quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Amigos de Yanukovych compram aptos de luxo e vilas em Moscou
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 21.10.2014

Praticamente todos os amigos do ex-presidente Viktor Yanukovych hoje no exílio, já se instalaram na Rússia. Os ex-funcionários da Ukraina adquiriram em Moscou apartamentos e residências, e já adquiriram passaportes russos e emprego permanente.
Além do próprio Yanukovych, que se estabeleceu em Rublovts, na vila "Landshaft", na Rússia agora vivem:
Ex-ministro do Interior Vitali Zakharchenko,
Ex-chefe do Ministério da Defesa Pavel Lebedev,
Ex-ministro da Justiça Elen Lukash,
Ex-chefe da Inteligência Estrangeira Gregory Illiashov (marido de Elen Lukash,
Ex-chefe do Serviço de Segurança da Ukraina Oleksandr Yakumenko,
Ex-primeiro-vice-chefe da administração presidencial Andrii Portnov,
Ex-procurador-geral Viktor Pshonka,
Ex-primeiro vice-primeiro ministro Sergei Arbuzov,
Ex-ministro da Educação, Dmitry Tabachnik.

Como diz "Nossa Versão", a lista continua - ao todo são 5.000 pessoas, com crianças e familiares.

Aproximadamente 40% dos !refugiados - funcionários" da Ukraina compram imóveis em Moscou, pelo preço desde um a dois milhões de dólares. E aproximadamente 40% investem em imóveis de dois a cinco milhões de dólares. Os restantes 20% assumem grandes negócios - até 30 milhões de dólares.

Os cidadãos ricos da Ukraina ocuparam dois terços de apartamentos luxuosos alugados em Moscou.  Muitos "refugiados" compram habitação abertamente. É o caso de Portnov que sofreu tentativa de sequestro.
O filho do ex-primeiro-ministro, deputado Alex Azarov comprou um lote de terra de 4.000m², na região de Istrinsk, mas transferiu-o para o nome do pai de sua esposa - valor 8 milhões de dólares.
O ex-chefe do SBU comprou um segundo apartamento em Moscou, registrando-o no nome de seu genro.
O ex-presidente do Banco Nacional Sergei Arbusov encabeçou a associação "Centro para o estudo econômico e sócio-cultural desenvolvimento dos países da CEI, Europa Central e Oriental", registrado por ele em São Petersburgo.

Poroshenko concordou com julgamento de Yanukovych à revelia
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana, 21.10.2014

Presidente Poroshenko assinou a lei que possibilitará a realização do julgamento de Viktor Yanukovych.
O serviço de imprensa presidencial explica que trata-se de mudanças na lei penal "sobre a inevitabilidade da punição de certos crimes contra a segurança nacional, segurança pública e delitos de corrupção."
Este documento permite a realização de processos à revelia contra suspeitos, e confisco de seus bens.

Rússia terá 20 anos de guerrilhas se ela se atrever a novas agressões contínuas.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 21.10.2014


O es-ministro de Relações Exteriores da Polônia, e atual presidente do Sejm (Parlamento polonês) diz temer que Rússia não aceitará a existência da Ukraina como nação independente, separada... "E se eles quiserem ir contra o nacionalismo ukrainiano, então Rússia saberá, que Ukraina é uma nação real e enfrentará uma guerra de guerrilhas de 20 anos" - disse o Sr. Sikorski. E que Rússia poderá facilmente tomar o território ukrainiano para Kremlin criar a chamada "Novorossia"", mas terá problemas para mantê-la sob controle. Para manter este território Rússia precisara 200 - 300 mil militares e 10 anos. Eles enfrentarão mobilização nacional permanente" - disse Sr. Sikorski.

Segundo NBN  de 20 de outubro, o chanceler polonês R. Sikorski disse que a inteligência russa começou investigar a situação na Ukraina, em termos de anexação, ainda em 2011.

Numa entrevista à revista Político Magazine, o ex-ministro das Relações Externas da Polônia disse que Rússia queria incluir Polônia na divisão da Ukraina. Ele acrescentou que Rússia fazia cálculos sobre qual região seria mais vantajoso capturar. E foram pensadas: Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Odessa.

Inverno veio... Haverá algo para nos aquecer?
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 23.10.2014
Zinovia Voronovych

Para temporada de aquecimento Ukraina carece de pelo menos cinco bilhões de metros cúbicos de gás. 


Na Ukraina já iniciaram geadas e quedas de neve. No dia 22 começou o aquecimento. Verdade, somente nas escolas, creches e hospitais. Mesmo se o aquecimento vier para as residências, será num modo muito econômico. Os especialistas estimam um deficit de 5 - 7 bilhões de metros cúbicos. 

A rodada de negociação entre Ukraina, Rússia e UE terminou em nada. As partes, supostamente, concordaram no preço de inverno - 385 dólares por mil metros cúbicos, com pagamento adiantado. (Rússia não mantém o mesmo preço para todos os países. É como se diz por aqui: "conforme a cara do freguês". Os ukrainianos, segundo eles, pagavam o maior preço - OK).
Rússia não quer assinar nenhuma garantia de que este preço será mantido, ela alega que o preço é de 485 dólares e 100 dólares é o desconto, e exige pagamento adiantado.
Várias negociações tripartidas dão a sensação de que o acordo é entre a Comissão Européia e FR, porque aos representantes ukrainianos ninguém ouve. Europa precisa de livre trânsito do gás através da Ukraina. A comprovação de desprezo aos representantes ukrainianos foi demonstrada quando o representante ukrainiano em Bruxelas pegou o microfone, a delegação russa deixou o salão.

Bohdan Sokolovskyi, especialista em energética: "Mesmo Rússia assinando um documento, não há garantia que ela o cumprirá." Ele acha que fazer acordos com o agressor e, principalmente, pagar-lhe adiantado, absolutamente não se deve. Melhor passar um inverno difícil com o pouco gás reverso e começar negociar com a Noruega para o próximo ano. Noruega produz 106 bilhões de m³ de gás e pretende arredar Rússia do mercado europeu.

Mas, nem todos acreditam que poderão atravessar o inverno sem o gás russo. Quando a temperatura começar a cair, as pessoas vão sair para protestar, diz Yuri Korolchuk, do Instituto de Pesquisa Energética. "O gás que temos será suficiente apenas até Janeiro. Precisamos fazer acordos com a Rússia, ou com a Europa para maior quantidade de gás reverso.

"Mas, mesmo acordos com a Rússia não garantem que teremos gás suficiente se não há documentos claros, assinados. Não há garantias. Para em janeiro a FR declare que não pode nos fornecer a quantidade necessária - diz o especialista do Centro de Pesquisa Energética Oleksandr Kharchenko. Ele também acha que poderão, com dificuldade, sobreviver  ao inverno com o gás que tem. Ele considera que o plano do governo em desligar o gás, primeiramente, das empresas químicas, depois metalúrgicas, se faltar gás, é correto. Por que o Estado deve fornecer gás a empresas privadas? Precisa, como na UE dar-lhes acesso ao tubo, e sobre o fornecimento que eles façam seus acordos com a Rússia. A maioria das empresas químicas ukrainianas pertence a empresários russos. Então, eles que negociem o gás que precisam. Isto resolveria muitos problemas.

Tradução: O. Kowaltschuk

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