preparado - diz a fonte da Administração Presidencial. Trabalhar com Hreniv Poroshenko começou ainda no ano 2.000.
Em dezembro de 2001, "Solidariedade" entrou no bloco de Viktor Yushchenko "Nossa Ukraina" e Poroshenko tornou-se chefe da sede da eleição. Durante as eleições parlamentares de 2002 Hreniv tornou-se seu vice.

Por um longo tempo no comando de Poroshenko Hreniv mostrou-se, pela primeira vez, como um estrategista político.
O slogan "Viver de modo novo", com o qual Poroshenko foi para a eleição presidencial, - é de autoria de Hreniv. Também ele trabalhou durante as eleições parlamentares de 2014. Então o principal slogan do partido de Poroshenko era: "É tempo de união".
Mas, nas eleições parlamentares Poroshenko não recebeu o resultado que esperava e muitos amigos do presidente apressaram-se em culpar Hreniv - por exemplo - não havia suficiência de componente visual.

Hreniv também é um dos participantes da "situativka", grupo que se reúne num momento difícil para Poroshenko para desenvolver uma reação tática aos desafios. Seja demissão do oligarca Igor Kolomoisky da administração de Dnipropetrovsk, ou detenção do chefe do Gennady Korban, ou o último "escândalo offshore".  Agora Hreniv - consultor estratégico. Suas proposições complementam outros estrategistas da Administração Presidencial. - Oleg Medvedev, cuja principal tarefa consiste em escrever discursos para Poroshenko.  Viktor Ukolov consulta diariamente os oradores - locutores do Bloco Petro Poroshenko sobre os fatos que devem ser aproveitados nas discussões na televisão e também escreve teses e argumentos - que são, de fato "sugestões" que semanalmente enviam aos deputados e principais oradores do Bloco Petro Poroshenko. Ukolov também prepara vídeos de felicitações, por exemplo para  Natal ou Páscoa. 

O ex-deputado do UDAR e estrategista político Rostyslav Pavlenko é encarregado de monitorar as ameaças da mídia e demonstrações públicas de Petro Poroshenko. Ele cerca-se de políticos e tecnólogos, e pessoas da mídia. É importante para Petro Poroshenko. Ainda antes de ser presidente, ele sabia construir relações com jornalistas, gerar notícias e criar imagens para mídia.
Por exemplo, ao decidir sobre a forma de assumir o cargo do Ministro de Desenvolvimento Econômico e Comércio no governo de Mykola Azarov, Poroshenko recolhia o pool de jornalistas, para "aconselhar-se". Muitos presentes naquela reunião aconselharam Poroshenko a não aceitar aquele cargo, mas ele tomou a sua decisão.

- Ele compreende, que a percepção na mídia - é reforço da influência ou redução da chance de sucesso - diz o interlocutor do meio de Poroshenko.

- Poroshenko gasta com seu PR (Public Relations) muito tempo. Parece ser 15% de sua programação. Mas, por alguma razão, em sua equipe, até agora não querem compreender, que por conta da tecnologia, boa classificação não se faz. São necessárias mudanças reais. Mas, quando ocupar-se com elas, se muito tempo se gasta nas Public Relations não efetivas, e que tudo isto são medidas cosméticas. - Diz o interlocutor, familiarizado com o presidente.

Irene Frieze trabalhou como secretária de imprensa de Poroshenko mais de 14 anos. Agora é deputada do Bloco P. Poroshenko.
Além de Hreniv à "situativka" (Não seria "panelinha" para nós?- OK) entram o ministro da política da informação e compadre de Poroshenko Yuri Stets, e seu, de muitos anos, secretário de imprensa, deputado do Bloco Petro Poroshenko Irena Frieze. Eles também são considerados atribuídos à asa dos "pombos".
- Hreniv, Stets e Frieze são muito importantes para Poroshenko. Estão com ele há muito tempo - diz o interlocutor da Ad. Presidencial.

Se você expressar críticas a Petro Poroshenko, sem testemunhas - ele ouvirá. Mas, se houver público - ele fica brabo. Ele não aceita bem a crítica no Facebook ou na mídia. Imediatamente quer saber quem encomendou isto. Ele quase não acredita, que pode haver uma posição pessoal - diz o homem que anteriormente trabalhou na equipe de Poroshenko.
Mas há situações em que Poroshenko ouve um grupo mais radical de seus colaboradores mais próximos.

Vamos cortar

No início de fevereiro deste ano (2016) o ex-parceiro de negócios e militar Igor Kononenko ouviu coisas amargas. O ex-ministro da Economia Aivaras Abramavichus passou como trator sobre o "cardeal cinza" da facção do Bloco Petro Poroshenko, declarando na  conferência de imprensa em alto e bom tom. - "Eu não quero viajar a Davos, reunir-me com investigadores e parceiros estrangeiros, e dizer-lhes sobre os nossos sucessos, enquanto atrás de minhas costas decidem-se algumas questões no interesse de pessoas em separado, - declarou Abramavichus, tendo em mente por "pessoas em separado" Igor Kononenko. (Esta história, foi contada um pouco diferente em várias reportagens que li. Abramavichus foi pressionado para sair do ministério, Kononenko é amiguíssimo de Poroshenko, está no cargo, até hoje - OK) . O ministro afirmou, que o aliado mais próximo do presidente, durante o ano, fazia lobby para colocar pessoas em diversos cargos, que eram da esfera do ministro.
A última gota para Abramavichus tornou-se o desejo de Kononenko "ter" o vice-Ministro da Economia, o qual responderia por "Naftogaz" e outras empresas. Estas declarações tornaram-se um balde de água fria para a equipe de Poroshenko e o próprio Kononenko

"Cardeal cinza" do Bloco PP Igor Kononenko frequentemente pode ser visto na sala de sessões, conversando com vários deputados. Como nesta foto com Oles Dovhyi (direita).
"O Cardeal Cinza" do BPP, temporariamente, deixou o cargo de primeiro vice da facção e prometeu assistência integral a NABU (Agência Nacional Anti-Corrupção da Ukraina), que começou a verificação das declarações de Abramavichus. 
"Kononenko também parou de ir ao saguão e conversar com os repórteres. De acordo com a Verdade Ukrainiana", por algum tempo ele não participou das decisões, apesar de que na formação do governo Kononenko participou - participou das variáveis "xeque-mate" do futuro Gabinete.
Apenas em 12 de maio a assessoria de imprensa do BPP publicou a resposta à pergunta do ex-presidente da facção Yury Lutsenko, da procuradoria especializada em anti-corrupção, onde se afirma que NABU não tem pretensões a Kononenko. Durante algum tempo ele retomou o cargo de vice-presidente da facção. A gama de tarefas de Kononenko no parlamento é ampla - vai desde conversas informais com os deputados - ele frequentemente pode ser visto com o amigo de infância Arseniy Yatseniuk, ou com Vitaly Homutynnik, e terminando com a coleta de votos para um ou outro projeto de lei. Kononenko também foi envolvido na coleta de votos para reforma judicial. Esclarecer esta questão com o próprio não deu - Kononenko não respondeu. Ele pode enviar aviso e persistentemente pedir para vir ao Parlamento. A ele não recusam - diz a fonte, da facção BPP. Pode-se dizer que Kononenko é próximo do bloco do poder. Há alguns fatos. Ele era um dos poucos deputados que sabiam, que a Procuradoria Geral e Serviço de Segurança da Ukraina preparavam a prisão e detenção do deputado do "Partido Radical" Igor Mosiychuk.

Também Kononenko, juntamente com o então procurador-geral Viktor Shokin, chefe do SBU (Serviço de Proteção da Ukraina) Basil Grytsak e o secretário do RNBO (Conselho de Segurança e Proteção Nacional da Ukraina), Oleksandr Turchenov  sabia sobre a preparação da detenção de um dos próximos colaboradores de Kolomoisky Gennady Korban. O início desta operação foi pessoalmente de Poroshenko, que ouviu a parte nais radical de seu entorno.
Embora a prisão de Korban acontecesse efetivamente, as ações seguintes das autoridades não pareciam convincentes. 
Na verdade, era preciso pressionar. Assim, nos temerão apenas os nossos - e apenas a primeira vez, - disse um companheiro de Poroshenko.

Equipe jovem

Para ala mais radical pode-se incluir o deputado Sergei Berezenko, 32 anos, do BPP. Durante a campanha eleitoral de Poroshenko, ele respondia pelo trabalho "no campo". Depois assumiu os assuntos do Departamento do Estado. Hoje  ele é um dos conselheiros de Poroshenko.

Durante a campanha de Poroshenko, Berezenko realizava entrevistas com os candidatos que pretendiam concorrer pelo BPP. Na oposição diziam que, de fato, Berezenko respondia pela venda de lugares e regiões do BPP. Berezenko, segundo colega na Administração Presidencial, é talentoso, mas cínico. Ele ainda não cansou de brigar com todos. Quando você cansa das brigas, você começa aprender a negociar. Não há necessidade de ofender as pessoas, - diz a fonte de Administração Presidencial. 
Durante a votação, Berezenko e Kononenko recolhem os votos para importantes projetos de lei. Devido a relações pessoais garantem os votos da "Vontade do Povo".

De acordo com o deputado do BPP Serhiy Leshchenko, no momento necessário Dovhyi acrescenta à coligação os votos que faltam para votação positiva. Com ele colaboram Igor Kononenko e Sergei Berezenko.  Granovsky colabora com Kononenko.
Este departamento conduzia questões contra o ex-Procurador-Geral. Vitaly Kaskiv e David Sakvarelidze também  tentavam realizar inspeções na organização "Centro de Combate à Corrupção".
Granovsky negava, enquanto os jornalistas não gravaram seu encontro com os procuradores, juízes e ex-funcionários.
Dmytro Hnap fotografou Granovsky em companhia do escandaloso procurador Sergei Lysenko, que é o líder do grupo de procuradores "Pássaros carecas".

Este grupo ficou "famoso" pela correspondência de seus membros, que discutiam, abrir uma questão contra o ativista, ou simplesmente espancá-lo.

Depois disso os jornalistas da Rádio Liberdade registraram diversas reuniões de Granovsky no restaurante "Ink". Lá ele encontrou-se com o ex-ministro de Energia e Indústria de Carvão Volodymyr Demchyshyn, com o diretor de Kyiv Instituto de Investigação Científica de Exames Forenses Alexander Ruvyn, com o presidente do Tribunal de Kyiv Paul Wowk, com Sergey Tishchenko - proprietário do Ukroylproduct (Os ukrainianos usam muito este tipo de aglutinação. No caso: Ukr = ukrainiano, oyl = óleo, product = produto - OK) que comprou o aprisionado petróleo do oligarca Segei Kurchenko.

O nome do deputado do BPP Vadim Granovsky (centro) e seu "potencial" aos jornalistas, tornou-se conhecido apenas recentemente.
Os interlocutores da "Verdade Ukrainiana" observam que Granovsky tem papel especial nas negociações com o oligarca Igor Kolomoisky.
- Sei que ele ocupa-se com as questões de reabilitação de "Ukrnafta" (Petróleo de Ukraina) e responde por quaisquer comunicações com "Private" (banco), - diz o alto funcionário da Administração Presidencial.

Ultimamente, o interlocutor da Verdade Ukrainiana no cerco do presidente também fala sobre o grande papel nas questões do presidente de mais uma pessoa-sócio-gerente da ICU de Makar Pasenyuk...
Seu nome tornou-se conhecido ao grande público durante o escândalo do ofshore em abril de 2016. Então o consultor financeiro de Poroshenko disse que todos os impostos da venda da corporação serão pagos ao orçamento da Ukraina, e Roshen será transferido para "confiança cega" no dia seguinte ao escândalo com Panamá Papers. Mas o papel de Pasenyuk nós negócios do presidente não termina.

No outono do ano passado, na internet apareceu um vídeo com uma pessoa parecida com Makar Pasenyuk, com gerente do canal 112 (O vídeo é privado, não é possível assistir - OK). Nele o conselheiro fiscal do presidente pede ao seu interlocutor o favor de remover do ar, do programa Shuster, o líder do Partido Radical Oleg Lyashko devido ao "pedido de parceiros".

- Se vocês querem, eu o chamarei de "konsilyeri" (na Máfia - pessoa, à qual o chefe pode confiar e ouvir seus conselhos - VU) Poroshenko, que está no comando do negócio e se comunica com enorme quantidade de executivos por dever do cargo. Makar passa muito tempo na Bankova (Rua. Para Ukraina está no mesmo contexto de Kremlin para Rússia. Seu início foi a mais de 140 anos. Aqui localiza-se a administração presidencial. O nome originou-se devido a localização do Banco Estatal do Império Russo. Seu nome mudou várias vezes, o nome atual é desde 1992).

Um dos grandes empresários, relacionado com petróleo, fala sobre Pasenyuk. A comunidade empresarial comenta que Makar resolve para o presidente algumas questões sensíveis, relacionadas não somente com "confiança cega". Sua influência sobre o presidente é subestimada pelos jornalistas. Talvez, porque ele não ocupa nenhuma posição oficial".

A "Verdade Ukrainiana" pediu a Pasenyuk uma reunião, para perguntar-lhe sobre o seu papel nos assuntos do presidente, mas ele não respondeu ao nosso pedido.

Mais uma pessoa influencia o presidente - o compadre do presidente russo e partícipe oficial das conversações de Minsk na questão da troca de reféns - Viktor Medvedchuk (Este compadre e amicíssimo de Putin, influenciar o presidente ukrainiano é o fim - OK).

Ele, de acordo com os interlocutores da "Verdade Ukrainiana" no meio de Poroshenko hoje é o principal comunicador entre o oficial Kyiv e Moscou.

"Poroshenko o ouve nas questões da situação no Donbas, nas questões da realização lá, das eleições. Poroshenko não aceita as eleições de acordo com o que Putin exige. Medvedchuk foi o principal comunicador no retorno a Ukraina de Nadia Savchenko. E o presidente, o mais importante, no seu caso sempre cumpre os acordos assumidos", - pensa sobre o papel de Medvedchuk a fonte da Verdade Ukrainiana na Administração Presidencial.


No ambiente do presidente não há pessoas, as quais ele ouviria em maior ou menor grau. Todos estão na luta pela influência sobre ele guiando-se pelos interesses pessoais ou de negócios, ambições políticas e desejo de provar as suas razões. Ele só confia em si mesmo. Os demais aproxima ou afasta. Rei - muito bem colocou a fonte da Administração Presidencial.

- Eu acho, que o presidente é muito bem caracterizado, também que, offshore, que levou a este escândalo, ele registrou pessoalmente, em seu nome - nem mesmo na família. Tudo isso - por causa da desconfiança mundial a todos, - pensa o político próximo a Poroshenko.

No entanto, o ombro de próximos companheiros será necessário já no outono - início da nova estação política. Então na Administração esperam uma onda de descontentamento popular após o recebimento de novos pagamentos pelos serviços comunais, e falam com cautela sobre a possibilidade de novas eleições antecipadas já na primavera.

O problema para Poroshenko, é que cada um, até de seu círculo próximo pode começar o seu jogo, para não encontrar-se no barco comum, que atualmente tende para baixo.

Através dos esforços do cerco próximo e próprio Poroshenko.

Tradução: O. Kowaltschuk

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