terça-feira, 31 de março de 2015


Fragmentos do local da queda MH17 pertencem ao Sistema de mísseis de defesa aérea SAM"BUK" - criminologistas internacionais.
Os jornalistas holandeses encontraram provas, que o avião sobre Donetsk foi abatido por "BUK" (Sistema de defesa antiaéreo, armado com mísseis terra-ar, desenvolvido pela União Soviética e depois pela Federação Russa.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 20.03.2015
Sofia Kornienko

Cartaz num comício pró-ukrainiano em Sydney, 19 de julho de 2004.
Companhia holandesa RTL tem evidências conclusivas que o voo de Amsterdã, que caiu em 17 de julho do ano passado, em Donetsk, foi abatido pelo foguete anti-aéreo "BUK".
Em  novembro o correspondente da RTL Jeroen Akkermans reuniu no local do acidente, na aldeia Grabove, cerva de 15 fragmentos de fuselagem e fragmentos, e os entregou para análise a três institutos independentes na Alemanha, Reino Unido e Polônia. De acordo com as conclusões dos peritos forenses, a composição química permite afirmar, que isto são fragmentos do ZRK "BUK" (Sistema de mísseis de defesa antiaérea). Um dos fragmentos foi identificado como fragmento de ogiva. Constatou-se o número de série - a letra "c" em cirílico (ц) e cifra 2. Este fragmento é de ogiva do foguete "BUK - 9M317", uma versão moderna do sistema "BUK-M1-2 indica RTL as conclusões do especialista Nicolas Larrinahi do principal centro de Londres para estudos de defesa IHS Jane's.

"Foguete deste tipo move-se através de radar e explode a uma certa distância do avião, porque sua ogiva está configurada com dezenas de milhares de pequenos fragmentos. O peso total dos fragmentos do foguete "BUK-9M317" é até 70 quilos. Se o míssil vai direto no alvo, o grande número de fragmentos atolados pode, então, ser encontrado na fuselagem da aeronave", - disse Nicolas de Larrinahi.

Devido a elevada velocidade e temperatura os fragmentos são fortemente deformados. Entre os fragmentos encontrados foi identificado um pedacinho da cauda do foguete, não rompido. Tele-companhia RTL oferece em seu site um relatório detalhado com foto, vídeo e descrições da composição química de cada um dos fragmentos analisados por especialistas.

No comunicado da RTL Jeroen Akkemans contou, como reuniu os fragmentos: "Eu vim para Ukraina para cobrir o conflito militar, mas quando vi que, quatro meses após o desastre do "Boeing os fragmentos permaneciam abandonados no campo não protegido, e não se sabia se esses fragmentos seriam transferidos para Holanda, para análise, então eu pensei em buscar peças suspeitas - meu dever jornalístico".

Alguns fragmentos pareceram suspeitos de início: Se no fragmento você vê letra russa, é claro, que o fragmento não é do "Boeing", - diz Akkermans.
- Não penso, que eu - o único, que tinha nas mãos pedacinhos do foguete. Acredito, que o Conselho de Investigações nas questões de segurança tem muito mais desses fragmentos. Eles procurarão reconstruir o foguete, então, um pedacinho com letra russa pode ter, para sua investigação grande importância.

Todos os fragmentos já foram transferidos ao Conselho de Investimentos nas questões de segurança dos Países Baixos, que administra uma investigação internacional sobre as causas do desastre. Uma resposta oficial para publicação da RTL diz: "A investigação dos motivos da catástrofe  do avião está em curso e é baseada em muitas fontes, não apenas em fragmentos. Materiais adicionais para investigação são sempre desejáveis, mas também é importante encontrar provas irrefutáveis de comunicação entre o avião e os materiais encontrados".

Esta não é a primeira investigação da emissora RTL em busca da verdade sobre o acidente do "Boeing". Em dezembro passado, os jornalistas da RTL realizaram uma análise minuciosa de três fotos tiradas da aldeia Thorez nos primeiros minutos após o acidente, nas quais mostra, provavelmente, uma coluna de fumaça, do foguete "BUK". Na época, participaram profissionais especializados. Também realizou-se uma análise comparativa de fotos de satélite. Uma análise similar publicou em janeiro a rede de jornalistas investigativos Bellingcat. E, finalmente, nesta semana o jornalista russo Sergei Parkhomenko, no site "Medusa" citou resultados de análises dessas fotos. Vale ressaltar que todas as três investigações, conduzidas de forma independente uma da outra, indicam o mesmo lugar de onde poderia ser feito o lançamento do foguete "Buk" - campo pelo caminho da aldeia Snizhne, no território controlado pelos separatistas.

Tradução: O. Kowaltschuk

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